Vamos recapitular o que vimos no último tema:
Encontramos no pátio, ou átrio, uma cortina de cor branca,
havia sessenta colunas ao redor tomando os quatro lados, e as bases das colunas
eram de bronze e o topo delas, a parte de cima, era de prata pura.
Também falamos sobre os moveis que existia no pátio do
santuário, encontramos em primeiro lugar o altar de sacrifício, onde se
sacrificavam os animais, e logo depois de matá-los a bíblia diz que eram
queimados sobre o altar. O altar de sacrifício que era de madeira de acácia,
uma madeira bem dura, e o altar estava todo coberto de bronze, porque se
queimassem o sacrifício sobre um altar de madeira, se queimaria a madeira e se
acabaria o altar, então o altar era coberto de bronze para que o calor não
consumisse o altar.
O segundo móvel é a pia ou fonte, a pia continha água onde o
sacerdote se lavava antes de entrar na tenda de reunião do santuário.
Passando do átrio, do altar do sacrifício e da pia onde havia
água, entramos pela porta do tabernáculo. Temos então a tenda de reunião, e qual
era a cor da tenda por fora? Era de cor marrom escuro ou café. O proposito
disso era duplo. Havia quatro capas, quatro tetos. Havia a parte de fora de cor
café. Logo a seguinte capa de cor vermelha, a próxima capa de cor branca de
peles de cabra e logo finalmente tem uma cortina com diferentes cores, na
realidade três diferentes cores tinha a cortina interior.
Havia duas razões porque a cor mais simples ou feia estava por
fora.
Primeiro porque a tecido de pele de foca que estava por fora era muito resistente e protegia o santuário da chuva, do mal tempo. E a segunda razão é porque quando os outros povos viam esta tenda tão feia não suspeitavam que dentro havia uma riqueza impressionante, o candelabro de ouro valia nada mais 3 milhões de dólares, um só móvel, agora você pode imaginar a riqueza que havia dentro deste tabernáculo, porque tudo era forrado em ouro, havia telas, cortinas que estavam bordadas com fios de ouro, era precioso e portanto Deus mandou colocar este teto de cor feia por essas duas razões.
Primeiro porque a tecido de pele de foca que estava por fora era muito resistente e protegia o santuário da chuva, do mal tempo. E a segunda razão é porque quando os outros povos viam esta tenda tão feia não suspeitavam que dentro havia uma riqueza impressionante, o candelabro de ouro valia nada mais 3 milhões de dólares, um só móvel, agora você pode imaginar a riqueza que havia dentro deste tabernáculo, porque tudo era forrado em ouro, havia telas, cortinas que estavam bordadas com fios de ouro, era precioso e portanto Deus mandou colocar este teto de cor feia por essas duas razões.
Vamos continuar recapitulando. Temos o altar de sacrifício
onde se sacrificavam os animais, o povo vinha até próximo do altar onde o
cordeiro era levado pelo sacerdote, e ele matava o animal, derramava seu sangue
e então o queimava sobre o altar, e levava um pouco do sangue do cordeiro para
dentro do tabernáculo de reunião e este é um assunto para tratarmos no último
estudo que é a transferência do pecado, do átrio, ao lugar santo e então ao
lugar santíssimo.
Continuando, nós podemos ver uma ilustração do santuário em
si, com o pátio e então o lugar santo do santuário, e dissemos que a entrada do
santuário ficava em qual direção? Ficava ao oriente. E o pecador entrava pela
porta oriental e a primeira coisa que encontrava era o altar de sacrifício e
logo em seguida a pia, então entrava pela porta da tenda de reunião e
encontramos três moveis, ao lado esquerdo havia o candelabro que tinha sete
braços, e logo do lado direito se via a mesa dos pães. Uma coisa com relação ao
candelabro é que ele nunca podia se apagar. Então o sumo-sacerdote arrumava os
pavios e o óleo para que ele se mantivesse sempre aceso. O sumo-sacerdote era o
único que podia manter essas luzes funcionando, era o trabalho de Arão o
sumo-sacerdote segundo a bíblia.
Tem um detalhe que devemos estudar, e é que quando o Senhor
Jesus Cristo alimentou os 4 mil, sobraram sete cestos de pães e quando
alimentou os 5 mil sobraram doze cestos de pães, e estes são os dois números
que encontramos aqui no lugar santo do santuário, o candelabro tem sete braços
e a mesa com os pães tem doze pães, e vemos isso aqui, onde temos uma
ilustração da mesa dos pães da proposição acima temos a mesa com os pães em
duas fileiras de seis. E então temos em abaixo uma moldura que tem os utensílios
que se usavam para fazer o pão e os utensílios que se usavam para a libação.
Algumas pessoas podem perguntar, onde diz na bíblia que havia
vinho nesta mesa. Logo leremos na bíblia mais adiante que havia suco de uva, ou
vinho sem fermentar. É interessante lembrar que na pia o sacerdote lavava as
mãos e os pés, e então quando entrava no lugar santo encontrava o pão e o suco
de uva. Uma interpretação preciosa da santa ceia, porque na santa ceia quando
lavamos os pés das pessoas com quem participamos, não somente lavamos os pés
como também estamos lavando as nossas mãos, porque estamos usando as mãos para
lavar os pés.
Logo em seguida tinha o altar de ouro, de incenso, onde se
colocava o incenso que agradava a Deus. E fumaça passava por cima da cortina e
entrava no santíssimo lugar. Os móveis do santuário tinham uns anéis ao redor,
para que pudesse se colocar as varas que eram feitas de madeira de acácia
cobertas de ouro, para que dessa forma estes móveis pudessem ser carregados.
No lugar santíssimo no segundo compartimento havia somente um
móvel. Era a Arca da Aliança ou Arca do Pacto e tinha este nome porque dentro
estavam as tábuas dos dez mandamentos. Segundo a bíblia, de cada lado da Arca
da Aliança havia anjos de ouro puro. A arca era de madeira de acácia e estava
coberta de ouro. Os anjos que estavam aos lados da arca eram de ouro puro e
segundo a bíblia os anjos olhavam para baixo em direção a tampa, onde se
chamava propiciatório e olhavam para baixo em reverência a lei de Deus e
cobriam o propiciatório, e por isso eram conhecidos como querubins cobridores,
porque em reverencia a Deus eles tinham uma asa dobrada e a outra passava por
cima e encontrava uma asa de um com a asa do outro no centro. E olhavam para
baixo em sinal de reverencia para com a lei de Deus.
Em todo o centro da arca do pacto se encontrava o que se
conhece como o Shekhinah ou Shekiná
que é a glória de Deus. Não era uma luz artificial, Deus descia e uma nuvem
pousava sobre o tabernáculo segundo mencionamos, e a gloria de Deus entrava no
tabernáculo de reunião e pousava em cima do propiciatório no lugar santíssimo
do santuário. A arca representava o trono de Deus e a lei que estava abaixo de
onde a gloria de Deus repousava representa o fundamento do seu trono ou
fundamento do seu governo.
Um
dos dez mandamentos que encontramos nas sagradas escrituras era o mandamento número
quatro que diz que devemos guardar o sétimo dia o sábado, como dia de repouso.
O livro de apocalipse nos diz que nos selos o apostolo S. João viu a Arca da
Aliança diz ali que se abriu o céu, e então foi visto o santuário celestial e
ali dentro viu a Arca da Aliança. O que vocês acham que havia dentro da Arca da
Aliança? Como se chamava os dez mandamentos? As tabuas do pacto ou concerto. Ou
seja no céu o que está dentro da arca? Estão os dez mandamentos. Vocês acham
que tem algum mandamento ali dizendo para santificar o domingo? O que Deus
disse a Moisés? Faz tudo conforme o modelo que te foi mostrado no monte. Que
era um modelo do santuário celestial. Assim que se na lei da terra tinha o
sábado, a lei no santuário celestial do céu, também deve ter o mandamento do
sábado. Porque a lei na terra era uma cópia do que havia no céu.
Gravem
bem esta recapitulação porque veremos isso durante todo o estudo. Para que
todos saibam de forma clara, e saibam a sequência dos móveis.
1º
móvel: Altar de sacrifício.
2º:
a fonte ou pia.
Então
se entrava no tabernáculo no lugar santo e lá havia quantos móveis? Três.
Lado
direito: os pães da preposição.
Do
lado esquerdo: o candelabro de ouro.
E a
frente: o altar de incenso ou altar de ouro.
Então
se entrava no lugar santíssimo e se encontrava que móvel? A Arca da Aliança. E
dentro havia os dez mandamentos e um pote de maná, e a vara de Arão que
floresceu.
Agora
com relação à dúvida se havia vinho na mesa dos pães da preposição.
Êxodo 25:23-29 diz o seguinte sobre a mesa dos pães da preposição:
23
|
Também farás uma mesa de madeira de acácia; o seu
comprimento será de dois côvados*,
e a sua largura de um côvado, e a sua altura de um côvado e meio.
|
*Um
côvado é cerca de 45cm, então o comprimento era de cerca de 90cm e a largura
45cm por 60cm de altura. Não era muito alto então.
24
|
E cobri-la-ás com ouro puro; também lhe farás uma
coroa de ouro ao redor.
|
25
|
Também lhe farás uma moldura ao redor, da largura de
quatro dedos, e lhe farás uma coroa de ouro ao redor da moldura.
|
Havia
então duas molduras ao redor. Quantas coroas usa Jesus segundo as sagradas
escrituras? Quantas coroas Jesus leva segundo a bíblia? Duas coroas. A primeira
coroa é a de espinhos e a segunda coroa é a de glória, quando Ele regressar na
sua segunda vinda. Continuando:
26
|
Também lhe farás quatro argolas de ouro; e porás
as argolas aos quatro cantos, que estão nos seus quatro pés.
|
27
|
Defronte da moldura estarão as argolas, como lugares
para os varais, para se levar a mesa.
|
28
|
Farás, pois, estes varais de madeira de acácia, e
cobri-los-ás com ouro; e levar-se-á com eles a mesa.
|
29
|
Também farás os seus pratos, e as suas colheres,
e as suas cobertas, e as suas tigelas com que se hão de oferecer libações; de ouro puro os farás.
|
O
que significa isso de libação? Vamos ler Levíticos
23:13 ali diz o seguinte:
13
|
E a sua oferta de alimentos, será de duas dízimas
de flor de farinha, amassada com azeite, para oferta queimada em cheiro suave
ao SENHOR, e a sua libação será de
vinho, um quarto de him.
|
O
que era a libação? A libação era de vinho, segundo diz a bíblia. Assim que sob
esta mesa havia vinho, porque fala sobre a libação.
Agora
vamos estudar um pouco mais sobre o santuário. Para entender o santuário
precisamos entender o ano de agricultura judaico. Precisamos entender como se
praticava a agricultura na terra santa nos tempos bíblicos, porque nos tempos
bíblicos o povo de Israel dependia absolutamente da agricultura e de criar
animais. Se agricultura fracassava e se fracassava a criação dos animais
domésticos o resultado era a morte para muitas pessoas em Israel. Então em
Israel a terra do povo de Deus no antigo testamento dependia muito da
agricultura. Por isso precisamos entender o ano de agricultura judaico para
entender o santuário. Vamos encontrar hoje que o ano de agricultura segue a
ordem exata que temos dos móveis do santuário. Ou seja, Deus deu o ano de
agricultura para explicar a ordem perfeita do santuário. Vamos então explicar o
ano de agricultura judaico.
Na
terra de Israel existe um clima subtropical, o que quer dizer um clima
subtropical? É um lugar onde basicamente existe duas estações, existe primavera
e outono mas as que mais se destacam são a estação quando o clima está seco e a
estação quando chove. Na terra de Israel principalmente nos tempos bíblicos,
existia duas estações que se destacam, uma estação quando está seco, e outra
época do ano quando caía muita chuva e estava toda a terra bem húmida.
Vamos
começar pelo outono, no outono do ano judaico. O outono na terra de Israel era
uma época de muita chuva, uma época, muito molhada, na terra santa o outono cai
mais ou menos no mês de outubro e novembro, aproximadamente esses dois meses,
os agricultores nos tempos bíblicos semeavam as sementes de cevada e as
sementes de trigo que eram as duas colheitas grandes primaverais nas terras de
Israel. Mas porque semeavam no outono? Primeiramente porque no outono a terra
estava macia, porque havia caído bastante chuva, a terra estava macia e fértil,
por essa razão o povo arava a terra fértil e plantava a semente de cevada e de
trigo. A chuva que caia no outono era conhecida como a chuva temporã, grave
isso, chuva temporã. E mais adiante na primavera caía a chuva conhecida como a
chuva tardia, ou serôdia porque caía mais pra tarde no ano. Então caía a chuva
temporã para amolecer a terra, para o agricultor plantar as sementes de trigo e
de cevada e mais adiante caía à chuva serôdia ou tardia, com o propósito de que
estas sementes que haviam sido plantadas crescessem rapidamente ao final da
colheita e madurassem para que pudessem produzir muito fruto.
Depois
do outono, depois de plantar as sementes. As sementes não cresciam
imediatamente. Porque imediatamente depois do outono vinha o inverno. E o
inverno na terra de Israel é uma época fria, uma época de muita escuridão. As
plantas não crescem porque para crescer precisa de calor e sol. Mas no inverno,
que vinha depois do outono a semente que estava na terra, permanecia ali e não
brotava no inverno porque no inverno tudo era frio e obscuro, e era necessária
luz calor para produzir bem.
Sendo
assim no inverno a semente ficava quieta na terra porque era uma época escura,
infértil, uma época que não havia luz. O inverno na terra santa é nos meses de
novembro, dezembro, janeiro e fevereiro (mas principalmente dezembro, janeiro e
fevereiro). São os meses do inverno, o outono é nos meses de outubro e novembro
e cai muita chuva, e as sementes são plantadas na terra, e quando vem o inverno
a semente não começa a brotar nem germinar. Fica na terra quieta, tranquila
durante o período de inverno, durante o período de dezembro, janeiro, e
fevereiro.
Mas
então na terra santa os dias começam a ficar mais longos. Saibam que nos EUA nos
dias de inverno o sol se oculta as 4h da tarde e no verão as vezes quase ás 10h
da noite. Os dias são mais longos. E muitos se surpreendem com isso como pode o
sol se ocultar as 4h da tarde e depois as 10h da noite? Na terra santa os dias
começavam a ser mais e mais compridos. Havia luz, e a semente começava a
germinar e a brotar.
E
tudo havia estado morto, as árvores que havia ficado pelada sem folhas, sem frutos.
O inverno é uma época de morte e trevas. É uma época de morte. Mas assim que se
está acabando o inverno e vem a primavera, nos EUA começam a aparecer as flores
de amêndoas são as primeiras que aparecem e começam a brotar.
A
colheita de cevada vinha aproximadamente no mês de março e abril e logo
continuava a colheita por algumas semanas depois disso. Mas é necessário que
lembremos que a semente germinava e começava a brotar no início da primavera. E
logo depois de crescer a primeira coisa que havia era a colheita de cevada. E então
o trigo que demorava mais continuava crescendo e crescendo até que o trigo era
colhido mais tarde na primavera, no mês de maio. Agora quero que vocês entendam
o que estamos dizendo, porque é algo que não acontece aqui e por isso
precisamos ter isso claro na nossa mente.
O
trigo e a cevada ambos, eram semeados no outono no mês de outubro e novembro, as
sementes permaneciam, quietas, sem vida, na terra durante inverno, nos meses de
dezembro, janeiro e fevereiro. Finalmente em março como resultado dos dias se
tornarem mais longos e por causa do sol e agora que os dias de escuridão haviam
se dissipado, as sementes brotam da terra. A semente morre, germina e começa a
brotar a espiga de cevada e a espiga de trigo. E o primeiro que se colher cedo
na primavera no mês de março e abril é a colheita de cevada. E então cerca de
dois meses, 50 dias depois, no fim de maio é que se colhe o trigo que se semeou
junto com a cevada no outono. Está claro isso? Precisamos entender isso para
entender o santuário, não vamos entender o santuário a menos que compreendamos
o ano de agricultura judaico.
Em
outras palavras depois da morte do inverno, brota a vida na primavera. E se
prepara a cevada primeiro e logo então se prepara o trigo para a colheita.
Diga-se
de passagem a chuva caía na primavera junto com o sol, com a luz solar. E isso se conhecia como a chuva serôdia. A
chuva temporã caía quando? Em outubro e novembro. E o que fazia essa chuva?
Suavizava a terra para que se pudesse semear a semente. Mas na primavera quando
o sol brilhava e caía a chuva a espiga que já tinha surgido como resultado do
sol e como resultado da chuva, crescia rapidamente até frutificar.
E
finalmente depois que se colhia o trigo no fim do mês de maio que é o mês de
Sivan. O mês quando a semente brotava era o mês de Nisã nada a ver
com o carro, mas se escreve parecido, é bom para lembrar que o mês de Nisã era
a primavera quando brotava a semente. E no mês de maio quando se colhia o trigo,
se conhecia como mês de Sivan. Agora o que acontecia depois que se colhia o
trigo? O que acontecia depois das colheitas da primavera?
Depois
das colheitas da primavera, depois de colher o trigo, na terra de Israel entra
um período conhecido como verão. Na terra de Israel depois da colheita do trigo,
depois que caiu a chuva serôdia, depois que o sol se combinou com a chuva serôdia,
que cresceu a planta de cevada, cresceu a planta de trigo, depois terminada a
colheita do trigo, então vem um período na terra de Israel que é seco e
infértil. Cobre o mês de junho até o mês de setembro, vejam que estamos vendo o
ciclo completo do ano.
Do
mês de junho até o mês de setembro na terra santa existe seca, os rios se
secam, tudo se torna amarelo, a terra é infértil, não estamos falando do Israel
de hoje, porque hoje temos irrigação, estamos falando dos tempos bíblicos. Se
forem no verão lá em Israel hoje, vão encontrar tudo verde e vão dizer que eu estava
mentindo, porque vai estar tudo verde em julho e agosto. Mas estamos falando da
agricultura dos tempos bíblicos, não estamos falando dos métodos modernos de
agricultura, onde se usa irrigação e toda a tecnologia de hoje.
Assim
que, no verão ficava tudo seco, infértil, os rios se secam, não caia nenhuma
gota de agua e era uma época de seca e de morte, onde tudo parecia horrível.
Mas
finalmente a seca do verão era interrompida pelo que dissemos no começo do tema,
chegamos ao outono. E novamente começa a cair no outono a chuva temporã, agora
temos algo que devemos entender. Que a chuva que cai em abril também se pode
conhecer como a chuva temporã e não chuva serôdia.
Depende
de onde começamos, se começamos pelo outono, a chuva do outono é a chuva
temporã e a que cai na primavera é a chuva serôdia. Mas a chuva serôdia da
primavera chega a ser a chuva temporã da chuva que cai no outono. E a bíblia
usa a chuva temporã e a chuva serôdia nos dois sentidos. E temos que ler o
contexto da bíblia para ver em que contexto se está mencionando a chuva temporã
e a chuva serôdia.
Então
no outono cai a chuva serôdia ou a chuva temporã, dependendo de como se analisa
e qual os textos bíblicos que estamos lendo. E no outono se colhia algo diferente
do trigo e da cevada. O trigo e a cevada eram colheitas primaverais. Mas havia
também colheitas outonais, e vejam que interessante que as colheitas do outono
eram as colheitas das uvas e das azeitonas (consequentemente do azeite). Em
outras palavras no outono se colhiam frutos, enquanto na primavera se colhia
cereais. Cereais na primavera, e frutos (uvas, azeitonas, e outras mais, mas
essas eram as principais) no outono. Se
lêssemos alguns textos, como Joel 2:19
as três coisas que se mencionam são cereais vinho e azeite, como as três
grandes colheitas.
19
|
e, respondendo, lhe disse: Eis que vos envio o cereal, e o vinho, e o óleo, e deles
sereis fartos, e vos não entregarei mais ao opróbrio entre as nações.
|
Também
menciona em Salmos 104:15:
15
|
o vinho,
que alegra o coração do homem, o azeite,
que lhe dá brilho ao rosto, e o alimento*,
que lhe sustém as forças.
|
* H3899
לחם lechem procedente de H3898;
DITAT - 1105a; n m
1) pão, alimento, cereal
1a) pão 1a1) pão 1a2) cereal usado para fazer pão 1b)
alimento (em geral)
No
outono também se colhia cereais, mas não era a colheita principal.
Mas
o que eles faziam no outono com a colheita das azeitonas? Com as azeitonas eles
faziam o azeite. O que representa o azeite na bíblia? O azeite representa o
Espírito Santo. Uma classe de colheita é a que representa o Espirito Santo. O
que se colocava dentro das lâmpadas não era o azeite de cozinhar. O que se
colocava dentro do candeeiro era o azeite de oliva, o azeite que vinha das
azeitonas, onde tinha um processo onde se esmagavam as azeitonas e tiravam o
azeite para colocar no candelabro. E vamos aprender que o candelabro representa
a igreja, a igreja cheia do Espirito Santo de Deus. O azeite representa o
Espirito Santo e a igreja onde habita o Espírito Santo em sua plenitude, o
Espírito Santo de Deus, está ou é o candelabro.
Eles
tomavam parte das azeitonas e faziam o azeite, e outra parte guardavam.
Mas
havia outra colheita e qual era? As uvas. O que faziam com as uvas? As uvas
servia para fazer vinho. Como faziam o vinho? Já ouviram falar de lagar? O que
é um lagar? Na Itália existe lagares mesmo hoje em dia. Dr. Samuel que nasceu e
cresceu na Itália do lado de fora da parede do Vaticano, ele descreve o que é
um lagar e ainda hoje tem esses lugares grandes onde cabem várias pessoas,
então as pessoas entram no lagar e começam a pisar nas uvas e enquanto pisam
nas uvas, cantam. Na bíblia tem algumas citações sobre a canção dos lagareiros.
Por exemplo Jeremias 25:10 fala de
que cantarei canções de lagareiros.
10
|
Farei
cessar entre eles a voz de folguedo e a de alegria, e a voz do noivo, e a da noiva, e o som das mós, e a luz do
candeeiro.
|
Quando
estavam pisando nas uvas, estavam nestes recipientes grandes pisando nas uvas,
estavam cantando canções de alegria dentro deste lagar.
Quantas
colheitas principais existiam no outono? Duas. Uma colheita que representa algo
bom e outra que representa algo mal. Não que o azeite seja bom e as uvas sejam
más. Mas no simbolismo o azeite representa o Espírito Santo e a igreja que tem
o Espírito Santo.
Mas
as uvas representam algo distinto, o que representa as uvas maduras na bíblia? Apocalipse 14. Vamos ver o que diz Apocalipse 14:14-20. E vamos ver que
tem duas colheitas principais quando Cristo vier.
14
|
Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado sobre a
nuvem um semelhante a filho de homem, tendo na cabeça uma coroa de ouro e na
mão uma foice afiada.
|
Sabem
o que é uma foice? É o mesmo instrumento que tinha na bandeira da União Soviética
que já está aposentada e eu creio que para sempre. Oxalá pudéssemos falar
disso, da queda do comunismo, e do capitalismo mas este é outro tema diferente.
Mas
uma foice é para colher, assim que Jesus está sentando sobre a nuvem e vai
colher. O que Ele vai colher? Vamos ler o verso
15.
15
|
Outro anjo saiu do santuário, gritando em grande
voz para aquele que se achava sentado sobre a nuvem: Toma a tua foice e
ceifa, pois chegou a hora de ceifar, visto que a seara da terra já amadureceu!
|
Aqui
temos uma das colheitas, qual é ela? A seara da terra. Verso 16:
16
|
E aquele que estava sentado sobre a nuvem passou
a sua foice sobre a terra, e a terra foi ceifada.
|
Terminou
a primeira colheita, mas agora tem outra colheita.
Diz
o versículo 17 que vem agora outro
anjo com outra foice. Na verdade em Apocalipse 14 não vamos falar sobre isso
agora mas existe sete anjos, ouvimos falar dos três anjos de Apocalipse 14, mas não tem três e sim sete
é só contar e vão ver. E cada um tem uma missão importante. Vejam o verso 17:
17
|
Então, saiu do santuário, que se
encontra no céu, outro anjo, tendo ele mesmo também uma foice afiada.
|
18
|
Saiu ainda do altar outro anjo,
aquele que tem autoridade sobre o fogo, e falou em grande voz ao que tinha a
foice afiada, dizendo: Toma a tua foice afiada e ajunta os cachos da videira da terra, porquanto as suas uvas estão amadurecidas!
|
19
|
Então, o anjo passou a sua foice na
terra, e vindimou a videira da terra,
e lançou-a no grande lagar da cólera
de Deus.
|
20
|
E o lagar foi pisado fora da cidade, e correu sangue do lagar até aos
freios dos cavalos, numa extensão de mil e seiscentos estádios.
|
O
que representa as uvas? Representa os ímpios. E o que representa a seara? A
seara representa outra parte da colheita, representa os santos de Deus.
Assim
que no outono havia essas duas colheitas, a colheita das azeitonas e do azeite
e a colheita das uvas.
Jesus
apresentou isso de outra forma. No tempo em que João Batista apresenta o
Messias, ele diz que Jesus iria vir para fazer o que? Viria para limpar sua
eira, e ia recolher o trigo e colocar no Seu celeiro. Mas a palha que representa
os ímpios iria jogar no fogo para ser queimado. Diz isso em Mateus 3:12:
12
|
A sua pá, ele a tem na mão e limpará
completamente a sua eira; recolherá o seu trigo no celeiro, mas queimará a
palha em fogo inextinguível.
|
Aqui
temos os dois grupos, o grupo dos bons e o grupo do maus. Colhidos no final do
ano de agricultura judaico como as azeitonas e as uvas.
Quantos
entenderam o ano de agricultura que mencionamos? Ficou claro? Não se esqueçam,
façam anotações, mesmo que seja na sua mente, não se esqueçam do ano de
agricultura judaico, porque é vital para entendermos o santuário de Deus.
Porque o santuário segue a ordem do ano de agricultura.
Vamos
ver mais uma coisa antes de concluir. E é que queremos estudar de maneira superficial
os festivais ou as festas judaicas. As festas judaicas que eram sete seguem a
ordem exata e precisa do santuário. Começando com o acampamento e terminando no
lugar santíssimo. O ano da colheita e os festivais judaicos seguem a ordem
exata do santuário.
Agora
vamos analisar passo a passo o ano de agricultura judaico.
A
primeira coisa que mencionamos no ano de agricultura judaico é que no outono o
que se fazia? Se plantava as sementes de trigo e de cevada. E depois de semeadas,
vinha um tempo de obscuridade, frio, quando a terra não produzia nada, a
semente não germinava por causa do frio e por causa da escuridão.
Agora
tem um detalhe interessante, é que no inverno não havia festival judaico. Não
havia estas festividades no inverno. Vamos ver qual era a primeira festividade.
A
primeira festa judaica era a páscoa.
A
segunda festa era o festival das primícias.
O
terceiro festival que era incluído com a páscoa e as primícias era o festival
do pão sem fermento. Ou a festa dos pães asmos. Cobria estes três festivais que
eram a páscoa, as primícias, e pães asmos. Aconteciam todos basicamente ao
mesmo tempo.
A
páscoa era 14 de Nisã(Março-Abril), as primícias era 16 de Nisã ao terceiro
dia, e o pão sem fermento começa em 15 de Nisã e terminava 21 de Nisã. Ou seja
estavam todos juntos mais ou menos na mesma época. Eram festividades
primaverais, agora qual era o próximo festival? Que acontecia tarde na
primavera? Era o festival do pentecostes.
Quantas
festividades tinham na primavera então? Quatro.
A páscoa, pães sem fermento, primícias e
pentecostes. Mas tinha três
festividades no outono.
A
primeira era a festa das trombetas.
A
segunda era o dia de expiação, porque se tocava as trombetas para anunciar que
vinha o dia da expiação.
E a
última festividade do ano depois que se tocavam as trombetas, depois do dia de
expiação, a última festividade era a festa dos tabernáculos, quando se
celebravam o fim do ano da colheita. Quando celebravam com gozo e alegria as
bênçãos que o que Senhor tinha concedido no ano anterior.
Agora
vamos analisar os festivais a luz do ano de agricultura judaico.
No
inverno havia festivais? Não. A primeira festividade era a páscoa, mas havia
uma festividade que não se encontra diretamente mencionada no antigo testamento,
se encontra no novo testamento que acontece quando se celebra em 25 de
dezembro, que é quando os dias começam a ficar mais longos. 25 de dezembro é o
equinócio de inverno(solstício), os dias vão ficando cada vez mais longos até
que existe mais abundância de luz, finalmente na primavera.
Mas
tinha uma festividade que se celebrava começando em 25 de dezembro entre os
judeus. Não é um festival que estava no antigo testamento, mas se menciona no
novo testamento e Cristo Jesus observou ela no novo testamento. Agora qual era
esta festividade? Era o festival das
luzes. Como se chama hoje em dia o festival das luzes? Chanucá ou Hanucá (חנכה ḥănukkāh ou חנוכה ḥănūkkāh.
Já
ouviram sobre isso? Os judeus celebram a festa de Hanukkah ou festival das
luzes ou o festival de dedicação, Jesus celebrou ele, e celebrava a partir de
25 de dezembro e se conhecia como o festival das luzes porque a partir do dia
25 de dezembro os dias começavam a ficar mais longos. Mas tinha outra razão
porque se conhecia como festival da dedicação, é porque no ano de 167-164 A.C
um homem com o nome Antíoco Epifânio, chegou as portas da cidade de Jerusalém,
matou os sacerdotes, entrou no templo e sobre o altar de sacrifício ofereceu um
porco. Abominação, e se interromperam os sacrifícios por três anos, entre
167-164 A.C e no ano 164 Antíoco Epifânio passou a ser história, morreu, e os
judeus vieram e de novo consagraram e dedicaram o altar ao Senhor Deus.
Por
isso se conhecia como o festival de dedicação, e os judeus estabeleceram nesta época
para recordar a dedicação do altar do sacrifício, e já que estabeleceram nesta
época, Cristo Jesus observou. Vamos ver em S. João 10:22, e notem que se menciona esta festa claramente nesta
passagem, e nos diz que época do ano era, de que época do ano estamos falando?
Dezembro, e que estação? Inverno. E o inverno está terminando e os dias começam
a ficar mais longos.
Vejam
o que diz João 10:22 em diante:
22
|
Celebrava-se em Jerusalém a Festa da Dedicação.
Era inverno.
|
Não
vou dizer o que significa tudo o que está neste verso agora mas para que
entendamos o santuário temos que entender o ano de agricultura e as festas
judaicas, falaremos depois sobre a história de Israel nos próximos estudos, e
veremos que a história de Israel segue uma ordem idêntica do santuário também.
Começa com o altar e termina no lugar santíssimo, vamos encontrar isso também
E vamos falar depois do Êxodo da igreja
cristã, você sabia que o êxodo da igreja cristã segue a ordem exata do
santuário? Do começo ao fim? Assim que o santuário é uma descrição da história
da igreja. Se você quer entender a história da igreja, se você quer entender
como é que Deus levantou a igreja adventista em harmonia com as profecias, e
que este é um povo escolhido por Deus, o verdadeiro remanescente de Deus, só
podemos entender e comprovar a luz do santuário. E convenhamos, ao estudar a história da
igreja cristã seguindo a ordem do santuário, eu creio que não haverá ninguém
que possa dizer que tem outra igreja que é a verdadeira, senão a Igreja
Adventista do Sétimo Dia.
Entendam
o que estou dizendo, o que eu digo é que a igreja Adventista do Sétimo Dia é a
verdadeira igreja, não estou dizendo que nas outras igrejas não existe
verdadeiros filhos de Deus. Estamos falando da igreja como igreja, a muitas
pessoas na igreja adventista que não são adventistas... E talvez onde você
está, poderíamos escutar cair um alfinete agora. Há muitas pessoas fora da
igreja adventista que são mais adventistas que alguns que estão dentro. Há
alguns na igreja adventista que são como a mulher de Ló, que saiu de Sodoma,
mas Sodoma não saiu deles, há alguns adventistas que saíram de Babilônia, mas
Babilônia não saiu do seu coração. Não estou dizendo que a igreja adventista é
Babilônia, o que estou dizendo é que dentro do Israel de Deus há babilônios!
E é
por isso que os dissidentes dizem que a igreja adventista é Babilônia, e
generalizam tudo, e dizem que a igreja adventista é Babilônia, a igreja adventista
não é Babilônia, mas têm babilônios. E a sacudidura vai fazer duas coisas,
tirar os babilônios da igreja, e colocar os adventistas que estão lá fora.
A
menos que a semente seja depositada e morra primeiro e germine para uma nova vida
que é a pia onde é o batismo. É impossível visitar o santuário para que nós
cresçamos sem haver nascido novamente. E nascemos quando? Quando somos
depositados nas águas do batismo.
Vocês
sabem que Jesus diz que quem crer nEle e for batizado este será salvo? Pode
haver salvação sem batismo? O santuário representa o céu porque Cristo está no
santuário do céu e se queremos chegar ao céu, temos que visitar primeiro que
coisa? O átrio. Primeiro temos que aceitar o cordeiro e depositar nossos
pecados na pia e ressuscitar para uma nova vida, antes que possamos alcançar o
céu. O batismo é vital. Por isso Jesus disse que o que crer e for batizado será
salvo.
Já
que Jesus disse isso quero perguntar a alguém que não é batizado, você quer
aceitar o sacrifício de Jesus no átrio? Quer aceitar o Cordeiro que tira o
pecado do mundo, quer que seus pecados fiquem completamente sepultados nas
águas do batismo? Quer se batizar e renovar sua vida para crescer em
conhecimento no Senhor e para que Deus escreva sua lei no seu coração?
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PASTOR STEPHEN BOHR
Apesar de ter nascido em Wisconsin, o pastor Stephen Bohr cresceu na Colômbia e na Venezuela, onde seus pais serviram como missionários.
Durante mais de trinta anos, ele tem atuado como um pastor, conselheiro da juventude, professor de teologia e evangelista. É reconhecido internacionalmente por sua série de apresentações de "Descobrindo os Mistérios do Gênesis."
No momento é pastor da Igreja Adventista Central, na cidade de Fresno, Califórnia, e é também diretor e orador dos Segredos selados (Secrets Unsealed), uma entidade sem fins lucrativos que se dedica na produção de material audiovisual sobre os principais ensinamentos da Bíblia.
Sua esposa, Aurora, é nativa da Colômbia. Eles têm um filho, Stephen e uma filha, Jennifer.
Durante mais de trinta anos, ele tem atuado como um pastor, conselheiro da juventude, professor de teologia e evangelista. É reconhecido internacionalmente por sua série de apresentações de "Descobrindo os Mistérios do Gênesis."
No momento é pastor da Igreja Adventista Central, na cidade de Fresno, Califórnia, e é também diretor e orador dos Segredos selados (Secrets Unsealed), uma entidade sem fins lucrativos que se dedica na produção de material audiovisual sobre os principais ensinamentos da Bíblia.
Sua esposa, Aurora, é nativa da Colômbia. Eles têm um filho, Stephen e uma filha, Jennifer.
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Este estudo faz parte de uma série de palestras apresentada pelo Pr. Stephen Bohr, onde foi traduzido do espanhol para o português, para que mais pessoas que não tem facilidade de entender o espanhol possam ler, aprender e viver estas mensagens, como não sou nenhum tradutor e tão pouco domino bem o idioma espanhol, pode ser que haja falhas e erros de traduções, mas que não atrapalham a bela pregação e a mensagem a ser trazida até nós. Tanto quanto foi possível foi mantida de forma fiel as palavras do pastor, podendo haver algumas mudanças apenas para dar maior sentido no nosso idioma.
Espero que sirva de grande inspiração para todos.
Traduzido por: Raphael dos Santos Oliveira.
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