domingo, 12 de junho de 2011

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 12 - 2º Trim. 2011

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Segundo Trimestre de 2011
Tema geral do trimestre: Vestes da Graça
Estudo nº 12 – Mais Imagens de Vestes
Semana de   11 a 18 de junho
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí - RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar: “Porque dizia: Se eu apenas Lhe tocar as vestes, ficarei curada” (Marcos 5:28).

Introdução de sábado à tarde
Essa semana estudaremos mais sobre vestes e seus simbolismos. O verso aqui se refere a uma mulher muito tímida, simples, e doente. Ela gastara seu dinheiro em busca da cura, mas nada conseguiu. Como era a cultura daqueles tempos, era discriminada, talvez acusada ou suspeita de pecados que nunca cometeu, por não conseguir ser curada. A mulher sofria muito, perdendo a esperança de cura. Ouviu falar de JESUS. Sua esperança se reavivou, e teve fé que por esse Homem poderia ser curada. Sabia que Ele a poderia curar, que tinha poder para isso, e também que teria vontade de ajudá-la. Ao que tudo indica, a sua situação desesperada, o preconceito da época, a discriminação, e quem sabe muitos conheciam a sua situação, coisas assim deixaram-na em situação difícil para ir falar com JESUS e pedir que a curasse. O desespero era grande. E a fé também. Então ela elaborou um plano, de simplesmente, em secreto, tocar as vestes de JESUS, e assim cria que seria curada. Tinha certeza disso.
Mas veja bem, ela não teve fé naquelas vestes, como hoje em dia muitos fazem. Há muitas pessoas adorando relíquias, peças usadas ou tocadas por alguém considerado santo, lugares por onde JESUS andou ou alguém outro considerado santo também passou, etc. Tal fé está mal direcionada. Essa mulher teve a fé correta; confiava em JESUS. E ela foi discretamente, em meio à multidão, aproximou-se como pôde, e de leve, encostou a sua mão nas vestes de JESUS. E por sua fé, imediatamente seu mal desapareceu. Essa mulher é um excelente exemplo de seguidora de JESUS para todas as pessoas simples, tímidas e socialmente insignificantes. Isto é, todos podem ser curados e salvos.


  1. Primeiro dia: “Quem Me tocou nas vestes?”
“Satanás é o destruidor; o Senhor é o Restaurador. O Senhor não tem atuado como médico da maneira como desejaria trabalhar, porque, diz Ele, não vamos a Ele para que nos dê vida. Procuramos toda fonte de alívio exceto aquela que proclamou sobre o sepulcro cedido por José: "Eu sou a ressurreição e a vida." ...
“Cristo encontrou uma pobre alma que havia gastado todos os seus haveres a fim de curar-se de uma enfermidade física. O relato é que ela havia despendido tudo o que tinha com muitos médicos, sem nada aproveitar, antes, indo a pior. Mas um toque em Cristo, pela fé, removeu a enfermidade de longos anos. Essa mulher sofredora viera por trás de Cristo e Lhe tocara as vestes, tendo fé na Pessoa que as vestes cobriam, e sendo instantaneamente curada. "Quem Me tocou?" perguntou Cristo. Pedro ficou atônito. Respondeu: "Vês que a multidão Te aperta e dizes: Quem Me tocou?"
“Cristo desejou dar uma lição da qual os presentes não se esquecessem. Mostraria a diferença entre o toque da fé viva e um toque casual. Disse Ele: "Alguém Me tocou, porque senti que de Mim saiu poder." Luc. 8:46. Quando a mulher viu que não podia ocultar-se, aproximou-se trêmula e, lançando-se-Lhe aos pés, contou sua triste história. Cristo a consolou. "Filha", disse Ele, "a tua fé te salvou; vai-te em paz e fica livre do teu mal."
“Por que não vamos a Jesus com fé? Muitos O tocam de modo casual, entrando em contato apenas com Sua pessoa. A mulher fez mais do que isso. Ela estendeu a mão com fé e foi instantaneamente curada” (CRISTO Triunfante, MM 2002, p 238).
“Falar das coisas religiosas de maneira casual, orar pelas bênçãos espirituais sem real anseio de coração e fé viva, pouco vale. A multidão maravilhada que se comprimia bem junto a Cristo não experimentou vigor vital algum do contato que com Ele tiveram. Mas quando, em sua grande necessidade, a mulher pobre e sofredora estirou a mão e tocou a orla das vestes de Jesus, sentiu em si virtude curadora. Seu toque fora o toque da fé” (Minha Consagração Hoje, MM 1989/1953, 13).

  1. Segunda: Ele “tirou as vestes”
Chegou a hora do lava-pés e depois disso a santa ceia de JESUS com seus discípulos. Era a comemoração da saída do Egito, quando alcançaram a liberdade política. Ele pedira que os discípulos preparassem tudo.
Pouco antes dessa solenidade, houve entre alguns dos discípulos uma especulação de quem seria, dentre eles, o maior, o primeiro ao lado de JESUS Rei. Essa era a preocupação principal deles, pois, pelo visto, todos ambicionavam posições elevadas nesse reino, que supunham seria aqui na Terra. Agora, já estando no cenário do lava-pés, havia entre eles uma preocupação típica da natureza humana: quem seria o servo para lavar os pés deles? Obviamente eles não; era uma tarefa humilhante, que só servos, pessoas pobres, simples, humildes e sem significância social faziam. E pensavam: JESUS muito menos deveria lavar os pés dos outros, pois era cotado como futuro Rei. E eles, como ministros ou ocupando outros cargos elevados, também não se deveriam curvar e lavar a sujeira dos pés dos outros. Faltava o humilde servo, ou quem sabe algum escravo, para cumprir essa tarefa degradante.
Perceba algo importante: essa era uma sociedade cuja cultura estava toda errada, invertida em relação a como as pessoas são nos lugares perfeitos onde o pecado não chegou. Essa era uma sociedade orgulhosa, formada de pessoas que se achavam superiores. Portanto, bem facilmente quem nascesse nela e ali crescesse, acharia normal esses costumes típicos de ambientes de pecado. Esse é um risco para quem deseja alcançar a vida eterna. Vai ter que identificar as distorções da sociedade e de sua cultura para se livrar delas. Ou faz isso, ou não será salvo. Nós temos que nos separar dos costumes desse mundo e nos adaptar aos costumes típicos da cultura do Céu, onde a partir de DEUS, todos são seres mansos, simples e humildes, e ali ninguém tem qualquer intenção de se sobressair sobre os demais.
Quando menos esperavam, levanta-se JESUS e Se comporta como faziam os servos lavadores de pés. Ele tira a Sua capa, enrola-se com a toalha que estava ali, toma a água do vasilhame, pega uma bacia, e vai em direção de um dos discípulos para lhe lavar os pés. Todos ficaram atônitos! Não estavam crendo no que viam. Parecia coisa de outro mundo. Que contradição degradante: o futuro Rei estava lavando os pés dos discípulos. Em Pedro até passavam pensamentos de reprovação, como era o seu costume (julgar tudo). Ele pensava: como é que os meus colegas discípulos permitem uma coisa dessas, ou seja, deixar que o Mestre e Messias lhes lave os pés? Alguém tem que fazer alguma coisa para evitar o vexame. Eu farei. Ele quis impedir que JESUS lhe lavasse os pés, pensando que estaria se destacando entre os demais, imaginando demonstrar mais sabedoria que os outros, pois seria o único a ver que o ato humilhante de JESUS era inaceitável.
Mas Pedro logo descobriu que, se JESUS não lhe lavasse os pés, ele não teria parte com JESUS no Seu reino, no qual ele, Pedro, também queria ter alta posição. Então, terminada essa cerimônia, JESUS lhes disse que seguissem o Seu exemplo, que lavassem os pés uns dos outros. Era a prática da humildade para serem humildes. Ele já havia dito anteriormente que era “manso e humilde”, e agora o demonstrou assumindo o posto de servo, e assim aqueles que desejassem ser Seus seguidores também deveriam ser.
Isso quer dizer que devemos praticar a humildade para sermos humildes. É importante que façamos algumas coisas práticas, além do lava-pés, para desenvolvermos o dom da humildade. Em nossa família decidimos, há muito tempo, ter automóveis simples e nos vestir de modo simples. Durante esse tempo descobrimos que isso tem contribuído significativamente para tornarmos em pessoas mais humildes.
O Reino de DEUS é um reino de seres humildes, a começar por DEUS. Ele é o que serve a todos. JESUS ensinou isso, que devemos nos tornar humildes se desejarmos participar desse reino.
“Na ordenação dos doze, haviam desejado grandemente que Judas fosse um de seu número; e tinham contado com seu ingresso como um fato muito prometedor ao grupo apostólico. Ele tinha estado mais em contato com o mundo do que eles; era um homem de boas maneiras, de discernimento e habilidade para dirigir e, fazendo uma alta apreciação de suas próprias qualidades, levara os discípulos a terem-no na mesma conta. Mas os métodos que ele desejava introduzir na obra de Cristo baseavam-se em princípios mundanos e eram dirigidos por mundanos expedientes. Esperavam adquirir o reconhecimento e honra mundanos pela obtenção do reino deste mundo. A atuação desses desejos na vida de Judas auxiliou os discípulos a compreenderem o antagonismo entre o princípio do engrandecimento próprio e o da humildade e abnegação de Cristo - princípio este do reino espiritual. No destino de Judas viram eles o fim a que propende o servir a si próprio” (Educação, 93; grifos acrescentados).
“Deve o povo de Deus adquirir experiência mais profunda e mais vasta nas coisas religiosas. Cristo é o nosso exemplo. Se, mediante fé viva e santificada obediência à palavra de Deus, manifestamos o amor e a graça de Cristo, se demonstramos conceito acertado pelas providências com que Deus dirige a Sua obra, manifestaremos ao mundo um poder convincente. Não é a posição elevada que nos confere valor aos olhos de Deus. O homem é medido pela sua consagração e fidelidade no cumprimento da vontade divina. Se o remanescente povo de Deus andar perante Ele com humildade e fé, Deus, por meio deles executará o Seu eterno propósito, capacitando-os para trabalharem em harmonia para dar ao mundo a verdade tal qual é em Jesus. Ele os usará a todos - homens, mulheres e crianças - para fazer brilhar a luz sobre o mundo e dele tirar um povo que será fiel aos Seus mandamentos” (3 Testemunhos Seletos, 421; grifos acrescentados)
“A única razão por que não temos a remissão dos pecados passados, é não estarmos dispostos a humilhar o coração e cumprir as condições apresentadas pela Palavra da verdade” (Caminho a CRISTO, 38; grifos acrescentados).
“Há necessidade de mudanças decididas. É tempo de humilharmos nosso coração orgulhoso e obstinado, e buscarmos ao Senhor enquanto Ele pode ser achado. Como um povo, precisamos humilhar nosso coração diante de Deus; pois as cicatrizes de nossa incoerência estão em nossa prática” (Conselhos Sobre Regime Alimentar, 40; grifos acrescentados).

  1. Terça: “Nem rasgará as suas vestes”
“Ao Jesus declarar-Se Filho de Deus e Juiz do mundo, o sacerdote rasgou suas vestes, mostrando-se horrorizado. Ergueu as mãos para o Céu e disse:
"Blasfemou! Que necessidade mais temos de testemunhas? Eis que ouvistes agora a blasfêmia! Que vos parece? Responderam eles: É réu de morte." Mat. 26:65 e 66” (Vida de JESUS, 177).
De onde vem essa tradição, bastante comum nos tempos antigos, de rasgar as vestes diante de alguma situação, seja de arrependimento ou seja de grave culpa de outra pessoa? Não é de orientação bíblica que se tivesse que fazer isso, como também na Bíblia não há recomendação para se vestir de pano de saco e jogar cinzas em cima da cabeça. Mas se tornou uma prática frequente entre os antigos.
As vestes de um sacerdote e de um sumo sacerdote eram sagradas. Elas representavam o caráter de DEUS, a quem o sacerdote servia. Portanto, DEUS orientou a Moisés e este escreveu na sua lei, que os sacerdotes jamais fizessem tal coisa com essas vestes, em razão do que elas simbolizavam.
No julgamento de JESUS fizeram tudo errado. Tornou-se um julgamento nulo para condenar JESUS, mas pelos erros que cometeram, isto sim, serviria para condenar a eles. No entanto, quem foi morto na cruz, foi o único inocente que ali se encontrava. Que mundo invertido é esse em que vivemos!
O julgamento de qualquer pessoa só poderia ser de dia. O de JESUS foi de madrugada; como se diz, na calada da noite O condenaram. Quem errou nisso não foi JESUS, mas quem O julgava. Por isso, Caifás, ao rasgar as suas roupas se desqualificava como sacerdote. Eles nem mesmo seguiam as normas, que como juízes, deveriam ser os primeiros a obedecer. Aliás, no caso de JESUS, ali ninguém poderia ser juiz, pois contraditoriamente quem estava sendo julgado era o Juiz de todo o mundo. E quem tem poderes para julgar um juiz? JESUS o permitiu, para que se cumprisse a profecia, e para que Ele se tornasse o salvador do mundo.
O sumo sacerdote, inquirindo a JESUS, de madrugada, ouviu o Mestre dizer que era Filho de DEUS. Nisso se exaltou, perdeu a cabeça, isto é, ficou furioso, e cometeu um ato proibido a alguém de seu posto: rasgou as suas vestes, como uma demonstração de repúdio ao que supunha ser uma blasfêmia. Com esse ato dramático, ainda ele elevou a sua voz e usou dos recursos da oratória para impressionar os presentes, conseguiu jogar mais intensamente aquelas pessoas contra JESUS. A demonstração radical do sumo sacerdote Caifás, dele mesmo ter feito algo proibido, deveria causar profundo impacto em todos no sentido de também condenarem a JESUS. E foi o que fizeram.
Mas na realidade, o que foi mesmo que aconteceu ali, e que eles nem perceberam?
O sumo sacerdote se desqualificou para esse posto elevado, e quem estava assumindo essa qualificação era o próprio condenado, JESUS CRISTO. Naquele cenário o único a obedecer integralmente a Lei de DEUS, e após Sua ressurreição assumiria esse posto. Pois naquele mesmo dia, à tarde, um anjo também rasgaria o véu do santuário, escancarando o lugar santíssimo, onde só poderia entrar o sumo sacerdote. Isso significava que esse tipo de serviço não teria mais sentido, pois o verdadeiro Cordeiro, para quem o cerimonialismo apontava, havia sido sacrificado.
O sumo sacerdote, que queria acusar JESUS de infrator da lei é que estava infringindo essa lei, e se desqualificando como ministro e como juiz, abdicando, sem perceber, em favor daquEle que ele queria condenar. Como convinha, para que a humanidade pudesse ser salva, um inocente foi sacrificado, e um que acabara de cometer uma transgressão não foi condenado. E ironicamente, o justo condenado foi morto, inclusive por aquele que, recém transgressor, O condenara. Se o sumo sacerdote chegou mais tarde a aceitar o sacrifício de JESUS, isso é outra história.

  1. Quarta: Vestes de zombaria
Aqui está um dos testes de humildade e mansidão de JESUS. Algumas de Suas criaturas se deram ao direito de vesti-Lo com um manto que encontraram por lá, e que era da cor púrpura, a cor real. Providenciaram de modo improvisado uma coroa feita de espinhos, como que assim dizendo: Ele se diz rei, mas não tem autoridade alguma. E lhe deram um pedaço de cana, como por exemplo, uma taquara, ou coisa parecida, por cetro real. E então, em atitude de desprezo, de zombaria, de ultraje, ajoelharam-se diante dEle, invocando-O como se fosse um falso e pretensioso rei. Evidentemente esses homens tiveram seus momentos de prazer com deboche. É assim mesmo o ser humano, debochando de seu Salvador. Se fosse em nossos dias, por certo milhares ou milhões se disporiam a fazer o mesmo. Certamente isto ocorreria nesses programas de deboche na televisão, os de baixo nível cultural, se ali se fizessem cenas de zombaria sobre JESUS, se Ele viesse em nossos dias, para nos salvar. Aliás, mesmo em nosso meio, o daqueles que aguardam a segunda vinda de CRISTO, quantas piadas se fazem utilizando as coisas sagradas de DEUS, como a Bíblia, o nome de DEUS e assuntos a Ele relacionados! Portanto, ainda se colocam mantos, coroas sobre o Salvador, e ainda se colocam em suas mãos pedaços de cana para então fazer piada, e dar risadas bobas.
O deboche foi duplo. Os sacerdotes menosprezavam nEle a Sua autoridade divina, e os soldados menosprezavam nEle a Sua autoridade real. No conjunto, O tornaram como sendo nada. Só quando Ele saiu, em glória, da sepultura, é que se deram conta de quem se tratava e que grande erro cometeram. Porém, na sexta-feira tinham ido tão longe na zombaria que quando Ele ressuscitou, durou pouco a impressão real de quem era aquele Homem que mataram com zombarias. Por pouco tempo O tiveram como o Rei do Universo. Logo depois, diante dos sacerdotes, recebendo suborno, tornaram a se entregar aos braços do demônio, para a perda da vida eterna. Enquanto Judas O trocou por trinta moedas de prata, esses soldados O trocaram por algum valor de suborno. Como é natural nesse mundo, qualquer dinheiro é visto como de maior valor que o Céu e a vida eterna. Mas que não seja assim conosco. Que o amor de JESUS para conosco se já por nós correspondido, e que por causa desse amor, desejemos a vida eterna. E que não troquemos tanta coisa por ninharias passageiras.

  1. Quinta: “Repartiram entre si as Minhas vestes”
Pegar as coisas dos outros, esse é um costume dos pecadores de todos os tempos. Principalmente pegar de quem está em situação indefesa. JESUS, pregado na cruz, deviam eles pensar: vai morrer mesmo. Vamos nos aproveitar para pegar uns troféus, lembranças de mais uma execução. Quantas peças esses soldados não deveriam ter em casa, de coisas tomadas de executados! Eles nem se importavam com os familiares, tomavam para si e ficava por isso mesmo.
De JESUS tomaram as suas vestes e repartiram em quatro partes. Quatro dos executores ficaram com uma parte. E sobre a capa, que era de uma peça só, lançaram sortes para ver quem ficaria com ela. Essa era uma veste valiosa, segundo eles.
Os seres humanos apreciam ficar com despojos. Por exemplo, quanta gente vai aos leilões de pessoas que faliram para arrematar, por baixo valor, aquilo que custou suor e esforço para ser adquirido. E se acha isso perfeitamente normal, pois até é legal. Mas DEUS aprova isto? Quantas famílias perderam casas, porque se endividaram, e seus bens foram a leilão. Aquilo que valia 100, pode ter sido vendido por apenas 60, ou até menos, conforme o caso. Algum espertinho lucrou com isto. Dias atrás um caminhão bateu atrás de outro caminhão, e a sua carga ficou exposta. O motorista estava mal, preso nas ferragens da cabine. E os automóveis que passavam, muitos deles paravam para saquear a carga, nem se importando com a situação crítica do motorista e se a carga tem ou não dono.
As vestes de JESUS foram saqueadas por um costume corrompido que leva as pessoas a pensarem que é normal certos tipos de roubos, que isso não é roubo.
Outro exemplo de roubo que as pessoas acham normal é comprar mercadorias sem nota fiscal, permitindo assim a alguém sonegar impostos, ou até mesmo levar vantagem com algum desconto no preço. Um bom servo de DEUS sempre exigirá que as transações das quais ele participa sejam do tipo, “a César o que é de César e a DEUS o que é de DEUS”. Os honestos, um dos pressupostos para ser salvo, sempre devolverão o que não é deles, nunca tomarão, sob pretexto algum, o que é de alguém outro.
O repartir as vestes de JESUS, bem à Sua frente, e às vistas de Sua mãe, tinha um significado cultural daqueles tempos. Demonstrava quem estava com o poder naquele momento. Pareciam dizer: esse aí vai morrer mesmo, não precisa mais disso. Portanto, fiquemos com essas coisas como para mostrar quem manda aqui, e quem deve obedecer. Ai de Maria, mãe de JESUS, se os repreendesse, ou se requisitasse as roupas para si, pois lhe pertenciam mais que aos soldados. Fizeram isso conforme a profecia. A profecia não determinou que eles agissem daquela maneira – ela simplesmente previu como eles agiriam. As profecias são feitas também para confirmar nossa fé em CRISTO, quando os fatos previstos acontecem. A JESUS essa atitude serviu até para fortalecer  Sua disposição de ir em frente, pois sabia estar no caminho certo. Ou seja, era um sinalizador de que estava no caminho certo. Assim será conosco quando as pragas caírem, e tudo nesse mundo estiver submetido à maior de todas as crises. Enquanto os homens estiverem desmaiando de terror, e nós submetidos à angústia de Jacó, o nosso sofrimento será em algo amainado por sabermos que tudo estava previsto, e que bem logo vai haver o livramento.
Aqueles soldados pensavam: Ele vai morrer, nunca mais vai precisar de roupas. Mal imaginavam que ao terceiro dia Ele ressuscitaria, e que outra vez se vestiria com roupas. Mas, em parte eles tinham razão. Não mais vestiria roupas feitas por homens. Ao ressuscitar ele vestiu roupas que surgiram de outro lugar, pois ser humano algum as trouxe para ali. Mesmo assim, não tinham o direito de se apropriar das roupas do executado, principalmente de JESUS, cuja farsa do julgamento era flagrante. Quem está incumbido de fazer justiça jamais pode infringir qualquer lei, nem mesmo a do bom senso. Quando Ele ressuscitou, aí foi que viram quem tem o poder. E devem ter visto também que esse, a quem mataram, não necessita deles para sair da sepultura, nem para se vestir, nem para sua proteção, nem para subir ao Céu e para ser ali entronizado, e nem necessita deles para retornar em grande poder e glória para resgatar aqueles que creram nEle.

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
O escritor da lição chama atenção a um ponto importante no plano de salvação, em especial, na morte de JESUS. Ele não veio aqui só para nos salvar, veio também por outros motivos. Um dos motivos é nos salvar para a vida eterna. Mas também Ele veio para demonstrar o caráter de DEUS, que de fato, Ele é um DEUS manso e humilde, que ama até o último recurso. JESUS mostrou que o conceito que satanás difundiu sobre DEUS é errado. Mas qual é este conceito?
Veja bem, o conceito que se formou sobre DEUS na Idade Média, de que Ele é falso. DEUS não é alguém que se vinga o tempo todo. A igreja católica na Idade Média, pelo seu comportamento, formou um conceito de um DEUS que manda queimar na estaca, que manda torturar, que persegue e tira os bens, que exige sacrifícios, que favorece uns poucos corruptos e privilegiados mas trata mal a maioria, que persegue os de outras religiões, etc. E é exatamente isso que DEUS não é. JESUS provou, pela Sua vida, e no auge de sua revelação sobre DEUS, que Ele nos ama, que espera por nós até o limite, que é a morte ou uma decisão definitiva, e que faz tudo para nos ver salvos para a vida eterna. JESUS demonstrou, em situação de extrema dificuldade, que nos ama sempre, e que só seremos destruídos para sempre se nós definitivamente não quisermos ser salvos.
Outra coisa que JESUS provou, na cruz, foi que a Lei de DEUS é boa. Essa é uma lei de amor, princípio pelo qual DEUS cria, sustenta e governa tudo. JESUS demonstrou ainda que satanás não tem capacidade de amar e de promover o bem e a paz, nem a vida, mas que é um mentiroso o tempo todo e que odeia a todos, até a si mesmo, que é cruel, traiçoeiro, não mede as consequências para obter o que deseja, e que ele leva à morte após muitos sofrimento. Porque satanás leva à morte? Porque ele não tem capacidade de amar e por isso, de fazer o bem, muito menos de garantir a vida.
JESUS também demonstrou quem pode ressuscitar e quem não pode. Ele demonstrou quem pode fazer qualquer tipo de milagre e quem não pode, pois tem limites. Ele demonstrou quem está bem intencionado e quem tem intenções enganadoras, que é malicioso e só quer o bem para si mesmo, às custas dos outros.
Lúcifer teme que DEUS demonstre por meio de Seu povo, ao longo dos tempos, em especial nesse tempo do fim, o flagrante contraste entre a obediência e a desobediência ao amor. Todo aquele seguidor de JESUS, que se permitir ser transformado pelo poder do ESPÍRITO SANTO, em meio ao estado mais aviltado e imundo do presente século, será também um testemunho de quem é DEUS e quem é satanás. Ou seja, os seguidores de JESUS provarão, cada um por sua vida, aquilo que JESUS já provou em Sua vida e principalmente na cruz, o quanto é bom ser servo de DEUS.

escrito entre  04 e 10/05/2011
revisado em  11/05/2011
corrigido por Jair Bezerra



Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.

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