sábado, 19 de dezembro de 2009

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 13

Estudos da Bíblia: Quarto Trimestre de 2009
Tema geral:  O povo a caminho: o livro de Números
Estudo nº 13   Cidades de refúgio
Semana de  19 a 26/12/2009
Comentário auxiliar elaborado pelo prof. Sikberto Renaldo Marks
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil

“Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia” (I Cor. 10:12)

Verso para memorizar: “Nós, que nos refugiamos nele para tomar posse da esperança a nós proposta. Temos esta esperança como âncora da alma” (Heb. 6:18, 19, NVI).
Este verso, assim como está na lição, faltando parte dele, fica confuso. Portanto, decidimos inserir aqui o verso completo, este na versão JFA, revista e atualizada.
“...para que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que DEUS minta, forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio a fim de lançar mão da esperança; a qual temos por âncora da alma, segura e firme, e que penetra além do véu [que entra no santíssimo]” (Heb. 6:18 e 19). – as duas coisas a que se referem os versos acima são: a Palavra de DEUS (a Bíblia) e a Sua promessa feita sob juramento por Si mesmo (ver versos anteriores).

  1. Introdução – santo sábado, dia da aliança entre criaturas e o Criador
Continua a organização da nação. Israel deveria ser uma nação completamente diferente das demais. Deveria ser um exemplo de diferença, para melhor. Jamais Israel se deveria deixar influenciar seja lá do que fosse, vindo das outras nações. Em hipótese alguma Israel deveria buscar nos pagãos exemplos de como organizar seu estado nacional. Eles deveriam ser um povo de profetas, ou seja, um povo ligado ao DEUS Criador e por Ele dirigido. Assim seriam exemplo a ser seguido, não deveriam em nada buscar de fora exemplos de vida. Para isto basta ler o que se encontra em Lev. 20:23, 24 up, e 26: “Não andeis nos costumes da gente que eu lanço de diante de vós, porque fizeram todas estas coisas; por isso, me aborreci deles. ... Eu sou o SENHOR, vosso Deus, que vos separei dos povos. Ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou santo e separei-vos dos povos, para serdes meus.” Isso DEUS ainda requer de nós hoje, nada do mundo para dentro de nosso modo de vida, nem em nossas casas, nem em nossa igreja, e em parte alguma em nós mesmos. Somos um povo separado, vivendo entre as pessoas do mundo para atraí-las para DEUS, e nunca para sermos atraídos pelos do mundo, ao mundo. Bem pior é tentar atrair as pessoas do mundo misturando ao nosso estilo de vida um pouco do mundo, para assim sermos mais persuasivos. Não temos necessidade desses recursos de baixo nível, o que necessitamos, isto sim, é do poder do ESPÍRITO SANTO. Aqueles que o ESPÍRITO SANTO convencer, se salvarão, e aqueles que Ele não convencer, se perderão, e isso é tudo. O poder de que necessitamos para realizar o trabalho final não vem de nenhum lugar desse mundo, vem do alto, como foi no pentecostes. Assim como o povo de DEUS deveria viver naqueles tempos, do mesmo modo ainda hoje DEUS deseja que também nós vivamos.
Vamos traçar um paralelo comparativo entre os israelitas e nós hoje.
ð       eles vieram do Egito para lutar pela conquista da terra; nós viemos do mundo mas não teremos que lutar pela Nova Terra;
ð       na luta dos israelitas, DEUS estava com eles e lutava por eles e dava a vitória para conquistarem a terra; no nosso caso, DEUS já tem tudo pronto, e nos dará a Nova Terra sem necessidade de lutar, lá não há inimigos a desalojar, mas há muitas pessoas a serem conquistadas do império de satanás para o Reino de DEUS;
ð       A terra dos israelitas era boa; a Nova Terra é excelente;
ð       Aos israelitas foi prometida vida longa; a nós é prometida vida eterna;
ð       Eles viveriam em segurança entre inimigos; nós viveremos em segurança sem inimigos e sem tentação;
ð       DEUS estava presente por meio do Shequiná, e Se manifestava por meio de profetas; conosco DEUS estará presente visivelmente e poderemos falar diretamente com Ele;
ð       Eles deveria obedecer a Lei escrita em tábuas de pedra; nós obedeceremos a mesma Lei, mas escrita em nossos corações (caráter);
ð       Eles seriam livres nas condições do pecado; nós seremos perfeitamente livres nas condições da perfeição, sem ameaça alguma de pecado ou tentador;
ð       Eles deveriam exercer cuidado pois tinham inimigos; nós poderemos viver nossa vida inocentemente, sem cuidados, pois não haverá mais inimigos, nem tentador, nem ameaças.
Veja só, eles estavam contentes por poderem entrar numa terra com as características acima. E não é de ficar contente? Claro que sim! Mas nós, que diferença em relação a eles! Como você se sente vivendo nos últimos anos que nos separam do cumprimento de tudo isso, a Nova Terra? Mais uma vez é importante repetir: por nada desse mundo vale a pena arriscar perder a vida eterna. Atente bem, pode-se perder a vida eterna por grandes pecados, como por pecados minúsculos, que nem prestamos atenção. Por exemplo, um só, para que reflitamos: o pecado de contar piada do tipo picante, ou simplesmente assistir programas dessa natureza.

