terça-feira, 30 de novembro de 2010

Jô Soares entrevista Dr. Rodrigo Pereira da Silva

Entrevista interessante do especialista em arqueologia Rodrigo Silva no Programa do Jô, apresentado por Jô Soares na TV Globo e também pela Rádio CBN. Rodrigo é teólogo adventista e um profundo pesquisador mundial sobre arqueologia bíblica.
A entrevista foi ao ar no dia 29 de novembro de 2010. Em pauta, a historicidade de Jesus Cristo.

Parte 1


Parte 2


Parte 3

sábado, 27 de novembro de 2010

Lição Escola Sabatina para Surdos - Lição 10 - 4º Trimestre 2010

VERSO PARA MEMORIZAR: 

“Sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” 

10 Lição - O homem de Deus - A obediência não é opcional  - 27 de novembro a 4 de dezembro from Escola Sabatina on Vimeo.

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 10 - 4º Trim. 2010

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Quarto Trimestre de 2010
Tema geral do trimestre: Figuras dos Bastidores
Estudo nº 10    O homem de DEUS: A obediência não é opcional
Semana de   27 de novembro a 04 de dezembro
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar: “Sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de DEUS, movidos pelo ESPÍRITO SANTO” (2 Ped. 1:20 e 21).

Introdução de sábado à tarde
Essa semana estudaremos sobre um homem, profeta, cujo nome a Bíblia não revela, mas diz que é profeta. Profetas são pessoas, homens ou mulheres, escolhidas por DEUS. É uma escolha criteriosa. Se você parar para pensar, todos os profetas foram escolhidos entre pessoas zelosas, que estiveram pouco influenciadas às pressões do mundo, e não cederam. Geralmente eram pessoas jovens quando chamadas. Eram fiéis a DEUS. Em muitas ocasiões enfrentavam situações bem adversas. Alguns perdiam a vida mas não se afastavam da fidelidade. Entre os profetas temos os melhores exemplos humanos de vida. O principal profeta foi JESUS, pois era assim considerado. Os profetas quase sempre foram perseguidos pelos reis e pelos sacerdotes, com exceção de Davi e mais alguns poucos reis, que ouviam e atendiam os profetas. Eles eram incumbidos de trazerem mensagens de DEUS, e com frequência essas mensagens eram bem desfavoráveis ao destinatário. Esse então se revoltava contra o mensageiro, que estava a seu alcance, portanto, se revoltava contra DEUS. Assim foi o caso de Elias (meu profeta predileto, pois foi um reparador de brechas), que teve que trazer uma mensagem bem dura ao rei Acabe.
No final dos tempos todos seremos profetas. Portanto, aquelas pessoas que não ouvirem a mensagem, não terão nenhuma desculpa, pois estarão rejeitando a voz de profetas, e do próprio DEUS. Importante, os profetas sempre foram humildes, pessoas simples que não olhavam para si mesmas, fiéis a DEUS, mansas e puras.
Se os profetas em geral foram homens e mulheres exemplares, isso não foi assim com todos. Balaão foi um tipo de profeta, era chamado vidente, mas ambicioso, ou tornou-se assim com o tempo. Foi ele que se aliou com Balaque, contra o povo de DEUS, torcendo para que DEUS também fizesse o mesmo, pois assim ele obteria grandes riquezas e honras humanas. As atrações desse mundo derrubam muita gente, inclusive pessoas entre os escolhidos. E agora estamos estudando o caso desse profeta velho, que ousadamente se postou diante de Jeroboão, e corajosamente o enfrentou, e venceu, mas, logo depois, fracassou quanto à vontade de DEUS.
A ênfase desse estudo é sobre a obediência a DEUS. Muitas vezes DEUS nos prova em situações aparentemente bem ingênuas e simples, como foi o caso de Adão e Eva, que não deveria comer os frutos de uma determinada árvore. Só isso. A esse profeta DEUS também pediu algo bem simples, que não comesse nem bebesse naquele lugar, a cidade de Betel, onde Jeroboão erigira um altar e ele mesmo oficiava (ele não era levita, nem sacerdote), e não voltasse pelo mesmo caminho pelo qual veio. Ele deveria sair da cidade de Betel por outro caminho. Ali não deveria comer nem beber nada. Mas outro profeta, que habitava ali, velho, mentiu, e o profeta que DEUS enviara a Jeroboão confiou na mentira, deixando de confiar na palavra de DEUS. O mesmo aconteceu a Adão e Eva. DEUS havia dito alguma coisa, mas satanás falou que não era bem assim, e Eva acreditou nas palavras da serpente em lugar das de DEUS.

  1. Primeiro dia: A política da religião
Hoje não há como não atentarmos a três focos: o que fez Jeroboão; o que fez a igreja medieval; e o que nós, adventistas, estamos fazendo. Não podemos, nessas lições, só atentar para os outros, e achar que essas lições se aplicam só a eles. Ainda não fomos transformados, e certamente não estamos imunes a erros.
Vamos prestar atenção desde o início da história. Davi foi rei, e teve várias mulheres e muitos filhos. Ele teve problemas dentro de sua família. Havia conflitos por poder entre seus filhos, e com lutas e mortes. Portanto, que não restem dúvidas que Davi e suas esposas, falharam na educação dos filhos, e estes, na aplicação dos princípios divinos. Veja bem o seguinte, se os pais falham na educação, isso não é desculpa para que os filhos sejam maus, e sigam o caminho traçado pelo inimigo, pois há outras maneiras de descobrir a verdade. Embora sejam os pais os mais próximos para a educação, não são a única fonte de ensinamento da verdade. Que ninguém tente um dia desses se apresentar diante de DEUS, quando no julgamento, e dizer: meus pais não me ensinaram. A pergunta virá direto: “E você não aprendeu e ler?” “Nunca ouviu um sermão?” “Não estudou as lições da Escola Sabatina?” “Não leu as apostilas das 40 madrugadas?”, e assim vai.
Então Salomão, continuando o festival de erros de Davi, casou-se com centenas de mulheres, e foi mais longe construindo templos aos deuses delas. E muita gente vivia dos favores regados a alto luxo, na mesa do rei. O estilo de vida de Salomão, nadando em meio ao luxo, era de elevado custo. Para viver assim, assolou a nação com impostos altíssimos. Se você prestar atenção à história, vai ver que muitos reinos e nações caíram por exagerar nas taxas de impostos. Roboão, acostumado a esse estilo de vida, não quis deixar por menos, e seguiu o exemplo do pai. Resultado, perdeu a maior a parte do reino, a parte mais rica. Jeroboão liderou uma revolta, e se tornou o rei do reino do norte, levando de Roboão dez tribos.
Agora havia um dilema para Jeroboão. O templo que Salomão recém construíra ficava no reino do sul. E o povo deveria ir até lá para suas ofertas, sacrifícios e adoração. É evidente que isso traria problemas de poder a Jeroboão, pois as influências seriam poderosas em favor do reino do sul. Jeroboão temia que com o tempo o povo simpatizasse com o sul, pois ali estava o centro espiritual, e que voltasse ao rei do sul.
Então Jeroboão pensou numa saída política, ou seja, de interesses a seu favor. Ele construiu dois outros centros de adoraçao, um em Betel e outro em Dã. Em cada um deles colocou um bezerro de ouro. E nos altos das montanhas, a exemplo dos pagãos, edificou locais para adoração a ídolos. Então o povo não precisaria mais ir a Jerusalém. Em todo lugar alto e naquelas duas cidades havia como ir adorar, facilitando a vida dos adoradores. É bem isso que a idolatria faz: facilita a adoração, embora a torne completamente inútil ao mesmo tempo. Atente para o seguinte: esses templos não foram ordenados por DEUS, neles não havia o Shequiná (presença visível de DEUS), portanto, em lugar disso, Jeroboão colocou um bezerro em cada templo. E como os levitas não aceitaram oficiar nesses templos, Jeroboão consagrou sacerdotes de outras famílias para os trabalhos sagrados. Em resumo: TUDO ERRADO.
E qual o motivo de tantos erros? Desejo de poder para si. Ou, interesses centrados em si. Jeroboão queria ser rei a todo custo. E não queria correr o risco de se enfraquecer. Para isso, decidiu impedir o povo de ir adorar em Jerusalém. Para ter o povo em suas mãos, não só estabeleceu outros templos e outros cultos, também, outros deuses. E, se qualquer ser humano quiser abandonar o DEUS verdadeiro e introduzir outro, a única alternativa que existe é a idolatria pagã, mesmo que chamem de cristianismo. Daí em diante, até o final da história de Israel, tudo dava errado.
O que Jeroboão deveria ter feito? Antes de se revoltar, percebendo a situação difícil da unidade da nação, percebendo também a cabeça dura de Roboão, tendo em mente a história anterior, em quem a unidade já fora ameaçada, ele deveria ter consultado a DEUS, por meio de algum profeta. Assim poderia saber o que DEUS queria que fizesse. A divisão do reino foi uma vontade de DEUS, pois Salomão não foi um bom rei o tempo todo, ele traiu a DEUS. Nas DEUS nunca quis que o reino do norte adorasse bezerros. Um dos erros de Salomão se repetiu no norte, a idolatria.
Era a tal da vontade política. Política é a manifestação de interesses por parte de grupos, que se unem para agir em favor desses interesses. Assim formam sindicatos, partidos políticos, fazem campanha, atacam outros partidos e facções, lutam pelo que entendem ser seus direitos. O resultado disso é uma eterna luta por poder, sem nunca resolver nada. Mas sempre prometendo algo melhor, nunca podendo cumprir. Satanás é um verdadeiro político, sempre promete o que não pode cumprir, e há muitos sempre dispostos a acreditar nele. Se as pessoas se apegassem ao amor de DEUS, se fizessem a Sua vontade, se seguissem os Seus ensinamentos, a política perderia completamente a sua função. Por isso é que os verdadeiros adventistas, aqueles que servem a DEUS, jamais se filiarão a partidos políticos, e jamais se envolverão com ela. É de lamentar que, por esses dias, até ministros de DEUS (supostamente) se tenham prestado à campanhas políticas. Esse é um dos erros em nossos dias. Nós precisamos do poder do ESPÍRITO SANTO. Fogo estranho? Sim, evidente que sim.

  1. Segunda: DEUS intervém
Continuando a história de ontem. Lá estava o rei Jeroboão, que embora escolhido por DEUS para ser rei não fora ungido por profeta, consagrando sacerdotes e oficiando, ele mesmo, o ritual, segundo achava que devia fazer para se promover. Se Nadabe e Abiú ofereceram sacrifício com fogo estranho, imagine então esse Jeroboão! Ali não só o fogo era estranho, tudo estava nessa condição. Era tudo estranho ao Senhor.
Imagine a cena. O rei e seus grandes, presentes, solenemente, a seu modo, diante do altar. As pessoas estavam ali, todas importantes, em apoio ao rei (os de sempre, os que querem a simpatia de quem tem o poder). De um momento para outro, do nada, surge um profeta (assim como Elias apareceu diante de Acabe, e anuncia seca, e vai embora). Assim apareceu, em meio às solenidades de Jeroboão, e profetizou contra o altar, dizendo: “Altar, altar! Assim diz o SENHOR: Eis que um filho nascerá à casa de Davi, cujo nome será Josias, o qual sacrificará sobre ti os sacerdotes dos altos que queimam sobre ti incenso, e ossos humanos se queimarão sobre ti. Deu, naquele mesmo dia, um sinal, dizendo: Este é o sinal de que o SENHOR falou: Eis que o altar se fenderá, e se derramará a cinza que há sobre ele” (1 Reis, 13:2 e 3).
Que profeta poderoso! Profetizou o que aconteceria quase três séculos depois, e ainda profetizou a prova de que a profecia se cumpriria. Ao mesmo tempo o profeta profetizou que o altar se fenderia e que as cinzas cairiam no chão. O rei, em vez de, como Davi faria, ouvir o profeta, e atentar, pelo contrário, ficou furioso. Esse profeta não falou o que ele queria ouvir. Havia ali uma severa repreensão, vinda da parte de DEUS. Isso o rei não queria ouvir. Detalhe, o profeta viera do sul...
Quantas vezes, hoje, nós não queremos ouvir alguma recomendação. Quantas vezes não atentamos para algum texto escrito, porque nos diz que temos que mudar isso ou aquilo. O mundo tem atraído muito mais que os escritos sagrados.
Ato contínuo, Jeroboão, ‘achando-se’ rei (embora nem tenha recebido a aprovação de DEUS por meio de profeta), achando-se superior ao profeta, e portanto ao próprio DEUS em Seu enviado, ameaçadoramente estendeu seu braço, e com a sua mão apontou seu dedo contra o profeta, e deu ordem de prisão. Nem deu para ele terminar de falar, e já o seu braço ficou rígido e seco, a ponto de não poder recolher a mão. Foi uma ordem sem valor algum, pois quem a estava pronunciando não tinha recebido poder algum de DEUS para aquele ofício sagrado. Em outros termos, ali era a palavra de um rei contra a palavra de DEUS. Não havia nele autoridade divina para reinar nem para oficiar rituais sagrados. Mal acabara ele de dar a ordem de prisão contra o profeta, e já teve que implorar ao mesmo profeta que orasse a DEUS para que restaurasse seu braço à normalidade. Então, onde estava o poder de Jeroboão? Um humilde profeta era superior a ele.
Como é o ser humano! Enquanto DEUS dá tempo de graça, ele faz o que bem entende, segundo os seus interesses. Mas, quando DEUS se manifesta, em forte reprovação, então se assusta e procura a DEUS, ou quem conhece a DEUS.
O que na verdade o profeta estava dizendo? Que aquilo tudo era produto de homem, nada tendo a ver com a vontade de DEUS. Era tudo estranho a DEUS. Ele não reconhecia isto como um culto. E o pior de tudo, esse rei estava tentando desencaminhar o povo escolhido de DEUS. Cuidado, pois hoje em nossos modernismos, podemos estar seguindo nossos gostos e interesses, muitas vezes políticos, e oferecendo atos estranhos a DEUS, ou sendo nós mesmos estranhos a DEUS, em nosso falar, vestir e maneiras de ser.
Veja só que ironia. Jeroboão construiu dois templos, dois altares, e dois bezerros (fora os postes ídolos etc., nos lugares altos, que foram muitos). Instituiu um ritual segundo ele queria, sagrou sacerdotes escolhidos por ele mesmo, tudo para evitar que o povo fosse até Jerusalém. E agora, vem um profeta do sul, e condena o que ele fez, dizendo que era tudo inútil. Ele queria manter o reino em suas mãos, mas esse profeta anuncia que outro rei, descendente de Davi, Josias, derrubaria tudo aquilo, e profanaria até mesmo os sepulcros daqueles sacerdotes falsos, desenterrando-os e queimando-os. Veja o texto: “Três séculos haviam-se passado. Durante a reforma levada a efeito por Josias, o rei se encontrou em Betel, onde estava este antigo altar. A profecia pronunciada tantos anos antes na presença de Jeroboão, devia agora cumprir-se literalmente. "O altar que estava em Betel, e o alto que fez Jeroboão, filho de Nebate, que tinha feito pecar a Israel, juntamente com aquele altar também o alto derribou; queimando o alto, em pó o desfez, e queimou o ídolo do bosque. "E virando-se Josias, viu as sepulturas que estavam ali no monte, e enviou, e tomou os ossos das sepulturas, e os queimou sobre o altar, e assim o profanou, conforme a palavra do Senhor, que apregoara o homem de Deus, quando apregoou estas palavras. "Então disse: Que é este monumento que vejo? E os homens da cidade lhe disseram: É a sepultura do homem de Deus que veio de Judá, e apregoou estas coisas que fizeste contra este altar de Betel. E disse: Deixa-o estar; ninguém mexa nos seus ossos. Assim deixaram estar os seus ossos, com os ossos do profeta que viera de Samaria". II Reis 23:15-18” (Profetas e reis, 402).
E a história continua amanhã...

  1. Terça: O Doador de dons
Voltemos ao episódio da mão de Jeroboão, que se fixou sem que a pudesse recolher, provavelmente com braço estendido. O rei ousou apontar contra o homem de DEUS. O profeta estava trabalhando. Um dos trabalhos dos profetas era orientar os reis. Sempre o faziam em nome de DEUS. Portanto, apontar o dedo contra um profeta era o mesmo que fazê-lo contra DEUS. E se o rei fazia isso, era bem mais grave que um do povo, pois se tratava do líder mais alto da nação. Cabia a ele, não só a administração da nação, como principalmente ser o exemplo a todos. É assim que DEUS lidera. Ele estabelece as leis, elas são boas, Ele administra tudo, e é o primeiro a dar o exemplo. Assim um líder se torna confiável. Líderes jamais deveriam usar a força, e sim, o exemplo.
DEUS, antevendo a situação, dera uma orientação ao profeta para preservá-lo em sua integridade espiritual. Ele lhe deu uma ordem expressa, que nada comesse em Betel nem bebesse, e que voltasse por outro caminho.
Qual a razão dessa ordem? É fácil descobrir. Como o rei não queria que o ritual religioso do sul influenciasse o povo do norte, é evidente que não aceitaria repreensões de algum profeta do sul, aliás, nem do norte, se esse falasse de acordo com o DEUS do sul. E outra coisa era bem evidente: Jeroboão estava atrás de sacerdotes para seus rituais. Portanto, diante da mensagem que esse profeta anônimo deveria dar, era de se esperar que o rei tivesse duas atitudes: uma, a tentativa de trazer esse profeta para o seu lado. De fato, isso ele tentou fazer, prometendo recompensa ao profeta, se fosse à sua casa comer e beber. E a segunda, caso o profeta resistisse, certamente atentaria contra a vida dele, por isso, devia voltar por outro caminho. Isso acontecia com freqüência. Algum profeta que falasse algo que o rei não gostasse, era perseguido, e muitos foram mortos. Um deles foi o próprio JESUS.
A lição nos dá uma informação valiosa: Betel ficava a apenas dois quilômetros da fronteira com Judá. Portanto, o que o profeta deveria fazer era ir até Jeroboão, dar a mensagem e retornar por outro caminho sem se deter. Mas o profeta resolveu parar e descansar em baixo de uma árvore, e sobre isso veremos amanhã. O que DEUS pediu ao seu profeta era fácil de cumprir. Veja bem, caminha-se dois quilômetros em meia hora, não mais que isso. Depende do caminho, até menos (costumo fazer esse trajeto em 20 minutos). Portanto, ida e volta, não mais que uma hora de caminhada. E ele estava montado sobre um animal de transporte. A mensagem era bem curta, o profeta não deveria ir lá para fazer uma reunião, nem negociar algo, só dar uma mensagem de grave advertência e ir embora. Na verdade, era uma espécie de ultimato (último aviso) de DEUS ao rei Jeroboão: ou você muda, ou seu reino não vai durar, outro rei do sul irá destruir esses altares de idolatria. Era uma última oportunidade para o rei se dar conta da loucura que estava fazendo. Sim, é uma tremenda loucura levar outros a erro. Ainda mais sendo erro de um líder nacional. E fora DEUS quem estabelecera Jeroboão como rei, mas ele estava traindo a DEUS. E a mensagem seria dada no momento exato em que o rei estaria oficiando a consagração do tal altar, que se fenderia ao meio, tornando-se inútil. Aquela rachadura ficaria ali testemunhando o desagrado de DEUS. Isso tudo seria uma mensagem convincente ao rei. E se o rei quisesse se arrepender, e falar com o profeta, que viesse ao sul, atrás dele, humildemente demonstrando arrependimento pela loucura.
E Jeroboão fez o quê? Exatamente o contrário do bom senso. Tentou comprar o profeta com lisonjas e presentes, não se arrependeu, e continuou em frente em sua louca idolatria. Pense bem no seguinte: esse homem estava levando a adoração do demônio a dez das doze tribos de Israel.
Portanto, aqui tiramos algumas lições muito importantes:
a)      Líderes, quando se desviam dos caminhos de DEUS, tornam-se perigosos e podem levar todo um povo à destruição, como de fato aconteceu mais tarde ao reino do norte.
b)      Se você é líder, então, trate de dar bom exemplo, fundamente-se muito bem no “está escrito”, e nunca no “eu acho”.
c)      São os grandes líderes que devem dar o exemplo aos demais. Eles devem retratar JESUS CRISTO aos demais, e se não forem capazes disso, desçam do posto antes que seja de lá tirados pelo próprio DEUS.
d)     Profetas têm trabalho perigoso, e nós, nesses últimos dias, quando se iniciar o Alto Clamor, seremos todos profetas em meio a lobos devoradores, onde os piores inimigos sairão dentre nós mesmos.
e)      Profetas têm que seguir rigorosamente as orientações de DEUS. Se são Seus porta-vozes também devem saber obedecer, em tudo; é o que teremos que ser capazes nos últimos dias.
f)       Jamais se deve desconsiderar a mensagem de um profeta, nem do passado, nem do presente, pois eles falam, não em seu nome, mas em nome de DEUS.
g)      Um profeta jamais contradiz outro, nem a Palavra de DEUS escrita que é a Bíblia. Se fizer isso, então não é profeta de DEUS, é um impostor capaz de introduzir fogo estranho no ritual de DEUS.
h)      Sempre ouve conflito entre os interesses da política com as orientações de DEUS. Portanto, quem desejar seguir a DEUS, desvincule-se de alguma militância política, ou saia da igreja, pois, se naqueles tempos os políticos traziam problemas ao povo de DEUS, nesses tempos finais a situação é multiplicada para pior.
i)        Nós, do povo de DEUS, em tudo o que fizermos, temos que fazê-lo sintonizados com o ESPÍRITO SANTO, o nosso professor e guia.
j)        Fidelidade a toda prova aos princípios de nossa igreja, suas doutrinas e seu manual, que são tirados da Bíblia.
k)      Fidelidade acima de tudo, a DEUS, pondo a Sua palavra em prática.
Ou não seremos escolhidos profetas do Senhor para dar o Alto Clamor. Profeta só pode ser quem DEUS escolhe. Atente bem: os cargos na igreja, em todos os níveis, são escolhidos por homens, reunidos em nome de DEUS. Mas a escolha é feita por homens. No entanto, profeta é DEUS que chama. Como no final da história do pecado, para dar a última mensagem de advertência vai haver a necessidade de um super-poder com o povo de DEUS, todos os que deverão dar essa mensagem ao mundo serão profetas escolhidos de DEUS, portanto, cem por cento fiéis a Ele. Prepare-se desde já para ser um deles.

  1. Quarta: Mentiras tentadoras
Enquanto os sacerdotes foram escolhidos em um homem, Arão, pois só seriam sacerdotes descendentes dele e seus filhos, profetas DEUS escolhia um a um. Os critérios para ser profeta eram pureza, humildade, vida simples, fidelidade e obediência, e valores relacionados a estes. Por isso DEUS chamou muitos profetas quando eram ainda bem jovens, pois ainda não haviam sofrido tanta influência do mundo. Houve até profetas que DEUS escolheu antes de nascerem. Esse foi o caso de Sansão e de Samuel, e casos em que eram ainda crianças, como Jeremias. Portanto, meus leitores que são jovens, vocês estão na mira de DEUS para trabalhos especiais, que exigem pessoas puras. Aliás, estão também na mira do demônio para se afastarem o quanto antes dos princípios que DEUS usa para chamar. Ele sabe que DEUS valoriza muito os jovens, então, satanás busca que sejam influenciados pelo mundanismo desde cedo, por volta do dia do nascimento.
Profetas têm certos privilégios. Por exemplo, são os primeiros a saber sobre o que DEUS irá fazer. Também são eles que devem anunciar a vontade de DEUS a outras pessoas. Eles são porta-vozes de DEUS num mundo que não ouve mais a DEUS, separados dEle por causa do pecado. Quando a situação espiritual entre o povo de DEUS se torna dramática, DEUS envia advertências por meio de profetas. Portanto, profetas são pessoas que ainda são capazes de ouvir a voz de DEUS, por isso Ele as utiliza. Essa é a razão porque no final todos os anunciadores das mensagens de DEUS ao mundo serão profetas (ver Atos 2:17 e 18). Isso acontecerá após a sacudidura, quando então a igreja verdadeira for purificada do mundanismo, das divisões, do mau testemunho, da luta pelo poder, etc. É esta a igreja que concluirá a obra que JESUS incumbiu. Mas não do modo como está hoje, com forte influência satânica em meio ao povo de DEUS. É preciso uma depuração, por meio da sacudidura, para tirar o lixo do mundanismo. Agora tente imaginar o poder do povo de DEUS nesse tempo. Imagine milhares de profetas espalhados pelo mundo, falando com o poder do ESPIRITO SANTO, sendo por Ele dirigidos em seus atos e palavras. Imagine o efeito, comparando o início de tal pregação por uma dúzia de apóstolos, agora sendo concluída por centenas de milhares de humildes mas poderosos e puros profetas, desce crianças a velhos, espalhados ao redor da superfície do planeta. Que poder terá essa mensagem!
O que aconteceu com esse profeta, que alertou Jeroboão? DEUS dera a ele duas orientações de como proceder para cumprir sua missão e retornar a salvo: não comer nem beber nada em território do inimigo, e retornar por outro caminho. E o que o profeta fez? Fez tudo certinho, exceto que, resolveu dar uma parada num lugar, debaixo de uma boa sombra, mas ainda em terreno encantado de satanás.
É assim que muitos de nós caímos. Seguimos as ordens de DEUS à risca, mas negligenciamos num pequeno detalhe. Pense um pouco. Ele estava numa missão perigosa, em meio a poderosos inimigos, dispostos a enganá-lo ou destruí-lo. A primeira tentativa foi do rei, quando convidou o profeta a comer e beber com ele. E nem foi muito discreto, já adiantou que o recompensaria. MAS COM QUE INTENÇÃO! Pode imaginar qual seria a intenção. Nesse convite astuto o profeta não caiu.
Mas o profeta facilitou as coisas para satanás. Em vez de sair logo daquele lugar, e se pôr a salvo em seu país, resolveu descansar perto da fronteira, ou seja, quase salvo, mas ainda não salvo. Ora, DEUS não havia proibido o descanso. Mas será que DEUS tem que dizer tudo, todos os detalhes? Se ele não deveria nem comer nem beber, e voltar por outro caminho, já não ficou evidente que deveria permanecer no país de um rei oponente de DEUS só pelo tempo suficiente para cumprir sua missão? Então, por que dar chance a satanás, descansando onde era perigoso? Esse é um dos nossos problemas hoje em dia. Temos, por exemplo, uma televisão em nossa casa. Até aí nada de errado, embora, muitos evitem ter o aparelho, como precaução, o que é uma boa idéia. É sempre melhor ser um pouco zeloso demais que ser um pouco descuidado, como foi o caso desse profeta, e isso lhe custou a vida. Então, tendo uma televisão em casa, o que custa assistir por uns momentos, por exemplo, algum programa do tipo Big Brother, ou equivalente? Só por cinco ou dez minutos. E o que acontece? Assiste mais tempo, e torna-se dependente de assistir sempre, e depois vai a filmes por noites inteiras. Ou seja, o leão – satanás -, aproveitou o pequeno descuido, e tomou conta da família, de preferência, das crianças.
Voltemos ao coitado do profeta. Lá estava ele sentado, quem sabe, meditando sobre a cena de poder que por seu meio se operara há poucos minutos. E veio até ele um outro profeta, da mesma cidade do rei. Então, por que DEUS não utilizou esse profeta, se já morava lá? Dá para desconfiar a razão.
Os dois se encontram. O profeta local faz um convite para ele vir a sua casa e se alimentar e beber. Era uma gentileza, de profeta a profeta. Eram irmãos de ofício, os dois eram profetas, portanto achegados. Mas o profeta convidado recusa, informando sobre a proibição de DEUS. Então ocorre algo difícil de se entender: o idoso profeta, dizendo que também era profeta, mentiu que um anjo lhe havia dito que o profeta do sul voltasse e fosse a sua casa comer pão e beber água (1 reis 13:18). Era mentira. E só podia ser mentira. Dá para aceitar DEUS mudando de idéia em relação a uma ordem expressa dEle? Mas DEUS não muda! Naquele mesmo dia Ele disse ao profeta que não comesse nada ali, agora, por meio de um anjo manda dizer, vá e coma! Dá para aceitar algo assim? Se DEUS agisse dessa forma, eu mesmo, que escrevi esse comentário, me afastaria desse DEUS, porque não tem palavra firme. Achou forte o pensamento? É? Então o que dizer daquele profeta, que acreditou num outro homem, que se apresentou como outro profeta, e que trouxe uma palavra supostamente de DEUS contradizendo outra palavra do mesmo DEUS? E o que dizer, por exemplo, de pessoas que já são, digamos, experientes na igreja, são líderes, já conhecem bastante, mas mesmo sabendo, acariciam o mundanismo (pinturas, agora já até brincos, música de dança, novelas, jogos competitivos), dando a entender que DEUS mudou em relação a que Ele mesmo orientou, em forma de princípios, aos antigos profetas? Quem age assim, e quem acredita em tal coisa, faz DEUS de bobo, e cai ele mesmo, como um bobo, numa armadilha. Foi assim que Eva e Adão se tornaram pecadores e mortais. Acreditaram na palavra de uma serpente contra a palavra de DEUS. Deixemos de ser ingênuos, e não caiamos em afirmações de homens e mulheres, que contradizem o claro, direto e poderoso “assim diz o Senhor”. Voltarei ao grave problema da música. A palavra profética de Ellen White diz que no final dos tempos voltaria à igreja a música com tambores. Mas os homens dizem que isso não é bem assim, que essa música é boa para conquistar almas para CRISTO. É a palavra de homens e mulheres contra uma palavra de profeta, portanto, obra do inimigo.
O profeta de DEUS aceitou o convite, foi à casa do profeta velho, comeu, bebeu, e voltou para a sua casa. Mas não andou muito, pois, antes mesmo de chegar à fronteira de seu país, que era bem perto, tendo agora perdido a proteção de DEUS, foi atacado por um leão, que o matou ali mesmo. Descobriram o profeta morto, ao lado do leão e de sua mula, essa estava sem ferimento. Afinal, como a mula de Balaão, não tinha culpa de nada.
Devemos entender a mensagem de hoje: pequenos desvios, coisas aparentemente inocentes, pequenos descuidos, pequenas demoras, apenas detalhes, pode tirar de nós a vida eterna. Portanto, quem tem em grande conta a sua vida eterna, não brinque com pequenos mundanismos que parecem não ser perigosos. Não vale a pena arriscar a vida eterna, seja por pouco, seja por muito.

  1. Quinta: Tentações gêmeas
O estudo de hoje é bem delicado. Traz um alerta que temos que considerar bem: podemos estar alertas aos perigos vindos dos ímpios, mas estamos alertas dos perigos que vêm do nosso meio? Foi onde o profeta anônimo perdeu a vida.
O valoroso e corajoso profeta enfrentou, em nome de DEUS, o orgulhoso e arrogante rei. Esse rei recebera o trono por um favor de DEUS, se bem que nunca fora ungido. Agora, no trono, se desliga de DEUS e segue o seu caminho e interesses particulares. O profeta enviado de DEUS foi corajoso, como geralmente os profetas são, pois há exceções como foi com Jonas, e se apresentou diante de Jeroboão e o advertiu. E ali, na hora mesmo, provou que suas palavras vinham de DEUS, quando após predito, o altar se fendeu em duas partes, de forma sobre-humana. Todos os que estavam ali devem ter entendido que isso era obra de DUES, e que esse profeta estava falando em Seu nome. Portanto, a advertência desse profeta deveria ser levada em consideração. Ou DEUS cumpriria a segunda parte da profecia, de que Josias, um rei do sul, queimaria ossos humanos naquele altar.
Mas, DEUS conhece o futuro do mesmo modo como o passado, e já sabia qual seria a decisão do rei diante da advertência. Baseado nesse conhecimento, DEUS cuidou em preservar a vida do seu profeta, dando-lhe instruções sobre sua conduta enquanto estivesse em território estrangeiro. E de fato, Jeroboão, assim que sua mão ficou normal, continuando em suas más intenções, em defesa de seus interesses egoístas, convidou o profeta para ir tomar uma refeição com ele, e seria recompensado. Ou seja, Jeroboão estava querendo comprar o poder e o favor do profeta para o seu lado, a seus serviços e interesses. Ele não conseguia mais sequer entender que um profeta faz a vontade de DEUS, não a sua.
Mas o profeta não caiu na cilada do rei com recompensa, e foi cair na cilada de outro profeta, que nem oferecia recompensa. Essa é a tremenda lição de hoje: podemos muitas vezes estar alerta contra os perigos que vêm de fora, mas caímos ingenuamente diante das tentações que vêm da parte de irmãos da igreja. Por exemplo, se um colega de aula, que não é da igreja, convidar para ir a um baile, dificilmente é aceito, mas se outro amigo, irmão da igreja, convidar para assistir um filme num cinema, ou mesmo em casa, facilmente é aceito. Não só é um convite de um irmão, como se refere a algo não tão grave. Nós não nos precavemos, como esse profeta, contra irmãos que são joio. Afinal, são irmãos, professam a mesma fé, portanto, não tem problema. Uma grande ameaça que hoje existe dentro da igreja é a influência negativa de irmãos que vivem com algum mundanismo. A maioria dos demais membros assim entende que esse mundanismo não é pecado, e passam a fazer o mesmo. Mas, cuidado, essa é uma estratégia muito bem arquitetada de satanás. Leia com solene atenção os textos de Ellen G. White sobre esse ponto. Trata-se de decisões tomadas por satanás em concílio com os seus demônios para, usando membros da igreja enganar outros membros da própria Igreja Adventista. Esse texto se refere ao que acontece dentro da igreja.
"Por meio daqueles [adventistas, pois o texto se refere aos da igreja] que têm uma forma de piedade, mas não lhe conhecem o poder, podemos ganhar muitos que de outra maneira nos causariam grande mal. Os mais amantes dos prazeres do que amantes de Deus, serão os nossos mais eficientes auxiliares. Os que pertencem a essa classe, forem mais aptos e inteligentes, servirão de chamariz para atrair outros para as nossas ciladas. Muitos não lhes temerão a influência, porque professam a mesma fé. Levá-los-emos então a concluir que as reivindicações de Cristo são menos estritas do que uma vez creram, e que pela conformação com o mundo exercerão maior influência sobre os mundanos. Assim se separarão de Cristo; então não terão forças para resistir ao nosso poder, e dentro de pouco tempo estarão prontos para ridicularizar o seu antigo zelo e devoção” (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 474, grifos acrescentados).
Então, o que devemos fazer? Deixemos que uma profetiza o diga:
“Na vida do discípulo João é exemplificada a verdadeira santificação. Durante os anos de sua íntima relação com Cristo foi ele muitas vezes advertido e admoestado pelo Salvador; e aceitou essas repreensões. Quando o caráter do Ser divino lhe foi manifestado, João viu suas próprias deficiências, e foi feito humilde pela revelação. Dia a dia, em contraste com seu próprio espírito violento, ele observava a ternura e longanimidade de Jesus e ouvia-Lhe as lições de humildade e paciência. Dia a dia seu coração era atraído para Cristo, até que perdeu de vista o próprio eu no amor pelo Mestre. O poder e ternura, a majestade e brandura, o vigor e a paciência que ele via na vida diária do Filho de Deus, encheram-lhe a alma de admiração. Ele submeteu seu temperamento ambicioso e vingativo ao modelador poder de Cristo, e o divino amor operou nele a transformação do caráter” (Atos dos Apóstolos, 557, grifos acrescentados)
“A mudança do coração representada pelo novo nascimento somente poderá ser levada a efeito pela atuação efetiva do Espírito Santo. ... O orgulho e o amor-próprio resistem ao Espírito de Deus; toda inclinação natural do ser humano se opõe à transformação da altivez e soberba na mansidão e humildade de Cristo. Se quisermos, porém, andar no caminho de vida eterna, não devemos escutar as insinuações do eu. Com humildade e contrição devemos suplicar a nosso Pai celestial: "Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto." Sal. 51:10. À medida que recebemos a divina luz e cooperamos com a iniciativa do Céu, somos "nascidos de novo" e livres da mancha do pecado pelo poder de Cristo” (O Cuidado de DEUS, MM, 95, p. 86, grifos acrescentados)
“A divina obra de refinar e purificar precisa ir avante até que Seus servos estejam tão humilhados, tão mortos para o próprio eu que, ao serem chamados para serviço ativo, tenham em vista unicamente a glória de Deus. Então Ele lhes aceitará os esforços; eles não agirão imprudentemente, por impulso; não se precipitarão, pondo em risco a causa do Senhor, sendo escravos de tentações e paixões, seguindo a própria mente carnal incendiada por Satanás. Oh! quão terrível é ser a causa de Deus manchada pela vontade perversa do homem e seu temperamento não subjugado! Quanto sofrimento traz ele sobre si por seguir as obstinadas paixões que o dominam! Deus traz repetidamente o homem ao campo de batalha, aumentando a pressão até que a perfeita humildade e a transformação do caráter o ponham em harmonia com Cristo e o espírito do Céu, e tenha a vitória sobre si mesmo” (I Testemunhos Seletos, 475, grifos acrescentados).

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Que coisa curiosa. O homem de DEUS, profeta escolhido, fez tudo certinho. Quando já havia cumprido a sua missão, feita a pior parte, só lhe faltava retornar. Era só caminhar mais um pouco. Aí que ele caiu e foi morto. Atenção, ele falhou no ponto mais fácil: retornar à sua casa. O que DEUS lhe havia mandado fazer, ele já fizera. Já estava voltando.
Isso nos chama atenção. Podemos fazer um grande trabalho para DEUS, o trabalho já pode estar concluído, e depois disso, então podemos falhar, e perder a vida eterna. Ou seja, um exemplo: podemos dar uma série de estudos bíblicos a uma família, e todos se batizam, e depois disso, nós mesmos darmos um mau exemplo a esses que se batizaram. Podemos, como esse profeta, desobedecer em algum ponto bem simples, tendo já vencido os mais difíceis. Por isso foram inseridos os textos acima, de Ellen G. White. As pessoas que estão no mundo, devem ser convidadas a virem para a igreja como estão. Elas não devem se preparar para só então se encontrarem com JESUS. Mas a igreja, os membros que já são experientes, estes não têm desculpas de, depois de muitos anos na igreja, cometerem falhas bobas, como esse profeta que resolveu aproveitar a sombra de uma árvore, em terreno inimigo. A igreja deve receber os do mundo, não como é o mundo, mas como é o Reino de DEUS. Ao virem as pessoas do mundo para a igreja devem sentir-se como entrando no reino do amor. Que descuido bobo e aparentemente sem risco o do profeta. Mas foi aí que ele perdeu a sua vida. Depois de um descuido pequeno, ele caiu numa cilada, atendendo a gentileza de outro profeta, que para poder lhe oferecer uma boa refeição, apelou para uma mentira.
Contra as tentações existem três expressões que JESUS usou, e que nós sempre devemos ter em mente: “está escrito” e “também está escrito” e “retira-te satanás”(ver Mat. 4:4 a 8). Se o inimigo usa um verso bíblico para nos fazer cair, então é o momento de usar outro, dizendo “também está escrito”. Se, por exemplo, o inimigo usa o verso sobre que a lei foi abolida, podemos dizer: “também está escrito”, em Mat. 5:16 a 18. e assim vai. E se a ameaça atentar diretamente à nossa vida, devemos dizer: “retira-te satanás” (Mat. 4:8).
Mas, em que outras circunstâncias, em nossos dias, devemos usar a referência bíblica para defendermos a nossa vida? Em nossos dias, não é só de homens e de demônios que devemos nos precaver. Também da tecnologia, como da televisão, dos filmes, das revistas, dos livros, dos cartazes, dos celulares, da internet, dos jogos eletrônicos, dos sites sociais de relacionamentos, dos e-mails, das sofisticações, da alimentação artificializada, das modas artificializadas, etc. Nós devemos saber utilizar hoje muitas vezes o “retira-te satanás” para defender o estilo de vida celeste contra as pressões do estilo terrestre. Ou, como aconteceu a esse pobre profeta, podemos perder a vida eterna por um detalhe, tendo já vencido nos momentos mais perigosos.

escrito entre:  20/10 a 26/10/2010
revisado em  27/10/2010
corrigido por Jair Bezerra


Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Como Davi ou como Michael Jackson?

Michael Jackson foi um artista extraordinário. Voz inimitável, coreografias surpreendentes, canções marcantes, produções tecnicamente impecáveis. Além disso, apesar das polêmicas e controvérsias de sua vida fora dos palcos, não me lembro de que ele tenha misturado religião e passos do "moonwalk" (o famoso andar deslizando para trás).
O Raiz Coral, ligado à música gospel, venceu a semifinal do concurso "Qual é o Seu Talento?" (QST), do SBT. Nessa etapa do programa, o coral cantou e dançou uma música em que alguns trechos da letra dizem "Se o espírito de Deus habita em mim, eu danço como Davi/eu salto como Davi". A canção original diz "Eu canto como o rei Davi". Mas a dança apresentou os passos do "moonwalk".
O que o Raiz Coral queria dizer é: Se o espírito de Deus se move em mim, eu canto como Davi e danço como Michael Jackson?

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A Igreja e Seus Críticos

Características pessoais dos pretensos porta-vozes da verdade
Vivemos nos dias finais da história humana, e Satanás está “cheio de grande cólera”, pois sabe que “pouco tempo lhe resta” (Apoc. 12:12). Em sua peleja final contra o povo remanescente que guarda “os mandamentos de Deus” e tem “o testemunho de Jesus” (Apoc. 12:17), o inimigo se vale de algumas pessoas dentre o próprio povo de Deus como seus mais eficazes agentes (ver Mat. 13:24- 30).

Pretendendo ser parte do povo de Deus e demonstrando zelo superior para com a verdade, esses agentes conseguem grande êxito em infiltrar na própria Igreja o mesmo espírito belicoso que sempre caracterizou “o acusador de nossos irmãos” (Apoc. 12:10).

Ao mesmo tempo em que Cristo nos admoesta a não julgarmos as motivações interiores das pessoas (Mat. 7:1), Ele também nos estimula a avaliar as características pessoais dos pretensos porta-vozes da verdade, a fim de não sermos por eles iludidos (Mat. 7:15-23).

ElIen G. White, em seu livro A Igreja Remanescente (CPB, 2000), págs. 29-43, nos adverte contra os acusadores da Igreja. Creio, portanto, ser oportuno considerarmos mais detidamente o perfil dos críticos e suas estratégias, para não sermos por eles enganados e para evitarmos que nossas congregações sejam por eles divididas.

Perfil dos críticos
Existem alguns críticos da Igreja que levam, pelo menos aparentemente, uma vida normal e sem maiores problemas pessoais. Seria inadmissível, portanto, atribuirmos o mesmo perfil a todos os críticos. Mas muitos deles, que conheci pessoalmente ou através de informações biográficas fornecidas por outras pessoas, revelam pelo menos algumas das seguintes características:

1. Desequilíbrio emocional.
Muitos críticos da Igreja parecem afetados, em maior ou menor grau, pelo assim chamado Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). O comportamento deles se caracteriza por um forte impulso obsessivo- compulsivo à agressividade para com todos os que deles discordam. Todos os que a eles se opõem são considerados inimigos a serem combatidos em nome de Deus.

2. Frustrações pessoais.
Grande parte dos críticos é composta de pessoas frustradas por não terem conseguido determinado cargo de liderança ou certo reconhecimento público, ou ainda por terem sido destituídos de uma função de destaque social. Não conseguindo conviver com o “luto” pela perda, eles acabam projetando sobre outros a sua amargura pessoal.

3. Problemas morais e familiares.
Alguns dos críticos mais agressivos são pessoas emocionalmente desestruturadas por problemas morais, ou mesmo traumatizadas pela perda do cônjuge, quer por morte ou separação. Sem a estabilidade de uma família bem estruturada, a pessoa tende a exercer uma influência desestabilizadora sobre outros segmentos sociais, incluindo a própria Igreja.

4. Dificuldades financeiras.
Alguns dos críticos mais amargurados são pessoas que já tiveram estabilidade econômica, mas acabaram se desequilibrando financeiramente. Em muitos casos a pessoa incorre em infidelidade nos dízimos e ofertas. Não são poucos os que chegam mesmo a desviar os fundos da Igreja para seus interesses particulares, sob a alegação de corrupção no uso desses fundos por parte da denominação.

5. Problemas de auto-estima.
Conheço pessoas que foram maltratadas na infância ou que carregam alguma deficiência física ou emocional e que
buscam incessantemente algo para superar sua baixa auto-estima. Não conseguindo projetar-se positivamente na comunidade, elas recorrem à crítica como uma forma de superação. Não lhes sendo concedida a oportunidade de pregar, passam a criticar os outros pregadores que usam o púlpito.

6. Egocentrismo.
Praticamente todos os críticos são pessoas egocêntricas, que se colocam a si mesmas e suas idéias como o referencial para a espiritualidade dos demais. Aqueles que concordam com eles, são tidos como bons cristãos; aqueles de deles discordam, são considerados em estado de apostasia. Consideram suas próprias idéias as melhores, e seus julgamentos, os mais abalizados.

7. Individualismo e independência.
O egocentrismo dos críticos gera neles uma postura individualista e independente, que acaba por distanciá-los do pensamento coletivo da Igreja. Para eles, a liberdade de pensamento individual é bem mais importante que o conselho dos irmãos. Quem deles discorda é geralmente tido como retrógrado ou destituído do verdadeiro espírito democrático.

8. Espírito acusador.
Os críticos normalmente não se contentam apenas em discutir idéias e conceitos. Para conseguir o seu espaço, eles precisam acusar e rotular negativamente outras pessoas influentes. Com esse mecanismo de autodefesa, conseguem transferir sutilmente o foco da atenção de seus próprios problemas pessoais para os supostos problemas de outros.

9. Tendência generalizadora.
O ser humano já possui tendência natural à generalização, mas os críticos são mestres nessa área. O comportamento indevido de um líder da Igreja, ou de um pequeno grupo de líderes, é atribuído como característico de toda denominação” Conseqüentemente, os mais de 13 milhões de membros da Igreja ao redor do mundo são responsabilizados pelo comportamento de um ou mais indivíduos (cf. Ezeq. 18:20).

As características anteriores são freqüentemente encontradas entre os críticos da Igreja, e nos ajudam a entender melhor o perfil deles. Mas elas, por si só, não conseguem explicar como pessoas com tais características conseguem atrair para si um número significativo de discípulos. Para isso, é importante considerarmos também algumas estratégias que os críticos usam para disseminar suas idéias.

Estratégias dos críticos
As estratégias usadas no processo de disseminação das críticas podem variar tanto quanto o próprio perfil dos críticos, mas entre as mais comuns destacam-se as seguintes:

1. Demonstração de profundo conhecimento da Bíblia e dos escritos de Ellen G. White.
Numa época em que grande parte dos membros da Igreja carece de um conhecimento mais aprofundado da Bíblia e dos escritos de Ellen G. White, os críticos aparecem como detentores exclusivos desse conhecimento. Uma vez reconhecidos como tais, eles não se inibem de superenfatizar o que lhes agrada nos escritos inspirados e, simplesmente desconsiderar o que não lhes interessa.

2. Manipulação psicossocial.
Uma das maneiras mais comuns de cativar os ouvintes é através da técnica de recitar publicamente grande número de textos bíblicos e dos escritos de Ellen White, previamente memorizados. Recitando textos que ninguém do auditório havia memorizado, os críticos conseguem vender a idéia de que eles possuem um conhecimento superior a todos os demais, e que esse conhecimento deve ser aceito como uma “nova luz” de origem divina.

3. Pretensa originalidade.
Muitos críticos desconhecem ou mesmo distorcem as raízes históricas de suas idéias, para deixar a impressão de que, finalmente, alguém honesto surgiu para restaurar a verdade em sua pureza bíblica e para revelar as falcatruas da denominação. Desta forma, os ouvintes menos esclarecidos não conseguirão identificar a pretensa “nova luz” como sendo simplesmente velhas distorções doutrinárias com as quais a Igreja já se deparou no passado.

4. Difamação da liderança da Igreja.
Não conseguindo o endosso da liderança da Igreja para seus postulados pessoais, os críticos passam, então, a difamá-la, na tentativa de conseguir adeptos que confiem mais neles que nos líderes da denominação. O apóstolo Pedro advertiu que nos últimos dias surgiriam pessoas atrevidas e arrogantes, que menosprezariam “qualquer governo” e difamariam as “autoridades superiores” (II Ped. 2:10).

5: Postura de “salvador da pátria”
Havendo minado a confiança na liderança da Igreja, os críticos estão em condições de ser reconhecidos como os únicos detentores da verdade e os autênticos líderes do povo de Deus. Desta forma eles finalmente conseguem assumir uma posição de liderança que jamais lhes seria confiada pela própria Igreja.

6. Síndrome de mártir.
Quando a Igreja decide aplicar a devida censura eclesiástica a esses críticos dissidentes, eles costumam fazer-se de vítimas do sistema eclesiástico, considerado por eles tão intolerante quanto o que perseguiu Martinho Lutero. Com essa comparação, conseguem mais simpatizantes ainda, pois existe uma tendência natural de justiça no ser humano, de defender instintivamente as “vítimas” (os que estão sendo censurados) e de punir os “agressores” (os que aplicam a censura).

7. Discurso autobiográfico.
Uma das estratégias mais comuns usadas, consciente ou inconscientemente, pelos críticos é de projetarem sobre a Igreja e sua liderança o seu próprio perfil anticristão e antiético. Pelo princípio do espelho, eles se vêem refletidos nos outros, e passam a acusá-los daquilo que eles mesmos são. Isto não passa de uma atitude de desespero, que os leva a projetar sobre os outros suas próprias frustrações pessoais.

8. Divisão nas igrejas.
Por mais atrativo e convincente que possa parecer o discurso de alguém, permanecem as indagações: Quais são os “frutos” da obra desse indivíduo (Mat. 7:20)? As suas palavras fortalecem a fé, o amor e a unidade dos crentes (João 17:21)? Mas, lamentavelmente, a obra desses críticos tem quase sempre deixado após si um forte espírito de contenda e um grande senso de superioridade pessoal, completamente antagônicos à religião de Cristo (ver Mat. 5:43-48).

Considerações adicionais
Muitos desses críticos até podem ser sinceros em suas alegações, mas sua obra de difamação não fortalece a fé e nem promove a unidade da Igreja. Ellen G. White admoesta que tais pessoas jamais entrarão no reino de Deus:

“Vi que alguns estão definhando espiritualmente. Têm vivido por algum tempo a observar se seus irmãos andam retamente — espreitando toda falta, para então os meter em dificuldades. E enquanto fazem isto, a mente não está em Deus, nem no Céu ou na verdade; mas simplesmente onde Satanás quer que esteja — nos outros. Seu coração é negligenciado; raramente essas pessoas vêem ou sentem as próprias faltas, pois têm tido bastante que fazer em vigiar as faltas dos demais, sem sequer olhar para si mesmos, ou examinar o próprio coração. O vestido, o chapéu ou o avental lhes prendem a atenção. Precisam falar a este e àquele, e isto basta para os ocupar por semanas. Vi que toda a religião de alguns pobres corações, consiste em observar a roupa e os atos dos outros, e em os criticar. A menos que se reformem, não haverá no Céu lugar para elas, pois achariam defeitos no próprio Senhor.” —Testemunhos Para a Igreja, vol. 1,pág. 145.

A Igreja sempre se deparou com críticos belicosos ao longo de sua história, e o número desses críticos se intensificará ainda mais à medida que nos aproximarmos do fim. Mas para a Igreja permanece a gloriosa promessa de Isaías 54:17: “Toda arma forjada contra ti não prosperará; toda língua que ousar contra ti em juízo, tu a condenarás; esta é a herança dos servos do Senhor e o seu direito que de mim procede, diz o Senhor.”

Autor: Albert R. Timm, Ph.D, Reitor do SALT

Fonte: Revista Adventista, abril 2005



sábado, 20 de novembro de 2010

Lição Escola Sabatina para Surdos - Lição 9 - 4º Trimestre 2010

VERSO PARA MEMORIZAR: 

“Ele o cobrirá com as Suas penas, e sob as Suas asas você encontrará refúgio; a fidelidade dEle será o seu escudo protetor”

09 Lição - Rispa: A influência da fidelidade  - 20 a 27 de novembro from Escola Sabatina on Vimeo.

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 9 - 4º Trim. 2010

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Quarto Trimestre de 2010
Tema geral do trimestre: Figuras dos Bastidores
Estudo nº 09    Rispa: A influência da fidelidade
Semana de   20 a 27 de novembro
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar: “Ele o cobrirá com as Suas penas, e sob as Suas asas você encontrará refúgio; a fidelidade dEle será o seu escudo protetor” (Sal. 91:4, NVI).

Introdução de sábado à tarde
A história dessa mulher, Rispa, é difícil de entender. Pode-se perguntar se é justo o seu sofrimento, bem como o sofrimento de outra mãe, Merabe.
Vamos resumir o que aconteceu, como introdução. No tempo do reinado de Saul, muita coisa errada se fez. Saul errava de modo vergonhoso. Quando líderes erram, os efeitos muitas vezes caem também sobre os liderados. Aqui houve um duplo efeito. Os israelitas haviam pedido um rei, e DEUS escolheu o melhor de todos, mas, resultou em fracasso. O segundo rei, Davi, o homem segundo o coração de DEUS, de cuja linhagem viria JESUS ao mundo, errou menos, mas cometeu erros feios. A diferença radical entre Davi e Saul era o arrependimento. Saul não se arrependia, e foi de mal a pior, até que morreu derrotado na vida civil e na vida espiritual. Ele é um homem morto para sempre.
Certa vez Saul tomou uma de suas muitas decisões erradas, de consequências desastrosas. Ele mandou matar os gibeonitas. Não matou todos, pois muitos escaparam. Mas numa das loucuras desse rei, ouve um morticínio entre os gibeonitas, feito por Saul. Acontece que esse povo, que era cananeu, havia forjado um acordo com Josué. Na lista de DEUS os gibeonitas deviam ter sido eliminados. Porém, por precipitação, Josué fez acordo com eles, e prometeu proteção. Agora, feito a promessa, ela deveria ser cumprida. E Saul traiu esse acordo.
Então se deu uma grande seca em Israel, que já durava três anos. E Davi foi consultar a DEUS sobre a razão dela. A resposta foi: “E houve nos dias de Davi uma fome de três anos consecutivos; e Davi consultou ao SENHOR, e o SENHOR lhe disse: É por causa de Saul e da sua casa sanguinária, porque matou os gibeonitas” (2 Sam. 21:1).
Então Davi chamou os gibeonitas que restaram, e lhe perguntou o que queriam. Veja o diálogo que se deu entre davi e os gibeonitas. “Então o rei chamou os gibeonitas e falou com eles {ora, os gibeonitas não eram dos filhos de Israel, mas do restante dos amorreus; e os filhos de Israel tinham feito pacto com eles; porém Saul, no seu zelo pelos filhos de Israel e de Judá, procurou feri-los}; perguntou, pois, Davi aos gibeonitas: Que quereis que eu vos faça, e como hei de fazer expiação, para que abençoeis a herança do Senhor? Então os gibeonitas lhe disseram: Não é por prata nem ouro que temos questão com Saul e com a sua casa; nem tampouco cabe a nós matar pessoa alguma em Israel. Disse-lhes Davi: Que quereis que vos faça? Responderam ao rei: Quanto ao homem que nos consumia, e procurava destruir-nos, de modo que não pudéssemos subsistir em termo algum de Israel, de seus filhos se nos deem sete homens, para que os enforquemos ao Senhor em Gibeá de Saul, o eleito do Senhor. E o rei disse: Eu os darei.” (2 Sam. 21: 2 a 6)
Davi concordou com esse pedido. Ele atendeu o pedido de que se notabilizou pela sua astúcia. Eles já enganaram Josué em tempos anteriores (cf. Js 9,3-27). Os gibeonitas eram um povo astuto e dado a trapaça. Com Josué conseguiram proteção por meio de artifício falso, dizendo ter vindo de terra distante, quando na realidade eram cananeus. Davi deveria ter tido mais cuidado, refletir sobre o pedido, ao menos aconselhar-se com seus sábios. Talvez na pressa em resolver o problema da seca, Davi não tomou conselho. É de se questionar se esse pedido era ao menos razoável. Não veio de DEUS, e mais uma vez Davi não consultou a DEUS. É pelos pecados de um que outros devem ser mortos? Jamais. Mas Davi mandou escolher sete homens descendentes de Saul – cinco eram filhos de Merabe e dois de Rispa. E os gibeonitas foram enforcá-los, e os deixaram pendurados nas forcas. Mais parece vingança de ódio que justiça. E não é assim que DEUS faz justiça. Uma coisa são as consequências do pecado. Por exemplo, alguém ingere álcool, assume o volante de um automóvel, acelera em alta velocidade, e acaba ferindo e matando pessoas. Houve vítimas inocentes. Mas outra coisa é tomar parentes desse homem e em igual quantidade ferir e matar. Essa é a antiga Lei do Talião, do Código de Hamurábi, “dente por dente, olho por olho”, ou seja, vingança na mesma medida. Tal conceito certamente fazia parte da vida dos gibeonitas, e assim eles exigiram.
Coloque-se no lugar de nossa personagem de hoje, a Sra Rispa. Ela perdeu seus dois filhos. E o que ela fez? Acampou-se rusticamente próximo aos corpos deles, que apodreciam, e os protegia dos corvos, até que veio a chuva. "Então Rispa, filha de Aiá, tomou um pano de cilício, e estendeu-lho sobre uma penha, desde o princípio da colheita, até que a água do céu caiu sobre eles. Ela não deixou as aves do céu pousarem sobre eles durante o dia, nem os animais do campo durante a noite. " (2 Samuel, 21,10).
Que mãe impressionante! Quem ela era? Era uma das concubinas de Saul, aquela mesma que,depois da morte de Saul, foi abusada por Abner, e que resultou na censura do novo rei entronizado pelo próprio Abner. Por causa dessa censura (que estudamos na semana passada) Abner se revoltou contra Is-Bosete, e resolveu propor seus serviços a Davi. Veja o relato bíblico sobre esses fatos: “E tinha tido Saul uma concubina, cujo nome era Rispa, filha de Aiá; e disse Is-Bosete a Abner: Por que possuíste a concubina de meu pai? Então se irou muito Abner pelas palavras de Is-Bosete, e disse: Sou eu cabeça de cão, que pertença a Judá? Ainda hoje faço beneficência à casa de Saul, teu pai, a seus irmãos, e a seus amigos, e não te entreguei nas mãos de Davi, e tu hoje buscas motivo para me argüires por causa da maldade de uma mulher. Assim faça Deus a Abner, e outro tanto, se, como o SENHOR jurou a Davi, assim eu não lhe fizer, transferindo o reino da casa de Saul, e confirmando o trono de Davi sobre Israel, e sobre Judá, desde Dã até Berseba. E nenhuma palavra podia ele responder a Abner, porque o temia. Então enviou Abner da sua parte mensageiros a Davi, dizendo: De quem é a terra? E disse mais: Comigo faze o teu acordo, e eis que a minha mão será contigo, para tornar a ti todo o Israel. (2 Sam. 3: 7 a 12). Como eles agiam por vingança naqueles tempos. Abner também era um comandante que não aceitava conselho nem repreensão. Precipitou-se em direção a Davi, que o aceitou sem consultar nem a Joabe, nem seus conselheiros e nem a DEUS. Resultado, como estudamos na semana passada, Joabe matou Abner. Esse trecho foi aqui inserido para deixar bem claro onde, nessa história toda de injustiça, crueldades, vinganças e abusos sexuais, se encaixa essa mulher, ao que tudo indica, humilde, fiel, e boa mãe.
Rispa tivera com Saul os dois filhos que agora foram mortos, para satisfazer a sede de vingança dos gibeonitas expiando a crueldade de Saul contra eles.

  1. Primeiro dia: A concubina do rei
Nos tempos antigos os homens inventaram maneiras de transgredir a lei de DEUS. Em relação ao casamento, sempre houve grande inclinação para transgredir, até os nossos dias. Quando DEUS estabeleceu que um homem deve se unir a uma mulher, os seres humanos logo buscaram transgredir nesse ponto. Em nossos dias o matrimônio está perdendo o valor. Quando casam, logo se separam. Mas aumenta o número de casos em que nem casam, só se juntam para, quando for conveniente, separarem-se e se juntarem com outra pessoa.
A poligamia surgiu antes do dilúvio. Os homens possuíam mais de uma mulher. Isso se tornou algo normal, que fazia parte da cultura. E foi tão forte que se tornou normal entre os filhos de DEUS. A Bíblia registra vários casos de homens que se casaram com mais de uma mulher, como foi Jacó. Abraão casou-se só com uma, mas teve Hagar como concubina, ao menos por uma vez, para ter um filho que Sara não tinha. Depois de Sara morrer, ele casou outra vez, legalmente, segundo o plano de DEUS. Mas Davi teve várias mulheres, e Salomão foi o que mais exagerou: teve 700 esposas e 300 concubinas.
Em uma só palavra, isso se chama poligamia. E nunca foi o plano de DEUS para a felicidade dos seres humanos.
O concubinato é a união de um homem com uma mulher mas sem se casar. Essa mulher vive com esse homem no mesmo teto, tem intimidades, mas não é casada com ele. O homem pode ter apenas ela, mas por não se terem casado, ela é concubina dele, e não esposa.
É diferente da amante. Nesse caso, ela não vive com o homem, e sim, encontra-se com ele de vez em quando para as intimidades. E em caso de amante, geralmente ela é a segunda, tendo ele uma esposa que não sabe da situação. Isso é emocionalmente trágico.
Geralmente os homens de posses tinham concubinas. Reis e poderosos as tinham, e era um modo de estatus e demonstração de poder. Os povos orientais tinham o que conhecemos por harém, ou várias mulheres exclusivas de algum poderoso. Elas viviam em algum lugar separado, onde jamais outro homem poderia entrar, exceto o eunuco. Esse era um homem castrado que cuidava das mulheres do harém, pelo que ele nada fazia a elas, senão os tratamentos de beleza, alimentação, etc. Essas mulheres eram escolhidas por pessoas do rei, dentre as mais bonitas que encontrassem. Viviam nas melhores condições possíveis, sempre prontas a servirem aos instintos naturais de seu superior.
Portanto, nos tempos antigos, homens poderosos podiam ter várias esposas e várias concubinas, estanto estas numa posição inferior ao das esposas. As concubinas serviam para dar filhos. E se elas dessem mais homens, eram também mais valorizadas. Veja bem que uma concubina era sempre escolhida pelo rei ou por algum de seus funcionários; ela mesma não podia fazer tal escolha. Quizesse ou não, sendo bonita e tendo boa saúde, podia ser escohida como concubina e nem pensar em recusar. Ela não tinha essa alternativa. E tinha que produzir filhos. Os grandes se orgulhavam de ter dezenas de filhos, alguns, até centenas. Esse sim era um tempo de afastamento dos princípios de DEUS. E naqueles tempos, ser mulher, não era nada fácil. Além de elas não terem valor social, político e econômico, só serviam para os instintos sexuais banalizados (hoje não é diferente, é até pior), deviam gerar filhos.
Rispa era uma concubina de Saul. Ela teve dois filhos. Abner, o grande comandante de Saul, após a morte desse rei, abusou de Rispa. Portanto, esse Abner também não era homem de respeito. Trabalhava por interesse, e fazia o que queria, não permitindo ser repreendido.
E Rispa? Ela era uma concubina, só isso. Coitada, não pôde escolher seu futuro. Como era com as concubinas, ela foi escolhida e lhe foram impostas leis, e tinha que sofrer sua vida. Sua função era satisfazer sexualmente o rei Saul, certamente um homem muito bruto, pelo que se pode deduzir. Ela teve dois filhos homens, o que lhe dava algum crédito. Mas Davi, em outra de suas insanidades, mandou matar esses dois filhos, a pedido dos gibeonitas.
Dê uma analisada. Que tempo de barbárie! Se era assim entre o povo de DEUS, imagina além dele. Mas entre nós, no final dos tempos, deve ser diferente. Devemos ser o povo mais puro de todos os tempos. Serão tão puros, embora ainda em estado de pecadores, que eles serão aprovados vivos no julgamento de DEUS, antes mesmo da porta da graça se fechar. Pense bem sobre essa condição!

  1. Segunda: A menção de seu nome
Quem era Abner? Quais os seus interesses? Por que ele se revoltou contra Is-Bosete e foi se oferecer a Davi? Tinha ele boas intenções? Leiamos um trecho do Espírito de Profecia sobre esse homem, e essas questões se esclarecerão.
“Isbosete não era senão um representante fraco e incompetente da casa de Saul, ao passo que Davi estava preeminentemente qualificado para assumir as responsabilidades do reino. Abner, o fator principal no levantamento de Isbosete ao poder real, tinha sido comandante-geral do exército de Saul, e era o homem mais distinto em Israel. Abner sabia que Davi tinha sido designado pelo Senhor ao trono de Israel; mas tendo-o tanto tempo afligido e perseguido, não estava agora disposto a que o filho de Jessé sucedesse no reino em que governara Saul.
“As circunstâncias sob as quais Abner foi posto, serviram para desenvolver seu verdadeiro caráter, e mostraram ser ele ambicioso e sem escrúpulos. Tinha estado intimamente ligado a Saul, e fora influenciado pelo espírito do rei para desprezar o homem que Deus escolhera para reinar sobre Israel. Seu ódio aumentara pela censura incisiva que Davi lhe fizera na ocasião em que a bilha de água e a lança do rei foram tiradas de ao lado de Saul, enquanto ele dormia no acampamento. Lembrava-se de como Davi tinha bradado aos ouvidos do rei e do povo de Israel: "Porventura não és varão? E quem há em Israel como tu, por que, pois, não guardaste tu o rei teu senhor ? ... Não é bom isto, que fizeste; vive o Senhor, que sois dignos de morte, vós que não guardastes a vosso senhor, o ungido do Senhor." I Sam. 26:15 e 16. Esta censura inflamara-se em seu peito, e resolveu executar seu propósito de vingança, e criar divisão em Israel, por meio do que poderia ele próprio exaltar-se. Empregou o representante da passada realeza para promover suas ambições e intuitos egoístas. Sabia que o povo amava Jônatas. Sua memória era acalentada, e as primeiras campanhas bem-sucedidas de Saul não foram esquecidas pelo exército. Com decisão digna de melhor causa, este líder revoltoso prosseguiu na execução de seus planos.
“Maanaim, na outra margem do Jordão, foi escolhida para residência real, visto que oferecia a máxima segurança contra ataques, quer de Davi quer dos filisteus. Ali teve lugar a coroação de Isbosete. Seu reino foi primeiramente aceito pelas tribos a leste do Jordão, e estendeu-se finalmente por todo o Israel, com exceção de Judá. Durante dois anos o filho de Saul fruiu as suas honras em sua segregada capital. Mas Abner, no intuito de ampliar seu poder por todo o Israel, preparou-se para a guerra agressiva. E "houve uma longa guerra entre a casa de Saul e a casa de Davi; porém Davi se ia fortalecendo, mas os da casa de Saul se iam enfraquecendo". II Sam. 3:1.
“Finalmente a traição subverteu o trono que a malícia e a ambição estabeleceram. Abner, enchendo-se de ira contra o fraco e incompetente Isbosete, desertou para o lado de Davi, com o oferecimento de lhe trazer todas as tribos de Israel. Suas propostas foram aceitas pelo rei, e ele foi despedido com honra para cumprir o seu propósito. Mas a recepção favorável de tão valente e famoso guerreiro provocou a inveja de Joabe, o comandante-geral do exército de Davi. Havia uma dissensão mortal entre Abner e Joabe, tendo o primeiro morto a Asael, irmão de Joabe, durante a guerra entre Israel e Judá. Agora Joabe, vendo uma oportunidade para vingar a morte de seu irmão, e livrar-se de um que seria seu rival, aproveitou-se vilmente da ocasião para armar cilada a Abner e matá-lo. (Patriarcas e Profetas, 698-699).
Agora, analise bem essa informações diante de um fato, aparentemente, de pouca significância. Abner, traiu Is-Bosete, e foi se oferecer a Davi, porque foi censurado por ter abusado de Rispa, uma das concubinas de Saul. Com o histórico que Ellen G. White traça, diante de um fato assim, esse homem merecia crédito por parte de Davi?
Foram cometidos dois erros: um, Davi o recebeu bem, mas ele não era confiável; outro, Joabe o matou à traição. Que situação entre o povo de DEUS, tudo, por falta de quê? Faltava a eles o consultarem a DEUS. Eles se moviam por interesses próprios. E sempre que fazemos as coisas por interesse próprio, é evidente que não iremos consultar a DEUS, pois, se o fizermos, teremos que mudar esses interesses.

  1. Terça: Olho por olho ou uma solução conveniente?
Saul parece que resolveu fazer o que Josué deveria ter feito, mas não fez. Josué deveria ter eliminado os gibeonitas, porém, fez uma aliança com eles. E os gibeonitas também fizeram o que não deveriam ter feito. Se eles já sabiam ser o DEUS de Israel o verdadeiro DEUS, e se sabiam ser por isso superior aos seus deuses, e se por esse motivo desejassem ter participação com Israel naquela terra, e fazer parte daquele povo de DEUS, deveriam ter humildemente se apresentado aos israelitas. Se fizessem assim, teriam sido aceitos, e não seriam destruídos. Isso foi o que aconteceu a Raabe e sua família. Rute, mais tarde disse: “o teu povo é o meu povo, o teu DEUS é o meu DEUS”. E tanto Raabe quanto Rute fizeram parte da linha real de Davi e de JESUS CRISTO, embora fossem estrangeiras. Sobre isso, leiamos o que Ellen G. White escreveu.
“Ao avançarem as multidões de Israel verificaram que o conhecimento das poderosas obras do Deus dos hebreus tinha-os precedido, e que alguns entre os pagãos tinham conhecimento de que Ele era o verdadeiro Deus. Na ímpia Jericó o testemunho de uma mulher pagã foi: "O Senhor vosso Deus é Deus em cima nos Céus, e embaixo na Terra." Jos. 2:11. O conhecimento de Jeová que assim tinha vindo a ela, provou ser sua salvação. Pela fé "Raabe, a meretriz, não pereceu com os incrédulos". Heb. 11:31. E sua conversão não foi um caso isolado da misericórdia de Deus para com os idólatras que reconheceram Sua divina autoridade. No meio da terra um povo numeroso - os gibeonitas - renunciou ao seu paganismo, unindo-se com Israel e partilhando as bênçãos do concerto. (Profetas e reis, 369).
“Mas teria sido melhor aos gibeonitas se houvessem tratado honestamente com Israel. Conquanto sua submissão a Jeová lhes tivesse conseguido a conservação da vida, a fraude acarretou-lhes somente desgraça e servidão. Deus havia tomado disposições para que todos os que renunciassem ao paganismo, e se unissem a Israel, partilhassem das bênçãos do concerto. Estavam incluídos na designação "o estrangeiro que peregrina entre vós", e com poucas exceções essa classe deveria desfrutar de favores e privilégios iguais aos de Israel. A instrução do Senhor foi: "E quando o estrangeiro peregrinar contigo na vossa terra, não o oprimireis. Como um natural entre vós será o estrangeiro que peregrina convosco; ama-lo-ás como a ti mesmo." Lev. 19:33 e 34. ...
“Tal era a posição em que os gibeonitas poderiam ter sido recebidos, não fora o engano a que tinham recorrido. Não era pequena humilhação para aqueles cidadãos de uma "cidade real", sendo "todos os seus homens valentes", fazerem-se rachadores de lenha e carregadores de água por todas as suas gerações. Haviam eles, porém, adotado a aparência de pobreza com o fim de enganar, e esta se lhes fixou como distintivo de servidão perpétua. Assim, em todas as suas gerações, sua condição servil testificaria do ódio de Deus à falsidade” (Patriarcas e profetas, 505 e 507).
Os gibeonitas usaram da astúcia que lhes era peculiar. Eram um povo pagão, e sabiam usar dos meios pagãos para conseguir as coisas, ou seja, mentindo e enganando. Assim tornaram-se rachadores de lenha e carregadores de água. E Saul achou-se com o direto de, depois do acordo entre esses dois povos, fazer justiça, eliminando-os dentre o povo de DEUS. Tal coisa já não era justiça, havia um acordo entre os dois povos, e deveria ser respeitado, principalmente pelo rei, o maior dentre o povo de DEUS. Se nem o rei respeita os acordos, então a nação vai em direção a desordem e caos.
Então, no tempo de Davi veio uma seca, que já durava três anos. Davi dessa vez consultou a DEUS, pois para isso ele não possuía competência para discernir o que era, e descobriu que havia culpa de sangue. Sim, a culpa estava na casa de Saul, pelo que ele havia feito aos gibeonitas, quando já havia um tratado com eles. Ele, o rei, deveria ter respeitado esse tratado, mas fez o contrário, agiu pelo princípio da justiça pelas próprias mãos, do seu jeito.
Agora que vem o grande problema. Davi foi perguntar aos gibeonitas para saber o que eles queriam que fosse feito, a fim de resolver o problema que DEUS lhe identificou. Mas, por que Davi foi perguntar isso aos gibeonitas, e não a DEUS quem diagnosticou a situação? Veja só que decisão trágica do rei: primeiro, ele pergunta a DEUS qual a causa da situação. DEUS a identifica. E agora ele vai aos gibeonitas, não mais a DEUS, para saber deles o que se deve fazer. É obvio, eles estavam com sede de sangue, revoltados contra Saul, e queria vingança, e foi o que pediram, que se matassem sete descendentes de Saul. E no exato momento desse pedido, Davi o atendeu. Nem perguntou nada a DEUS. Devemos ter sempre em mente que essas mortes nada têm a ver com a vontade de DEUS. Isso foi mais uma das decisões precipitadas de Davi. Erros, erros e mais erros, e suas respectivas consequências. Aqui, erro dos gibeonitas ao se fazerem de pobres cidadãos de muito longe; erro de Josué em fazer acordo com eles nessas condições, sem perguntar a DEUS e sem respeitar uma ordem anterior de DEUS; erro de Saul em querer eliminar os gibeonitas passando por cima de um acordo; erro dos gibeonitas em querer vingança contra a casa de Saul; erro de Davi em atender o pedido de vingança. Se descuidarmos, um erro atrai outro erro, e se torna numa sucessão deles, que sempre vão a uma situação pior que a anterior. Erros nunca tendem, ao natural, melhorar a situação.
Então é que entra Rispa na história. Ela foi uma das concubinas de Saul. Teve dois filhos com ele. E esses dois filhos entraram na conta das mortes pedidas pelos gibeonitas. E a nós, muito interessa a atitude dessa mãe, que nunca foi esposa. Ela nos ensina algo muito importante sobre fidelidade. Isso é o que estudaremos amanhã.

  1. Quarta: Fidelidade é um estilo de vida
Hoje enfatizaremos em Rispa, mas não sem antes contextualizar, mais uma vez. Os gieonitas, que tempos anteriores, enganaram os israelitas, agora, pediam sete descendentes de Saul para os matar. Não foi DEUS quem determinou tal forma de expiação. Os gibeonitas pediram e Davi atendeu. Mas cabia a Davi consultar a DEUS sobre essa questão, pois não se tratava de algo de menor importância. Então Davi escolheu sete dos descendentes de Saul. Dois desses eram filhos de Rispa. Ele os entregou aos gibeonitas, que os enforcaram num mesmo dia.
É agora que entra Rispa. Ela fez uma pequena cabana sobre uma pedra. Por piso, colocou um pano rústico, e assim também por cobertura. Naquele lugar, de dia é quente, e de noite, frio. E ela ficou ali vigiando os sete, tanto os cinco filhos de Merabi (que era filha de Saul), quanto os dela. A outra mãe não apareceu lá, não se sabe por qual razão. Talvez já estivesse até morta. Mas Rispa cuidou de seus filhos e dos outros cinco. O que ela fazia de fato? De dia ela espantava os corvos, que queriam devorar as carnes que se iam degenerando, e de noite ela cuidava para que feras do campo não viessem comer os restos mortais. Os corpos deles, por exigência dos gibeonitas deveriam ficar ali estendidos.
Aqui, em poucas linhas, se pode aprender muita coisa de uma mãe. Quanto ela não deve ter sofrido por ter de entregar seus filhos a Davi, que os entregou aos gibeonitas. E vê-se que ela não deve ter reclamado, mas submissa, enfrentou, sozinha, a situação. Quão sofrida é a vida de muitas mulheres, daqueles tempos e dos dias atuais. Elas são na realidade incompreendidas por muitos homens, que muitas vezes, nelas só veem objetos de prazer e de exploração. Hoje, muitas mulheres servem para vender de tudo o que se imagina, mas principalmente roupa; servem para atrair a programas de televisão, filmes e estórias de mau gosto; servem para homens de todas as classes como satisfação sexual, e muitas outras bestialidades. Nada melhorou nesse mundo de pecado, com relação aos maus tratos às mulheres.
Naqueles tempos, Saul se beneficiou de Rispa para seus prazeres sexuais e para dela obter filhos, e Davi se valeu dela, como tinha filhos, para satisfazer a ganância de vingança dos gibeonitas. Nem Saul nem Davi perguntaram a Rispa o que ela queria, quais eram seus sonhos, qual seria a sua vontade. Isso naqueles tempos não valia. Felizes as mulheres (poucas) que hoje tem um marido fiel e amável. Essas devem agradecer a DEUS, todos os dias, pois são poucas.
Apesar de tudo estar, sempre, contra Rispa (pois o que adiantava viver num palácio, ter filhos, mas não ter um marido fiel?), ela foi uma mulher da qual não se tem relato de ter desanimado nem de ter amaldiçoado a Davi, a DEUS, ou aos gibeonitas. Ela parece que não se queixou, mas simplesmente foi proteger seus filhos e os outros cinco rapazes também enforcados.
Nós, hoje, necessitamos de pessoas assim. Não de pessoas cegas aos erros, e que se conformam com eles, mas de pessoas que por causa da existência de erros não desanimam da fé, nem se afastam de seu dever. Essa é a grande lição de Rispa, do que dela dependia, cumpriu sua parte. Não pôde defender a vida de seus filhos, pois um rei estava por trás da ordem, mas os protegeu o quanto pôde, para que tivessem um mínimo de dignidade, mesmo após terem sido vilmente mortos.
E Davi? Bem, depois que começou a chover, lhe informaram sobre o que Rispa fazia. Então ele mandou que buscassem os ossos de Saul, o pai deles, e de Jônatas, seu filho, e junto com aqueles sete homens, o que deles ainda restava, para os sepultarem. Só então Rispa se foi dali, para a sua casa.
Rispa, um exemplo de esposa, embora fosse apenas uma concubina, um exemplo de mãe, embora seu parido, e o pai de seus filhos não o fosse, um exemplo de filha de DEUS, embora os demais lhe exigiam até seus filhos para seus modos de justiça.

  1. Quinta: Construindo uma nação
O texto que se estuda hoje é muito sutil. É de se crer que diz mais nas entrelinhas que no texto. Ele está em 2 Sam. 21:10 a 14. Ali diz que Rispa acampou-se humildemente perto dos corpos de seus dois filhos e dos outros cinco netos de Saul, filhos de Merabi (2 Sam. 21:8) que não sabemos se ainda estava viva, e os cuidou, de dia e de noite. Não se sabe por quanto tempo ela fez isso, se alguns dias, se semanas, se meses. Ficou ali desde o início da ceifa até que choveu. Sabemos é que ela teve uma atitude de mãe, simplesmente. Ela cuidou dos descendetes insepultos de Saul. Ela não reclamou dos gibeonitas nem de Davi, e nem das intrigas entre Israel e Judá. Ela não se envolveu nas questões políticas. E as pessoas viam sua atitude diária, e eram fortemente influenciadas.
Agora tente imaginar se isso acontecesse hoje. Vamos visualizar, uma mulher, mãe, atenta a seus filhos, dia e noite, num lugar ermo, cuidando de seus corpos. Que impacto isso daria? Seria um potente fato midiático. O mundo todo o saberia, em algumas horas. Todos comentariam. E o efeito da mulher seria tremendamente positivo sobre os pensamentos das pessoas. Assim foi, por exemplo, o resgate dos 33 mineiros no Chile.
Naqueles tempos não havia televisão nem rádio. Mas uma coisa é certa, o inusitado do fato, uma mulher só, desamparada, sem apoio de ninguém (nem do rei Davi), em estado de extrema fragilidade, só com um pano no chão e outro por cima como cobertura, correndo risco de ser assaltada ou atacada por alguma fera, estava ali, silenciosamente, sem nenhuma ajuda, protegendo os corpos de sete homens. Esse é o fato.
As pessoas ficaram sabendo, menos o rei Davi, senão quando lhe contaram. Só então ele tomou as providências que já deveria ter tomado no dia do enforcamento. Aliás, o ter ele entregue esses homens aos gibeonitas, que conquistaram o favor dos israelitas por meio de fraude, em si, é um grave erro. Mas o ter abandonado seus corpos ao relento, com uma mãe sofrendo por seus filhos, eis aí a maior tragédia produzida pela indiferença pelos sentimentos dos outros.
Enfim, Davi, que deveria ser o exemplo para a nação, só se deu conta do drama de Rispa quando lhe contaram. Então toma uma atitude digna, e recolhe os ossos de Saul, o pai desses homens; de Jonatas, o outro irmão deles, e os sepulta todos juntos. Então “DEUS Se tornou favorável para com a terra” (2 Sam. 21:14, u.p.). Davi, tal como seu comandante Joabe, tal como Abner, era homem de guerra, acostumado a mortes, e se havia tornado frio em relação aos sentimentos humanos. Foi por esse motivo que DEUS não permitiu que ele construísse o templo de Jerusalém. Tinha que ser uma pessoa sensível ao toque do ESPÍRITO SANTO, uma pessoa que não havia desenvolvido o espírito de matar. A diferença entre Davi e aqueles comandantes era uma: ele se arrependia de seus atos, eles não. Por esse motivo DEUS amou a Davi. Aliás, que pai e que mãe não ama um filho peralta mas que se arrepende?
O final dessa história dá a entender que DEUS não aprovou as mortes, pois mesmo com elas, continuava a seca. Ela só terminou quando Davi reuniu os restos mortais da família e deu a eles uma sepultura digna.
O que podemos aprender de tudo isso? De Rispa, a humildade e a fidelidade a seus filhos. Ela nunca deixou de ser mãe. Mesmo havendo tremenda injustiça, ela não perdeu tempo em reclamar da injustiça (e isso não quer dizer que não devemos buscar a justiça). Ela fez o que era prioritário naqueles dias, protegeu os corpos. Isso deve ter criado um efeito positivo nas mentes de muitas pessoas. Será que alguém daquela nação não ficou sabendo sobre o que ela fazia? A consternação e os sentimentos de compaixão para com ela fez que refletissem sobre a bobeira de brigas entre as tribos, e que subissem a pensamentos mais elevados, os da reconciliação. Fato é que daqueles dias em diante, houve unidade entre as tribos, fizeram as pazes. Até que ponto a atitude isolada e persistente daquela mulher influenciou nesse sentido, não sabemos, mas a coincidência é impressionante. Desde pouco depois que vieram a sua terra, passaram a brigar entre si, e a partir desse fato, pararam. Se bem que voltaram nos tempos de Roboão, por motivos e culpa de Salomão e do próprio Roboão.
Finalizando o comentário de hoje. Quem são os personagens humanos ligados a esses fatos? Josué, há muito já morto, e que fez o acordo com os fraudulentos gibeonitas. Ele nem ficou sabendo do que aconteceu bem depois. Saul, que decidiu fazer justiça pelas próprias mãos, tentando eliminar os gibeonitas. Esse também nem ficou sabendo das consequências de seus atos. Davi, que tomou a decisão de matar sete homens que não eram culpados do que seu pai fez. Esse não se importou com os sentimentos da mãe de dois deles (a outra mãe não temos informação do que fez, ou se ainda vivia) e também não indagou a DEUS sobre o que deveria fazer, nem avaliou se era correto matar os descendentes de Saul pelo que ele fez. E Rispa, dentro todos esses personagens, a pessoa menos graduada, menos importante. No entanto, o escritor bíblico fez questão de identificar essa mulher pelo nome de seu pai e de ser concubina de Saul. E, dentre todos esses grandes nomes, foi ela quem, sem usar poder nem de articulação política, somente cumprindo o seu dever, que influenciou para a reconciliação de toda uma nação. Ela fez a sua parte, e o resultado foi positivo e gigantesco. Agora, imagina, se cada um fizer a sua. E se mais pessoas, hoje, fizerem a sua parte, para unir a igreja? Sabe qual será o resultado? O derramamento do ESPÍRITO SANTO, a conclusão da pregação e a volta de CRISTO.

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Nesta semana estudamos sobre como a fidelidade de uma mulher sem grande expressão mudou toda uma nação. Assim como o drama do resgate dos mineiros fez o mundo pensar, a atitude de Rispa fez todo o povo de DEUS pensar. O ponto central aqui é a fidelidade.
Mas fidelidade a quê? Em que aspecto Rispa foi fiel?
Ela foi uma mãe fiel. Uma sociedade, para ser organizada, para haver respeito aos princípios e às leis, precisa de mães e pais fiéis. As bases da educação numa sociedade estão no pai e na mãe. E na sociedade degenerada que temos, mais na mãe que no pai. Na realidade, o pai deveria ser o sacerdote do lar, aquele que institui os princípios de vida. Mas quantos homens, mesmo na igreja, desempenham esse papel? Raros! Ao homem, no lar, cabe fazer o papel que JESUS CRISTO faz na igreja. É ele que deve manter e formar, na mulher e nos filhos, o valor e a obediência a princípios de vida. Em geral, pela natureza, as mulheres são atraídas para o mundo das vaidades, e o marido, deveria ser a bússola norteadora nesse sentido para mantê-la no caminho equilibrado. Isso hoje em dia nem mesmo grande parte dos pastores faz. O que esperar dos maridos leigos? O que, na verdade, muitos homens desejam é ver em sua esposa o mesmo objeto de desejo sensual que a televisão vai fabricando, algo artificial, com exageros de formas, desenhos e cores, destacando a sensualidade, envolucrado numa roupa que destaque isso tudo. Parece que hoje grande parte dos homens, quando sai com sua esposa, diz assim: olhem o objeto de desejos que eu tenho em casa. E isso existe na igreja, e muito. Aliás, já não se prega mais sobre esse assunto, exceto um ou outro corajoso ou corajosa. Mas no final do sermão, vem os puxões de orelhas dos que se sentiram atingidos. Pastores que com suas esposas ainda seguem a linha da modéstia e simplicidade, (e eles existem mesmo), já não arriscam pregar sobre esse assunto, pois, muitas vezes o presidente dele, e sua casa, já se voltou para o mundanismo. E agora, como alertar as humildes ovelhas se o pastor está de mãos amarradas pelo mau testemunho de seu presidente? São bem difíceis esses últimos dias na Terra. Não são só os membros leigos que enfrentam crescentes dificuldades em suas atividades profissionais, até mesmo os ministros conscientes correm ameaças e perigos, se quiserem ser corretos com DEUS.
Pois, se os homens estão renunciando ao seu papel de sacerdotes do lar, o que vemos em nossos dias, é algo parecido à vida de Rispa e de Ana (a mulher de Elcana). Lembram da fidelidade de Ana? Ela foi fiel a que ou a quem? Foi fiel a DEUS. E Rispa foi fiel a que ou a quem? Ela foi fiel aos seus filhos. Destaque-se que, para ela ser fiel a seus filhos teve que, acima de tudo, ser também fiel a DEUS.
Se os pais, e maridos, devem desempenhar o papel no lar que JESUS desempenha na igreja, a mãe, e esposa, a ela caba desempenhar o papel que o ESPÍRITO SANTO desempenha na igreja, isto é: ensinar e orientar, com amor, para a obediência daqueles princípios que o marido deve sustentar. Ela ensina a quem? Os filhos! E também o próprio marido. Nos lares onde é assim que funciona, há salvação, e proteção contra o mundanismo.
Rispa, quando mataram seus dois únicos filhos, como já estudamos, mesmo mortos, não os abandonou. Ficou com eles, protegendo-os, até que fossem sepultados. Isso é fidelidade. Mas não ficou nisso. Ela também cuidou dos cinco enforcados. Ela protegeu os cinco filhos de Merabi também, e do mesmo modo como fez com os seus dois filhos. Isso é amor, e não há outra explicação. Isso é o mesmo amor que JESUS demonstrou na cruz, ao dar a Sua vida por todos, bons e maus, amigos ou inimigos. Todos, se desejarem, poderão ser salvos. Aqui está a demonstração de fidelidade de Rispa. Esse foi o seu ponto de fidelidade. Ela agiu semelhantemente como JESUS agiria no futuro, impulsionada pelos mesmos sentimentos.
Mas como podemos entender esse ponto de fidelidade, que foi para com os filhos? Ou seja, ela foi mãe de verdade. Aí temos que olhar um pouco para o contexto maior.
Ela teve esses filhos com o rei Saul. E Saul certamente não foi um grande pai, certamente ele não servia de exemplo (como em muitos casos hoje em dia). Em resumo, Saul foi um homem estúpido, que se afastava cada vez mais de DEUS. E quando o marido não é um bom pai, nem um bom companheiro, nem um bom exemplo, ocorre um fenômeno que podemos presenciar em muitas mulheres. Elas assumem o papel do pai, adicionado ao da mãe, e se sacrificam, e tratam de salvar os filhos da má influência do pai. Isso é bem frequente. É uma mulher que ama seus filhos, que sente que eles vieram de dentro dela, e fica ligada a eles, e faz tudo por eles. Esse faz tudo por eles, no caso de uma mãe cristã, leva-a a ensiná-los e protegê-los contra o mundo, buscando salvá-los da influência do mundo. Quando o marido e pai falha, muitas mães fazem o papel duplo, de pai e de mãe. Elas então buscam manter os princípios de fidelidade a DEUS e também buscam ensinar a seus filhos.
Isso foi o que Rispa fez. Mas o que ela fez, só se tornou destaque nacional quando ocorreu uma tragédia. Quando tudo corria normalmente, ninguém se deu conta, nem importância, sobre como Rispa cuidava de seus dois filhos. É sempre assim: pessoas comuns só recebem destaque quando algo que chama grande atenção acontece. Foi assim também com as mães dos mineiros do Chile: elas fizeram plantão junto a boca da mina por mais de dois meses, até que seus filhos saíram de lá; só então foram embora. E isso o mundo viu, mas o mundo nem se importava como elas eram mães enquanto a tragédia não aconteceu.
Rispa nos faz lembrar o seguinte. No final dos tempos, quando vier o decreto dominical, serão as pessoas comuns e simples, muitas com pouco estudo, que se evidenciarão na pregação do evangelho. Essas pessoas que hoje são humildes e muitas vezes desprezadas, mas que mantém fidelidade a DEUS e seus princípios de vida, que atentam para os escritos da Bíblia e do Espírito de Profecia, e os seguem pondo-os em prática, elas terão capacidade de continuarem fiéis quando a oposição furiosa se levantar. Quando a tempestade da opressão novamente se abater sobre o mundo, esses homens e mulheres fiéis ficarão em pé, anunciando a verdade com o poder do ESPÍRITO SANTO. Só eles ficarão em pé; os demais, fugirão da igreja, e até se tornarão em seus maiores inimigos.          
Rispa tem lições para nós hoje, quanto à questão da fidelidade. Ela pode nos ensinar o caminho de como ficarmos em pé em tempos que só os fiéis poderão suportar manter-se obedientes a DEUS.



escrito entre:  13/10 a 19/10/2010
revisado em  20/10/2010
corrigido por Jair Bezerra


Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails