terça-feira, 29 de junho de 2010

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 01 - 3º Trim. 2010


Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Terceiro Trimestre de 2010

Tema geral do trimestre: A Redenção em Romanos

Estudo nº 01 – Paulo e Roma

Semana de 26 de junho a 03 de julho

Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)

Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original

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Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


As treze lições desse trimestre são em torno de um tema central, que é o modo como podemos ser salvos, pela graça, mediante a fé. Havia em Roma, entre os cristãos romanos, certas peculiaridades bem específicas que levara Paulo a escrever esta carta. Se não entendermos minimamente essas peculiaridades, a carta proporcionará menor entendimento do que deve ser a aplicação de sua mensagem aos nossos dias, que são os últimos. Não se trata de uma reinterpretação dos seus escritos, mas de uma reaplicação. A realidade dos romanos era uma, a nossa é outra, bastante diferente, mas o assunto da carta se aplica tanto a eles quanto a nós. Por isso, o autor e a comissão que cuida da redação das lições se propuseram a esclarecer o contexto dos romanos para conhecermos as razões dessa carta de Paulo a eles, assim entenderemos melhor a carta a nós, pois para isso deveremos contextualizar seu assunto, primeiramente a eles, depois, aos nossos dias. Portanto, estudaremos algo sobre a história relativa aos cristãos romanos, e as razões dessa carta a esses cristãos. Assim, certamente obteremos grande proveito.
  1. Primeiro dia: Data e lugar
Conforme informações, é provável que a carta aos Romanos da cidade de Cencreia, que era o porto da outra cidade de Corinto, distando 12 quilômetros uma da outra. Cencreia era uma cidade de tamanho médio. Possuía vários templos e banhos públicos. Na terceira viagem de Paulo, ele embarcou nessa cidade em direção de Jerusalém (Atos 18:18). O livro de Romanos foi escrito provavelmente no início de 58, ou no final de 57, época de inverno na região. Paulo refere-se a Febe, diaconisa da "igreja que está em Cencreia" (Rom 16:1). Ela era uma verdadeira cristã, e alguns historiadores acreditam da possibilidade de ter sido ela a levar a carta aos romanos, pelo que ele escreveu em Rom. 16:1 e 2. Naqueles tempos cartas eram levadas por pessoas de confiança, e entregues pessoalmente ao destinatário. Em nosso dias, Paulo teria enviado um e-mail...
    Paulo temia que essa turma chegasse até Roma antes dele, assim sendo, resolveu escrever uma carta com caráter de urgência, e dessa maneira proteger os crentes dessa importante cidade. E de fato, iria levar uns 3 a 4 anos até que Paulo chegasse a Roma, e quando chegou, foi como prisioneiro. É de se lembrar, no entanto, que não foi Paulo quem fundou a igreja de Roma, mas ele amoava todos os crentes. Os seguidores de CRISTO em Roma devem ter sido convertido por prosélitos judeus vindo de Jerusalém pouco depois das pregações iniciadas no Pentecostes. Alguns autores entendem que foram judeus que ouviram a pregação de Pedro por ocasião da distribuição das línguas que foram até Roma e lá fizeram novos conversos. Roma era uma cidade grande para a época e para hoje, com em torno de um milhão de habitantes, e uns 50 mil judeus, mas não se sabe qual era o número dos cristãos. Os cristãos romanos vieram de judeus e pagãos convertidos.
Paulo nasceu em Tarso, na Cilícia, que atualmente pertence à Turquia, numa família judaica da Diáspora (dispersão) (na altura já havia uma diáspora de judeus que viviam espalhados pelo mundo, sobretudo na Pérsia, mas também em torno do mediterrâneo, em Alexandria e no norte de África, na Turquia, Grécia e outras partes do Império Romano, incluindo a atual Península Ibérica). Nasceu numa data desconhecida mas "sem dúvida antes do ano 10 da nossa era" (Étienne Trocme). Seu pai, em circunstâncias que se desconhece, adquiriu a cidadania romana mantendo a fé judaica, educou-o na tradição judaica. Durante toda sua vida sua cidadania romana foi um meio de proteção física. Como ele próprio diz, foi circuncidado ao oitavo dia e mantém-se sempre na lei mosaica. Diz-se mesmo um . A sua formação primária foi feita numa escola de cultura grega, como atestam as suas cartas. Mas ele afirma que recebeu também o ensino por parte de rabinos.
Foi julgado e condenado à morte por Nero que, naqueles tempos, estava perseguindo duramente os cristãos. Em face de ser cidadão romano, em vez de ser crucificado, Paulo teria sido decapitado em 64 d.C. [outras fontes dizem que foi decapitado entre 66 a 68 d.C.] em um lugar conhecido como Águas Salvias.
Paulo, judeu da diáspora, nascido em Tarso, na Cilícia, Provavelmente no ano 9 d.C., inicialmente foi fabricante de tendas. Fariseu, em extremo honesto com sua fé, ao chegar a Jerusalém pela primeira vez, pouco depois da crucifixão de JESUS, encontrou ali a seita "O Caminho", posteriormente denominados "cristãos", que pregavam ensinos contrários aos principais ensinos farisaicos, pelo que se revoltou e passou a perseguir essa seita.

 
Segunda: Toque pessoal
Como o apóstolo Paulo trabalhava? Ele ia desbravando cidades onde ainda ninguém havia ido. Ele não queria edificar sobre fundamento alheio (Rom. 15:20). Não há erro em fazer isso, mas ele sentia-se impulsionado a conquistar novos lugares, onde mais precisava. Outros já tinham dom de visitar onde já havia algum grupo, e os fortaleciam. Cada um no seu dom, e o evangelho se completa pelo poder do ESPÍRITO SANTO.
Mas Paulo fazia outra coisa mais. Ele não esquecia os grupos de crentes que conquistava. Ele voltava aos lugares onde havia pregado. Às vezes ele enviava alguém em nome dele. E outras vezes ele enviava uma carta.
As pessoas mais novas na fé necessitam de visitas, de assistência, Isto é, de pastoreio. Lembro dos tempos antigos quando os pastores visitavam os membros. Esses eram bons tempos. Muita saudades desses tempos. Ainda há alguns pastores que visitam, mas, são tão poucos! Paulo poderia, hoje, servir de modelo aos nossos líderes. E olhe que Paulo não possuía automóvel, nem as rotas por onde ele passava eram de asfalto.
Uma igreja precisa ser pastoreada e administrada. Pastorear uma igreja, em uma só palavra, proteger seus membros, administrar é planejar e executar o planejamento. Sobre isso postamos um esquema em:
Paulo fazia isto. Há, se hoje, ao menos recebêssemos uma carta de nossos pastores! Ou ao menos um e-mail (para quem tem internet)! Faria muito bem à igreja, ela se fortaleceria. O Pastor, como Paulo, conheceria os problemas que os membros enfrentam, e ajudaria na solução. Quanto isso faz falta, exatamente nesses tempos difíceis, para todos, especialmente para os adolescentes e jovens. Pois, como faz falta! Após os estudos dessas lições, vai ficar como vem sendo até agora?
É certo que não só o pastor deve fazer visitas, mas se nem ele faz, alguém espera que outros o façam? Ele também precisa coordenar a visitação na igreja, a iniciar por parte dos anciões, e dos demais que são bons nisso. Uma comunidade de crentes, mas que não se visita, que comunidade é essa. Falta comunhão, e como faz falta! Aliás, para receber visitas, algumas vezes nem ficar doente resolve.
Paulo escrevia e visitava os seus grupos por qual razão. É isto que iremos estudar nesse trimestre. Quem sabe a nossa cultura de individualismo dê uma guinada nesse sentido, afinal, no aspecto missionário, no aspecto do reavivamento, já se vêem sinais fortes de desacomodação. E quando a Igreja Adventista se levantar, e isso já vem fazendo, cada vez mais, o fim virá logo, e JESUS Se manifestará. Falta ainda maior comunhão entre nós, assim como nos tempos do Pentecostes, e nos tempos de Paulo.

 

  1. Terça: Paulo chega a Roma
Paulo estava em Cesaréia, e dali iria para Jerusalém. Lá o alertaram que não fosse, pois seria preso. Isso foi declarado por um profeta (Atos 21:10). Se era profeta vinha com mensagem de DEUS, mas Paulo entendia que deveria seguir para Jerusalém, como sendo assim o seu dever. Ele foi, e, conforme a profecia, foi preso por meio de ato violento, muitos judeus radicais, que não aceitavam CRISTO, e que não aceitavam a anulação da lei cerimonial, arrebataram a Paulo. Se não fosse a providencial aparição de um comandante militar romano, o teriam matado. Ele só não foi maltratado por ser cidadão romano, portanto, tinha proteção imperial. Foi apresentado ao Sinédrio onde se defendeu, mas sem que o libertassem. Pelo contrário, aumentou o ódio dos judeus não- cristãos contra Paulo. O Senhor lhe apareceu de noite, na cela, e disse que assim como testemunhara de JESUS no Sinédrio deveria testemunhar em Roma. Então, depois de longo tempo, Paulo finalmente embarca num navio para a Itália, enfrentando uma viagem que resultou em naufrágio próximo a ilha de Malta. Três meses depois embarcam para Roma, onde os irmãos o receberam com alegria, e o confortaram. No caminho do porto até a cidade de Roma, Paulo, acorrentado a um soldado, ao lado de outros prisioneiros, estes criminosos, caminhando na cidade Praça de Ápio, num trecho de 64 km que teriam que fazer a pé, por onde passavam muitas pessoas, a cada pouco era saudado por alguém que o reconhecia como aquele que lhe havia ensinado o evangelho da salvação. Alguns se lançavam ao pescoço de Paulo, e chorando, agradeciam pelo que o agora idoso apóstolo lhes havia ensinado. Os soldados pacientemente esperavam esses frequentes encontros de Paulo nesse trajeto até Roma. E chegando, outros irmãos o receberam com alegria e amor. Aproximadamente uns 4 anos depois dele ter escrito a carta aos romanos, finalmente, no ano 61 dC, Paulo chega a Roma, mas, preso.
Paulo era o real preso que obtivera regalias por bom comportamento. Ele ficou preso em uma casa que alugou, e ali, pregava às pessoas que vinha ouvi-lo. Muitos se emocionavam vendo o idoso pregador anunciando o evangelho, algemado. E isso resultava em força a sua mensagem. Assim outros pregavam com mais destemor, e o evangelho era levado adiante.
Naqueles tempos Paulo de dentro da prisão, fazia o bem e levava vida eterna aos de fora. Hoje, de dentro das prisões muitos continuam delinquindo. O mundo mudou, mas o evangelho precisa ser concluído, pois ainda há muitas pessoas que estão em condições de serem salvas para a vida eterna.
Paulo pregou em Roma, preso, por dois anos (Atos 28:16–31). Ele também escreveu epístolas, ou cartas, aos efésios, filipenses, e colossenses e a Timóteo e Filemom enquanto estava aprisionado em Roma.

 

  1. Quarta: Chamados para ser "santos"
O amor, para gerar seus efeitos naturais, que são: vida eterna, felicidade, saúde, bem estar, etc., precisa ser correspondido. Se você ama uma pessoa, mas ela não lhe ama, os efeitos do amor não podem se manifestar. Sé está havendo amor numa direção, mas não há correspondência, amor da outra parte. Nesse caso, as duas pessoa sofrem quem ama mas não é correspondido, e quem não quer amar. Essa sofre porque, quem não ama, não vive bem.
JESUS morreu por todos, mas, não são todos que aceitam a Sua morte. Não são todos que querem se entregar a JESUS. Isso significa deixar o mundo, as coisas do mundo que são incompatíveis com as coisas do alto. Significa, por exemplo, para o povo de DEUS, deixar, afinal, de serem fanáticos por futebol, de assistirem novelas, de se deixarem pintar (agora até os homens já fazem isso), de se alimentarem como o mundo, de roubarem o governo (sonegação, pirataria, etc.). Significa viver uma vida santa. E o que é uma vida santa? É uma vida separada do mundo, dedicada a DEUS.
Separar-se do mundo não é fácil. Exige uma condição mínima básica, sema qual é impossível ser santo. Precisa ser humilde. Só os humildes conseguem ter vontade de serem transformados. Vemos, até mesmo na igreja, pessoas de elevados cargos, mas que não são humildes, tropeçando flagrantemente nas atrações desse mundo. Só os humildes são capazes de levar uma vida simples, sem ostentação. Só os humildes são aptos a amar a DEUS, a visualizar as delícias abrindo mão das ninharias daqui, que os vaidosos não conseguem sequer imaginar deixar de lado.
Como CRISTO morreu pela humanidade, todos estão sendo chamados a serem agraciados com a salvação de suas vidas. O chamado à santidade é para todas as pessoas do mundo. Mas, há um chamado especial, para o povo de DUES. Não é que o povo de DEUS tenha privilégios, bem pelo contrário, esse povo está sendo chamado a dar exemplo aos demais, aqui mesmo, na Terra, o quanto é superior uma vida humilde e simples. Além disso, o povo de DEUS é chamado, não só para dar testemunho, mas para anunciar este evangelho ao mundo. Os restante do mundo deve ser chamado por meio do trabalho do povo de DEUS, assim todos serão chamados. Assim todos terão sua oportunidade. MAS, só pregar não é o suficiente, nós, do povo que é chamado e que também deve chamar, além do ensinamento, devemos ser exemplos de vida santa diante do mundo.

 

  1. Quinta: Reputação mundial
Os seguidores de CRISTO na cidade de Roma formaram uma igreja auto-constituída, conduzida provavelmente por liderança leiga (se bem que naqueles tempos quase todos eram leigos) bem esclarecida e fundamentada nas escrituras. Sim, em Roma havia forte liderança local, eles estudavam os escritos (muito raros e caros naqueles tempos), ensinavam e se aprofundavam nos textos do Antigo Testamento (o Novo Testamento estava sendo escrito). Eles se tornaram conhecidos mundo afora pela sua "bondade", "conhecimento" e por que "se admoestavam uns aos outros". A reputação deles favoreceu o conceito de cristão em muitos lugares, esse é o poder do testemunho positivo. Nesse sentido eles foram o que nós precisamos ser hoje: grupos de crentes que se esforçam por desenvolver harmonia entre os membros, que estudam e se aprofundam no conhecimento e que se corrigem mutuamente.
Por quê agiam assim? Eles praticavam a comunhão com CRISTO. Aprenderam dos apóstolos em outros lugares, vieram a Roma, fundaram um grupo de adoradores a DEUS e seguidores de JESUS, e, por dependerem deles mesmos quanto a liderança humana, se empenharam por seu próprio fortalecimento espiritual. Certamente eram missionários, pois não há igreja forte mas que não seja missionária.
É interessante notar que CRISTO foi crucificado no ano 31. Já no ano 57, portanto 26 anos mais tarde, havia uma igreja bem estabelecida em Roma, e que já se havia tornado famosa pelo mundo. Isso significa que essa igreja não se formou naquele ano, nem alguns poucos anos antes, mas sim, poucos anos depois da morte de CRISTO. Um dia saberemos como foi essa história a nós hoje oculta por falta de registros. Pode ser que estivesse ali alguém que tenha ouvido alguma pregação do próprio CRISTO, ou de João Batista, ou de algum dos apóstolos. Não se sabe, mas uma coisa é fato: ali havia uma liderança bem formada no conhecimento da verdade anunciada por JESUS. Isso era fato, pois se não fosse assim, essa igreja não poderia possuir aquelas três características fortes de bondade, conhecimento e aptidão ao mútuo fortalecimento. Era uma igreja espiritualmente forte, que se auto-matinha e cujos feitos repercutiam mundo afora. Esse é um modelo de igreja que necessitamos hoje, em que haja liderança leiga. Leigo quer dizer pessoas que não possuem curso formal de teologia, mas que pode ter o mesmo conhecimento de um teólogo por vias auto-didáticas. A palavra leigo adquiriu, ao longo do tempo, uma conotação de pessoa desqualificada nalgum conhecimento, e no caso, do conhecimento teológico. Mas essa conotação é falsa, pois a obra da evangelização será concluída por leigos cheios do ESPÍRITO SANTO. O modelo da igreja de Roma deve ser para nós uma inspiração, pois nesses últimos dias a necessidade de lideres leigos preparados e poderosos será tal que, na verdade, todos deverão ser assim qualificados pelo poder do alto.

 

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Quando estamos com DEUS, livres ou presos, somos úteis aos Seus planos. Parece que Paulo foi mais profícuo preso que livre. Imagine a situação. Os judeus que não aceitaram CRISTO queriam matar Paulo. Eles o perseguiram por boa parte do trajeto, e houve até uma conspiração para tirar-lhe a vida. O curioso foi que eles não consideraram que o próprio Paulo já agiu desse mesmo modo, tempos atrás, quando era jovem. E eles também não consideraram que ele foi derrubado do cavalo por JESUS, e por isso que mudou seu modo de vida. Eles apenas queriam viver em razão de seus interesses, e não admitiam a pregação de JESUS, que foi aquele que os estabeleceu em Abraão e Sara.
Quando nos entregamos a satanás, e isso facilmente pode acontecer mesmo sendo membros da igreja, e não há necessidade de manifestações demoníacas escandalosas, então não admitimos em hipótese alguma mudança em nossa vida. Em casos assim, nem DEUS muda alguma cosia na vida. O poder que nos domina é de tal modo acariciado que mesmo a mais clara evidência de estarmos errados será rechaçada. Mas as pessoas que por vezes se sentem tristes porque são pecadoras, essas devem agradecer a DEUS, porque isso é evidência que Ele está trabalhando com elas, e por ser assim, fica claro que elas possuem as condições de serem salvas. As pessoas que são humildes sentem desconforto na consciência, e muitas vezes até exageram no senso de culpa, pois, em muitos casos se tem visto queridos e humildes irmãos na fé se culpando de cosias que DEUS já lhes perdoou. Essas pessoas são as que seguem a JESUS, embora pecadoras, como todos aqui na Terra são, sentem-se dependentes do Salvador, e sabem que precisam da transformação.
Paulo, é muito provável, se estivesse livre, seria morto pelos judeus radicais. E preso, estava sob a proteção do poderoso Império Romano. Que ironia, o poder que crucificou CRISTO foi também o que protegeu Paulo, para ele pregar em Roma, livre do poder judaico. Assim ele anunciava o evangelho, de sua casa, nem era numa prisão, e ali se achegavam as pessoas, dando a ele mais tempo para se dedicar à palavra em vez de se deslocar de um lugar a outro, durante dois anos. Aquilo que os radicais judeus não queriam era exatamente o que estava acontecendo. E mais, as pessoas, vendo a situação de Paulo e a sua fé, só por esse testemunho se tornavam mais receptivas e não só o ouviam, mas também se tornavam corajosas para levar a mensagem adiante. Assim, Paulo, da prisão domiciliar multiplicou sua presença para muitos lugares, quem sabe até mais lugares do que se estivesse livre. É que para Roma, a capital do império, vinham pessoas de muitos regiões do mundo, e havia entre essas pessoas crentes em CRISTO, e aproveitavam para visitar Paulo e fortalecer suas fé, e levar essa força às suas igrejas. Algumas levavam cartas de Paulo para tais igrejas.
De DEUS não se zomba, quem está com Ele, sempre será vitorioso.
 
escrito entre: 21/05 a 26/05/2010
revisado em 26/05/2010
 
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.

Lição Escola Sabatina para Surdos - Lição 1 - 3º Trimestre 2010

01 - Lição - Paulo e Roma - 26 de junho a 3 de julho

Verso para Memorizar: “Primeiramente, dou graças a meu Deus, mediante Jesus Cristo, no tocante a todos vós, porque, em todo o mundo, é proclamada a vossa fé” (Romanos 1:8).


01 - Lição - Paulo e Roma - 26 de junho a 3 de julho from Escola Sabatina on Vimeo.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Ted Wilson é o novo presidente mundial da Igreja Adventista


Ted Wilson,novo presidente mundial adventista

Atlanta, EUA … [ASN] O grupo de mais de dois mil delegados adventistas, presentes à Assembleia Mundial em Atlanta, aprovou e confirmou a eleição de Ted Wilson, de 60 anos, como novo presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia para os próximos cinco anos. O representante da Comissão de Nomeações, que se reuniu na parte da noite de quinta-feira, anunciou o nome agora há pouco. “Estamos humildemente aceitando isso com a confiança e o encorajamento de nosso povo. Esta não é uma organização qualquer, não é apenas uma outra denominação, é a igreja remanescente de Deus. Esta é a igreja pela qual Deus tem tanto cuidado. Somos solicitados a servir agora como líder. Sabemos pessoalmente que eu não temos todas as respostas as quais buscamos, mas buscamos conselheiros e nos colocamos de joelhos para buscar de Deus a sua orientação”, disse Wilson. Ele substitui o pastor Jan Paulsen, norueguês que presidiu a Igreja Adventista do Sétimo Dia por quase 11 anos.

Ted Wilson é norte-americano e filho de Neal Wilson, que presidiu os adventistas do sétimo dia no mundo de 1979 até 1990. Foi eleito como vice-presidente mundial adventista do sétimo dia em julho de 2000 durante a Assembleia Mundial realizada em Toronto, no Canadá. Seu trabalho de 35 anos na obra adventista incluiu atuação na secretaria, foi diretor da Divisão Africana Centro Ocidental (sede em Costa do Marfim), secretário associado da Associação Geral, presidente da Divisão Euro-Asiática (com sede na Rússia) e presidente da Review and Herald Publishing Association (editora da Revista Adventista em inglês), entre outras atividades.



É casado com Nancy Louise Wilson, médica. O casal tem três filhas: Emilie, Elizabeth e Catherine. Provavelmente é a primeira vez na história da liderança adventista em que um filho de ex-presidente é eleito para presidir a Igreja Adventista no mundo. Segundo o pastor Erton Köhler, presidente da Divisão Sul-Americana, “ele é uma pessoa de perfil muito pastoral, focado na missão da igreja, um grande apoiador do ministério de publicações e um divulgador dos escritos de Ellen White. Ele foi o criador e promotor do projeto Conectando com Jesus”. Köhler acrescenta, ainda, que Ted Wilson é um grande amigo e admirador da igreja na America do Sul e vibra com os movimentos missionários adventistas realizados na América do Sul. “A Igreja vai estar muito bem atendida com sua liderança e a Divisão bem conectada com a igreja mundial”, conclui Köhler. [Equipe ASN, Felipe Lemos]

Notícia retirada do site: http://gc.portaladventista.org/

sábado, 19 de junho de 2010

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 13

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Segundo Trimestre de 2010
Tema geral do trimestre: Saúde e Cura
Estudo nº 13 – Apoio social: laços de amor
Semana de 19 a 26 de junho
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
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Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos ou-tros; assim como Eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (João 13:34 e 35).


Introdução de sábado à tarde
Note bem o novo mandamento que JESUS deu a nós. Há cinco palavras que fazem toda a diferença. Vamos estudar esse detalhe com meditação. Note bem como foi o resumo de toda a lei que JESUS explicou em Mateus 22:36 a 40. Vamos transcrever. “Mestre, qual é o grande mandamento na lei? Respondeu-lhe JESUS: Amarás o Senhor teu DEUS de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.”
Esses dois grandes mandamentos resumem os dez. Quatro para DEUS, seis para o próximo. E os quatro primeiros são maiores, mais importantes; isso está bem claro.
Chama-nos a atenção qual critério JESUS utilizou para nós amarmos o nosso pró-ximo. Devemos amá-lo assim como queremos ser amados, assim como nós nos amamos. Perceba que esse é um critério poderoso. Todos, em princípio, se amam, e querem ser amados; vem do princípio de fazer aos outros aquilo que desejamos que nos façam, de servir e não sermos servidos.
Agora uma pergunta: há um princípio mais poderoso para definir como devemos amar os outros do que o que JESUS falou aqui, de amarmos como nos amamos? Pois há sim. Ninguém nesse Universo amou mais que JESUS. Por isso, como está em João 13:34 e 35, já tendo sido glorificado, já tendo provado o Seu amor pelos seres humanos, já se a-proximando o auge de Seu penoso trabalho por nós, Ele deu um novo mandamento, mais poderoso que o anterior, que reforça o poder do amor do anterior. É uma nova versão do que havia falado antes, como transcrevemos acima. No novo mandamento, em vez de o princípio ser amar os outros assim como nos amamos, agora é amar os outros assim como JESUS nos amou. Isso quer dizer, amar muito mais que nos amamos a nós mesmos. Note bem, MUITO mais! Esse é o novo mandamento, que não muda nada no an-terior, mas enfatiza a necessidade de amarmos uns aos outros e, unidos, amarmos a DEUS acima de tudo. Nesse verso está a sabedoria da vida saudável e feliz. Ninguém no Univer-so ama tanto como JESUS, e é essa intensidade de amor que devemos procurar ter uns com os outros.


1. Primeiro dia: A imagem original
A imagem original. Praticamente perdemos a noção do que seja, hoje, viver à ima-gem de DEUS. O que vem a ser? Como viver hoje tendo o caráter que tiveram Adão e Eva? Ou tendo o caráter de CRISTO quando viveu entre os humanos? Creio que seria útil fazer um exercício de imaginação, em JESUS, se Ele vivesse em nossos dias. Vamos ser o mais próximo possível do que Ele foi naqueles tempos. Faremos o seguinte: primeiro refletiremos sobre como possivelmente viveria JESUS em nossos dias; e em segundo lugar, como viveria Enoque em nossos dias.
JESUS teria nascido em um lar de gente pobre, humilde, mas eles possuiriam a dig-nidade de pessoas honestas, confiáveis, trabalhadoras e fiéis aos princípios da verdade. Se-ria um casal de vida simples, estudiosos da Palavra da verdade e interessados no seu conhe-cimento. Não teriam expressão social, pois ele seria um carpinteiro (ou teria qualquer outra profissão que rende pouco) e ela cuidaria das coisas do lar e, quem sabe, teria algum traba-lho fora, como empregada doméstica, para ajudar na subsistência da família. Vida dura, na realidade, mas muita comunhão com DEUS. Seriam um casal simpático, feliz e com seus interesses voltados para a vida eterna. Teriam poucos bens, mal o básico. No entanto, teriam zelo pelos princípios religiosos, e os viveriam com dedicação e equilíbrio. Quer dizer que JESUS não poderia nascer num lar rico? Não é isso, mas se fosse, Sua missão seria bem mais difícil. Ele teria barreiras sociais maiores para ser uma pessoa humilde. Assim, nascendo em um lar humilde, Ele já viria ao mundo nessa condição – a da humildade – traço de caráter absolutamente necessário para a vitória espiritual sobre as tentações nesse mundo, e para uma entrega completa a DEUS.
JESUS, desde cedo, seria auxiliar de seu pai. Ele seria um carpinteiro. O carpinteiro trabalha em madeira, em obras grosseiras, como hoje na construção civil, no fabrico de instrumentos de trabalho como cabos de madeira, caixas rústicas, construção de casas, etc. Já o marceneiro, que também trabalha em madeira, se dedica ao fabrico de móveis, de aca-bamento fino. Um carpinteiro precisa todos os dias, em seu ofício, fazer muito esforço físi-co, mais que o marceneiro. Portanto, assim JESUS estaria desenvolvendo forte musculatura, se aprontando para um trabalho missionário que exigiria muito de sua condição física. À noite, e sempre que desse, Ele e seus pais se dedicariam aos estudos da Bíblia. Certamente se uniriam com alguns outros interessados nesse estudo para trocarem idéias, e mais facil-mente entenderem e fixarem conhecimento. Não obteriam dessa maneira diploma de curso superior, porém, seriam profundamente versados no conhecimento bíblico. JESUS prova-velmente chegaria até o segundo grau, mas não teria recursos para fazer um curso superior (não quer dizer que não devamos fazer curso superior e ir mais adiante nos estudos). Porém, Ele, pela intensa comunhão com Seu Pai celeste, obteria tão intenso conhecimento bíblico que ganharia qualquer debate com os hoje pós-doutores em Bíblia, mas que discordassem de alguns pontos dela. Os debates com JESUS não seriam longos, Ele os derrubaria na primeira contra-argumentação, e eles iriam embora para não serem submetidos a vergonha ainda maior.
JESUS se vestiria de modo comum, sem chamar atenção. Talvez em dias de semana usasse uma calça jeans simples e uma camisa comum, bem como tênis comuns, bons para caminhar muito. Já nos sábados Ele certamente vestiria roupa adequada ao lugar de culto, embora também simples. Ou seja, Ele obviamente evitaria as modas instáveis e tudo o que viesse chamar atenção a Ele, tirando o foco de Seu Pai, a quem representaria. Talvez as duas palavras bem representativas dEle seriam: simplicidade e humildade. Por esse motivo muitos se sentiriam pouco à vontade em estar perto dEle. Seria uma pessoa muito simples e despojada de mundanismos. O penteado dEle seria comum, não algum lançamento novo e chamativo. Sua alimentação certamente seria a mais simples e natural possível, e, embora homem pobre, desconheceria doenças ou visitas a médicos (mas quem visita médico não faz nada de errado, por favor, não me interpretem mal).
Ele viveria muito entre as multidões, mas é bem provável que evitaria a televisão e a mídia (como muitos religiosos fazem hoje, demonstrando seus milagres ao mundo). Ele diria, não espalhe por aí a cura que recebeste. Sabe por quê? Ele jamais buscaria fama e projeção, muito embora se tornasse mundialmente conhecido. O povo saberia a Seu res-peito pelo que Ele é, e não por meio de promoções na mídia. Sem desejar, se tornaria mais conhecido, e até famoso, do que os grandes desse mundo, e estes se incomodariam com isso.
E o que será que Ele condenaria em nossos dias? Pode ter certeza, orientaria sobre todo o tipo de recursos hoje existentes, e que abundam no meio do povo de DEUS, cha-mando a atenção ao “eu”. Os discípulos que Ele escolhesse, talvez com a exceção de um (o Judas moderno), seriam todos homens bem simples e maleáveis aos Seus ensinos. E as mu-lheres mais próximas dEle, pois haveria algumas assim, seriam mulheres simples, não dadas aos modismos, e muito simpáticas (embora houvesse entre elas, ricas, de posses, que estariam por perto para servir ao grupo de discípulos que Ele formaria). É impensável que essas mulheres vivessem, em nossos dias, dando um testemunho que confirma os ensina-mentos dEle. Elas também seriam a imagem do original. Por certo algumas delas, já com experiência de vida (para não dizer idade) não deixariam influenciar seus gostos e costumes pelas exigências da mídia e da indústria de cosméticos. Seriam mulheres originalmente bonitas, mas não artificialmente enfeitadas, como flores de plástico (isso é hoje considerado “beleza”, e ai de quem discorda!).
E se em nosso meio vivesse um tal Enoque? Esse seria um ser humano, e andaria com DEUS. Digamos que fosse um homem de posses, que conseguiu por meios honestos tornar-se rico. Mesmo assim, seria simples e humilde, recebendo bem tanto a poderosos como a pobres. Seria um homem de oração, e que por palavras e por testemunho levaria outros à salvação. Ele teria o tempo todo noção de que no mínimo um anjo e o próprio DEUS estariam ao seu lado. Ele confiaria totalmente em DEUS, e tudo o que fizesse seria com a aprovação de DEUS. Ele teria uma íntima comunhão com DEUS. Ele seria um pode-roso testemunho da “imagem original de DEUS” num ser humano.
Não podemos ser JESUS, mas podemos ser Enoques, semelhantes a JESUS, origi-nais. Mesmo que a idade tire algo da originalidade, mantendo-nos fiéis a condição im-posta pelos traços da idade, quando JESUS retornar voltaremos a ser totalmente ori-ginais. Sim, originais, para sempre. É na beleza futura que devem estar nossos interesses, não na suposta beleza artificial do presente. Mas, cada um, em sua inteligência, deve esco-lher, se quer aproveitar o pouco agora por pouco tempo, ou o muito depois, por todo o tem-po.

2. Segunda: Pessoas: seres sociais
A nossa felicidade, a nossa saúde, o êxito do que fazemos na vida espiritual depen-de, em grande parte, de nossas relações sociais. Fomos feitos para uma vida interdependen-te. Precisamos uns dos outros, e isso se acentuou mais no ambiente do pecado. Nesse ambi-ente precisamos também da ajuda, do amparo, da proteção e muitas vezes do socorro dos outros. Toda pessoa que se isola sofre mais e vive pior, e menos. Isso, no entanto, não quer dizer que devemos conviver com todo tipo de pessoas. Há aquelas cuja recomendação bí-blica é: “afasta-te destes”.
“Nenhum de nós vive para si ou morre para si mesmo” (Rom. 14:7). Durante a nossa vida, influenciamos e somos influenciados, para o bem ou para o mal. E ao mor-rermos, também influenciamos, e mesmo tempos depois da morte isso pode acontecer.
Durante a vida, temos que ter muito cuidado, e vivermos os princípios bíblicos, pois caso contrário podemos nos surpreender negativamente quando for tarde. Quantas pessoas entraram para a história por feitos positivos. Por exemplo, na Bíblia temos muitos casos, e um deles, que me atrai muito, foi a vida de Daniel. Também temos os casos negativos, e um deles, que me impacta muito, é o caso de Saul. Fora da Bíblia temos os feitos positivos de Mohandas Karamchand Gandhi mais conhecido popularmente por Mahatma Gandhi. Ele liderou a grande marcha do sal, e lutou pela independência da Índia, sem dar um tiro, e sem matar uma única pessoa. Ele formou uma biografia digna de ser lida. Temos também exemplos negativos, que é o caso de Adolf Hitler (quem não conhece?). A pergunta aqui é: Qual é o meu e o teu legado para o futuro? Hitler deixou um rastro de morte; Gandhi deixou um rastro de vitória. JESUS deixou um rastro de vida eterna.
Há, por exemplo, pessoas anônimas ao grande público, mas cujo legado de influências é grandemente positiva, e outras, muito negativas. Que vergonha, por exemplo, para aquele pai ou mãe, que tratou mal seus filhos na infância, e na idade adulta se tornaram maus elementos. Hoje, em nossos dias, quantos casos de estupros de um pai com a filha (muitas vezes de pequena idade), ou de um padrasto. Pode uma pessoa assim mais tarde olhar para a sua filha ou filho, com dignidade, sem sentir dor de consciência? E os estragos para o resto da vida na pessoa prejudicada? E os filhos dessa criatura, como serão (em razão do comportamenteo alterado para o resto de sua vida)? Esse é um legado do qual o arrependimento não resolve as consequências, que podem ser marcas para toda uma vida, para os descentendtes e para a eternidade.
Mais uma vez, se somos seres sociais, afetamos a vida dos outros. E isso não há como evitar, exceto se vivermos todos os dias 100% isolados de todos, mas isso não é possível.
Quando uma pessoa bebe álcool, geralmente diz: faço o que quero com meu corpo e ninguém tem nada a ver com isso. A lição muito bem destacou esse comportamento irresponsável, pois é impossível ninguém não ter nada a ver com isso. Aqui em Ijuí há um caso dramático de um rapaz de 19 anos. Ia ele guiando a sua moto, quando um motorista bêbado o colheu, e quebrou uma de suas pernas de alto a baixo. Não sei em quantas partes ela foi quebrada, mas são fraturas do fêmur até a alguns dedos do pé. E agora? O rapaz, se tudo correr bem, vai ficar sem poder trabalhar por dois anos, essa é a previsão. Por pouco não amputaram a sua perna. E nunca mais vai ficar normal. A sociedade vai pagar pelo tratamento, e o rapaz também vai ter grandes despesas além da perda de tempo na vida, as faltas no emprego (e seu patrão vai ficar prejudicado também), de sua renda, e de sua saúde. A família dele também é severamente prejudicada; a sua esposa (são casados há pouco), quanto essa menina está sendo prejudicada! Além de tudo, graças a DEUS porque não morreu. É, ninguém tem nada a ver com isso? E parece verdade, pois aqui no Brasil, apesar das leis, o tal bêbado anda solto pelas ruas e o coitado do rapaz, que não deveria ter algo a ver com isso, está preso numa cama. E seus familiares sofrendo, tendo que cuidá-lo o tempo todo. Então, o que acha, a justiça de DEUS não deve ser feita? Quem dera aquele bêbado se arrependa e salve a sua vida da morte, e das consequências desse ato. Aliás, pense um pouco, como agora ficou difícil para uma pessoa assim se arrepender. Até para isso complicou a vida de quem pensa: os outros não tem nada a ver com o que faço de meu corpo. Pois, para ele se arrepender mesmo, evidentemente, deve reparar o dano que fez ao rapaz, pagar todo o tratamento, além de pedir perdão a ele. Será que ele teria recursos para isso? É bem melhor sermos fiéis aos princípios de DEUS e evitarmos criar um passivo, uma conta materialmente grande demais para pagar. Desses fatos os noticiários estão repletos: pessoas que por suas atitudes geram contas impossíveis de serem pagas.
Visto pelo lado positivo, podemos também gerar contas impossíveis de serem pagas, mas que, pensando bem, nem precisam ser pagas. É quando fazemos algum bem a outro, e, por exemplo, salvamos a vida de alguém. Quanto vale uma vida? Não tem preço. A pessoa nunca vai poder nos pagar, mas, também, nós nunca iremos querer ser reembolsados. Imagine você socorrer o seu vizinho, levando-o às pressas ao hospital, e por essa via, salvar-lhe a vida. Não me refiro ao gasto de gasolina, etc., me refiro ao valor do gesto: salvou a vida de um ser humano. Quanto vale o trabalho dos bombeiros? Quantas vidas eles salvaram até hoje? Diríamos, que trabalho bonito! E como é prazeroso ajudar alguém, mesmo que não seja para tanto. Como isso faz bem, a nós, ao próximo e a muitas pessoas relacionadas. Esses atos geram um valor tão alto que o beneficiado deles não os pode pagar, e quem gerou esse valor, por sua vez, sente um pagamento em forma de felicidade e em forma do reforço de amizades. São contas que DEUS paga de alguma forma.
E o bom relacionamento? Um pequeno agrado, um sorriso, algumas palavras de bem, de conforto, de senso positivo, o levarmos momentos de felicidade para quem precisa, ou para quem nem precisa, somente para ter um ambiente agradável, como isso faz bem! Quem paga essa conta? Não precisa. O fato de fazer bem, de distribuir saúde pela criação de um ambiente agradável, saudável e genuínamente cristão, se gera impactos positivos em nós e em muitas pessoas. Essa é uma conta positiva, que gera resultados bons, e que não precisam ser pagas, pois não há o que deva ser reparado. O que se criou com os momentos positivos é bom para todos; portanto, ninguém precisa se preocupar em ser ressarcido. Quando o resultado de nossas ações é positivo, o pagamento do que fazemos é uma consequência boa, saudável, construtiva. O esforço disso, sabem quem paga? É DEUS. Pois, afinal, de tal comportamento resulta melhor saúde, mais felicidade, vida de melhor qualidade, mais longa e mais sucesso profissional. Esse é o pagamento, feito por DEUS, por nós termos nos comportado como Ele pediu.

3. Terça: Unidade na redenção
A lição hoje destaca um assunto que vem ganhando o interesse da pesquisa científi-ca: o que o relacionamento humano tem a ver com a saúde das pessoas. Como seria de se esperar, vem-se descobrindo que o relacionamento faz bem às pessoas. Por exemplo, visitar um doente e passar a ele sensações positivas, esperançosas, numa atmosfera descontraída e alegre, faz bem e ajuda na recuperação. Entre pessoas saudáveis, o rela-cionamento ajuda a prevenir doenças, o corpo torna-se mais imune a infecções e contaminações.
É interessante destacar que a “diversidade de relações” é mais poderosa para a saúde das pessoas, tanto para evitar a doença quanto para a curar o doente, do que a quantidade de pessoas com que se relaciona. Ou seja, ter muitos amigos não é tão bom como ter menos amigos, mas com quem se relaciona mais intensamente, em diferentes as-suntos. Portanto, ter muitos amigos e relacionar-se intensamente com eles, é melhor ainda, isso é evidente. Sabe por quê? É que no relacionamento intenso forma-se uma amizade com que se pode contar, que pode trocar idéias com credibilidade, e que pode ser ajudado ou ajudar. É o grupo do compromisso firme, e isso produz uma sensação de segurança, que garante um estado emocional mais estável e esperançoso para o presente e futuro. Em sínte-se, se tivermos um grupo de amigos confiáveis com os quais possamos nos relacionar em diferentes assuntos, nos sentiremos bem melhor.
Esse é o poder do relacionamento entre amigos. Mas há algo mais poderoso que isso. Esse mesmo relacionamento, entre amigos que creem em DEUS, certamente é superior. Isso agora é uma hipótese de estudo, que, é de se crer, se alguém buscar compro-vação científica, obterá como resultado uma resposta positiva. É óbvio, pois, se simples amigos já podem fazer com que o corpo produza uma química positiva, amigos cristãos, que creem em DEUS, devem proporcionar um poder saudável ainda maior. É que nessa relação DEUS está presente, e Ele faz diferença. DEUS tem outro poder além daquele gerado por um bom relacionamento. Aliás, quem criou o poder benéfico do bom relacionamento evidentemente foi DEUS.
Pois bem, usando de pensamento lógico, podemos identificar um outro tipo de rela-cionamento ainda mais poderoso que aquele possível entre amigos que creem em DEUS. Qual será? Nem precisa pensar muito para descobrir, é o relacionamento direto com DEUS. Esse permite que se façam milagres, como aqueles que JESUS fez, ou os Seus discípulos, ou os que ocorrem em nossos dias, quando pedimos algo a DEUS e Ele nos responde. Quantas doenças curadas, quantos empregos restaurados, quantos casamentos renovados, e assim por diante. Por certo cada um de nós deve ter uma história relacionada com o poder de DEUS.
E qual é o segredo para se participar desse poder? Comunhão com DEUS, como Enoque, que vivia a real sensação de ter DEUS ao seu lado as 24 horas de todos os dias, desde que se entregou inteiramente a DEUS. Qualquer um de nós pode fazer isso. Estabele-cendo uma relação de amor com DEUS, nos tornamos amigos, e essa amizade abre oportu-nidades para DEUS agir com poder em nossa vida.

4. Quarta: Apoio mútuo
Mais que relacionamento, é o que DEUS deseja dos cristãos. Digamos que relacio-namento seja um visitar o outro, conversar, trocar idéias. Apoio é mais que isso, é um re-lacionamento comprometido de amizade íntima. É, como nos ensina a relação de versos da lição, amar uns aos outros (relacionamento); acolher um ao outro, quando em necessida-de (apoio); ser benignos uns com os outros, sendo compassivos e perdoadores (relaciona-mento); suportando uns aos outros (relacionamento); consolando uns aos outros (relacio-namento); confessando os pecados uns aos outros para o perdão (relacionamento); sendo todos de igual ânimo, compadecidos, amigos, misericordiosos e humildes (relacionamento); sendo hospitaleiros (apoio) e vivendo em comunhão uns com os outros (relacionamento e apoio).
Para fazer tudo isso, devemos olhar para JESUS e para os homens e mulheres que se espelharam no exemplo dEle. Nenhum deles foi completo, mas neles podemos observar o quanto foram superiores às demais pessoas que não seguiam JESUS. Em resumo, como já estudamos no passado, devemos ser amáveis aos outros, compreendendo a situação deles e buscando ajudar as pessoas a superarem suas dificuldades. Isto é relacionamento e apoio.
O quanto isto faz bem aos outros ninguém tem idéia. Mas, curiosamente, ao se fa-zer o bem aos outros, quem mais se beneficia é aquele que está praticando. Então, todos saem ganhando. É diferente do que ocorre no mundo, onde todos querem levar vantagem, querem benefícios para si mesmos, mesmo que isso implique na destruição de outras pessoas. E vivem assim como se fosse normal. Nós, cristãos, que olhamos para o futuro, vemos a eternidade por meio do amor mútuo, do relacionamento recíproco e do apoio de-sinteressado.

5. Quinta: Servindo uns aos outros
Essas lições estão nos ensinando a verdadeira ciência da vida. Estamos aprendendo a viver com mais saúde, aprendendo a como viver para sermos mais saudáveis e mais felizes. Essa é uma ciência simples, mas, devido ao pecado, pouco compreensível. Nós, adventistas, temos o dever de viver essa ciência no dia a dia, e demonstrar sua eficácia ao mundo.
Resumindo o que até agora estudamos, qual é mesmo essa ciência? A lição de hoje faz o resumo: é viver para servir, não para sermos servidos. Assim como viveu JESUS.
O servir faz bem a todos. É um modo de vida em que todos ganham e ninguém perde. Todos são beneficiados: quem é servido e quem serve.
Quem é servido, é beneficiado pela ajuda que recebe, e ele se sente bem em seu ín-timo, além de ter seu problema resolvido, ou no mínimo ter recebido apoio. Servir é bom relacionamento e apoio aos outros. Isso cria uma atmosfera de confiança de uns para com os outros, e de todos para com DEUS. Num ambiente assim, para a doença penetrar é im-possível. Adoecemos por falta de um estado psicológico poderoso; em última análise, por falta de comunhão mais íntima entre nós e com DEUS. A história bíblica do passado permi-te tal conclusão. Aos israelitas DEUS prometeu saúde e vida longa, se, evidentemente eles fossem fiéis. E podemos lembrar as batalhas que eles fizeram, quando eram feitas em co-munhão com o Senhor. Por exemplo, a tomada de Jericó, ou a de Gideão e os 300 soldados (e muitas outras). Nessas batalhas não morria sequer um israelita. DEUS não é alguém que garante bons índices para seus filhos, Ele é alguém que quer garantir a perfeição. Se nós, do povo de DEUS desses últimos dias, vivêssemos tal como estamos estudando nessas lições, seríamos imunes à doença. Seríamos um povo que alcançaria uma média de vida superior a 100 anos, e teríamos uma velhice saudável. Mas não é essa a realidade. Pelo menos somos um pouco melhores que o mundo, porém isso não serve nem de consolo, e sim, de repreen-são. Precisamos reformar nossa vida, nossos hábitos de alimentação, nossos hábitos de e-xercícios, o relacionamento na igreja e fora dela, em especial no lar. Nós precisamos estar no mundo, mas não ser do mundo; isto é, relacionarmos com o mundo como JESUS, influ-enciar, mas não sermos influenciados. Porém, somos ainda muito influenciados, principal-mente pela moda, que tanto atrai muitos de nós, se bem que nem todos.
O estilo de vida do servir e não ser servidos não quer dizer que nunca sejamos ser-vidos. Isso quer dizer que nós não estamos aqui para nos impor sobre os outros, para exigir dos outros, e sim, para ajudá-los. E os outros fazem o mesmo. Aí se forma a comunhão entre os seres humanos. E só nesse estado de vida é possível a atuação de DEUS e a trans-formação da vida. Esse é o estilo de vida original, superior, que não necessita das emoções que nesse mundo são oferecidas, tais como o fanatismo pelo futebol (quantos de nós não conseguem largar). Muitas pessoas não conseguem passar um final de semana sem ligar sua televisão e ficar ali, embasbacado, torcendo por um grupo de jogadores, e depois, zomban-do dos torcedores do outro time (já vi isso em sermão, inclusive em conferência pública...). Nós, os adventistas (povo do advento) não precisamos de adrenalina para nos desestressar-mos, e sim, precisamos do estilo de vida que a lição está nos ensinando, e é assim que se-remos mais saudáveis e mais felizes. A busca de sensações fortes, de emoções radicais é coisa alternativa do mundo, para substituir exatamente o que essas lições estão ensinando. É assim que se coloca de lado o que DEUS quer que façamos, e sutilmente nos ligamos ao mundo, para vivermos doentes, desunidos uns com os outros, meio no mundo e meio na igreja.
Mas DEUS está formando um povo. Nem todos agem assim como o joio. Há um grupo de pessoas que está sendo transformado. São, ao que parece, poucos, mas é o rema-nescente dentro da igreja remanescente, chamado trigo, ou ouro sendo purificado. Estes, principalmente, terão máximo proveito com as lições maravilhosas desse trimestre. Que seu exemplo de vida toque a de muitos outros, sejam dentro da igreja, sejam aos de fora dela.

6. Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
De tudo o que estudamos nesse trimestre sobre “saúde e cura”, qual o ponto central? Qual o tema que fundamenta todos os demais, para termos uma vida de melhor qualidade, mais saudável e mais feliz? É ter o amor de DEUS no coração e em tal quantidade que transborde sobre os outros.
O amor de DEUS tem duas grandes peculiaridades: ele não tolera o mal, ele não se conforma com a menor diferença entre o que é a vontade de DEUS para com Seus filhos, mas, por outro lado, ele sempre, enquanto houver possibilidade, está traba-lhando para salvar o pecador de sua situação. O amor odeia o pecado, mas, ao mesmo tempo ama o pecador. O pecado é o mal, o pecador é quem precisa ser liberto do mal.
Para que façamos a reforma da saúde por completo, para que façamos exercícios fí-sicos na medida adequada, para que bebamos água como o nosso corpo requer e nos ali-mentemos corretamente, para que cuidemos do ambiente a fim de que seja saudável, para que tenhamos a fé que remove montanhas (grandes dificuldades), para que saibamos a me-dida certa do descanso e do trabalho, para que saibamos qual é o louvor que DEUS aceita e qual o que Ele rejeita, para que sejamos temperantes nas coisas boas e saibamos negar as ruins, para que sejamos íntegros e pertencentes a DEUS por inteiro, para que sejamos oti-mistas, felizes e distribuidores de felicidade, para que saibamos qual a verdadeira nutrição conforme a Bíblia, para que, enfim, saibamos como socorrer aos que necessitam, é preciso ter em nós o amor de DEUS.
E por que o amor é capaz de resolver tantas coisas, e muitas outras mais? Foi por amor que JESUS Se tornou homem, e sofreu aqui humilhação como jamais se viu e jamais se verá, a fim de nos salvar da morte eterna. O amor é capaz de tudo, e é a fórmula de uma vida superior aqui na Terra, e nos levará à vida eterna. “O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconveniente-mente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba...” (I Cor. 13:4 a 8 pp).

escrito entre: 12/05 a 19/05/2010
revisado em 19/05/2010
corrigido por Jair R. Bezerra


Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.

Lição Escola Sabatina para Surdos - Lição 13

Lição 13 - Apoio Social: Laços de amor - 19 a 26 de junho

Verso para Memorizar: Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como Eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13:34, 35).

Lição 13 - Apoio Social: Laços de amor - 19 a 26 de junho from Escola Sabatina on Vimeo.

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 12

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Segundo Trimestre de 2010
Tema geral do trimestre: Saúde e Cura
Estudo nº 12 – Nutrição na Bíblia
Semana de 12 a 19 de junho
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de DEUS” (I Cor. 10:31).

Introdução de sábado à tarde
DEUS, no sexto dia, criou o homem e a mulher de substâncias físicas materiais pre-sentes na natureza. Ele certamente não pegou a esmo pó da Terra para formar o corpo de Adão. Se o fizesse, poderia ter pego elementos químicos em concentração desequilibrada. Ele formou o homem do pó da Terra exatamente na combinação dos elementos químicos que esse ser deveria ter em vida. DEUS não pode ser visto como um oleiro, e sim, como um Criador, que sabe combinar elementos químicos e assim preparar um boneco que logo depois seria o corpo de Adão, do qual faria Eva.
Fazer um boneco parecido consigo mesmo, qualquer artista humano faz. E pode fa-zer bem feito. Mas duas coisas a mais nenhum artista ou ser humano é capaz: equilibrar os elementos químicos conforme o tal boneco vai precisar ao nele ser posta a vida, e, por fim, dar vida ao boneco. Tal inteligência e poder só DEUS possui.
Mas nós temos uma responsabilidade semelhante à de DEUS quando fez Adão do barro. Assim como o Criador, quando formou o homem, e ali combinou perfeitamente seus elementos químicos, do mesmo modo também devemos fazê-lo. E quando fazemos isto? Quando nos alimentamos e quando bebemos.
Por exemplo, o corpo humano tem fumaça ou alcatrão? Não! Então não devemos fumar. O corpo humano tem álcool? Não, então não devemos beber álcool. E tem muito mais. O corpo humano tem um perfeito equilíbrio de elementos químicos, e em nossa ali-mentação devemos zelar para que assim continue sendo. E o corpo tem requisitos para fun-cionar bem. Pela alimentação (embora não só, mas também pelo exercício físico, etc.) de-vemos cuidar para que o corpo não seja prejudicado, ficando muito magro, ou obeso, ou que algo nele funcione mal, ou deixe de funcionar. Recebemos o corpo para nele termos vida. Recebemos a respiração para que a vida permaneça no corpo. Nosso corpo com a respiração é uma alma vivente. Portanto, temos o essencial para sermos seres vivos, racionais, inteligentes, e para decidirmos o que fazer conosco mesmos.
Esta semana deve ser vital para que muitos decidam se farão ou se não farão a re-forma da saúde.

1. Primeiro dia: A alimentação original
Testemunho científico! Esse é o nome correto. Muitos estudos por parte de cientistas comprovam o estilo de vida superior dos adventistas. A nossa média de vida é superior à média de vida dos crentes das demais denominações. Porém, aqui vem uma questão: quan-tos, entre nós, por ainda manterem maus hábitos alimentares, estão prejudicando essa mé-dia? Ou seja, por que os estudiosos dividem os adventistas em categorias, os vegetarianos e os não vegetarianos? Se todos os adventistas fossem vegetarianos, ou ao menos muito pró-ximos disso, como é a nossa obrigação (e isso não quer dizer que alguns não comessem alguma carne branca, dependendo de suas condições de necessidade de alimentação ou outros fatores, mas, pouca carne), a média de vida de todos os adventistas seria como a do grupo de membros fiéis ao nosso Senhor. O que queremos dizer é que seríamos um im-pacto forte na sociedade, em todos os lugares. Teríamos uma credibilidade em favor de nosso estilo de vida incontestável, mesmo pela ciência! Por exemplo, acabo de orientar uma monografia de pós-graduação de um estudo num hospital. Esses estudos descobririam o efeito adventista. Os planos de saúde por certo correriam atrás desse povo para tê-los como clientes, pois pouco adoecem. As empresas decerto buscariam adventistas para nelas traba-lharem, pois pouco faltariam por motivos de doença, além de serem mais saudáveis e mais produtivos. Nas escolas os adventistas se destacariam como foi com Daniel e seus compa-nheiros. Na sociedade os adventistas seriam um poder de influência positiva. E assim por diante.
Pare e pense um pouco sobre o poder de um testemunho assim!
Qual era a alimentação de Adão e Eva? O que eles comiam? O livro Temperança pág. 160, diz: "Nosso Criador nos forneceu nas verduras, nos cereais e nas frutas, todos os elementos de nutrição necessários à saúde e à resistência. As comidas de carne não faziam parte da alimentação de Adão e Eva antes da queda. Se as frutas, verduras e cereais não eram suficientes para satisfazer às necessidades do homem, então o Criador cometeu um erro ao provê-los para Adão. ..."
Há um texto, não em português, que traduzido revela mais informações sobre a dieta de Adão e Eva: “O benevolente Criador lhes havia dado evidências de Sua bondade e amor em fornecê-los com frutas, legumes e grãos, e, causando a crescer fora da terra toda a variedade de árvores de utilidade e beleza” (Confrontation p. 10).
Logo, o que eles comiam lá no Éden? Frutas, legumes, verduras e sementes. E essa é a orientação da qual devemos nos aproximar hoje, nos dias em que estamos por retornar ao original, em que estamos próximo de entrarmos, com nossos primeiros pais, no Jardim do Éden.

2. Segunda: A alimentação pós-diluviana
Vamos estudar, de uma maneira rápida, a evolução da alimentação ao longo dos tempos. Já vimos como ela era no Éden. Essa foi a alimentação ideal, para seres perfeitos, que deveriam viver eternamente. Eles não viveriam eternamente em razão do que comessem, mas sim, porque DEUS assim os manteria, vivos, se eles ficassem fiéis e sempre obe-decessem à vontade de DEUS, que é amor. Adão e Eva comiam e bebiam pelo prazer de saborear algo gostoso. E o alimento no Éden era abundante. Eles também não precisavam trabalhar para obtê-lo, ele estava lá, em todo lugar.
E depois do pecado, como ficou a questão da alimentação? Embora DEUS não ti-vesse liberado, o ser humano não só se tornou mortal como passou a matar. Não levou muito tempo para que Caim matasse Abel. E depois disso, outras mortes foram registradas na Bí-blia. Os homens tornaram-se violentos, guerreiros, matavam outros homens, disputavam entre si, e matavam animais. E chegaram ao ponto de comer a carne dos animais, mas isso ainda era proibido. Porém, não havia mais como segurar o desejo pela carne. Esse foi um dos grandes traumas do pecado: matar para comer carne. Hoje ficou normal. Então, após a queda, mas ainda antes do dilúvio, os homens passaram a comer coisas proibidas, e isso em grande parte contribuiu para que se tornassem violentos e a lutar entre si, um querendo to-mar as coisas do outro. Como se foi o amor, faziam o que desejavam seus ambiciosos gos-tos. Cada vez menos racionais, cada vez mais controlados pelos gostos e desejos.
Após o dilúvio, havendo por um tempo pouca plantação, e talvez por outros moti-vos, como a impossibilidade de manter a proibição pela carne, DEUS liberou que o homem comesse carne. Não qualquer carne, só as menos prejudiciais, as que Ele chamou de carnes limpas. De certa forma, DEUS permitiu que o homem fizesse o que ele tanto queria fazer: comer carne. É incrível como o ser humano deseja carne, algo que se parece com ele mesmo, pois somos carne. É coisa do pecado, um devorar o outro. Vivemos bem perto da antropofagia! É evidente que na crise final, quando as pragas estiverem caindo, quem não tiver acesso ao pão e água do Céu, vai ter que comer carne, de seus semelhantes. Isso já aconteceu em outras crises. A carne foi liberada assim como, contrariado (basta ver como JESUS se expressou sobre isso), DEUS tolerou o casamento de um homem com mais de uma mulher. Então DEUS também limitou em muito o tempo de vida do homem. Ele vive-ria até no máximo 120 anos, ao redor desse tempo.
Com o passar do tempo, o ser humano foi dando uma de anti-diluviano. Liberada a carne limpa (significa menos prejudicial, mas não significa alimento ideal), passou a comer também carnes imundas (mais prejudicial, algumas de alto risco), e de todo tipo. Hoje em dia o ser humano come, digamos, qualquer coisa, até lesma (chamam escargot). Comem rã, cobra, ratos, até barata e formiga. Quando DEUS proibiu a carne, eles a comeram; quando DEUS liberou algum tipo de carne, o homem avançou para todo tipo.
Por que será que o ser humano sempre tem que ultrapassar as fronteiras do que DEUS permite, e cometer pecado? Adão e Eva não deveriam comer de determinado fruto (nem se cogitava comer algum dos animais que eles amavam), mas eles comeram. Os anti-diluvianos não receberam ordem de comer carne, mas comeram. Os pós-diluvianos receberam permissão de comer determinadas carnes, resolveram comer todos os tipos de carne. O pecador sempre vai além do permitido!
E aqui estamos nós, nos dias finais da história. Come-se de tudo, e a indústria far-macêutica se enriquece, vendendo medicamentos para uma quantidade enorme de doenças.
Considerando a evolução da história, o que se espera daqueles que terão a grande possibilidade de serem transformados vivos, sem verem a morte, quando JESUS voltar? Ora, o mais evidente que deles se espera é que retornem às origens da criação. Que dei-xem das carnes, que se tornem vegetarianos, assim como foram Adão e Eva. Mas por que isso? Ora, simples, eles estão se preparando para ir morar no lugar de onde Adão e Eva saíram vivos. E nós, podemos ter a grande possibilidade de entrarmos lá, sem termos expe-rimentado a morte. Mas não é só isso. É que nesses últimos dias vai ocorrer o maior de to-dos os debates da história da humanidade. Chama-se “A grande controvérsia”, entre os que defendem a verdade e os que defendem a mentira (ou uma mistura de verdade e mentira).
Para estarmos aptos a entrar nesse tremendo debate, temos que ter mente sadia, clara e poderosa. E mais, a nossa mente precisa ter a capacidade de ouvir o ESPÍRITO SANTO. Então, temos que retornar ao estilo de vida de Adão e Eva, e esse é mais um motivo importante, vital, para fazermos uma reforma na saúde.
Todos os membros leigos estão esperando que seus líderes deem o exemplo, e se mostrem como poderosos influenciadores para o bem, fazendo antes a reforma da saúde, para que possam com moral, por exemplo de vida, defender essa reforma diante de todos os demais membros da igreja. É tempo de pensar nesse assunto, a reforma para os hábitos de vida de antes do pecado.

3. Terça: Alimentação no Novo Testamento
O ser humano, de natureza pecadora que é, se esforça por encontrar brechas nos tex-tos sagrados em que possa defender seus pontos de vista. Esse é o caso do comer carne. No Novo Testamento temos citações que, se forçadas um pouco, e se por outro lado a pessoa for um tanto superficial e não estudar bem, e ainda, se ela quer mesmo comer todo tipo de carne, vai conseguir interpretar a seu favor.
Vamos ver alguns desses casos. Um está em I Tim. 4:1 a 5. Ali Paulo fala que nos últimos dias virão algumas pessoas para enganar a outras. Refere-se a pessoas que estarão proibindo o casamento, exigindo a abstinência de alimentos que DEUS criou para serem recebidos, pois tudo o que DEUS criou é bom. Portanto, deve ser recebido com ações de graça, pois nada é recusável.
O que Paulo estava querendo dizer ao escrever essa mensagem?
Em primeiro lugar, temos que entender como são escritos os livros. Qualquer livro não pode entrar em contradição entre um trecho e outro. Se isso acontecer, o seu autor co-meteu erro gravíssimo, e o livro não merece crédito, nem vale o valor das árvores que foram derrubadas para se fazer o papel. Muito mais ainda a Bíblia não pode entrar em contradição com ela mesma, pois quem na verdade é o seu autor é o próprio DEUS.
Em seguida, temos que ver o que mesmo Paulo estava falando aí. Aproveitando a oportunidade, se bem que não é o assunto de lição, Paulo refere-se a proibição do casamen-to por parte de alguns daqueles tempos. É um assunto em pauta hoje, por causa da pedofilia de muitos sacerdotes católicos. Nos tempos de Paulo os gnósticos introduziram no cristia-nismo uma idéia filosófica de que toda a matéria era má, e que, portanto, o corpo era mau. Deduziram então que o casamento e a união sexual era algo mau. Tinham que reprimir toda paixão do corpo material. O matrimônio nesse caso seria dar vazão a todas as paixões do corpo, que era pecaminoso. Essa idéia absurda foi perpetuada no sistema monástico, e per-dura até nossos dias na Igreja Católica, entre o sacerdócio.
Com relação aos alimentos, havia partidários na igreja que introduziram conceitos de completa abstenção ou até proibição de certos alimentos, por razões cerimoniais, ou também em certos dias religiosos. Ainda hoje há crenças assim, mas não mais tão arraigadas. Por exemplo, na páscoa muitos comem peixe, no natal, panetone, etc. Como naqueles tempos, falta alguém impor essas práticas.
Outro ponto importante é o que podemos e o que não podemos comer. Isso está de-finido na Bíblia, e nós o conhecemos. E em nenhum lugar DEUS mudou suas definições quanto a novas liberações de alimentos. Portanto, o que Ele permitiu no Éden, e o que mais permitiu após o dilúvio, e que já estudamos, isso é o que ainda está valendo. E ninguém peca por hoje comer carne pura, limpa, que não seja imunda. Ninguém vai deixar de entrar na Nova Terra por esse motivo. O que tanto se fala hoje, a partir do Espírito de Profecia, é da necessidade da reforma da saúde, que na realidade não é algo obrigatório, porém, altamente desejável para que a mente seja limpa do embotamento provocado por esse alimento, a fim de podermos ter um mais íntimo relacionamento e comunhão com o ESPÍRITO SANTO, e sermos menos sujeitos a falhas durante o Alto Clamor. Essa é a questão vital, ir pelo caminho de menor risco. Vai ser muito difícil para quem come carne vencer durante o Alto Clamor, mas quem quiser tentar, faça-o. De minha parte, já há anos tomei a decisão de não correr um risco tão alto quanto a vida eterna.
Nos tempos de Paulo, na cidade de Corinto, acontecia o seguinte: Os açougueiros compravam carne das pessoas que sacrificavam animais para a venda da carne. E muitas vezes essa carne, antes de ir para o açougue, era dedicada aos deuses pagãos, na verdade, ídolos. Parte era comida em festas pagãs, outra parte era dada aos sacerdotes pagãos, e ain-da outra parte ia parar nos açougues e vendida no mercado público da cidade. A questão que surgiu era: pode-se comer essa carne? Alguns diziam, não pode, outros diziam, não tem nada a ver, pode comer. E agora, afinal, pode ou não pode? Consultaram Paulo sobre o as-sunto. E o que ele disse? Paulo foi sábio na resposta. Ela está em I Cor. 8:4 a 13. Em resumo ele disse assim, vamos por partes.
a) O ídolo não é nada, não tem valor algum, (senão o material de que ele é feito);
b) Mas havia, entre os cristãos, conversos vindos da idolatria, e estes ainda acha-vam que aqueles ídolos eram de fato deuses, e assim sendo, entendiam que devi-am ter cuidado em não envolver-se com eles, pois isso seria perigoso e estariam como nos velhos tempos, quando ainda eram idólatras (e acreditavam firmemen-te nos ídolos como sendo deuses) venerando aqueles deuses;
c) A esses, Paulo classificou de fracos, ou seja, pouco entendidos quanto a realida-de desses deuses pagãos, pois não entendiam que tais deuses nada valiam;
d) Então Paulo disse assim (verso 6): que nós (Paulo e os cristãos mais experientes), sabemos que na verdade só existe um DEUS;
e) Mas que esses conversos novos, ou os menos entendidos, ainda conservam em sua consciência a idéia de que aqueles ídolos são outros deuses, por isso eles não admitem comer a carne que fora dedicada a esses deuses;
f) Paulo explica, que não é a comida que nos recomenda para DEUS (verso 8), portanto, comer aquelas carnes não significava algum ato de adoração àqueles ídolos, e poderiam livremente comer sem dor de consciência;
g) No entanto, Paulo levantou outra questão, a que não se haviam dado conta, problema da “pedra de tropeço”;
h) Que deveriam evitar comer aquelas carnes porque, esses cristãos menos infor-mados, e menos experientes, mas muito zelosos pelas coisas de DEUS que abra-çaram com fervor, assim também se veriam induzidos a comer, no entanto, se sentiriam acusados em suas consciências de terem feito algum tipo de tributo aos ídolos;
i) Ou mesmo eles não comendo, se preocupariam de que quem comesse fizesse tal tributo, e assim ficariam tristes ou até desanimados, em especial se vissem algum líder comendo tal tipo de carne;
j) Por esse motivo, e só por ele, por amor daqueles que ainda necessitavam muito mais do exemplo dos mais bem informados, que deixassem de comer ou de be-ber o que viesse a se tornar motivo de escândalo ou de perda da vida eterna de alguém, ou mesmo só de preocupação. Esse debate era uma questão relacionada com a consciência das pessoas, coisa que todos nós hoje também devemos ter muito cuidado;
k) Pois CRISTO morreu por todos;
l) É evidente que aqui eles estavam tratando de carne pura, não da carne impura. Essa questão nem estava sendo debatida, essa distinção eles todos sabiam fazer e estavam em concordância. Esse debate não avaliza a liberação para comer de tu-do o que hoje o mundo come, pois tal liberação não existe na Bíblia.
Portanto, essa questão, estudada conforme os fatos e contexto daqueles tempos, fica bem esclarecida. Paulo não estava liberando comer qualquer tipo de carne, esse nem era o debate, e sim, liberando comer carne oferecida a ídolos porque um ídolo não é coisa alguma, assim sendo, as ofertas a eles não tinham valor algum. No entanto, por causa da consciência de alguns irmãos que viam essa questão de modo diferente, que se abstivessem de comer, ao menos em público.

4. Quarta: Alimentação equilibrada
O estudo de hoje poderia se resumir em 5 palavras: “equilíbrio no que é lícito.” Vou relatar aqui o caso de um vegetariano, isso aconteceu há uns 40 anos atrás. Ele hospedou-se na casa de outro irmão, não vegetariano, e não informou seu hábito alimentar. Na sexta-feira à noite, a esposa do hospedeiro colocou sobre a mesa um único prato, como era o costume: um risoto de frango (arroz com frango desfiado). Não havendo alternativa, senão o pão integral também posto à mesa, o vegetariano não teve dúvidas, separou o arroz do frango desfiado, depois comeu. Esse era o seu zelo. A irmã ficou envergonhada, mas, afinal, ela não fora informada pelo próprio vegetariano do que ele comia e do que não comia.
No sábado para o desjejum, o que aconteceu? Aquele vegetariano encheu a xícara de leite de vaca, e adicionou 5 (cinco) colheres de açúcar. Foi quando o irmão que o hospedava não resistiu mais, e saiu do silêncio e lhe chamou a atenção do quanto é muito mais prejudicial o açúcar misturado com leite que aquele risoto do dia anterior. É disso que a lição trata hoje: da falta de equilíbrio.
Muitas vezes pessoas são extremamente zelosas num ponto e extremamente toleran-tes noutro, e esse outro ponto pode ser até mais prejudicial que onde há zelo. Por exemplo, já vi pessoas cuidadosas na alimentação, mas numa festa de casamento ou em outras festas, quando é de graça, comem até quase explodir. Isso é cristianismo? Outros exigem dos ir-mãos uma quantidade de coisas, mas quando chega a hora de comer, elas mesmas pecam mais que as pessoas das quais exigem essas coisas.
Nós devemos ter cuidado no que fazemos, estejamos ou não estejamos sendo obser-vados. Um certo pregador, que comia pouca carne, informou isso numa de suas pregações. E meses mais tarde, ele foi visto por uma irmã da igreja que ele não conhecia, num restau-rante. Ela estava bem atrás dele, na fila para se servir num buffet. Ela pensou assim, não vou me identificar, mas vou observar se é verdade que ele come pouca carne. E o que acon-teceu? O pregador não pegou nada de carne, embora houvesse muitas variedades para esco-lher. E o que aquela irmã fez mais tarde? Numa próxima ocasião na igreja, informou aos outros irmãos que era verdade o que aquele pregador havia falado, e todos então firmaram maior crédito ao que ele havia pregado. É o poder do testemunho!
Portanto, equilíbrio em tudo o que é bom, pois exageros, mesmo no que faz bem, é prejudicial.

5. Quinta: Alimentação hoje
“Porque o reino de DEUS não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e ale-gria no ESPÍRITO SANTO” (Rom. 14:7).
Quer dizer que, com base nesse verso, se pode comer de tudo? Afinal, o que importa é a justiça, a paz e a alegria!
Perceba bem que maldade de interpretação é essa. Quem quer comer de tudo, apro-veita esse verso para tirar tal conclusão. Mas o que o verso diz e o que ele não diz? Ele diz aquilo que o reino de DEUS não é, como se pode ler. E o que ele não diz, é sobre que ali-mentos impuros ficam liberados. Nada a ver com essa interpretação. Por isso, tal interpreta-ção é maldosa, pois foi forçada. Enfim, qualquer texto em linguagem humana permite que sua interpretação seja forçada, inclusive o texto bíblico. Felizmente essa é uma interpretação que não vinga nos meios adventistas, senão, talvez, entre uns poucos.
Assim surgem os extremos: os liberais, que acham que pode muito, e os ortodoxos, que acham que pode pouco. O correto é equilíbrio naquilo que DEUS permitiu, e não arris-car naquilo que tem dúvida, que talvez faça mal ao organismo. Há tanta coisa boa para se comer, que sabemos que DEUS permite, então, por que arriscar em mais algumas coi-sas, só para ter mais variedade? Por exemplo, a mim não parece haver problema na cerveja sem álcool, que agora fabricam. Veja, “me parece”, mas não tenho certeza. Aqui em casa não bebemos, afinal, existe tanta coisa boa para se beber... E porque também nós temos que ter essas coisas enlatadas, que passam por processos industriais, em lugar de um suco espremido na hora? Essa é uma boa pergunta: “por que correr risco?” Há pessoas para as quais qualquer novidade se torna imprescindível. E o natural, que já existe há milênios, esse em muitos lares não se usa, mas para muitos de nós, tem que ser o industrializado, que possua bastante química de estabilizantes, conservantes e sabores. Ora, porque arriscar, se em lugar disso, muito mais vale a vida eterna? Mas, enfim, cada um que saiba o quanto vale a sua vida, a daqui e a depois da transformação.
Só uma observação: qual é afinal, em muitos casos, a alimentação hoje, entre nós? Carne em excesso (inclusive à noite); refrigerantes em excesso; muito doce; bebidas que nem se deveria ingerir, como pepsi-cola e coca-cola, chá preto, café, tererê e chimarrão; lanches rápidos geralmente gordurosos ou salgados ou muito doces; refinados; muito sal; comer fora de hora; demais assados; pouca alimentação natural sem processamento indus-trial; poucos alimentos crus; muitas misturas, etc.
A alimentação em nossos dias é uma das maiores tentações. Agora o ser humano quer variedade. Se for, aqui no sul do Brasil, num restaurante, à noite, onde oferecem o tal do “café colonial” ali aparecem entre 60 a 80 variedades. E as pessoas gostam, e dizem, veja só quanta variedade!!! Mas, isso é saudável? Você já experimentou comer, numa mesma refeição, 60 alimentos diferentes? Isso é totalmente não racional. No entanto, é o que ven-de, e muitos de nós vão a um lugar assim, e ainda ficam falando aos outros, como que se exibindo, de como foi bom. E Ellen G. White diz que devemos comer pouca variedade numa mesma refeição, uns 3 ou 4 pratos diferentes.
Portanto, para esses dias complicados, em que é forte o apelo para os exageros, nós, do povo de DEUS, devemos ter zelo pelo equilíbrio no que é bom, e nem tocar o que faz mal, ou o que desconfiemos que faz mal. Repetindo, há tanta coisa que temos certeza ser bom, por que arriscar naquilo que não temos total certeza? Qual seria a razão de muitos de nós termos em tão pouca conta a vida eterna, para arriscá-la com alguma comida ou algum mundanismo? Isso é ser inteligente?

Decidimos aqui incluir alguns anexos importantes. O primeiro deles é sobre a dieta dos atletas, texto da nutricionista Cristina Garcia Lopes. Esse é um extrato do texto comple-to que se encontra em http://www.acessa.com/viver/arquivo/nutricao/2001/07/09-Cristina/. Não tem cunho religioso, mas se atentarmos, é relevante para nossa orientação. Veja só co-mo as pessoas mundo afora dão importância à boa alimentação.
“Orientações nutricionais para melhor performance dos atletas
No caso de atletas, quando há um ritmo intenso de atividade física, com treinamentos regu-lares diários, um cuidado maior na alimentação deve ser dispensado. Algumas orientações nutricionais têm sido indicadas, por diversos estudiosos no assunto, como as de maior efeito na busca de uma melhor performance pelos atletas:
• aumentar a ingestão de água, pura ou na forma de sucos, principalmente durante e após a atividade física;
• consumir maior quantidade de fontes de carboidratos (massas, cereais em geral, pães etc), dando preferência para aquelas que contêm pouca ou nenhuma gordura;
• evitar gorduras sob todas as formas, tomando cuidado com a “gordura invisível” nos alimentos (maionese, embutidos de carne, queijos amarelos, etc.);
• não exceder no consumo de proteínas (carnes de qualquer tipo, leite e derivados, ovos, etc.);
• ingerir boas fontes de fibra nas refeições (cereais integrais, pão e arroz integral, cascas, talos e bagaços de frutas e vegetais, grãos com casca), uma vez que estas têm efeito de pro-piciar uma liberação mais lenta da glicose para o sangue, fornecendo energia ao organismo de forma gradativa, o que é extremamente favorável para o atleta;
• evitar excesso de açúcar e/ou alimentos açucarados (o mel tem sido estudado como uma forma melhor de repor energia para o atleta do que o açúcar branco, mas é necessário ob-servar, antes, se há alergia ao produto);
• evitar sal em excesso, pois o mesmo aumenta a necessidade de água pelo organismo, assim como pode contribuir para elevação da pressão arterial em pessoas predispostas, o que é altamente prejudicial para o atleta;
• evitar bebidas gaseificadas (refrigerantes);
• abusar do consumo de frutas, legumes e verduras;
• ingerir leite ou similar (iogurte, coalhada ou queijo branco) em uma proporção mínima de dois copos ao dia;
• cuidado com molhos picantes e gordurosos;
• na véspera da competição, ingerir grande quantidade de massas (carboidratos) e reduzir ainda mais o consumo de gordura;
• a mesma orientação anterior serve para a reposição energética após a competição, sendo que, nesse caso, é necessário aumentar a ingestão de líquidos;
• sucos de frutas adoçados e adicionados de uma pitada de sal ou água de coco são exce-lentes repositores para as perdas de água e sais minerais derivadas da transpiração durante a atividade física;
• logo após a atividade, principalmente após a competição, não ingerir alimentos ricos em gordura ou proteínas, dando preferência a frutas (principalmente ácidas), hortaliças e fontes de carboidratos;
• evitar bebidas alcoólicas, principalmente próximo às competições.”

Agora adicionamos algo sobre a “Pirâmide Alimentar”, produzido pela Universidade de Brasília.

OS GRUPOS de alimentos

Grupo 1:
Na base da pirâmide, estão os alimentos energéticos ricos em carbohidratos, que são res-ponsáveis pelo fornecimento da maior parte das energias de que precisamos.
São os cereais, pães, raízes e tubérculos.
São indicadas 8 porções.
Grupo 2:
No segundo degrau da pirâmide estão os alimentos reguladores,
ricos em vitaminas, sais minerais, fibras e água.
São as hortaliças, as verduras.
São indicadas 3 porções.
Grupo 3:
As frutas e os sucos de frutas naturais, também são alimentos reguladores, ricos em vitami-nas, sais minerais, fibras e água.
São indicadas 3 porções.
Grupo 4:
No terceiro degrau estão os alimentos construtores, ricos em proteínas e cálcio, ferro e zinco. Esse grupo também possuí açúcar e gorduras, proteína, cálcio, ferro, e zinco.
São eles: o leite, os derivados de leite, queijos, bebidas lácteas, etc.
São indicadas 3 porções.
Grupo 5:
Alimentos construtores ricos em proteínas e cálcio, também possuem gorduras e colesterol, além de ferro e zinco.
São as carnes e ovos.
São indicadas 2 porções.
Grupo 6:
Esse grupo encerra o grupo dos alimentos construtores, que são ricos em proteínas e fibras, além de cálcio, ferro, zinco e vitaminas. A vantagem desse grupo é que possuem alimentos que oferecem calorias, através do colesterol bom, sem prejudicar a saúde. Além de proteínas específicas, como a Isoflavona que é encontrada na Soja e que ajuda a combater várias doenças.
São as leguminosas: Feijão, soja, ervilha, etc.
São indicadas 1 porção.
Grupo 7: Óleos e gorduras: 120 kcal
No último degrau da pirâmide estão os alimentos energéticos ricos em calorias e colesterol. São importantes. As gorduras e o colesterol transportam as vitaminas A, D, E, K. Mas de-vem ser consumidas em pequenas quantidades.
São os óleos e as gorduras.
São indicadas 2 porções.
Grupo 8: Açúcares, balas, chocolates, salgadinhos: 80 kcal
São alimentos energéticos que proveem muitas calorias e poucos nutrientes. Devem ser con-sumidos com moderação.
São eles: açúcares, balas, chocolates, salgadinhos.
São indicadas 2 porções.
Para uma dieta recomendada de 2.500 kcal/dia teremos:
Alimentos Porções Calorias
Grupo 1 Cereais, pães, raízes e tubérculos; 8 porções. 150 kcal
Grupo 2 Hortaliças, as verduras 3 porções 15 kcal
Grupo 3 Frutas e os sucos de frutas naturais 3 porções 70 kcal
Grupo 4 Leite e derivados, queijos, bebidas lácteas 3 porções 120 kcal
Grupo 5 Carnes e ovos 2 porções 130 kcal
Grupo 6 Leguminosas: feijão, soja, ervilha, etc. 1 porção 55 kcal
Grupo 7 Óleos e gorduras 2 porções 120 kcal
Grupo 8 Açúcares, balas, chocolates, salgadinhos 2 porções 80 kcal
Fontes: Universidade de Brasília.
Há importantes informações em http://www.weblaranja.com/nutricao/piramide_alimentar.htm.

E quanto vale cada porção? Inserimos uma figura que esclarece isso. Obviamente, nós, adventistas, desprezamos algumas sugestões nessa figura, como a carne de porco. Além disso, há os casos especiais, por exemplo, as pessoas cujo metabolismo produz muita gordura (meu caso), esses precisam cuidar mais quanto à gordura de origem animal.

*Foto: Getty Images/ Tabela: Renata Gomes de Aguiar
Fonte: http://www.abril.com.br/blog/dieta-nunca-mais/2009/09/tabela-esclarece-quanto-representa-uma-porcao-fruta-ou-vegetal/

6. Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Todos já sabemos que ninguém vai se perder por comer carne. Isso é certo. Mas o risco de se perder aumenta, isso também é certo. E nós, seres humanos, parece que gostamos muito de correr risco, inclusive de perdermos a vida eterna. Então, quem não puder mesmo evitar a carne (mas isso não é impossível, sei por mim), quem não conseguir deixar dela, que mude os hábitos, coma só carne branca, de aves caipiras, não de granja, e peixe, que saiba a origem, pois as águas andam bem contaminadas.
Nosso cérebro, que pesa entre 1.250 kg a 1.450 kg, isso depende do tamanho da pessoa, tem cerca de 2% a 3% do peso do corpo, mas chega a requerer até 30% da quanti-dade de sangue, para irrigá-lo em suas necessidades de nutrição. Ele precisa principalmente de oxigênio e glicose natural, mas também todos os outros nutrientes. Com tanta demanda por sangue, fica bem fácil imaginar o quanto é importante a alimentação para que se tenha um cérebro mais poderoso para aprender e para pensar. Portanto, para termos uma mente boa, precisamos nos alimentar corretamente, como estamos estudando, respirar corretamente (até o fundo dos pulmões), fazer exercício físico e submeter o cérebro aos estudos. Essa é a obrigação de todos aqueles que queiram ser inteligentes e ter discernimento.
Nesses últimos dias do tempo do fim, o nosso exemplo de vida fala bem mais alto que aquilo que falamos. Não é mais como há três ou quatro décadas atrás, quando as pes-soas não eram tão estudadas nem eram submetidas a tanta exigência intelectual. Agora as pessoas tem maior poder de discernimento (juízo crítico de identificar o correto do incorre-to) e elas são mais capazes de comparar o que as pessoas dizem em relação ao que elas são. Dessa forma o mundo vem sendo preparado para a última proclamação da verdade de DEUS. E assim como as pessoas estão conscientemente se alimentando mal, mas a maioria sabe disso, assim também elas, conscientemente aceitarão ou rejeitarão a última mensagem do Alto Clamor. Portanto, essa mensagem só será dada por servos de DEUS que sejam coerentes entre o que falam e o que são. Eis, portanto, o principal motivo dessas lições: preparar um povo para a batalha final.
Nós estamos bem diante de um tempo em que teremos que dar tudo de nós, e nos entregarmos totalmente a DEUS. Tudo inclui até mesmo os pequenos mundanismos que estão sendo tão comuns entre o povo de DEUS. Isso porque no final, só subsistirá em pé, fiel a DEUS, quem tiver feito tal entrega. E, irmãos, essa é a minha preocupação ao escrever as lições. São escritas em primeiro lugar ao meu lar, à minha família, mas também a todos os que leem. A batalha final, que termina para nós quando DEUS Se levanta para nos acudir no auge do Armagedon, quando os ímpios irão executar o decreto de morte, vai nos exigir total entrega a DEUS. Tanto viveremos por meio do pão e da água que Ele irá fornecer quanto por meio de uma mente 100% entregue a Ele, e nenhuma reserva a alguma modinha do mundo que chame a mínima atenção ao “eu”.
Anexo aos links das lições desse semestre há um esquema bem reduzido de dicas para se fazer a reforma da saúde, para uma alimentação simples, mais fácil de preparar e mais barata, mas mais saudável. É uma síntese de leituras pessoais dos livros do Espírito de Profecia sobre esse assunto. Aqui em nossa casa é o nosso manualzinho. Sintam-se à von-tade em utilizá-lo, se desejarem.

escrito entre: 05/05 a 11/05/2010
revisado em 11/05/2010
corrigido por Jair R. Bezerra



Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.

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