  1. Primeiro dia: Lição de história
Já tenho mencionado que a história da caminhada de Israel pelo deserto é impossível sem forte apoio de fora. Eram dois milhões de pessoas, e talvez mais que isso em gado. Saíram do Egito sob forte atuação de DEUS por meio das pragas. Foram guiados a um lugar supostamente sem saída, montanhas dos lados, mar à frente, e o exército inimigo atrás. Essa é também a nossa situação hoje: desafios de todos os lados, e talvez os maiores deles, dentro da igreja. Com os israelitas foi assim, conosco hoje não está sendo diferente. O poder de DEUS agiu, o mar se abriu, os israelitas passaram em seco pelo leito de terra no fundo do mar, e o exército de faraó morreu afogado.
Então foram enfrentar o deserto. Lugar sem alimento e sem água, excessivamente calor de dia e excessivamente frio de noite. Impossível de sobreviver, a não ser estando muito bem preparado. Aquele povo não estava preparado, e eram muitos. No entanto, nenhum morreu pelas condições do deserto, e nem mesmo sequer um animal morreu. Se morriam, era por causa dos problemas que eles mesmos criavam. Água não faltou, nem alimento, para os humanos e para o gado. Nas arreias estéreis do deserto um povo vivia amparado por milagre após milagre de DEUS. Cada dia de vida deles era um milagre do poder de DEUS. E Este demonstrava que podia cuidar deles nesse lugar assustador.
DEUS, um pouco antes deles entrarem na Terra de Canaã, pediu a Moises que descrevesse essa história. Está em Números 33, aparecem todos os lugares por onde se acamparam, pela ordem cronológica. Ali ficaram durante 40 anos, sobrevivendo por milagre, sem que lhes faltasse algo. Suas sandálias não se gastavam nem as vestes se rasgavam. Assim como saíram do Egito, com as sandálias e vestes, assim chegaram à terra prometida 40 anos depois. Agora medite um pouco: se DEUS os cuidou dessa forma num deserto, por tanto tempo, quanto não deveria ser bom viver sob a proteção de um DEUS assim numa terra que produz leite e mel? Se era bom viver com esse DEUS no deserto, seria bem melhor numa terra boa. E, será excelente viver com Ele na Nova Terra celestial. No deserto foi bom, na terra prometida bem melhor, na Nova Terra será perfeito. É para onde estamos indo. Não se pode cometer a bobeira de perder o que já nos está reservado e garantido da parte de DEUS.
Com que finalidade era para Moises relatar a viagem? Era para os israelitas nunca esquecerem essa história, e ela serviria para nós como um precedente do quanto DEUS é capaz e de como Ele cuida daqueles que Lhe pertencem. Depois que os israelitas chegassem à terra prometida, certamente ali enriqueceriam, e facilmente se esqueceriam de onde veio tudo isso que viessem a possuir. Na abastança o ser humano tem a tendência de olhar para si. Parece que nós precisamos sempre estar em dificuldades para vivermos pedindo socorro! Mas não é o que DEUS quer de nós, Ele quer nos ver vivendo bem, mas sempre ligados a Ele. Por isso que Ele levou a santos homens escreverem a Bíblia, um relato da história da redenção. E o capitulo 33 de Números nos serve de fonte de fé para que nos mantenhamos firmes na fé num DEUS que não só pode muito, pois Ele pode tudo.

  1. Segunda-feira: Cidades dos levitas
Na jornada no deserto os levitas ficavam acampados entre o tabernáculo e as outras tribos. Eles estavam numa situação de proximidade com DEUS, para levarem a ELe o que o povo necessitava, principalmente os sacrifícios, e ensinarem às outras tribos sobre a vontade de DEUS.
Agora, na terra prometida, os levitas foram postos entre as tribos. Deveriam morar misturados entre as pessoas das demais tribos. Agora eles estavam sendo posicionados no lugar definitivo, na terra que seria a sua nação, sua herança.
DEUS orientou que recebessem 48 cidades. Cada tribo daria uma proporção de cidades conforme o tamanho de sua herança. É de se lembrar que esse tamanho da herança variava conforme o número de pessoas que compunha cada tribo. Portanto, nesse sentido, tudo era proporcional, tanto o que estavam recebendo quanto o que deveriam ceder aos levitas. O critério de proporcionalidade estava fundamentado numa mesma base: a quantidade de pessoas de cada tribo. Isso demonstra como DEUS é criterioso quanto ao que é deve ser feito.
Dessas 48 cidades dos levitas, a 6 delas, espalhadas entre a nação, foi dado por DEUS uma função específica, servirem de cidades de refúgio a assassinos. Naqueles tempos, era bem comum ocorrerem acidentes, e uma pessoa podia ferir outra. Isso muitas vezes ocorria por descuido ou acidente. Nesse caso o assassino não era culpado, não havia dolo.
Em casos de morte, havia naqueles tempos um esquema de justiça curioso, e DEUS não o mudou de pronto. Aliás, DEUS foi ensinando o Seu povo aos poucos, não exigiu de uma só vez que se tornassem perfeitos, separados do mundo, isto é, santos. Ele os conduzia gradativamente a sair do mundo para a santidade. De tudo o mais, a primeira coisa que DEUS os ensinou foi não adorarem os deuses dos pagãos.
Os parentes da vítima tinham o direito de vingar a sua morte, matando o matador. Havia naqueles tempos idos, a “Lei do talião”, olho por olho, dente por dente, etc. JESUS em seus dias ensinou o contrário, que fossemos perdoadores, que perdoássemos até 70 vezes 7, isto quer dizer, perdoar sempre.
Mas nos dias da formação na nação israelita não era assim. Ocorrendo uma morte, ela deveria ser vingada. Esse era um dos costumes que mais tarde seriam ensinados a deixar de lado. Então o assassino estava, por pressuposto, condenado a morte. Para não morrer, a ele foi dado o direito de fugir para as tais cidades de refúgio, e ali deveria ser acolhido. As cidades de refúgio eram cidades de levitas, os servos de DEUS para a nação.
Portanto, aqui aprendemos duas coisas bem importantes: que os levitas deveriam estar espalhados entre as cidades das demais tribos para mais facilmente servirem a elas, e as ensinarem sobre a vontade de DEUS. E também que os levitas deveriam servir de instrumentos de salvação dos membros das demais tribos, seja nos casos de morte, seja para a condição espiritual da nação.
Ora, tivessem os levitas sido realmente fiéis a DEUS como o esperado e planejado, a nação israelita certamente teria escrito outra história, bem mais louvável pelos que os sucederam.
A nós cabe hoje escrever a nossa história. Fazemos parte do último capítulo da história dessa guerra entre satanás e DEUS. Não teremos mais sucessores. Mas nesses últimos dias temos milhões de pessoas nos observando. Estamos, como igreja, espalhados pelos países do mundo. DEUS conduziu as coisas de tal maneira que o Seu povo dos últimos dias ficasse distribuído ao redor do mundo. Temos assim a função de sermos o sal da Terra, para temperar o caráter das pessoas pelos princípios da verdade, e assim sejam elas salvas para a vida eterna. A nossa função principal hoje é ensinar ao mundo um estilo de vida santo, completamente diferente daquilo que o mundo desenvolveu. Para que não cumpramos esse propósito é que satanás, mediante agentes por ele colocados dentro de nossa igreja está introduzindo mundanismo nela, tentando desesperadamente frear a missão da igreja. Mas para isso DEUS já antecipou a Sua ação, Ele sacudirá a igreja, e esses agentes serão postos para fora, substituídos por aqueles que ainda estão no mundo, mas que pertencem a DEUS.

  1. Terça-feira: Cidades de refúgio
Naqueles tempos, entre os povos, justiça na realidade era sinônimo de vingança. E o quanto mais rápido possível. Os povos pagãos naqueles dias violentos eram muito vingativos, algo de errado era logo corrigido com violência e vingança.
Israel certamente, em meio aos egípcios, foi afetado por esse costume. Naqueles dias vigorava muito forte a Lei do Talião, vinda do Código de Hamurabi, “olho por olho, dente por dente”. Morte se vingava com outra morte, por exemplo. DEUS precisava lidar com esse assunto, e não seria de um momento para outro que iria mudar os costumes dos israelitas herdados em séculos de escravidão. DEUS vem mudando os corações dos seres humanos. Ele vem efetuando transformações maravilhosas nas pessoas, e o método d’Ele é exclusivamente o ensino de bons princípios. “O Senhor Jesus está provando os corações humanos, por meio da concessão de Sua misericórdia e graça abundantes. Está efetuando transformações tão admiráveis que Satanás, com toda a sua vanglória de triunfo, com toda a sua confederação para o mal, reunida contra Deus e contra as leis de Seu governo, fica a olhá-las como a uma fortaleza, inexpugnável aos seus e enganos. São para ele um mistério incompreensível. Os anjos de Deus, serafins e querubins, potestades encarregadas de cooperar com as forças humanas, vêem, com admiração e alegria, que homens decaídos, que eram filhos da ira, estejam por meio do ensino de Cristo formando caráter segundo a semelhança divina, para serem filhos e filhas de Deus, e desempenharem um papel importante nas ocupações e prazeres do Céu.” (A Igreja Remanescente, 14; grifos acrescentados).
Em todos os tempos DEUS agia assim, transformando pelo ensinamento dos Seus princípios. Veja como Ele lidou com o caso de assassinatos, um caso extremo, de grande motivo para vingança. Como estamos estudando, Ele criou as cidades de refúgio. Eram para que se fizesse justiça diferente, não a que os homens estavam acostumados. Era para mudar o modo de fazer justiça.
Vamos imaginar um caso. Digamos que dois homens trabalhavam no mato derrubando árvores para fazer madeira. Nisso, por um descuido, o machado de um atinge a cabeça do outro, e este morre. E agora? Ninguém presenciou. O que matou, foi sem querer, transformou-se por acidente, em assassino. Pelos costumes da época, os familiares do morto deveriam matar o assassino. Mas isso era correto? Não, pois ele não fez com dolo, ele não teve a intenção. Porém, pelo costume, antes que se investigasse, a justiça da vingança (que não é justiça, mas precipitação) faria o seu trabalho, e outro inocente seria morto, juntamente com as novas desgraças que isto acarretaria na família desse outro homem.
Para evitar essas coisas foi que DEUS criou as cidades de refúgio. Para lá iriam os assassinos, culpados ou inocentes, para dar tempo de investigar tudo direitinho, então absolver ou condenar, dependendo se havia ou não culpa. Essas cidades foram uma providência para se evitar a injustiça. Assim se evitariam vinganças precipitadas e também se evitaria a impunidade, dois extremos, um tão mau quanto o outro. O equilíbrio e a ponderação, dar tempo ao tempo, sempre é o melhor caminho.

