sexta-feira, 3 de junho de 2011

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 11 - 2º Trim. 2011

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Segundo Trimestre de 2011
Tema geral do trimestre: Vestes da Graça
Estudo nº 11 – As Vestes Nupciais
Semana de   04 a 11 de junho
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí - RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar:Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em CRISTO JESUS, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito” (Rom. 8:1, RC).

Introdução de sábado à tarde
Em nome do cristianismo se fizeram grandes atrocidades. Na Idade Média, pessoas eram queimadas vivas na estaca, e milhares foram torturados de forma cruel. Os soldados das cruzadas matavam e pilhavam povos pagãos, em nome de DEUS. Pergunta-se: isso é cristianismo? Resposta: isso não é cristianismo. Isso é a ação do inimigo do verdadeiro cristianismo, desvirtuando-o para que não realize a sua incumbência. O inimigo de DEUS e de Sua criação, conseguiu mascarar a igreja dele com o rótulo de cristã. Embora ela sustente a santificação do domingo, a imortalidade da alma, crenças típicas de satanás e de seu espiritismo, a igreja católica se denomima cristã. Embora tenha imposto a sua forma de adoração pela força das armas e do terror, diz seguir a CRISTO. Mas CRISTO nada fez pela força aqui na Terra para que O seguissem. Os seus ensinamentos são de que devemos ter o livre-arbítrio, para decidirmos se queremos ou não segui-Lo. Isso é uma escolha pessoal. Ele sustentou a Sua vitória pendurado numa cruz, e dizendo: “Pai perdoa-lhes porque não sabem o que fazem.” Ninguém deve ser forçado a um ou a outro tipo de adoração. Esse é um princípio bíblico.
Ao longo dos tempos satanás tem utilizado de artimanhas para enganar. E certamente uma das maiores formas de enganar as pessoas é a que relatamos acima. É assim que cristão passa um conceito negativo às pessoas verdadeiramente pensantes, mas que não têm suficiente informação sobre o cristianismo autêntico. Não foi apenas o falso sistema cristão, criado após a morte dos apóstolos de JESUS, que satanás desenvolveu aqui na Terra; há outras maneiras de combater a verdadeira adoração. Vejamos mais uma delas.
Se, pela profecia, a Igreja Adventista do Sétimo Dia é verdadeira, então ela há de ter inimigos, muitos deles. Terá inimigos fora e dentro dela. Os inimigos internos estão combatendo a igreja de uma forma tão sutil que fica difícil identificar. E pessoas, dentro da igreja, caem em seus enganos. Um dos mais terríveis inimigos que tem atuado nesses últimos tempos, dentro da igreja, e tem alcançado tremendo êxito, é o que introduziu a música pagã como se fosse louvor a DEUS. No rol desses inimigos estão, inclusive, muitos líderes. Talvez alguns deles nem se deem conta do que estão fazendo; mas nesse caso, é descuido por relaxamento, pois das coisas de DEUS não se deve tratar de forma superficial. É o mesmo ataque como satanás desferiu no Céu, quando ainda era o encarregado pelo louvor a DEUS. Disso ele entende. Diz Ellen White: “Homens e mulheres de coração corrupto, lançam em volta de si as vestes da santificação, e são considerados como exemplo do rebanho, quando são agentes de Satanás por ele empregados para seduzir e enganar as almas sinceras para um atalho de modo a não sentirem a força e importância das solenes verdades proclamadas pelo terceiro anjo” (1 Testemunhos Seletos, 110). “Satanás tem muitos às suas ordens, mas tem mais êxito quando pode servir-se de professos cristãos para sua obra satânica. E quanto maior sua influência, quanto mais elevada sua posição, quanto mais conhecimentos possuírem de Deus e de Seu serviço, com tanto maior êxito deles se poderá servir” (2 Testemunhos Seletos, 33). É mais eficaz quando os inimigos da igreja são pessoas da própria igreja, pois em relação a eles geralmente não há cautela.
Está muito em moda, em nossa igreja, lançar mão de recursos que o mundo usa para vender mercadorias de todo tipo, para persuadir e conquistar o coração das pessoas a CRISTO. São modos de ação dos agentes de satanás dentro da igreja. Substituem a ação do ESPÍRITO SANTO. E pessoas há, na igreja, que não admitem o ESPÍRITO SANTO não ser DEUS, mas na hora de realizar o trabalho para DEUS, não acreditam em Seu poder divino, e lançam mão de expedientes tipicamente mundanos. “Muitos supõem que, para se aproximar das classes mais altas, é preciso adotar uma maneira de vida e um método de trabalho que se harmonizem com seus fastidiosos gostos. Uma aparência de riqueza, custosos edifícios, caros vestidos, equipamentos e ambiente, conformidade com os costumes do mundo, o artificial polimento da sociedade da moda, cultura clássica, as graças da oratória, são considerados essenciais. Isso é um erro. O caminho dos métodos do mundo não é o caminho de Deus para alcançar as classes mais elevadas. O que na verdade os tocará é uma apresentação do evangelho de Cristo feita de modo coerente e isento de egoísmo” (A Ciência do Bom Viver, 214). Por isso a profetiza para a igreja, em nossos tempos, diz assim: “Se os homens seguissem tão somente a orientação do Espírito Santo, achariam caminhos e meios pelos quais a mensagem poderia ser levada e ganha uma gloriosa vitória” (Testemunhos para ministros, 218).
Quanto à música – uma das muitas maneiras de atacar a igreja de CRISTO, a verdadeira igreja cristã, porque mantém a doutrina da Bíblia – um diagnóstico revelado antes que acontecesse, é o seguinte: “Uma balbúrdia de barulho choca os sentidos e perverte aquilo que, se devidamente dirigido, seria uma bênção. As forças dos agentes satânicos misturam-se com o alarido e barulho, para ter um carnaval, e isto é chamado de operação do Espírito Santo. ... Essas coisas que aconteceram no passado hão de ocorrer no futuro. Satanás fará da música um laço pela maneira por que é dirigida” Mensagens Escolhidas, vol. 2, p 36).
E em nosso manual há, de forma bem resumida, a orientação suficiente: “Grande cuidado deve ser exercido na escolha da música. Toda melodia que pertença á categoria do “jaz”, “rock” ou formas correlatas, e toda expressão de linguagem que se refira a sentimentos tolos ou triviais, serão evitados pelas pessoas verdadeiramente cultas. Usemos apenas a boa música, em casa, nas reuniões sociais, na escola e na igreja” (Manual da Igreja, 172).
Além dessa orientação, há farto material escrito sobre a verdadeira música de adoração, pela profetiza do Senhor. E além desse material, há um grande número de homens e mulheres, servos de DEUS, incluindo muitos pastores, que também escreveram a partir de estudos realizados, a partir da Bíblia, dos escritos do Espírito de Profecia e da história da adoração. Há, por exemplo, um grande número de pastores que tem posição bem definida quanto a esse assunto essencial: o da adoração e louvor. Condenam o barulho. Mas há outros, e não poucos, que defendem e promovem o barulho nos cultos, dizendo que também é louvor. Afinal, pergunta-se: a qual deles se deve dar ouvidos? Pois uns dizem o contrário do que dizem os outros, e é impossível dar crédito a ambos.
Estamos divididos, e por incrível que possa parecer, no louvor a DEUS. Seremos fracos enquanto permanecer a divisão. Não seguimos o nosso manual. E, agora farei uma afirmação como professor de Administração: toda e qualquer organização que não segue as suas próprias normas, ou corrige, ou no mínimo terá conflitos internos, ficará fragilizada e com pouco desempenho e corre risco de falência. Esse é, portanto, um bom motivo para a sacudidura. Mas antes, O Senhor da obra, está dando oportunidade a todos. Uma organização que não segue seus princípios regimentais, principalmente os itens mais importantes, perde a sua identidade estratégica, e corre o risco de deixar de ser aquela organização para tornar-se alguma outra coisa. Sabemos que o Senhor da obra não permitirá que a atual ameaça chegue ao desfecho de sua tendência natural.
Sobre esse assunto, compensa ler o artigo escrito em duas partes, pelo pastor Joaquim Azevedo Neto, que pode ser encontrado em: http://www.musicaeadoracao.com.br/artigos/meio/louvor_adoracao_esp1.htm
Agora vem um apelo final, para o dia de hoje. Se a nossa igreja, que temos profeticamente por verdadeira, tem um grande número de inimigos internos, dando mau testemunho e introduzindo mundanismo, então ela é de fato a verdadeira. Sim, porque nesse mundo o que for verdadeiro será sempre fortemente combatido, por diversos meios. Por isso, o apelo é o seguinte: jamais imagine sair dessa igreja. Estamos em guerra nesse mundo, e o inimigo das almas não deixaria por menos. Ele entrincheirou um traidor entre os discípulos, e está fazendo o mesmo com a igreja que tem a incumbência da conclusão da pregação do evangelho de CRISTO. E você, vê se fica em pé, ao lado de CRISTO, e não se deixe influenciar pelos agentes do inimigo. Para isto aqui vai uma observação e um alerta e um conselho de EGW:
“Não tem Deus uma igreja viva? Ele tem uma igreja, mas esta é a igreja militante, e não a igreja triunfante. Entristecemo-nos de que haja membros defeituosos, de que haja joio no meio do trigo. ... Embora existam males na igreja, e tenham de existir até ao fim do mundo, a igreja destes últimos dias há de ser a luz do mundo poluído e desmoralizado pelo pecado. A igreja, débil e defeituosa, precisando ser repreendida, advertida e aconselhada, é o único objeto na Terra ao qual Cristo confere Sua suprema consideração” Testemunhos Para Ministros, p. 45)
Aqueles que estão em harmonia com Deus, e que através da fé nEle recebem forças para resistir ao que é errado e permanecer em defesa do que é correto, sempre terão severos conflitos e muitas vezes terão de permanecer quase sozinhos. Mas preciosas vitórias serão deles enquanto fizerem de Deus sua dependência. Sua graça será a força deles. A sensibilidade moral destes será clara e aguçada, e suas faculdades morais serão capazes de resistir a influências errôneas. A integridade deles, como a de Moisés, será da mais pura qualidade”. (Testemunhos Seletos v 2, p. 31).
Portanto, não se escandalize por haver inimigos na trincheira, pois isto já estava profetizado. Isto aconteceu com JESUS CRISTO, e está se repetindo atualmente. Portanto, por ser essa a realidade, o que devemos fazer, por esse motivo, é permanecer na igreja, ao lado de CRISTO, e não dentro da igreja contra Ele. Muitos saem da igreja por tais coisas, mas é exatamente o contrário que devemos fazer: permanecer firmes dentro dela. Por enquanto ela é uma igreja militante, isto é, envolvida em meio a uma severa guerra, mas conduzida por CRISTO, seu comandante. Ela se tornará em uma igreja triunfante, isto é, vitoriosa. E quem permanecer fiel até o fim, esse se salvará. E quem sair da igreja, vai encontrar salvação em que outro lugar, se é nessa igreja que CRISTO está na direção?


  1. Primeiro dia: Dias de fervor
O estudo de hoje é diretamente para nós. Quem o redigiu, na lição, estava focado nos últimos dias. Somos a igreja com a maior luz em todos os tempos. Temos a Bíblia interpretada, temos o Espírito de Profecia com milhares de páginas reveladoras escritas. Temos centros de estudos de teologia onde homens e mulheres se debruçam para aprofundar o entendimento desses escritos, e orientar a igreja. Cremos que de fato esses centros sejam influenciados pelo ESPÍRITO SANTO, pelos frutos que produzem. Essa é a conclusão. Temos ainda uma organização global muito bem estruturada, de natureza participativa e democrática. E acima de tudo, essa é a igreja dirigida pelo Senhor JESUS CRISTO. Disso também não restam dúvidas. “Sou instruída a dizer aos adventistas do sétimo dia em todo o mundo: Deus chamou-nos como um povo para sermos-Lhe particular tesouro. Ele designou que Sua igreja na Terra esteja perfeitamente unida no Espírito e conselho do Senhor dos exércitos até ao fim do tempo” (Carta 54, 1908).
Mas devemos admitir, que nesse mundo, todos nós estamos em guerra. Referimo-nos a guerra espiritual, pois há muitas outras. A Terra é um lugar de lutas e tremendas batalhas por poder. Basta ligar algum noticiário e dificilmente não se mencionará algum conflito e sempre tem destruição.
A nossa igreja, e as demais também, e outras organizações como empresas, associações, famílias, etc., tudo aqui é de alguma maneira afetado pelo sistema de luta, uso da força, imposição da vontade, forçando comportamentos. A Igreja Adventista do Sétimo Dia não escaparia imune. Mas em relação a nossa igreja, há uma observação importante: nós temos a luz sobre essas coisas, e as orientações de como devemos proceder. Desde que Lúcifer se revoltou contra DEUS, tendo ele muitíssima luz, exceto Adão e Eva, nós somos as pessoas que temos a maior luz da verdade revelada de todos os tempos. Portanto, a nossa vida deveria ser coerente com essa luz, mas em muitos de nós não é.
Somos traídos por nós mesmos, ou seja, pelo que gostamos, e geralmente gostamos daquilo que o mundo oferece, não daquilo que DEUS vai nos dar depois da volta de JESUS. Somos muito imediatistas, queremos agora e já, mesmo nesse estado de coisas em degeneração. Queremos, como o filho pródigo, as benesses do que entendemos ser bom imediatamente. Então, muitas vezes corremos para o que o mundo oferece.
Nós temos um grande inimigo. Ele quer a todo momento nos levar à perdição. Esse inimigo não é satanás, somos nós mesmos. O que satanás faz é nos influenciar para que não consigamos mais deter os nossos interesses no mundo vindouro, e que foquemos no presente século. Então, ele conseguindo isso, ele conseguiu tornar-nos inimigos de nós mesmos, pois o que gostamos é contra a vida eterna, que por ironia, também desejamos.
O que JESUS fez no templo, logo no início de Seu ministério, e repetiu quase no final do mesmo? Ele expulsou do Templo os mercadores, que queriam enriquecer às custas dos pecados do povo. É que aqueles líderes, mesmo vendo JESUS, ouvindo seus ensinos, vendo os Seus milagres, e entendendo ser tudo verdade, voltaram-Lhe as costas. E o pior de tudo é que os líderes, que ensinavam o povo, e que entenderam perfeitamente ser esse o Messias, não O aceitaram. Pelo contrário, O combateram e fizeram tudo para O matarem. Ao longo da história sempre houve conflito entre o ministério do povo de DEUS e os profetas. Assim foi até com Ellen G. White. E assim é hoje também. Tanto os profetas antigos como a profetiza mais recente, não são bem aceitos por parte de muitos de nós, sejam membros, sejam líderes. Há flagrante desrespeito ao que, por exemplo, Ellen G. White escreveu. Outros buscam distorcer esses escritos, interpretando-os conforme os seus interesses.
Pois bem, esse é o estágio precedente da grande sacudidura que vai ocorrer na igreja, que ocorrerá em breve. Aliás, de maneira um tanto branda, ela já está acontecendo. Mas a intensidade máxima virá com o decreto dominical. Então é que restará na igreja, tanto um ministério quanto membros puros, e a igreja, como um todo, purificada, concluirá a obra que hoje ainda anda mais devagar que a construção da estátua da tartaruga.

  1. Segunda: O convite do rei
Hoje, dia 29 de abril, sexta-feira, que escrevo este comentário, é o dia do casamento entre o príncipe William Arthur Philip Louis e Catherine Middleton, na Abadia de West-minster, em Londres. Após o casamento, a rainha Elizabeth II deu uma recepção para 600 convidados; e à noite, seu marido, o Príncipe Filipe, Duque de Edimburgo, dará uma recepção para um grupo seleto de convidados. O príncipe William é o filho mais velho de Charles, Príncipe de Gales, e da falecida lady Diana, Princesa de Gales. Ele nasceu em 21 de junho de 1982.
O estudo de hoje também trata de um casamento. Também houve uma festa oferecida pelo rei. Muitas pessoas foram convidadas. E por tradição, é uma honra ser convidado por um rei ou por uma rainha, especialmente se for o casamento de um príncipe, filho herdeiro do trono, ou de uma filha princesa. As pessoas jamais pensam em perder tal convite.
Mas, estranhamente ao convite desse rei, do estudo de hoje, nenhum convidado aceitou participar da festa. Isso é simplesmente incrível. E tudo estava preparado. Os convidados então foram chamados pelos servos do rei. Talvez se dissesse melhor: estes foram buscar os que já haviam sido convidados. O rei enviou outros servos para que reforçassem o convite real, pois estavam sendo aguardados para a festa. Aí a reação desses convidados foi pior. Alguns deles nem se importaram com o convite, continuaram suas atividades de sempre, sua rotina diária. Isso é menosprezo no mais elevado grau, indiferença, ou, quem sabe mornidão. Outros convidados, sentindo-se incomodados com a insistência do rei, espancaram os servos dele, e a alguns até mataram.
O que faria você se fosse o rei? O que o rei fez?
Ele fez o óbvio: concluiu que os convidados não era dignos. Eles mesmos se excluíram. Então, às pressas, o rei tornou e enviar servos, dessa vez, para convidar os pobres, gente do povão, os que moravam nas favelas, os que viviam de trabalho duro sob o sol escaldante, ou no frio do inverno, para mal ganhar o pão de cada dia. Ele mandou convidar tanto a bons como a maus; queria que todos viessem para a festa. Estes vieram, sentiam-se prestigiados pelo rei. Nunca imaginavam que em sua vida participariam de uma festa real. Eles aproveitaram o convite, e felizes, foram para a festa do casamento do filho do rei.
Mas, entre esses, ainda assim, nem todos eram dignos. Ao menos um deles foi visto na festa sem os trajes nupciais. É que, na entrada, todos recebiam vestes especiais para a festa. E um deles penetrou na festa e escapou de se vestir como era adequado. Por estar diferente dos demais, logo chamou a atenção e, por mandado do rei, foi expulso.
O que essa história nos ensina? Do primeiro grupo de convidados, dos que achavam que já tinham de tudo, nenhum deles era digno, pois todos rejeitaram o convite. Do segundo grupo, todos eram dignos, menos um, que tentou se comportar na festa diferentemente do protocolo, mas segundo ele mesmo entendia ser melhor.
Hoje se entende assim. Os primeiros convidados são os membros da igreja que se acham suficientemente bons e não se importam com o que o nosso rei, o Senhor DEUS pede. Vivem de modo indiferente, eles não sentem necessidade de algum preparo para a salvação. Quando convidados para a festa, onde ao entrarem deverão trocar de roupa, isto é, serem puros, perdem o interesse. Os outros convidados são carentes de tudo, acham-se como valendo nada, e parte deles tem sede de transformação para serem salvos para a vida eterna, e participarem das bodas do casamento, que é a segunda vinda de JESUS, o casamento entre o Salvador e a Sua igreja. Mas uma parte desses que querem a salvação são superficiais, pois acham que podem se salvar entrando na festa como vivem no mundo, com seu mundanismo. A veste branca para vestir é símbolo da inocência e pureza de caráter, necessário para esta festa, que será no Céu, após a chegada dos salvos. São vestes de justiça. Aqueles que rejeitam as vestes brancas serão sacudidos para fora. Para esta festa, “muitos serão chamados, mas poucos escolhidos” (Mat. 22:14).
“Rejeitai vossas próprias vestes e ponde a veste nupcial que Cristo preparou. Então podeis sentar-vos nos lugares celestiais com Cristo Jesus. Deus dá as boas-vindas a todos os que vão ter com Ele assim como estão, não se apoiando em sua própria justiça, não procurando justificar o próprio eu, não reivindicando méritos pelo que chamam de boas ações, nem se orgulhando de seu pretenso conhecimento. Enquanto tendes andado e trabalhado em mansidão e humildade de coração, tem sido efetuada uma obra em vosso favor - uma obra que só Deus pode fazer. "Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade." Filip. 2:13” (E Recebereis Poder, MM, 1999, p. 297).

  1. Terça: Os que foram ao banquete
Os convidados abastados desdenharam o convite do rei. Por isso ele mandou seus servos convidar outras pessoas. “Os servos do rei que foram pelos caminhos, "ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons". Mat. 22:10. Era um grupo misto. Alguns deles não tinham maior respeito ao doador da ceia do que os que haviam rejeitado o convite. A classe primeiramente convidada não podia, como pensava, sacrificar os privilégios mundanos para comparecer ao banquete do rei. E entre os que aceitaram o convite havia muitos que pensavam somente em se beneficiar. Foram para partilhar das provisões do banquete, mas não tinham desejo de honrar ao rei.
“Quando o rei entrou para ver os convidados, foi revelado o verdadeiro caráter de todos. A cada um foi provido um vestido de bodas. Essa veste era uma dádiva do rei. Usando-a, os convidados demonstravam respeito ao doador da festa. Um homem, porém, estava com seus trajes comuns. Recusara fazer a preparação exigida pelo rei. A veste provida para ele com grande custo, desdenhou usar. Deste modo insultou seu senhor. À pergunta do rei: "Como entraste aqui, não tendo veste nupcial?" (Mat. 22:12) nada pôde responder. Condenou-se a si mesmo. Então o rei disse: "Amarrai-o de pés e mãos, levai-o e lançai-o nas trevas exteriores." Mat. 22:13” (Parábolas de JESUS, 309).
Veja só que coisa curiosa. Dos primeiros convidados, nenhum aceitou. Eles não queriam ir à festa. E dos outros convidados, todos aceitaram ir para a festa, mas nem todos queriam participar conforme o desejo do rei e conforme as normas da festa. Lá dentro, todos deveriam vestir-se de branco, as vestes especiais. Elas representavam a pureza de caráter, a partir da virgindade e pureza da noiva. Isso significa que alguns convidados, os primeiros, não querem a salvação, não se importam com ela. E outros convidados querem ser salvos, porém alguns deles têm esse desejo mas sem mudar a sua vida. Querem entrar na festa, isto é, na Nova Terra, do mesmo modo como viviam nos tempos de pecado, ou seja, impuros. É isso que simboliza a rejeição das vestes especiais, brancas, símbolo de pureza e de justiça.
Ao longo de todos os tempos sempre houve pessoas que se portaram assim, que queriam tanto a salvação quando o mundo. Mas isso é impossível. Devemos querer, ou uma ou outra coisa, mas jamais querer o Céu e o mundo ao mesmo tempo.

  1. Quarta: Sem a veste nupcial
Como é a salvação?
Tempos atrás uma pessoa, que fazia os primeiros estudos de assuntos sobre a Bíblia, falou como achava ser o critério para ser salvo. Ele pensava assim: que para entrar na Nova Terra a pessoa devia ter mais de 50% de obras boas, ou seja, o que ela fazia de bom devia pesar mais que aquilo que fazia de mau. Esse raciocínio vem do paganismo e do cristianismo paganizado.
Afinal, como é que se entra no céu? Marque abaixo a opção que, segundo a Bíblia, entende ser a verdadeira.
a)      (   ) Deve ter mais de 51% de obras boas
b)      (   ) Deve ter mais de 60 % de obras boas
c)      (   ) Deve ter mais de 70% de obras boas
d)     (   ) Deve ter mais de 80% de obras boas
e)      (   ) Deve ter mais de 90% de obras boas
f)       (   ) Deve ter 100% de obras boas
g)      (   ) Entra pela fé em CRISTO JESUS
h)      (   ) Por concurso público, com alguma nota mínima
Vamos raciocinar sobre essas alternativas. As seis primeiras são sobre a salvação pelas obras. A alternativa “a” nesse caso é a mais acessível, ou seja, a mais fácil de se alcançar para entrar no Céu. Mas será que um ser humano conseguiria realizar pelo menos 51% de obras boas? Insistimos que isso é impossível. Nesse caso, se a salvação pudesse ser pelas obras, DEUS nos deveria exigir um percentual em torno de 1%, quem sabe menos, para termos alguma chance.
Um detalhe importante: Se a salvação fosse pelas obras, não haveria a necessidade de perdão, nem da crucificação de JESUS. Em lugar disso, deveríamos frequentar escolas sobre como fazer boas obras, preparando-nos como para um teste de aptidão. Veja só, não seria o caso da purificação do caráter, e sim, de ser bom o suficiente, conforme algum critério, mas também haveria margem para ser mau. Repetimos, haveria uma tolerância de maldade máxima aceitável para ser salvo. Não se exigiria pureza total.
A pureza total seria exigida se a questão “f” fosse a resposta correta. Mas nesse caso ninguém seria salvo, pois todos são pecadores, todos cometeram algum pecado na vida. Portanto, a questão “f” é para seres de outros planetas, que nunca pecaram, e que, na verdade, já estão salvas, ou melhor, que não necessitam de salvação pois nunca se perderam.
A curiosa questão “h”, se fosse a correta, requereria que as pessoas, para serem salvas, teriam que aprender muitas coisas, e seriam submetidas a um exame de conhecimentos mínimos para serem salvas. Isso também não funciona, pois o critério seria o conhecimento, não a pureza de coração. Ou seja, Lúcifer, por exemplo, se salvaria, pois que ninguém divide, ele tem mais conhecimento que toda humanidade religiosa junta.
Resta a alternativa “g”, a salvação pela fé, e quem crer, será purificado pela ação do ESPÍRITO SANTO.
O que aconteceu com o convidado que queria participar da festa, mas não queria vestir a veste adequada? Ele se imaginava suficientemente bom, como nas primeiras alternativas das obras, que poderia ser aceito assim como estava. Afinal, deveria pensar ele, não sou tão mau assim! Não precisava de purificação, já se achava bom o suficiente. E também não imaginava que ser bom o suficiente não era o mesmo que ser perfeito, ou puro. Mas para permanecer na festa, todos deveriam ser perfeitos, ou seja, 100% bons, ou ainda perdoados e purificados. Então, embora de natureza pecadora, se tornariam puros e perfeitos. Isto só é possível em CRISTO. Para ser assim, precisavam ser purificados, pois foram pessoas buscadas numa sociedade de pecadores. E a purificação era receber as vestes brancas oficiais, preparadas pelo rei. Portanto, somos salvos pela fé, e o nosso Rei nos purifica para que nos tornemos 100% puros. Isso ocorrerá por ocasião da volta de JESUS CRISTO, quando todos seremos transformados e receberemos nossas brancas vestes nupciais.
“Na parábola, ao perguntar o rei: "Como entraste aqui, não tendo veste nupcial?" (Mat. 22:12) o homem emudeceu. Assim será no grande dia do Juízo. Os homens agora podem justificar seus defeitos de caráter, mas naquele dia não apresentarão desculpas.” (Parábolas de JESUS, 317).
“Rejeitai vossas próprias vestes e ponde a veste nupcial que Cristo preparou. Então podeis sentar-vos nos lugares celestiais com Cristo Jesus. Deus dá as boas-vindas a todos os que vão ter com Ele assim como estão, não se apoiando em sua própria justiça, não procurando justificar o próprio eu, não reivindicando méritos pelo que chamam de boas ações, nem se orgulhando de seu pretenso conhecimento. Enquanto tendes andado e trabalhado em mansidão e humildade de coração, tem sido efetuada uma obra em vosso favor - uma obra que só Deus pode fazer. "Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade." Filip. 2:13. Essa boa vontade é ver-vos permanecendo em Cristo, descansando em Seu amor. (E Recebereis Poder, 297).

  1. Quinta: A investigação
Curioso, mas perfeitamente explicável. DEUS, de antemão já conhece os nossos atos, o que iremos fazer e qual decisão tomaremos, se pela vida, se pela morte. No entanto, vai haver juízo, com investigação e tudo, como é o estudo da lição do dia de hoje.
Para DEUS, precisa esse juízo e a investigação, livros de registro, exame dos livros durante o milênio? Não há necessidade disso tudo, pois DEUS tem todo o conhecimento, e nunca comete algum erro.
Então, qual o motivo do juízo com todos os seus ingredientes? Simples explicar. DEUS é onisciente, mas as criaturas não são. Lembre-se de uma coisa importante: Lúcifer conseguiu passar a conversa em um terço dos anjos. Eles acreditaram no falatório de Lúcifer e duvidaram do caráter de DEUS. Portanto, uma coisa é o processo de justiça para DEUS, e outra bem diferente, para as criaturas. Ou seja, se estando no Céu, vendo a DEUS, percebendo o Seu caráter, ainda assim houve seres criados que duvidaram de ser DEUS como Ele diz que é, imagine aqui nesse mundo, onde o ser humano é propenso a descrer no que é certo e a crer no que é errado.
O juízo tem por função tornar transparente a justiça de DEUS, e fazer a última revelação de Seu caráter, e da retidão de Sua lei, perante os seres humanos caídos que se salvaram e que se perderam; perante os anjos caídos; perante satanás; perante os seres criados não caídos; e perante os anjos não caídos. Todas as criaturas do universo devem poder, por meio do juízo, ter a certeza total, sem o menor resquício de dúvida sobre como é DEUS e como é satanás. Assim, tanto os que forem destruídos como os que irão viver para sempre, todos eles devem chegar a uma conclusão completa, de que DEUS é correto, que o Seu caráter é o que Ele diz ser, que a Sua lei é perfeita e boa, e que, por outro lado, satanás é um desastre porque se rebelou contra quem é puro amor. Veja bem, todos os perdidos devem chegar à conclusão que a sua destruição é merecida, e é isso mesmo que se deve fazer. Isso inclui satanás.
Portanto, o juízo e a investigação são para que haja transparência universal; se façam os registros de tudo o que aconteceu durante esse tempo de guerra e rebelião contra DEUS; de que fique comprovado que não houve impunidade; que foi feita justiça em 100% pois que não houve parcialidade; tudo pode ser conferido, o que será feito durante o milênio; todos se envolverão, em especial os salvos, que irão examinar os livros sobre a razão dos demais não terem se salvado; os pecadores serão perfeitamente enquadrados numa lei que nesse tempo de rebeldia se demonstrou ser perfeita para um governo justo e o auge dessa demonstração foi na cruz; e, afinal, todos terão direito a defesa, diante do rei, no final do milênio, embora já se saiba que nenhum dos perdidos falará alguma coisa senão declarar que DEUS é justo e que eles merecem o que irão receber.
Essa é, em suma, a finalidade desse enorme processo judicial e a investigação de todos os atos. Transparência para o Universo inteiro, e demonstração do caráter do Rei Universal e Sua lei, sendo Ele puro amor. Depois disso tudo muito bem feito, jamais alguma criatura duvidará de DEUS. Não duvidará porque ficará comprovado que DEUS é amor. Ninguém terá medo de DEUS, mas todos O adorarão por amor.

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Lúcifer teme que DEUS demonstre por meio de Seu povo ao longo dos tempos o contraste entre a obediência e a desobediência. Foi isso mesmo que JESUS demonstrou, e por isso foi vencedor. Lúcifer teme que DEUS, por meio do ensinamento, transforme caráteres maus em caráteres bons, capazes de amar e de serem amados. E, após a morte de JESUS na cruz, a maior demonstração do valor da Lei de DEUS será pelo Seu último povo, o de Laudicéia, que será transformado em um grande grupo de pessoas espalhado pelo mundo em seres fiéis a DEUS, cuja pureza contrasta com o extremo lixo moral em que se tornou a humanidade. Essa demonstração é a derrota final de satanás. Ele que já foi derrotado na cruz por JESUS, por meio da fé nEle, multidões perdoadas e transformadas se tornam em pessoas com o direito, pelo sangue de JESUS, à vida eterna, enquanto o demônio vai para a perdição eterna. JESUS, na cruz, demonstrou a diferença entre o príncipe das trevas e o Príncipe da luz, e os Seus seguidores continuam fazendo a mesma demonstração, deixando estupefatos tanto anjos bons quanto anjos maus.
“O Senhor Jesus está provando os corações humanos, por meio da concessão de Sua misericórdia e graça abundantes. Está efetuando transformações tão admiráveis que Satanás, com toda a sua vanglória de triunfo, com toda a sua confederação para o mal, reunida contra Deus e contra as leis de Seu governo, fica a olhá-las como a uma fortaleza, inexpugnável aos seus e enganos. São para ele um mistério incompreensível. Os anjos de Deus, serafins e querubins, potestades encarregadas de cooperar com as forças humanas, veem, com admiração e alegria, que homens decaídos, que eram filhos da ira, estejam por meio do ensino de Cristo formando caráter segundo a semelhança divina, para serem filhos e filhas de Deus, e desempenharem um papel importante nas ocupações e prazeres do Céu.” (A Igreja Remanescente, 14; Vida e Ensinos, 208 – 209, grifos acrescentados)
escrito entre 27/04 e 03/05/2011
revisado em  04/05/2011
corrigido por Jair Bezerra


Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais. Crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.

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