  1. Quarta-feira: Cidades de refúgio – continuação
Continuando o estudo de ontem, valendo-nos da mesma ilustração, o que aconteceria ao cidadão que matou, se fosse culpado? Nesse caso, após o julgamento, o vingador estava liberado para fazer o seu serviço de vingança. O homem seria morto, e ele não teria mais direito de ficar protegido na cidade de refúgio.
E se ele fosse inocente? Nesse caso o vingador não teria nenhum poder sobre ele. Se o vingador agisse, se tornaria culpado de outra morte. Mas havia um porém: o homem que se havia refugiado teria que permanecer naquela cidade até o ano da morte do sumo sacerdote. Só então, mesmo sendo inocente, ele estaria livre para ir onde desejasse. Ou seja, se o homem saísse antes da morte do sumo sacerdote, e se o vingador o encontrasse e o matasse, estaria tudo certo.
Por que isso? Foi para demonstrar o quanto era grave matar uma pessoa, mesmo sem dolo. Jamais se deveria matar, mesmo por descuido, ou seja, era para se ter o máximo cuidado para que esses acidentes não acontecessem. É o que hoje se chama de “prevenção contra acidentes”. Veja que operários da construção civil são obrigados a utilizar equipamentos de segurança. São medidas preventivas para evitar acidentes. Pouco tempo atrás compramos um novo liquidificador. Ele só funciona se estiver tudo bem encaixado. Qual a finalidade de tais padrões que os governos vêm exigindo? Evitar acidentes com ferimentos e mortes. Essa também era a intenção da exigência em reter o assassino inocente por mais tempo na cidade de refúgio. Todos deveriam ser cuidadosos em todo tempo para evitar acidentes com ferimentos e com mortes. Hoje a nossa sociedade avançou muito em relação aos cuidados preventivos, e isso DEUS aprova. Muitos acidentes mutiladores e matadores já são evitados por esses padrões contra acidentes. Mas, os seres humanos tem sido bastante relaxados em seguir as normas, e assim se tem incorrido em muitas mutilações graves e também mortes. É o caso do uso do cinto de segurança nos automóveis, do capacete nas motos, das redes de proteção em edifícios, e muitas coisas mais. Tudo isso tem seu fundamento no ensinamento que DEUS deu aos israelitas: prevenção contra acidentes.

  1. Quinta-feira: CRISTO, nosso refúgio
Voltemos ao exemplo do assassino. No momento em que aconteceu a morte, apressadamente ele deveria fugir para a cidade de refúgio mais próxima. Não podia se despedir de familiares, nem da esposa nem dos filhos. Nem deveria acertar algumas coisas mesmo urgentes. Se tivesse contas a pagar, ou haveres, ficava para resolver depois. Ele deveria agir com rapidez, pois quem se fizesse vingador da morte de seu amigo poderia agir bem rápido, antes de qualquer julgamento. Esse era o costume da época, um mau costume, mas assim agiam.
Por que tanta pressa? Porque a vida dele estava em perigo, e por ventura há algo mais importante que a nossa vida? O que pode ser mais importante, ser pobre e ter vida com saúde, ou ser muito rico e estar de cama esperando a morte? Ter pouco e ser livre ou ter muito e ser procurado pela polícia? Ser alguém que caminha livremente pelas ruas ou ser alguém jurado de morte?
Esse era o drama, salvar a vida como pudesse. Era uma questão de vida ou morte. Sua única meta agora era chegar à cidade de refúgio. Nada era mais importante que isso. E lá ia ele, só com a roupa do corpo, às vezes correndo por alguns dias, em busca da segurança. Que alívio sentia ao chegar à cidade! Estava salvo. Agora era aguardar o julgamento e se defender, obter evidências ou provas de sua inocência.
JESUS é o nosso refúgio. Para onde correremos se cometemos pecado? Para JESUS, pois é Ele quem morreu por nós, e só Ele pode nos perdoar. N’Ele podemos encontrar a vida que perdemos por sermos pecadores. Aliás, no caso de JESUS, Ele perdoa a todos, sejam pecadores culpados, sejam pecadores por descuido. E é bom que seja assim, pois todos nós cometemos esses dois tipos de pecado.
As antigas cidades de refúgio eram para assassinos. A cruz de CRISTO é para todos os pecadores. Por ela CRISTO pode perdoar a todos os pecados, não importa sua natureza ou o seu grau de crueldade. Não há nada de mau nesse mundo que possa ser feito e que JESUS não perdoe. Há no entanto uma condição para o perdão se tornar eficaz: que a pessoa queira ser perdoada. Essa é a única condição. Não querer o perdão com o tempo se torna pecado contra o ESPÍRITO SANTO, a essa condição se chega quando desaparece o desejo de ser perdoado. Nesses casos, muitas vezes a pessoa até se volta contra DEUS, contra a Sua igreja, contra seus seguidores. Uma vez não sentindo mais a necessidade de perdão, daí para um estado inferior e pior tudo pode acontecer.

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Quem é o vingador nos dias de hoje? Na aplicação que se deve fazer a partir das cidades de refúgio, devemos hoje ver o vingador como satanás e seus agentes anjos maus e seres humanos. Eles estão por todos os lados querendo tirar a nossa vida eterna. Eles colocaram ciladas por toda parte. Elas se distribuem, atrativos sedutores por exemplo, em cartazes de rua, em propagandas de cinema, em anúncios comerciais, em ofertas de muitos tipos de alimento, em bebidas e drogas, em propostas de vestimentas, em músicas, em mensagens subliminares, em muitas coisas que são inseridas no mundo. É-nos dito que sem essas coisas não se pode viver. E se não cumprir com o que esses poderes sugerem, a pessoa estará totalmente em situação irregular em relação aos costumes da sociedade. Quer alguns exemplos? Hoje, para um homem ser careca é algo inaceitável. Isso é o que diz a mídia. Hoje, ter cabelos branqueando é considerado horrível. Hoje, não se vestir de acordo com a moda (isto é, entrar no padrão exigido por alguns estilistas cuja opção sexual é condenada pela Bíblia) é inadmissível. Hoje, alimentar-se de produtos naturais é tremendamente combatido pela indústria de alimentação, se bem que há grupos zelosos pelo natural que estão em franca reação. Hoje, constituir família tradicional e manter-se virgem até o casamento é antiquado. Hoje se casa para ver depois se vai dar certo, e se não der, é só separar, os filhos que se danem. E assim vai. Hoje a sociedade está sendo bombardeada pelo vingador, o demônio. Ele é o vingador não dos parentes de CRISTO, mas dele mesmo. Ele está irado por ter perdido todas as batalhas até agora. Ele faz guerra contra o povo de DEUS (Apoc. 12:17). Ele quer eliminar da Terra os seguidores de CRISTO. Nesse tempo, nosso refúgio é a entrega em todos os dias a JESUS, viver confiando n’Ele, viver pensando n’Ele para saber o que Ele faria em nosso lugar. Assim muita coisa muda em nossa vida, e se nos mantivermos firmes ao lado de nosso Salvador, não perderemos a vida eterna, mas ela nos será concedida pelo poder da vitória de JESUS na cruz. Portanto, o refúgio totalmente seguro é ir a JESUS.
escrito entre:   11/11/2009 a 19/11/009
revisado em   19/11/2009

Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails