domingo, 31 de outubro de 2010

Como Reavivar uma Igreja?


Por que os cultos em algumas igrejas Adventistas são tão "frios" e "desanimados"?Por que alguns sermões não alcançam os corações dos adoradores?

Por que existe tanta frieza na vida espiritual de alguns Adventistas do 7º Dia?

Por que a Igreja Adventista não utiliza o modelo de culto de outras denominações, cujas reuniões estão sempre repletas de pessoas?

Estas são algumas das perguntas que frequentemente são feitas aos líderes Adventistas. Recentemente recebi um e-mail de um assíduo leitor deste blog, o qual me fez diversas indagações sobre nossa maneira de adoração, em especial sobre o estilo dos cultos, que, às vezes, não produzem a sensação de que houve realmente um encontro com Deus.

Eu creio no seguinte: NÃO PRECISAMOS COPIAR NINGUÉM!

Não é porque uma igreja A ou B tem seus cultos com pessoas do lado de fora, que nós devamos fazer "tudo" que eles fazem, para termos os mesmos resultados. Sabemos que há muito Cristianismo adulterado por ai, com mensagens que levam as pessoas a buscarem bens e prazeres materiais, curas, milagres, exorcismos, etc., mas sem uma mensagem centrada na Bíblia, no "Assim diz o Senhor".

Muitas denominações se enchem de pessoas porque apresentam uma mensagem que não "cobra" nenhuma mudança de vida. Ou seja, apenas pregam que Jesus salva, liberta e cura, mas não dizem que este mesmo Jesus espera renovar a vida da pessoa e colocá-la no Caminho da Verdade e da Salvação Eternas (cf. Mat. 7:21-23; Rom. 6:4; 2Cor. 5:17; João 14:15; 15:14; etc.).

Por isso, não penso que a solução seja "copiar" o que existe em outras denominações. Infelizmente, parece que esta tem sido uma tendência em alguns lugares, os quais estão preferindo utilizar-se de músicas, sermões, liturgias, e até "jargões" estranhos à cultura Adventista, com o objetivo de atrair mais adoradores. A intenção pode ser boa, mas devemos cuidar para que os princípios de nossa fé não estejam sendo rebaixados!

Como Reavivar?

É uma realidade, infelizmente, que algumas congregações Adventistas tenham uma "vida" muito "sem sal", ou seja, são comunidades de crentes que não contagiam pela alegria, vibração e entusiasmo que os não-crentes esperam ver quando visitam nossas igrejas pela primeira vez (cf. Atos 2:46-47).

O que podemos fazer para mudar esta situação? Em primeiro lugar, acredito sinceramente que a temática dos sermões pregados nestas congregações "frias" e "sem vida" tem uma imensa parcela de culpa na situação espiritual da Igreja. Até que ponto as necessidades dos adoradores estão sendo supridas com os sermões? Como eles estão encontrando eco no coração das pessoas? Os dramas e temores da vida moderna estão sendo esclarecidos e solucionados através dos sermões, ou as pessoas "entram vazias" e "saem cheias"... de novas angústias? Os jovens estão encontrando respostas para as lutas que enfrentam na sociedade secularizada em que vivem?

Não era assim que Jesus pregava. É só ler os Evangelhos para comprovar isso.
Suas mensagens, Seus momentos de "entrevista individual" com alguma pessoa, Seus milagres, etc., revelam que a preocupação de Deus é por nossa cura espiritual, por nos libertar dos jugos desta vida.

"Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve" (Mat. 11:28-30).

O "fardo" de Jesus é leve... pois é Ele que carrega por nós!
Os sermões que ensinam uma mensagem de exagerado sacrifício, de religião fanática, de cristianismo triste e sem vida, não provêm do Alto... com absoluta certeza!

Se sua igreja precisa ser reavivada, comecem a pregar mensagens de esperança, de salvação em Cristo, de libertação. O Novo Testamento está repleto de temas para este tipo de pregação.

Não adianta querer reavivar uma igreja pregando sobre vestuário, alimentos saudáveis, dinheiro, profecias alarmistas, murmurações contra a liderança, etc. Estes podem até ser temas interessantes, mas não devem ser o único "repertório" de uma congregação que deseja ser VIVA.

O grande pastor e teólogo Adventista, Dr. Hans K. LaRondelle, em seu brilhante livro "O que é Salvação?", diz o seguinte:

"Há muitos no mundo e na Igreja que inconscientemente anseiam pela mensagem: ‘Os teus pecados estão perdoados’. Portanto, em cada sermão, o pregador precisa proclamar a justificação" (p. 78).

Justificação, salvação, exaltação da Cruz, libertação do pecado, Jesus, Jesus, Jesus... ai está o segredo do sermão eficaz! É isso o que o povo precisa ouvir, quando os dramas da vida sufocam o coração: TEUS PECADOS ESTÃO PERDOADOS! VÁ EM PAZ!

Uma igreja que só ouve sobre o tamanho do cabelo ou o vestuário das mulheres, sobre a "irreverência" durante o sábado, sobre os benefícios da alimentação vegetariana, sobre os perigos do uso de bateria durante o culto, etc., não pode ser uma igreja viva.

Como eu disse, estes temas têm o seu devido lugar de importância, mas não é no PRIMEIRO LUGAR.

Caros pregadores, preguem mais sobre o livro de Romanos, sobre os milagres de Jesus, sobre a alegria da salvação em Cristo... e suas igrejas iniciarão um reavivamento que jamais foi visto!

Algumas Dicas Práticas:
Fonte: Manual do Pr. Ronaldi Neves Batista (UEB).

1. Uma Igreja se reaviva num período de 4 a 6 meses.
2. Eu mesmo, como líder, tenho que estar vibrando por Cristo – preciso estar reavivado.
3. Reúna os oficiais e defina responsabilidades. As reuniões deverão ocorrer mensalmente.
4. Dirija cada reunião com entusiasmo e animação.
5. Saia da rotina nos cultos de quarta e domingo.
Domingo – reuniões de cunho evangelístico, com "corinhos", slides, filmes, brindes, um lanche ao final, etc.
Quarta – bons pregadores, experiências missionárias, testemunhos de curas e milagres, muita música alegre e inspiradora.
6. Tenha uma reunião semanal dos professores da Escola Sabatina.
7. Forme novos professores.
8. Tenha um serviço de cânticos animado. Nada daquele serviço monótono, sem vida e feito de improviso, apenas para “cumprir tabela”.
9. Realize cursos de Evangelismo Voluntário.
10. Reúna os instrutores bíblicos para motivá-los e treiná-los.
11. Separe pelo menos 20% do orçamento da Igreja para investir no trabalho missionário.
12. Faça reuniões de oração com os líderes, para orar pelos estudantes e interessados.
13. Tenha uma boa equipe de recepção em TODOS os cultos. Esqueça aqueles recepcionistas antipáticos, frios e que correm para o banco assim que o culto começa.
14. Programa de visitação constante pelos Anciãos e Diáconos.
15. Tenha classes bíblicas permanentes: jovens, adultos, juvenis.
16. A cada trimestre, faça uma reunião administrativa e de avaliação do planejamento.
17. NÃO DESANIME NA PRIMEIRA DIFICULDADE.

Temos um imenso ARSENAL à nossa disposição para fazer com que nossa igreja seja VIVA e ANIMADA. Não há porque copiar ninguém, pois tudo o necessário já faz parte de nossa fé e cultura... só precisamos utilizar.

Quanto antes vocês começarem, maiores serão as alegrias de verem os "ex" retornando, os jovens se animando na missão, as crianças alegres, os adultos empolgados com a fé... e as visitas marcando presença em cada culto e reunião.

"Pois não me envergonho do Evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê..." (Rom. 1:16).

O EVANGELHO É UM PODER... UMA VERDADEIRA "DINAMITE"!


BLOG DO PROF. GILSON MEDEIROS

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Cultos de Domingo


Eu espero que a realidade em sua igreja seja diferente, mas o que tem se tornado uma rotina na Igreja Adventista é que o único culto no qual o templo fica cheio é o do sábado de manhã. Nos outros dias (em especial, na quarta e no domingo) a freqüência é muito menor do que a do sábado.

Por que isso acontece? 

O que podemos fazer para que todos os cultos fiquem cheios de adoradores felizes e comprometidos com o Evangelho? Será que estamos falhando em algum ponto, o qual poderíamos melhorar?

Eu quero hoje abordar em especial o culto de domingo, por ser considerado na IASD como um culto "evangelístico", ou seja, voltado à pregação para não-crentes.

Normalmente, a "liturgia" que observo na maioria das nossas igrejas aos domingos é a seguinte:
1. Serviço de cânticos monótono e feito só para "cumprir tabela" (uns 10 minutos)
2. O culto inicia com a entrada do pregador e o anúncio do primeiro hino (uns 5 minutos)
3. É feita uma oração inicial (uns 2 minutos)
4. Se houver alguém para cantar, então há uma música especial (uns 3 minutos)

Veja que já se foram uns 20 minutos (no máximo!)... e ainda restam mais de 40 minutos para completar o tempo normal do culto.

Esse é um tempo muito longo para um sermão evangelístico, se a pessoa não tiver domínio da arte da pregação ou não estiver preparada para apresentar o sermão (alguns, visivelmente, não se prepararam... e outros ainda dizem isso no púlpito...rsrs).

Resultado: os irmãos vão perdendo o interesse em vir ao culto de domingo (e quando vêm, raramente trazem visitantes) porque o culto não lhes preenche as necessidades. Motivos:
- Músicas sem alegria
- Sermão enfadonho e mal elaborado, que não atende às necessidades das pessoas
- Quase nenhuma participação dos adoradores durante o culto

Isso é uma grande pena, porque eu creio que a Igreja Adventista do 7º Dia é uma das melhores em qualidade musical, tem um acervo de conhecimento bíblico inigualável por qualquer outra denominação, apresenta uma mensagem evangélicasem gritarias ou apelos dramáticos e insistentes (como os verificados em outros lugares)... etc.

Então, o problema está exatamente em que não estamos usando este maravilhoso arsenal "litúrgico" em nossos cultos. Eu gostaria de apresentar algumas sugestões para que o culto em sua Igreja se torne uma bênção para os que comparecerem.

Recepção
- Todo mundo gosta de ser bem recebido, e o mesmo vale para a igreja.
- À porta, deve estar um grupo de 3 ou 4 recepcionistas que abracem esta tarefa como um ministério.
- Pessoas sorridentes, amáveis e simpáticas, e que transmitam um sentimento de que o adorador está chegando a um lugar onde ele será sempre bem tratado e valorizado.
- Os bebedouros e banheiros devem estar visíveis e limpos, para que as pessoas vejam o quanto temos respeito pela Casa de nosso Deus.
- Bíblias, coletâneas ou hinários devem estar disponíveis para os visitantes poderem participar ativamente dos momentos do culto.

Música
- Uns 30 minutos antes do culto começar, o grupo do louvor (algumas igrejas chama de "ministério de louvor/adoração") deve iniciar com cânticos e hinos que criem a atmosfera ideal para o ínício da programação.
- A sugestão é que as músicas escolhidas para este momento sigam uma espécie de "gráfico":
a. Músicas solenes e calmas (ponto baixo do gráfico)
b. Músicas alegres e vibrantes (ponto alto do gráfico)
c. Músicas que mantenham o espírito de alegria e animação (o gráfico permanece no alto)
d. Músicas que criem uma atmosfera de entrega e devoção solene (o gráfico desce)
e. Uma música que prepare o espírito para a recepção da mensagem daquela noite
- Se na sua igreja existem instrumentistas, faça uso deles, pois o Play-back é interessante, mas a música acompanhada de instrumentos ao vivo ganha um brilho sem igual.
- Lembre que existem visitas na Igreja, por isso não se deve pensar que todos já conhecem a letra das músicas. Prepare coletâneas ou transparências para que ninguém fique sem participar por não conhecer o que está sendo cantado.
- A música que produz efeito duradouro no adorador é a congregacional, ou seja, os louvores apresentados por solistas ou grupos não devem tomar mais do que uma pequena parte do momento do louvor. Os adoradores precisam cantar, sentir a música, e participarem ativamente da adoração... não apenas como "ouvintes", mas como "cantores" também.
- As pessoas que estiverem dirigindo os louvores devem ser entusiasmados e motivarem a congregação a cantar com o coração e com o entendimento.

"A música é um dos meios mais eficazes para impressionar o coração com as verdades espirituais. [Através dela] as tentações perdem o seu poder, a vida assume novo sentido e propósito, e o ânimo e a alegria se comunicam a outras pessoas" -Ellen White, Educação, pág. 167.

Pregação
- A pregação que produz efeito é aquela que o Espírito de Deus inspirou o pregador a trazer.
- Por isso, temas "sociológicos", "psicológicos" ou "filosóficos" não devem ocupar o lugar da pregação poderosa da Palavra de Deus.
- Muitos pregadores são "eloqüentes", ou seja, "pregam bem", mas sua pregação não tem conteúdo fundado nas Escrituras. São teologicamente vazios! Alguns se limitam a "pescar" textos bíblicos isolados, e fazem uma verdadeira "colcha de retalhos" unicamente para dar "apoio" ao tema que está sendo pregado. Já vi pregadores usarem textos bíblicos que não tinham nada a ver com o que estava sendo pregado. Isto é uma tremenda falta de respeito para com o Espírito de Deus!
- Os sermões devem atingir a necessidade da alma, o desejo anelante de cada adorador ali presente. Pregar sobre os 7/8 reis de Apocalipse 17 pode ser interessante, mas será que vai preencher o vazio de alma que todos nós temos? Tentar descobrir quem são os 144.000 pode trazer a admiração de alguns para com o pregador, mas estará este tema cumprindo o papel de salvar almas do pecado?
- Você que é pregador deve lembrar que o sermão de domingo deve ser feito especialmente para atingir os não-crentes, ou seja, a temática deve ser puramente evangelística: salvação, perdão, justificação, volta de Jesus, milagres de Cristo, etc.
- Pregue de forma simples, sem palavras "decoradas do dicionário". Apresente o sermão de tal forma que tanto o Doutor quanto aquele irmão semi-analfabeto entendam e aproveitem o seu sermão.
- Não é hora de criticar a roupa das irmãs, ou a irreverência das crianças, ou a falta de espírito missionário dos jovens, etc. Pregue sobre Jesus e Seu amor... e vidas serão transformadas!
- Todo sermão deve encerrar com um APELO concreto. Um pregador que encerra seu sermão com chavões ("que o Senhor abençoe você... amém!") e não dá oportunidade para que as pessoas expressem sua entrega a Cristo (levantar de mãos, ficar em pé, ajoelhar para orar, ir à frente, etc.) perdeu grande oportunidade de impressionar os corações com o Espírito Santo de Deus. Um sermão assim não merece mais do que uma nota 3 ou 4 (numa escala de 0 a 10).

"Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado... A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus" (1Cor. 2:2-5).

"Há muitos no mundo e na Igreja que inconscientemente anseiam pela mensagem: ‘Os teus pecados estão perdoados’. Portanto, em cada sermão, o pregador precisa proclamar a justificação" - LaRondelle, O que é salvação?, p. 78.

Depois do culto
- Dizem os estudiosos que se todos vão embora nos 10 primeiros minutos após o culto, é porque a igreja está carente de relacionamentos sociais entre seus membros.
- Na saída é o momento de fazer amizade com os visitantes; convidá-los para a reunião do Pequeno Grupo; para retornarem no próximo sábado; para iniciarem uma série de estudos bíblicos; etc.
- Será interessante ter um pequeno lanche (chás, sucos, biscoitos, bolo, etc.) ao final de algum domingo especial (o primeiro ou último do mês, por exemplo), pois estas ocasiões criam uma atmosfera propícia para estreitar os relacionamentos entre os membros da igreja, e faz com que todos se sintam parte de uma grande família.

OBS.: Aproveite para dar uma olhada em uma excelente pesquisa realizada pelos pastores Marcos Aurélio Siqueira de Souza e Ricky Castro, a qual foi o seu Trabalho de Conclusão do Curso de Teologia do UNASP.

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Nossos cultos de domingo têm tudo para serem os mais freqüentados da semana (especialmente por visitantes), pois poucos estarão trabalhando ou estudando no domingo à noite.

Se isto não está ocorrendo, é porque não estão sendo oferecidas condições para que os adoradores sintam-se motivados a irem à igreja.

Aquela história de que "quem não vai é porque não quer ir, ou não está convertido ainda" é uma desculpa típica de pessoas de espírito pobre, que não querem admitir que não estão fazendo o melhor para Deus e para Sua Obra de salvação.

"Deus move uma montanha, quando o homem não tem forças para fazê-lo;
Mas não move uma palha, quando o homem tem forças para fazê-lo".

Pense nisso!

Cultos de Quarta-feira


NOTA DE FALECIMENTO:
"Lamentamos informar que o nosso querido companheiro, o Culto de Quarta-feira, não resistiu, e morreu!".

Não deixe que isso ocorra em sua Igreja local!

Semanalmente nós temos uma grande oportunidade para fortalecermos nossa fé, através das orações, louvores, testemunhos, estudo da Palavra de Deus, etc.

Esta oportunidade chama-se "Culto de Oração", ou o Culto da Quarta-feira, na maioria das congregações Adventistas do 7º Dia.

Praticamente as mesmas reclamações ouvidas contra os Cultos de Domingo são repetidas pelos que não frequentam assiduamente os Cultos de Oração, acrescentando-se alguns pontos mais peculiares:
- Os pregadores menos experientes são escalados para as Quartas-feiras.
- O Culto é mais de "lamúria" e "choradeira" do que de louvor e ações de graça.
- Expressões do tipo ("Hoje estamos em um pequeno número...") valorizam mais os que faltaram do que os que tiveram interesse em vir ao Culto.
- Não há variedade na liturgia, sendo feita sempre da mesma maneira fria e monótona a cada semana.
- etc.

Os Cultos de Quarta-feira podem e devem ser muito participativos e revigorantes. Pela sua localização estratégica (no meio da semana de trabalho e estudos), este Culto tem uma grande chance de ser o "oásis" em meio ao deserto de dificuldades que todos nós enfrentamos no dia-a-dia.

Assim como fiz para o Culto de Domingo, quero apresentar algumas sugestões para uma melhor qualidade dos Cultos de Oração (com relação à música, vale o mesmo que falei para o de Domingo)...

Pregação
- Selecione os melhores pregadores para pregarem também nas Quartas-feiras. Porém, devo relembrar que "pregar bem e com poder" não é o mesmo que "pregar com eloquência", pois alguns são excelentes "oradores", mas são péssimos "pregadores da Palavra", ou seja, não apresentam um sermão que nutra espiritual e psicologicamente a carência da grande maioria dos membros de nossas congregações Adventistas.
- A temática deve girar em torno do crescimento na vida espiritual: fé, milagres, vitória, comunhão com Deus, perseverança na oração, obra do Espírito Santo, etc.
- O sermão deve ser curto (em torno de 20 minutos), para que mais tempo seja dado para os momentos de participação da congregação (pedidos, agradecimentos e testemunhos).
- Os irmãos devem sair do templo com a sensação de que estão com forças renovadas para enfrentarem mais 2 dias de "luta", e chegarem firmes até o próximo Sábado (ponto alto da comunhão semanal).

Testemunhos
- Deus opera grandes maravilhas na vida de todos nós, mas dificilmente ouvimos sobre elas nos nossos Cultos de Oração.
- A cada semana, alguns podem ser pré-selecionados para trazerem um relato de alguma poderosa atuação do Senhor em suas vidas: vitória sobre a guarda do sábado; milagre contra uma doença; etc.
- Alguns também poderão contar como se deu sua conversão. É uma grande maneira de conhecermos um pouco mais da história de vida de nossos irmãos e irmãs em Cristo.
- Uma vez por mês, faça um Culto apenas de testemunhos, procurando até mesmo trazer alguém de fora, que tenha uma grande vitória de vida para compartilhar com a Igreja.

Momentos dos pedidos e agradecimentos
- Este é um ponto crítico do Culto de quarta-feira, pois se não for bem feito (o que normalmente acontece), torna-se um grande "muro de lamentações".
- Divida este período em 2 momentos: O primeiro somente para agradecimentos, e o segundo, para os pedidos. Intercale cada um com orações fervorosas.
- Os momentos de oração devem ser diversificados a cada semana. Algumas sugestões:
a) Em duplas ou trios
b) Em grupos de 4 ou 5
c) Através de grupos de orações específicas (pelos jovens, pelas famílias, pelos estudos bíblicos, pelos líderes, pelos doentes, etc.).
- Uma pessoa pode ficar encarregada de anotar cada pedido feito, e depois colocar em um mural para serem conhecidos por todos aqueles que não puderam vir ao Culto. No sábado de manhã, os pedidos do mural são divididos entre os membros das Unidades, para que todos orem mais uma vez em favor das necessidades ali apresentadas.
- Durante as semanas de oração, o culto de cada noite pode ser feito de forma diferente, para que todos tenham oportunidade de se expressar, e a programação não caia na rotina na metade da semana.
- Se os visitantes desejarem, deixem que eles também apresentem seus pedidos e agradecimentos diante da Igreja. Lembre que em outras denominações, absurdamente, os visitantes não podem nem entrar nos cultos de oração (até a porta fica fechada!).

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Junte-se com a liderança de sua Igreja local, e vejam como cada um pode contribuir para "ressuscitar" o Culto de Quarta-feira.

Deus será tremendamente honrado!

Lição Escola Sabatina para Surdos - Lição 6 - 4º Trimestre 2010

VERSO PARA MEMORIZAR: 

“Amarás... o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força”

(Deuteronômio 6:5).



06 Lição - Urias: Um estrangeiro de fé  - 30 de outubro a 6 de novembro from Escola Sabatina on Vimeo.

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 6 - 4º Trim. 2010

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Quarto Trimestre de 2010
Tema geral do trimestre: Figuras dos Bastidores
Estudo nº 06    Urias: Um Estrangeiro de Fé
Semana de   30 de outubro a 06 de novembro
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar:Amarás... o Senhor, teu DEUS, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força” (Deut. 6:5)

Introdução de sábado à tarde
Nesta semana estudaremos sobre a força do desejo sensual diante de uma postura ética. É o caso de Davi e Urias, quando o rei criou condições para que Urias morresse, tentando encobrir seu relacionamento com a esposa deste soldado. Detalhe: a esposa dele era sobre-maneira bonita. E descuidosa também, pois tomava banho sem se importar se alguém pudesse vê-la.
Daqui já podemos aprender ao menos duas lições. Uma é manter a cada minuto a capacidade de conter os impulsos sexuais. Isso se faz com oração, pedindo a DEUS forças para resistir no exato momento da tentação. É assim que se faz para vencer. A outra lição é cuidar do corpo. Isso vale especialmente para as mulheres – que são ao natural atraentes aos homens – mas especialmente para as mulheres cristãs. Elas devem ter cuidado como se vestem, pois o que aconteceu com Davi algo parecido acontece frequentemente. Em nossos dias são inúmeros os casos de submissão ao poder da sensualidade. É muito comum ver moças e mulheres se expondo de modo inadequado dentro da igreja, até diante do público em momentos de adoração, e também no púlpito. Isso pode acontecer por ingenuidade como também pelo desejo de se exibir e até por provocação, tentando atrair a atenção dos homens. Nesse mundo tem de tudo. Aliás, estamos num mundo de pecados. Mas, por enquanto, ainda é tempo de todos nós, no que errarmos, pedirmos a DEUS que tenha piedade de nós, e nos cure, pela transformação.
E também os homens entraram nessa recomendação. A vaidade masculina é algo mais recente. A indústria da beleza artificial, não contente com o mercado feminino, depois o infantil, agora também molda e define o que é a beleza masculina. E assim vai formatando comportamentos que na maioria dos casos se tornam incompatíveis com os princípios de vida bíblicos, portanto, incompatíveis com a vida eterna. Mas, afinal, cada um deve saber o que faz de sua vida, embora ela não lhe pertença. Este é um tempo em que DEUS dá oportunidade a todos para que estudem a Sua palavra, e nela descubram os princípios da vida eterna, e os apliquem aqui mesmo. Esses princípios são atualmente fortemente combatidos pela indústria da beleza artificial, e o que antes era bonito, pela repetição, agora é considerado feio, e o que é realmente feio, a sociedade agora considera e aprova como bonito. Mas, como já disse, cada um faz a sua escolha. Nossa responsabilidade nesses comentários vai até o ponto de alertar e aconselhar, não de impor.
Enquanto Bate-Seba foi no mínimo imprudente, Davi falhou na ética. E o que é ética? É bom saber. É uma palavra derivada do grego ethos, que significa “modo de ser ou comportamento, formado no caráter.” É considerado o melhor estilo de vida diária para uma sociedade em que as pessoas se respeitam. É como nos relacionamos uns com os outros, por um conjunto de regras de conduta, no sentido de que ninguém saia prejudicado.
Davi falhou na ética. Ele prejudicou gravemente outras pessoas. Matou Urias; deixou sua esposa, da qual abusou e engravidou, viúva; envolveu seu comandante; criou um precedente para outras pessoas (se o rei pode, nós também podemos...); ele mesmo se prejudicou moralmente e se enfraqueceu na credibilidade como o líder da nação, e assim por diante.
Esse assunto é importante para definir a vida eterna ou morte eterna. Estudemo-lo em profundidade para que sejamos transformados.

  1. Primeiro dia: Declive escorregadio
Imaginemos os fatos. Davi, não fazia muito, se tornara rei em Israel. Conquistou a cidade de Sião, ou Jerusalém, e ali instalara seu governo. Então, passeando um belo dia desses no terraço de seu palácio, avista, não longe, uma mulher se banhando. Eis aqui uma imprudência e uma concessão ao pecado. A mulher jamais deveria banhar-se ao ar livre. É bem curioso que o fizesse, estando o marido longe, em campanha de guerra, a serviço do rei. Sendo ela uma mulher atraente, fazer isso era pedir que problemas acontecessem. E hoje, não são poucas as mulheres que tomam atitudes imprudentes no vestir-se, até mesmo na igreja. Mulheres foram criadas por DEUS, lindas, para cada uma ser atraente ao seu marido. Cada uma é a relíquia do marido. Mas, é intrigante, como maridos cristãos, ou não percebem, ou até querem mostrar seu “troféu” aos demais. Estaríamos, como diriam os evolucionistas, na “idade das pedras”?
E Davi, vendo-a, o que fez e o que deveria ter feito? O que ele fez: olhou o quanto pode para ela. Até chamou mais pessoas para ver, e para descobrir quem era. Assim fazem muitos homens em nossos dias. Gostam de olhar o que muitas mulheres (e não são todas) gostam de mostrar. Dois erros que se somam para facilitar o pecado. Davi caiu nessa armadilha. Ele mandou que a chamassem, e ela veio. Nada é dito que ela tivesse resistido em vir. E Davi se deitou com ela, e ela concebeu. Alguns dos assessores sabiam o que Davi fizera, pois eles informaram quem ela era, e foram lá buscá-la. Essa é a tal ordem que, se desejarmos ser servos fiéis a DEUS, não devemos obedecer. Se você fosse assessor do rei, e ele lhe desse a ordem de ir buscar uma mulher para fazer o que DEUS proibiu terminantemente, o que faria?
O que Davi deveria ter feito? Deveria ter, em primeiro lugar, não continuar olhando para ela. Em segundo lugar, chamar alguma outra mulher, e dizer que olhasse para onde aquela estava se banhando para identificá-la, e depois, enviar duas ou três mulheres sábias para aconselhá-la, antes que algum fraco na fé a encontrasse e fizesse o que não devia. Mas, como seria isso, se o principal líder da nação falhou? Líderes, quando falham, geram grandes problemas, maiores do que as falhas dos liderados. Influenciam outros negativamente.
A partir da falha de Davi uma sucessão de problemas se desencadeou, fora de controle. Vejamos em forma de itens.
a) A mulher engravidou. E agora, como resolver a situação? Esse é um dos graves problemas da sociedade atual, e a solução hoje sugerida por satanás tem sido abortar, isto é, matar.
b) Davi engendra um plano para fazer parecer que ela tivesse engravidado com o marido, chamando Urias com urgência.
c) Mas Urias, numa atitude curiosa, não vai à casa da esposa. Ele tem uma fidelidade ao rei e ao exército um tanto radical, talvez até fanática, deixando a esposa de lado, em nome da solidariedade aos colegas soldados em guerra, preferindo dormir à porta do palácio.
d) A atitude de Urias pode sugerir, e isso descobriremos um dia, que ele não era muito zeloso com a mulher. O exército valia mais que a esposa, assim como hoje em dia, muitos homens casam-se com o trabalho e não com uma mulher.
e) Então Davi, intrigado com a atitude de Urias, o interpela, e ele diz que como a Arca de DEUS estava fora, Joabe e seus colegas em campanha, ele não se via no direito de usufruir de sua esposa.
f) Davi o embebedou, mas mesmo assim ele não foi.
g) Agora, coloque-se no lugar de Bate-Seba. O que ela deveria estar pensando de Urias, seu marido? Estaria ela orgulhosa? Ou estaria com saudades? A atitude de Urias tem algum respaldo bíblico? Meus leitores, cuidado com os exageros, com as atitudes e zelos sem equilíbrio. Devemos seguir os princípios bíblicos, mas não inventar regras novas, principalmente as que prejudicam alguma pessoa. No caso, Urias achava mais importante deitar-se à porta do palácio, com o argumento de que a Arca e os colegas estavam fora de casa do que ir até a sua amada, dar-lhe um abraço, passar com ela algumas horas agradáveis (embora Davi estivesse em seu palácio e seus soldados na guerra; ver 2 Sam. 11:1). Ou seja, os soldados precisavam de apoio, a esposa não precisava de nada. Mais um erro nessa história.
h) Então Davi engendra um plano, e pelas próprias mãos de Urias ia a sua sentença de morte. Joabe era para atacar uma cidade, e levar o exército a bem próximo dos muros (e os de dentro atirariam pedras e flechas podendo acertar quem se aproximasse muito) e era para colocar bem à frente o super fiel soldado Urias. Atualmente não se mata mais o marido, mas o feto, por aborto. Mas não muda muito, mata-se igual.
i) Deu certo, Urias morreu (consequência de uma sucessão de erros).
j) Agora, Davi (e não foi a primeira vez) mandou chamar Bate-Seba para casar-se com ela (mais outro erro, quantas mulheres afinal ele queria ter? Se ler em 2 Sam. 5:13 e 2 Sam. 15:16, verá que ele, mal chegara ao trono, já havia tomado algumas concubinas. Era o pensamento dos reis pagãos: o terem direito a quantas mulheres desejassem. Hoje é um pouco diferente, não é o caso de ter muitas mulheres, mas de sair com muitas mulheres, sendo ou não casado).
k) O filho de Bate-Seba nasceu, e sofrendo muito, morreu. Depois ela teve Salomão, que se tornou o futuro rei.
l) Na verdade, o mundo não mudou nada: Muitas mulheres continuam se exibindo, e até incentivadas pela mídia, e muitos homens continuam tendo desejos sensuais, e não se contendo. Um e outro fato ocorrem por falta de comunhão com DEUS, e não seguir a vontade dEle. Ocorrem muitos estupros e a pedofilia é a ordem do dia, além da infidelidade, já considerada normal pela mídia, até incentivada.
m) Do que Davi fez resultaram muitos outros problemas. Mal ele se instalara no trono, agora que deveria ser o exemplo a ser seguido pelos cidadãos da nação, tornara-se exemplo do que não fazer. Hoje, cuidado, se você tem algum cargo na igreja. Muitos olham para você, em especial, os membros novos. Nós, os mais experientes na igreja, se cometermos pequenos erros, os demais vendo isto, entenderão como não sendo problema, e se perderão junto conosco.
n) Alguns dos problemas que Davi desencadeou. Salomão, seu filho com Bate-Seba, foi mais além. Teve ao todo mil mulheres (700 esposas mais 300 concubinas) e de várias nações. Esse sim se embrenhou no tal jugo desigual. E olha só, foi considerado o homem mais inteligente de todos os tempos!!!
o) Amnom, um dos filhos de Davi, em sua sensualidade, resolveu possuir sua meia irmã Tamar. E sabe por quê? Ela era muito formosa. DEUS fez as mulheres para serem bonitas, mas, com o pecado, isso se torna um problema. O pecado inverte as coisas.
p) Absalão resolveu revoltar-se contra o pai Davi, e diante do grande público, para todos verem, possuiu dez das concubinas de Davi (ver 2 Sam. 15:16 e 16:21 e 22). Perceba só a que ponto chegou o desrespeito de alguns filhos de Davi em relação a ele, pai e rei! Esses dois, Davi e Absalão, um era rei em Israel, o outro queria ser rei. Mas que currículo tinham eles?
E certamente teve outras consequências, que não conhecemos, ou que não encontramos nos relatos. Mas há um ponto a considerar: apesar de tudo o que de errado Davi fez, ele foi considerado o “homem segundo o coração de DEUS”. Qual a razão? Ele se arrependia quando repreendido. Não há um registro na história de Davi que ele tenha mandado matar algum profeta por tê-lo repreendido. Pelo contrário, ele se arrependia e buscava consertar. A segunda coisa muito importante que devemos aprender com Davi, e especialmente nesse caso de Urias, é que, embora tenha se arrependido, as consequências negativas não foram evitadas. Pecados sempre tem consequências, ou são coisas pequenas, ou são bem trágicas.

  1. Segunda: Ninguém é uma ilha
O poder corrompe. Não é o que dizem? E é verdade, em muitos casos.
Davi se tornou rei, e mudou seu modo de ver as coisas e de agir. Antes, ele precisava atrair voluntários para fugirem com ele para lá e para cá. Eram pessoas fiéis, que iam junto dele por toda parte. Agora ele mandava. Davi tomou uma decisão: de fazer guerra contra um povo inimigo. Então ele mandou seu comandante com as tropas. Ele mesmo, diferente de antes, ficou tranquilamente no palácio. Afinal, era rei, e precisava preservar a vida. Ou seja, antes, DEUS cuidava de sua vida, agora, Davi já parece que não confiava mais tanto em DEUS, ou então, passou a dar preferência ao conforto do palácio e a suas mordomias. E às mulheres atraentes. Se ele imaginou que precisava preservar a vida do rei não indo a uma guerra, essa atitude preventiva se mostrou um tremendo erro. Pois, se foi evitada a sua morte, e era fato em guerra os inimigos buscarem o rei para o matar, a atitude de falta de fé revelou-se um tremendo fracasso. Ele caiu em algo bem mais sutil: abusou de uma mulher, casada, e ainda mandou matar o marido dela.
E mais uma coisa, Davi passou a liderar pela força, não mais pela atração como antes. Agora ele mandava, não precisava mais atrair; ele tinha o poder. Essa atitude nada cristã vemos em todos os lugares, até nos escalões da igreja. É uma fraqueza dos seres humanos, e precisa ser tenazmente combatida, ou fará derrubar a pessoa, e prejudicará a muitos. É incrível como há líderes sedentos de poder e de prestígio em nosso meio. Só há dois caminhos para eles, ou se tornam humildes, ou serão sacudidos para fora. Davi felizmente se arrependeu. Nesse caso, o preço do pecado custou menos caro: não perdeu o seu reino. Mesmo assim passou por tremendas aflições (perdeu o filho) e foi humilhado (seu filho Absalão possuiu suas concubinas diante de muitas pessoas). Erros atraem erros, e se não for estancado em tempo, um problema se torna numa sucessão deles até que ocorra alguma tragédia.
Lembra de Abigail? Onde ficou, na mente de Davi, aquele conselho que ela lhe deu, que evitasse manchar sua reputação com atitudes impensadas? Davi já havia esquecido do conselho, e caiu, dessa vez, por completo. E como já sabemos, se enfraqueceu em seu reino, e desencadeou outros problemas. Um erro nunca fica só, outros o seguem.
A atitude um tanto desequilibrada de Urias, não indo ver sua esposa, tendo vindo de tão longe, por outro lado, serviu de repreensão a Davi. Ele, o rei, ficou bem belo em casa enquanto seu comandante e os soldados batalhavam. Urias não foi para a casa nem menos com a ordem do rei.
Vamos entrar no olho do furacão do erro de Davi. Estando em casa, sobre o terraço a passear, apreciando a natureza, eis que avista uma mulher toda exposta. O terraço hoje pode ser o sofá de casa, e a vista para olhar, a televisão, ou um filme, etc. Ele viu a mulher e achou que era desejável. Mas Urias já havia descoberto isso antes, e se casara com ela. Descobrindo que a mulher era casada, portanto, sabendo que ela estava comprometida por juramento a outro homem, mesmo assim, não se importando com o que DEUS determinara, sendo rei e devendo ser exemplo, mandou seus auxiliares buscar a mulher. Aqui Davi vacilou por completo. Não só quis abusar dela, mas resolveu afrontar uma ordem de DEUS, e decidiu fazer com que seus súditos fizessem algo que não deveriam fazer. E eles, por sua vez, não deveriam ter ido, mas foram. E, como eram os reis antigos, ai deles se não fossem. E você, leitor, o que faria se estivessem em situação semelhante? Ou seja, quando vier o tempo de decisão entre DEUS e satanás, na sacudidura, vai permanecer fiel na igreja, ou vai abandonar? Os auxiliares do rei erraram com o rei. Eles bem que poderiam ter dado ao menos um conselho ao rei. Quem sabe ele os ouvisse, pois costumava atender conselhos e repreensões. Mas não, querendo satisfazer o rei, e querendo quem sabe obter a simpatia do rei, fizeram a errada vontade dele. Eis aqui uma estratégia de satanás: fazer cair os incautos e desprevenidos. Assim muita gente vai perder a vida eterna, seguindo os maus líderes e errando com eles.
Se analisarmos, nesses momentos, ocorreram muitos erros. Davi deu asas a seus desejos. Ele mandou que a buscassem em vez de enviar a ela conselheiras. Os seus auxiliares obedeceram a uma ordem que não deveriam ter obedecido. E a mulher veio quando não deveria ter vindo. E ela também errou, expondo-se em público. E se for ver bem, há mais erros.
É assim que funciona o pecado. Ele busca garantir a escravidão a satanás, por isso, desencadeia uma sucessão de erros, levando o cativo cada vez mais ao fundo, para dali não sair nunca mais. Cuidado, recorra a DEUS o quanto mais cedo possível quando estiver caindo em erros. De preferência busque socorro por meio da oração bem no início do processo. Davi, por exemplo, teria feito bem se, ao avistar a mulher, tivesse naquele instante virado o rosto e ido para outro lugar, e pedido forças de DEUS em oração. A história teria sido diferente. E Davi teria conquistado mais uma vitória para a sua coleção de atos positivos, como José do Egito.

  1. Terça: Um estrangeiro em Israel
Urias era heteu, descendente dos hititas, soldado de infantaria que se tornara fiel membro do povo de Israel. Casou-se com uma israelita, por nome Bate-Seba. “Chamavam-se a si próprios hatti, e a sua capital era Hattusa ou Hattusha. Os registros em baixo relevo e relatos da época descreviam os hititas como homens fortes, de estatura baixa, com barbas e cabelos longos e cerrados, possivelmente usados como proteção para o pescoço. Os cavalos eram venerados como animais nobres. Os encarregados de cuidar dos cavalos assumiam notoriedade na sociedade hitita. Estima-se que os Hititas Indo-Europeus tenham entrado na Ásia Menor por volta do século XX A.C., passando pela região do Cáucaso. O seu Império formou, junto com o Egito e a Babilônia, o trio das grandes potências dos séculos XIII e XIV A.C. (ver C.W.Ceran - O Segredo dos Hititas). Urias era parte de um grupo de elite de soldados, pois as Escrituras o citam como um dos trinta e sete homens mais fortes de Davi (2 Sam. 23:39).
Após Bate-Seba engravidar, de Davi, este mandou chamar Urias. Davi pensava: ele vem para casa, dorme com a esposa, e vai ser fácil dizer que ela engravidou dele. Naqueles tempos não havia exame de DNA, mas vai que o menino fosse a cara do rei!! Enfim, era um plano fraudulento.
Ao Joabe receber a ordem, de lhe enviar um de seus melhores soldados (era um soldado, não um líder militar), deve ter ficado intrigado. Mas sabendo da beleza da esposa desse soldado e da proximidade de sua moradia com o palácio, pode bem ter suposto que algo acontecera. Pois, afinal, porque o rei chamaria um soldado, e não um chefe militar?
Agora vem a parte mais curiosa do chamado. Quando, enfim, Urias chega ao palácio, o rei lhe faz perguntas que caberiam ser feitas a Joabe, não a um soldado. "Como está a guerra? E como está indo o seu general? Os soldados estão progredindo?". Será que Urias não ficou se perguntando: afinal, porque o rei me chamou para fazer tais perguntas? Ele era apenas um soldado da Infantaria. Por que estava merecendo tanta atenção, e em lugar de algum comandante? Se ele não desconfiou nada, é de se admirar. Tanto Joabe quanto Urias sabiam das investidas sensuais do rei no passado, e que possuía várias concubinas. Aliás, quem não o sabia? Talvez fosse esse o motivo dele não ter ido dormir em casa, mas a Bíblia não revela essas questões. Porém, esse homem deve ter sido alguém muito esperto, pois era um dos melhores soldados. Ninguém é assim tão bom como ele, no entanto, ao mesmo tempo um tonto mental.
Então, após essas perguntas sem nexo para o caso, o rei dá outra ordem a Urias, tipo assim: "Você guerreou uma batalha longa, e deve estar cansado. Vá para casa e descanse essa noite. Mandarei manjares especiais para você aproveitar". Mas quando Urias saiu, não foi para casa. Pelo contrário, dormiu na casa dos guardas fora do palácio. Quando Davi soube disso no dia seguinte, chamou Urias de volta e perguntou: "Por que você não ficou com sua esposa ontem à noite?" Se agora Urias não tenha desconfiado de que o rei fizera algo com sua mulher, então ele estava realmente muito cansado para raciocinar direito. Fato é que Urias foi dormir no alojamento dos guardas, na entrada do palácio.
Raciocine: o rei manda chamar Urias para lhe fazer algumas poucas perguntas, e por duas vezes insiste que vá dormir com sua esposa! É ou não é de desconfiar de algo?
Que rolo, que situação confusa, não acha? E a situação piorou muito. Davi vendo que Urias não fora para a sua casa, pois ele ficou atento a isso, no dia seguinte embebedou Urias. Quem sabe nessa situação esse homem deixasse de pensar tanto nos outros soldados que dormiam ao relento, e lembrasse de sua esposa, e fosse para casa. Mas ele não foi. Então, no terceiro dia, Davi fez o pior de tudo, usou de seu poder real, usou mal, e mandou uma carta a Joabe, por mão do próprio Urias, para que realizassem um ataque, e que colocasse Urias bem à frente, demasiado perto dos inimigos. É óbvio que Joabe, o comandante geral, portanto muito inteligente, entendeu o que se passava. Ele, que lutara ao lado de Davi por longos anos, bem conhecia a lascividade do rei. Mesmo assim, fiel ao rei, mas nesse caso relaxado e infiel a DEUS, como é bem comum, executou a ordem, mandou o homem para uma missão suicida e Urias foi morto. Urias pode bem ter entendido, quando Joabe o enviou para a situação de morte, que aquilo estava determinado na carta que ele mesmo havia levado. Mesmo assim, Urias, super fiel, obedeceu, sentindo ser um ato mortal. Afinal, ele era um dos 37 melhores soldados de Davi, um dos grandes valentes. Morto o esposo de Bate-Seba todo o problema estava resolvido, segundo a ótica do ser humano. Mas outro problema se iniciou, pois fora um assassinato. E esse novo problema herdou toda problemática anterior. Agora entraria em ação um profeta de DEUS, Natã, não para consertar os estragos já causados, pois os efeitos dos pecados permanecem, mas para levar Davi ao arrependimento, e fazer parar a sucessão de erros e pecados em andamento.
Quanta gente envolvida por causa de uma mulher descuidada, ou atrevida, e por causa de um homem dominado pelo desejo sexual, em certos momentos incontrolado. Hoje existem muitos pedófilos e estupradores. Quantas pessoas sofrendo, além deles mesmos, por causa de suas fraquezas! Por favor, quem estiver lendo, pratique mais oração e mais comunhão com DEUS, para não dar início a uma sucessão de erros (pecados) e criar um problema que irá prejudicar muitas pessoas, e contribuir para a perda da vida eterna delas. Esse alerta é para homens e mulheres, uns querendo ver, e elas, querendo mostrar. A nossa missão é retratar CRISTO, não satanás. “Cristo pousa para ser retratado em cada discípulo. A todos predestinou Deus para serem ‘conforme à imagem de Seu Filho’. Rom. 8.29” (O Desejado de Todas as Nações, 826, ênfases acrescentadas). “Os homens de princípios não necessitam da restrição das fechaduras e das chaves, não precisam ser vigiados e guardados. Eles procederão verdadeira e honestamente em todo o tempo - sozinhos, sem vista alguma a observá-los, bem como em público. Não trarão mácula alguma a sua alma por qualquer parcela de lucro ou vantagem egoísta. Desdenham do ato mesquinho. Embora pudesse nenhum outro saber isso, eles próprios o saberiam, e isso destruiria o seu respeito próprio. Os que não são conscienciosos e fiéis nas coisas pequenas não se reformariam, se houvesse leis, restrições e penalidades sobre o assunto” (Conselhos Sobre Saúde, 410, grifos meus).

  1. Quarta: O que há em um nome?
Os nomes, o conceito e significado de cada um, cada pessoa faz o seu. Por exemplo, se você ouve o nome do imperador Nero. O nome completo desse homem foi: Nero Cláudio César Augusto Germânico (em latim Nero Claudius Cæsar Augustus Germanicus). Ele foi um imperador romano que governou de 13 de outubro de 54 até a sua morte, a 9 de junho de 68. Seu nome de nascimento, pouco conhecido, foi Lúcio Domício Enobarbo. Mas o que o nome Nero lhe faz pensar? Ele mudou o nome quando, aos 16 anos, se tornou imperador.
Nero geralmente signfica homem implacável, durão, matador, vingativo. Dizem que ele mandou matar a sua própria mãe. E se sentia feliz quando outros eram maltratados por ele. Foi um extravagante tirano, que se satisfazia com execuções. Em 68 dC, ele suicidou-se. Esse era Nero.
E o que lembra o nome Ester, a rainha israelita de um povo estranho? Ela era uma jovem judia dentre os deportados por Nabucodonosor. Estava sob a guarda de seu tio Mordekai ou Mardoqueu. O tio dela um dia descobriu um complô contra o imperador, e salvou a vida dele. Ester, já rainha, arriscou a sua vida pelo seu povo, noutro complô de Hamã.
Ester nos lembra um tipo de cráter, e Nero bem outro. E que caráter estamos formando em torno de nosso nome? Aliás, o que DEUS pensa ao voltar seus pensamentos ao nosso nome? E o que os homens pensam?
É muito importante lembrar o seguinte: Desconfie de pessoas que só tem inimigos, assim como de pessoas que só tem amigos. JESUS tinha os dois, e Ele é o nosso exemplo. Quem só tem inimigos, pode ser uma pessoa de vida complicada, e quem só tem amigos, um lisongeador. É o caráter que desenvolvemos que forma o conceito ligado ao nome que temos. Quem é uma pessoa de princípios, aqui na Terra, sempre encontrará pessoas que se opõe a ele.
Vamos a um caso bem grave. Que conceito tem os cristãos no mundo? Cristão é na verdade um sobre-nome, que identifica os seguidores de CRISTO. Mas nem sempre cristão representa algo positivo. Para muitas pessoas cristão é alguém que não paga suas contas, ou em quem não se pode confiar. Outros percebem o cristão como um fanático. E outros, ainda, como alguém que vive uma vida dupla, em casa maltrata seu cônjuge e filhos, e na igreja, quer entusiasmar outros a ações missionárias. Mas o nome dele contradiz essa parte.
Esse ponto é o mais importante. Que nome nós formamos ao longo de nossa vida? Ou, que conceito tem o nosso nome e sobre-nome. Será que não deveríamos ir ao registro geral e trocar o nome? Evidentemente também trocar a identidade e o caráter.
Por exemplo, o nome de Abrão foi trocado por Abraão, agora, pai da fé. O nome de Jacó (enganador, mentiroso) foi trocado por Israel, (pai de muitas nações). E assim vai. Todos, um dia, receberemos um novo nome. Mas, atenção, assim como Abraão, como Jacó, antes dos nomes deles serem trocados, eles tiveram que lutar para que houvesse a mudança de seu caráter. Então sim, DEUS lhes deu um novo nome. Esse é o caso de todos nós. O que faz o nome é o caráter. E DEUS não nos dará um novo nome sem a mudança de nosso caráter, pois assim esse novo simplesmente assumiria o conceito do nome anterior. Sem essa mudança, que fique o nome anterior.
Mas atenção, venha a JESUS assim como você está. Confie nEle, entregue-se a Ele, leia a Bíblia e seja um humilde seguidor dEle, assim Ele cuidará da mudança de seu caráter. Quando esse caráter estiver em processo de transformação, o seu antigo nome por si já assumirá um novo conceito para as pessoas, um conceito precedido da palavra “convertido”. Um dia desses, na segunda vinda, vai receber um novo nome.

  1. Quinta: Um homem de princípios
Davi não conseguiu persuadir o soldado Urias. Ele muitas vezes é apresentado como um homem de princípios. Pode ser. Mas, vamos raciocinar como se estivéssemos dentro do cenário. Pense um pouco. O rei Davi, a máxima autoridade manda chamar um soldado só para lhe perguntar como estava indo a guerra. Isso é muito estranho. Aqui Davi cometeu um erro ingênuo. Ao menos assim me parece. Qualquer pessoa inteligente perguntaria: o que tem por trás disso? Por que chamou Urias para lhe fazer tais perguntas? E tudo indica que Urias era inteligente, mas submisso ao rei, obediente e fiel, bem como cumpridor de suas convicções religiosas. Mas nada nesse mundo nem na Bíblia, nem na fé requer que alguém, vindo de longe, tendo caminhado às pressas por 65 km, viesse para bem perto da casa, e se recusasse por uma questão de princípios, não ir ver a esposa. Isso é dar a ela motivos para uma separação. Um homem sábio não deixa a sua esposa em segundo plano, a não ser, diante de DEUS. Digamos, repetir o ato de Urias seria um desaforo à esposa, um menosprezo.
Aquela conversa banal de Davi, e então, a sugestão de que fosse a sua casa, e ainda levando um presente, era um indicativo de que alguma coisa de errado havia acontecido. Afinal, porque o rei teria chamado Urias, sem motivo algum (aquela conversa sem sentido justificaria tal ordem, de Urias vir a Jerusalém?) senão para o enviar a sua casa, como de fato fez? Ou, por outro lado, qual seria o motivo do chamado de Davi: fazer aquelas perguntas bobas, ou mandar Urias ir dormir com sua esposa? O motivo seria um desses dois, e não havia outra possibilidade. Para qualquer pessoa esperta, não seria difícil entender que as perguntas eram bobas demais para serem o verdadeiro motivo. Então, se o motivo era Urias dormir com a esposa, e evidentemente ter intimidade com ela, faz surgir outra pergunta: por que o rei teria tanto interesse que Urias praticasse sexo com sua esposa? A resposta parece óbvia.
Pois bem, por uma ou por outra, Davi criou um grande problema, e agora estava sendo incompetente até para mentir. Na verdade, Davi não era um mentiroso, e pessoas não acostumadas a mentir, quando o fazem, se saem mal. Que bom, não acha? Davi não era um trapaceiro, e quando decidiu enganar Urias, se saiu muito mal. Um bom cristão é assim, quando decide fazer algo errado, por falta de hábito, erra mal (ah, isso até parece engraçado). E qualquer um percebe que o fiel servo de DEUS dessa vez foi tentado e caiu, e a sua queda foi de tal forma que fica fácil perceber a ingenuidade em errar.
Cristãos verdadeiros não estão acostumados a erros. Eles detestam pecar. Mas vez por outra isso acontece. E quando acontece, pecam de forma ingênua, e todos descobrem com facilidade. Isso é sinal de que O ESPÍRITO SANTO já estava transformando a pessoa, e ela já não tem mais experiência em pecar. E então quanto peca, o faz de uma maneira pouco sutil, mas com uma dose de ingenuidade. Cristãos verdadeiros não são mais para pecar, morreram para o pecado, e já não sabem pecar direito, como os ímpios, que são astutos nos males que praticam.
Assim foi Davi. Ele quis passar uma conversa em Urias, e sendo rei, tendo portanto experiência em persuasão e em argumentação, nesse caso, o seu intento de levar Urias para a cama com Bate-Seba foi, digamos, um fiasco. Ele foi de uma ingenuidade de dar dó. Davi havia, ao longo da vida, desenvolvido um bom caráter. Mas seu ponto fraco, que ele não havia ainda dominado, era a sensualidade. Gostava de mulheres diferentes e facilmente se sentia seduzido por uma delas, em especial, se fisicamente fosse bonita. Então, dessa vez Davi havia caído em seu ponto fraco. Isso deve ter sido obra de satanás, e o rei, escolhido por DEUS, ungido por Samuel, fracassou.
Mas o caráter de Davi falou mais alto, quando o profeta Natã o repreendeu. Davi não questionou nem se revoltou, mas, se arrependeu. O seu sofrimento foi amargo. Um dia, certamente, vai haver um encontro no Céu. Vai ser um encontro bem comovente. Davi vai se encontrar com Urias. E Bate-Seba certamente também estará lá. O que eles irão falar não sei, mas que vai ser constrangedor, isso é certo.
Olha só, vamos orar para termos poder para que não façamos aqui nessa vida, coisas pelas quais mais tarde iremos passar vergonha, e até havendo a possibilidade de nos sentirmos um tanto atrapalhados em algum momento durante o milênio.

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Difícil, para muitos, é entender que somos criaturas. Uma criatura não tem independência total do Criador. A vida da criatura depende do Criador. A origem da criatura também. E tudo o que uma criatura faz, da mesma forma.
Mas há uma observação. A criatura pecadora é diferente. Nem tudo o que ela faz se origina do Criador. É o caso dos pecados: esses tem outra origem, satanás. Ele é o originador do mal, não DEUS, embora DEUS, desde a eternidade o conhecesse. Um pecador está em situação tal que, por vezes, age conforme a vontade de DEUS, e em outras ocasiões, segundo os desejos do inimigo. É como tentar servir a dois senhores.
Na verdade criaturas são instrumentos. Não há como serem independentes. Elas sempre dependerão de alguém acima delas. E há dois vínculos possíveis às criaturas: ou de DEUS, ou de satanás.
Originalmente, por criação, todas as criaturas estão vinculadas a DEUS. Sim porque não há outra possibilidade de onde se originar algo com vida, e mesmo sem vida. Tudo vem de DEUS. E quem permanece em DEUS, isto é, obedece Seus princípios de vida. É um ser livre, mas não independente. Ser livre é poder fazer suas escolhas sem que outro ser interfira. Nem DEUS faz interferência em nossas escolhas. Assim foi, por exemplo, com Adão e Eva, e em nosso estudo, com Davi.
Para que sejamos sempre livres, as nossas escolhas devem corresponder à vontade de DEUS. E Ele expressou a Sua vontade em alguns princípios gerais, pelos quais tudo funciona. Na verdade, há um só grande princípio universal, que é o amor. Dele derivam os demais princípios, por exemplo, a humildade, a simplicidade, a honestidade, a bondade, a misericórdia, a longanimidade, e assim vai. Então, sob o Reino de DEUS, funciona assim: seres criados obedecendo a DEUS por meio de Seus princípios tomando decisões livremente. Isto é o livre arbítrio. Por meio dos princípios, tudo o que fazemos, ou decidimos fazer, está de alguma forma vinculado a DEUS. Dessa maneira, Ele é realmente o Rei. Veja-se aqui que o modo como Ele reina é para nos dar vida eterna com total felicidade, sem a menor preocupação.
Mas há a possibilidade de outra vinculação. Esse é o caso do pecado. Levantou-se Lúcifer, e pretendeu também ser rei. Quis que as criaturas se tornassem ligadas a ele. Foi aí que surgiu o pecado, que é a desobediência aos princípios de DEUS, expressos em Seus mandamentos. É simples: se alguma criatura se desliga de seu Criador para se ligar a outro rei, é evidente que tem que desobedecer ao Criador, para assim obedecer a uma vontade diferente, do outro rei. E fazer isso tem nome: é pecado. E quem faz isso chama-se pecador, ou, “desobedecedor” dos princípios da vida e felicidade eternas. Portanto, esse há de morrer.
O curioso é que a vinculação ao outro rei, no caso só há mais um, satanás, não desliga totalmente a criatura de DEUS Criador. Por exemplo, todos os pecadores ainda dependem de DEUS para viver. Inclusive o próprio satanás depende dEle para viver. Aliás, ele é um rei pela metade, pois não tem as capacidades de o ser, não pode garantir a vida eterna, nem tem os poderes e característicos necessários para garantir uma vida feliz e sem preocupações. O reino dele não tem princípios permanentes e imutáveis, porque esse é um reino falho. Fazem adaptações a cada momento, conforme as circunstâncias e os percalços. É assim que funcionam todos os países desse mundo, eles tem que adaptar e readaptar suas leis a todo tempo. Pecado é assim, tudo é sempre provisório, e sempre há disputa.
Davi, quando se tornou rei, se imaginou mais do que realmente era. A sua mente fabricou uma condição acima de sua real capacidade. Na verdade, ele caiu na armadilha em que Lúcifer já havia caído: achar que sua capacidade está muito acima da realidade. Ele tentou ser independente de DEUS. Algo assim: “eu sou capaz, sei fazer as coisas corretamente sem auxílio de ninguém.” E aí o que aconteceu? O seu ponto fraco, a sensualidade, o derrubou. No momento em que mais necessitava estar ligado a DEUS, tomou uma sucessão de decisões por conta própria, e errou em todas elas. A primeira decisão foi a de olhar por mais tempo que a primeira percepção, para o corpo de Bate-Seba. A última, foi de matar Urias. Tudo isso ele fez estando sob influência do inimigo de quem lhe colocou no trono. E a consequência foi um tremendo desastre, muita dor e tristeza, e a morte de uma criança totalmente inocente e de quem deveria ter sido seu pai. As repercussões dessas decisões independentes de DEUS, mas vinculadas a satanás, foram muito além, afetando seus filhos, seu reino em outras ocasiões, e sabe-se lá quantas coisas ruins mais.
Lição para nós. Não há como sermos independentes. Ou estamos vinculados ao Criador, ou a satanás. E esse satanás, ele mesmo depende de DEUS para viver, pois não é capaz de viver por conta própria. Mas, sendo um ser livre, ele pode inventar o que desejar, por algum tempo. Por exemplo, ele pode inventar o mal, e muitas formas de concretizá-lo. Foi o que fez. Assim sendo, há dois senhores para escolher uma ligação. Ou a DEUS, o Criador, ou a satanás, outra criatura como nós. E todos nós já sabemos as consequências de uma escolha ou outra.

escrito entre:  22/09 a 28/09/2010 
revisado em  29/09/2010
corrigido por Jair Bezerra


Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.

sábado, 23 de outubro de 2010

Lição Escola Sabatina para Surdos - Lição 5 - 4º Trimestre 2010

VERSO PARA MEMORIZAR: 

“No coração do prudente, repousa a sabedoria, mas o que há no interior dos insensatos vem a lume” 

(Provérbios 14:33).

05 Lição - Abigail: Senhora das circunstâncias  - 23 a 30 de outubro from Escola Sabatina on Vimeo.

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 5 - 4º Trim. 2010

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Quarto Trimestre de 2010
Tema geral do trimestre: Figuras dos Bastidores
Estudo nº 05    Abigail: Senhora das Circunstâncias
Semana de   23 a 30 de outubro
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar: “No coração do prudente, repousa a sabedoria, mas o que há no interior dos insensatos vem a lume” (Prov. 14:33).

Introdução de sábado à tarde
Nessa semana estudaremos uma história bem interessante. Há lances e fatos curiosos. Trata-se da história de Abigail. Ela era uma mulher sobremaneira bonita e assim, de igual forma, também era inteligente. Mas fora casada com Nabal, homem muito rico, certamente por herança, mas que não possuía sabedoria. Ele era uma pessoa que não sabia avaliar as circunstâncias, e cometia erros bobos, como os de quem não pensa nas consequências do que vai fazer.
O nome Abigail quer dizer algo como “o orgulho do pai”. Refere-se a uma mulher determinada, corajosa, inteligente, sábia. E Nabal quer dizer “tolo”. É evidente que quem faz o conceito do nome é a pessoa que o possui. Judas, por exemplo, quer dizer traidor ou inimigo na trincheira, mas assumiu esse sentido porque Judas agiu dessa maneira. O nome de cada pessoa possui o conceito que o caráter dessa pessoa vai formando na mente das outras pessoas. Por exemplo, que conceito lhe vem à cabeça quando se lembra dos seguintes nomes ou apelidos: Adolf Hitler; Lalau e Fernandinho Beira Mar? Vem à mente o conceito que eles mesmos criaram. E qual conceito que lhe vem à mente, ao lembrar esses outros nomes: Davi, João Batista, Ester e Maria, mãe de JESUS? E o que lhe vem à mente ao ouvir o nome de JESUS? O conceito que as pessoas têm ao lembrarem de um nome vem daquilo que a pessoa formou ao longo da vida.
“A piedade de Abigail, como a fragrância de uma flor, se desprendia inconscientemente em fé, palavras e ações. O Espírito do Filho de Deus habitava em sua mente. Seu coração estava cheio de pureza, bondade, e amor santificado. Suas palavras, temperadas com graça, e cheias de bondade e paz, espalhavam uma influência celestial. Impulsos superiores surgiram em Davi, e ele tremeu ao pensar em quais poderiam ter sido as consequências de sua precipitada resolução. Uma família toda teria sido morta, contendo mais do que uma pessoa temente a Deus, como Abigail, a qual se empenhara no bendito ministério da bondade. Suas palavras curaram o ferido coração de Davi.
“Quem dera que houvesse mais mulheres que acalmassem sentimentos irritados, impedissem resoluções precipitadas, e reprimissem grandes males por meio de palavras de calma e bem orientada sabedoria. "Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus." Mat. 5:9.
“Uma vida cristã consagrada está sempre difundindo luz, conforto e paz. É pureza, tato, simplicidade, e utilidade. É controlada pelo amor altruísta que santifica a influência. É cheia de Cristo, e deixa um rasto de luz onde quer que seu possuidor vá. Abigail sabia repreender e aconselhar com sabedoria. A raiva de Davi se extinguiu sob o poder de sua influência e argumentos. Ele se convenceu de que havia assumido uma linha de conduta imprudente, e de que havia perdido o controle de seu temperamento. Recebeu a reprovação com humildade de coração. ... E agradeceu e bendisse porque ela o aconselhou com razão.
“Há muitos que, ao serem repreendidos ou aconselhados, acham que é louvável receber a repreensão sem ficar impacientes. Mas quão poucos aceitam a reprovação com gratidão de coração, e bendizem aqueles que procuram preservá-los de adotar um mau procedimento.
“Abigail se rejubilou pelo fato de sua missão ter alcançado êxito, e por ter sido um instrumento para salvar sua família da morte. Davi se rejubilou porque, através de seu oportuno conselho, foi impedido de cometer atos de violência e vingança. Após meditar, percebeu que isso teria sido causa de descrédito para ele, perante Israel, e seria uma lembrança que sempre lhe teria causado o mais profundo remorso. Sentiu que ele e seus homens tinham o maior motivo para serem gratos. ...
“Quando Davi soube da morte de Nabal, agradeceu a Deus por ter tomado a vingança em Suas próprias mãos” (Refletindo a CRISTO, MM, 1986, p. 325).

  1. Primeiro dia: Alguém que ouça
Um erro atrai outro erro. O outro erro, o segundo, atrai mais outros, e assim sucessivamente, até que a situação degenere, e aí se tem uma briga ou guerra, enfim, a destruição. Davi era um homem que respeitava as pessoas. Em suas andanças com seus 600 homens precisava de suprimentos, principalmente alimento. Mas ele pedia isso aos moradores do interior. Ou ele fazia alguma batalha contra algum povo pagão. Fato é que Davi possuía muito suprimento e bens, despojos das guerras que fazia. Assim o grupo se sustentava. Perceba que 600 homens de guerra, comem, por mês, em torno de 36 toneladas de alimento. Precisam estar bem nutridos para lutar. Em guerra, muita gente passa fome, mas dificilmente os soldados. Na segunda guerra mundial havia fome na Europa e na Ásia, mas os soldados eram bem alimentados.
Então Davi, que estava nas cercanias das terras de Nabal, no tempo de tosquia, tempo em que os fazendeiros costumavam dar presentes, resolveu enviar dez moços para pedir a esse abastado alguma coisa para a sua campanha de guerra. Nabal era homem muito rico, mas de pouca capacidade intelectual quanto ao raciocínio sábio. Ele se via como o centro do mundo, e achava ser insuperável. Zombou de Davi, perguntando que ele era afinal. Insinuou tratar-se de algum escravo fujão de seu senhor. Ou se referia a Saul como senhor, do qual Davi fugia. Nabal desprezou Davi e o minimizou ao pó, mandando de volta seus homens, não apenas sem nada, como irritados pela forma como fora humilhado seu líder maior, que sabiam seria o futuro rei.
O relato dos dez homens incendiou a ira de Davi. De imediato, esse homem que foi tão sábio diante de Saul que tivera oportunidade para matar, mas não o fez, sem pensar muito determinou arrasar Nabal e suas propriedades. Houve o erro de Nabal, agora estava em andamento outro erro, o de Davi.
Então entra em cena uma mulher: Abigail,  dona de muita sabedoria. Um empregado de Nabal, muito mais sábio que seu patrão, percebeu pelo semblante dos soldados de Davi, de como se viraram e foram embora, que coisa boa dali não viria. Dirigiu-se de imediato à esposa de Nabal, e lhe relatou o ocorrido. “Nabal acusou falsamente a Davi e seus homens para justificar seu egoísmo, e classificou Davi e seus seguidores como escravos fugitivos. ... Um dos jovens a serviço de Nabal, temendo os maus resultados que viriam no rastro da insolência do patrão, foi e informou o caso à esposa de Nabal, sabendo que ela possuía um espírito diferente do de seu esposo e era uma mulher de grande prudência. Ele descreveu o verdadeiro caráter de Nabal enquanto apresentava as dificuldades a ela, dizendo: "Agora, pois, considera e vê o que hás de fazer, porque já o mal está, de fato, determinado contra o nosso senhor e contra toda a sua casa; e ele é filho de Belial, e não há quem lhe possa falar." I Sam. 25:17” (CRISTO Triunfante, MM, 2002, 143). Ela também sendo sábia, interpretou o fato do modo correto, e passou a agir corretamente. Ela nem mesmo informou Nabal sobre o que faria, nem buscaria convencê-lo da situação de emergência que se formava contra todos ali. “Abigail viu que algo precisava ser feito para impedir o resultado da falta de Nabal, e que ela devia assumir a responsabilidade de agir imediatamente, sem o conselho de seu esposo. Sabia que seria inútil falar com ele, pois tão-somente lhe receberia a proposta com agressividade e desprezo. Repetiria para ela que era ele o senhor da casa, que ela era sua esposa e, portanto, sujeita a ele, devendo fazer o que ele ditasse. ... Ela reuniu os mantimentos que julgou necessários para aplacar a ira de Davi, pois sabia que ele estava decidido a vingar-se pelo insulto recebido” (CRISTO Triunfante, MM, 2002, 143).
Ela juntou alguns empregados, preparou um belo presente, e de imediato foi até Davi. Lá, em ato de humildade, falou ao coração de Davi, pedindo perdão e denunciando a estultícia de seu marido. “Encontrou-os no encoberto de um monte. "Vendo, pois, Abigail a Davi, apressou-se, e desceu do jumento, e prostrou-se sobre o seu rosto diante de Davi, e se inclinou à terra. E lançou-se a seus pés, e disse: Ah, senhor meu, minha seja a transgressão; deixa, pois, falar a tua serva aos teus ouvidos." I Sam. 25:23 e 24. Abigail dirigiu-se a Davi com tanta reverência como se falasse a um rei coroado. Nabal tinha escarnecedoramente exclamado: "Quem é Davi?" (I Sam. 25:10) mas Abigail chamara-o "senhor meu." Com amáveis palavras ela procurou abrandar-lhe os sentimentos irritados, e pleiteou com ele em favor de seu esposo. Nada tendo de ostentação ou orgulho, antes cheia da sabedoria e amor de Deus, Abigail revelou a força de sua devoção para com sua casa, e esclareceu a Davi que o procedimento indelicado de seu marido de nenhuma maneira fora premeditado contra ele como uma afronta pessoal, mas que simplesmente tinha sido a explosão de uma natureza infeliz e egoísta” (Patriarcas e Profetas, 666).
Um erro puxa outro erro, mas a resposta branda suaviza e resolve os problemas, mesmo os grades.

  1. Segunda: Ações falam mais alto que palavras
Vamos narrar os fatos de um modo sucinto. Pensemos nas cenas e nas motivações das pessoas.
Os dez homens de Davi saíram de diante de Nabal humilhados. O arrogante Nabal havia desprezado o seu senhor, junto do qual lutavam, em quem acreditavam. Esses homens eram fiéis a Davi, senão não estariam com ele em suas jornadas de aventuras.
Ao eles chegarem diante de Davi, certamente lhe passaram seus sentimentos de ódio pelo que ouviram, sentimentos em nome de Davi. Isso é natural a seres humanos. Por isso devemos ter grande cuidado ao levar uma notícia ou informação a outras pessoas. Conforme falarmos, podemos influenciar para o bem ou para o mal. Dependendo com que sentimentos transmitirmos a informação podemos incendiar as emoções e motivações de outras pessoas, e induzi-las a erros graves.
Davi não perdeu tempo. Convocou 400 homens dos 600 que estavam com ele, e se dispôs a marchar até às posses de Nabal afim de matar todos as pessoas do sexo masculino. Ficou apossado de um desejo de vingança. Nisso empenhava-se sem perda de tempo.
Por outro lado, Abigail, também sem perda de tempo, aprontou um presente de luxo, do melhor que possuía, para levar até Davi. Ela bem sabia do risco que todos estavam correndo. Dos dois lados havia pressa: de um, para fazer justiça com as próprias mãos; do outro, para tentar resolver o problema de forma inteligente, como DEUS deseja, não como nós seres humanos muitas vezes achamos melhor.
Encontraram-se os dois grupos no caminho. Eram 400 homens de um lado e uma mulher com um punhado de servos e um presente de outro lado. E DEUS estava no meio.
Essa história se repetia. Séculos antes, Jacó, com um presente e um grupo de homens se achegava humildemente diante de Esaú com seus 400 valentes guerreiros, para tentar aplacar a ira de destruição que estava em seu irmão. A humildade, nas duas ocasiões venceu o ódio. Isso pode nos servir de lição, pois, em nossas famílias, muitas vezes falta humildade. O ótimo é quando as duas partes, ou todas as pessoas, havendo problemas na família, se tornassem humildes. Assim se resolveriam todos os problemas. Se apenas uma parte se tornar humilde, há grande chance dos problemas se resolverem. Mas se as partes não cederem em nada, só uma coisa é certa: os problemas aumentarão, até que algo ruim aconteça.
Abigail parou bem diante de Davi. Este deve ter ficado boquiaberto pelo fato de uma mulher tão linda e sábia ser a esposa de um homem tão imbecil. É de se crer que ele tenha ficado mudo diante da cena inusitada. O que ele via? Uma mulher encurvada, rosto ao chão, em atitude de grande humildade, dizendo que seu marido é um homem sem capacidade de bom senso, e que ela não estava no local quando os dez moços pediam um presente a Nabal. Estivesse ali, a história seria diferente. Agora ela tentava impedir que Davi cometesse outro erro, derivado do primeiro. Ela fez Davi entender que jamais ele, o futuro rei em Israel, merecia ter inimigos tão insignificantes como Nabal. Um rei não deve se envolver com pessoas bobas, desmioladas e insignificantes. Não vale a pena.
E Davi ouvia. Agora era influenciado por palavras suaves, humildes e carregadas de inteligência. Eram poderosas palavras. E ele certamente percebia toda a beleza da mulher. Deve ter pesado: que pena que essa mulher está casada com um tonto que não vale nada, embora muito rico.
Nabal era tão sem caráter e sem percepção das cosias que nem notou a ausência da mulher. Voltando ela, este estava em meio a uma festa, bebendo e se divertindo. Será que ele não comemorava sua atitude com Davi? Um dia saberemos, mas é uma possibilidade. Se ela não fosse até Davi, seria assim que encontrariam Nabal, bêbado, e matariam a todos sem a menor resistência. Bem assim como foi destruído Belsazar, o rei de Babilônia, quando ele e seus grandes bebiam vinho enquanto os inimigos entravam por baixo dos muros, pelo leito seco do rio Eufrates.
No dia seguinte, ao Abigail chamar Nabal e lhe contar o que havia ocorrido, este se deu conta do risco que haviam passado, e ficou entorpecido, tão apavorado que perdeu a capacidade de raciocinar. Entrou em estresse profundo. Veja só, ele que queria ser grande coisa, agora, diante de seus muitos servos, tem de passar pela vergonha de ter sido salvo por sua mulher. Enquanto a mulher agira pela vida deles, faziam festa. E nem ao menos teve o bom senso de, após ver a sua burrice, agradecer a mulher e concertar as coisas, isto é, ir ele mesmo até Davi, levando mais presentes, e fazendo uma boa aliança. Assim se redimiria, e teria paz. Mas Nabal nunca havia desenvolvido o entendimento das atitudes sábias. Ele vendo o que quase acontecera, ficou petrificado por uns dias, até que morreu.
Não demorou muito, Davi soube da morte de Nabal, e deve ter pensado, “aquela mulher inteligente e bonita merece ser esposa de rei.” Que ninguém tenha dúvidas dele ter-se encantado por sua beleza e inteligência. Mandou chamá-la para ser sua esposa. E ela foi. Ela deve ter pensado: bem melhor ser esposa de um rei do que de um Nabal... Em lugar de Nabal, com Davi, “nada mal”.

  1. Terça: Tempo de falar
Diante de Davi, Abigail foi uma pessoa nobre. Ela foi nobre como JESUS foi a caminho da cruz. Ela portou-se com nobreza celeste. Ela não foi a Davi para convencê-lo do que deveria fazer, nem tão pouco para impedir que fizesse algo. Ela simplesmente expôs os fatos, e lhe encaminhou sugestões, para que Davi decidisse o que fazer.
A primeira coisa que fez foi saudar Davi como ele já sendo rei, chamando-o de senhor, e ela se posicionando como sua serva. Então ela disse a Davi algo de grande sabedoria, que ele não se importasse com Nabal, filho de Belial (satanás), que ele não passa de um louco. Então ela, numa atitude de grande coragem, expôs a Davi que, por ela, DEUS estava impedindo o derramamento de sangue, de um louco, Nabal, e de inocentes, os servos dele. Ela pediu que os inimigos de Davi fosse todos como Nabal, isto é, desmiolados e sem sabedoria, portanto, fáceis de serem vencidos. Na verdade, assim foi.
Na sequência ela ofereceu os presentes a Davi. Por fim, ela pediu que Davi os perdoasse. O perdão que ela pediu foi a ousadia dela mesma ter-se apresentado diante de Davi. Desejou que DEUS fizesse firme a casa de Davi, e que os inimigos dele fossem sempre derrotados. Ela lembrou que Davi era o ungido do Senhor, e que seria rei em Israel. Então, de uma sabedoria impressionante, ela disse que, no futuro, sendo ele rei, este sangue que derramaria com a vingança contra Nabal, não viesse a lhe ser uma tortura, dor na consciência, por ter feito algo precipitado. Evitando essa precipitação, certo seria de que o seu reino teria mais solidez, pois não haveria nada do que acusar Davi ao ele ter de ser juiz e fazer justiça de modo precipitado. E também o seu caráter não ficaria manchado.
Davi bendisse ao Senhor por ter enviado aquela mulher, e assim evitado o derramamento de sangue por causa de motivos tão pequenos e insignificantes, que antes, tendo o seu íntimo ferido, lhe pareciam enormes.
Esse encontro nos ensina uma grande lição. É a lição do poder da humildade com sabedoria. Devemos todos procurar conhecimento e sabedoria. Só conhecimento não é suficiente; só sabedoria não é possível. Não há como ter sabedoria sem conhecimento, mas pode-se ser muito astuto e mal educado, mesmo tendo conhecimento. Os filhos de DEUS, nesses últimos tempos, terão o conhecimento da verdade e a sabedoria do alto, e assim, serão vencedores contra o mundo e suas atrações. Quem é sábio distingue o que é conveniente do que não é. Mas quem não tem sabedoria, a propaganda lhe diz como deve viver, e assim, mesmo dentro da igreja, vai cada dia perdendo um pouco mais da vida eterna.

  1. Quarta: O que Abigail se recusou a fazer
Hoje, não poucas mulheres são casadas ou de alguma forma unidas com homens destituídos de sabedoria. Muitos abusam de suas esposas, até batem nelas, e tornam a vida delas um inferno, sem perspectivas de realização do sonho de toda mulher: ser feliz com alguém. Estão a trabalho do grande inimigo da vida e da felicidade. A tal ponto é intenso esse problema que até há lei para esses casos bem como delegacias de polícia especializadas em defender as mulheres. Também as mulheres estão sendo incentivadas a buscar ajuda, ou, nos casos extremos, buscar socorro, denunciar e se proteger. Afinal, ninguém veio a esse mundo para ser saco de pancada de um metido a pugilista, ainda mais de um homem com quem uma mulher se uniu em busca da felicidade.
Aliás, as moças que ainda são solteiras, cuidem na escolha do parceiro da vida. Não é a aparência nem a posição social que devem observar ao escolherem seu cônjuge para toda a vida. Devem olhar para o caráter. E outra coisa, nesses dias atuais, por pouca coisa os casais se separam. No entanto, a vida é bem melhor, mais interessante, se for de acordo com o plano de DEUS, isto é, se o casamento for cimentado pelo amor. A cada ano a vida de um casal que se ama torna-se melhor e mais prazeroso de ser vivido.
Abigail era uma mulher incrível. Certamente não vivia os sonhos de uma princesa com um marido, desde criança sonhado. Naqueles tempos as mulheres deviam casar com um homem escolhido pelos pais, ou algum homem a escolhia, e ela não podia rejeitar. Esse tipo de coisa jamais deveria ter feito parte da história. DEUS fez homens e mulheres livres, e devem sempre ter o direito de fazerem suas escolhas. Ainda mais aquelas escolhas para toda a vida. A nossa personagem dessa semana estava casada com um homem que jamais deveria ter essa mulher. Não a merecia. Ela, sábia; ele, tolo, como diziam, filho de Belial. Essa expressão significava alguém que simpatizava com o demônio, portanto, uma pessoa de difícil trato. Não significava que um filho de Belial se tivesse entregue a satanás, mas que o seu comportamento era como alguém vinculado a satanás.
Agora, tente imaginar a vida de Abigail. Como essa mulher se sentia ao lado de um homem assim! Feliz é que ela não era, isso é evidente. E tente imaginar, ela, submissa a um homem como Nabal, por toda a vida. A vida dela estava fadada a nunca ser feliz. Ou acha que uma mulher pode ter alguma esperança de mudança da situação, sabendo que ele não tem sequer percepção de que a vida poderia ser melhor? Na verdade, nem ele era feliz, pois o seu estilo de vida, embora lhe satisfizesse, não lhe permitia conhecer possibilidade melhor. Vivia o seu mundo como numa prisão psicológica, sem jamais ter tido a curiosidade de buscar descobrir se a vida poderia ser diferente.
Pois bem, agora raciocine comigo. Nessas condições, com um homem desses, fadada a ser uma mulher sem jamais experimentar a verdadeira felicidade, ela teria ou não tentação de se livrar dele? Tudo indica que sim. Mas em tudo o que ela fez, após o infeliz episódio de Nabal com os moços de Davi, não há o menor indício nesse sentido. Pode-se auferir que, ela, tendo uma oportunidade de, digamos, se livrar de Nabal, mesmo assim, foi fiel a ele, e foi correta e verdadeira com Davi. Ela falou toda a verdade a Davi (vide no comentário do texto da lição, muito bem elaborado).
O que ela poderia ter feito, mas que não fez? Ela poderia ter fugido para outro lugar e deixado que Davi exterminasse a Nabal. Para isso, ela poderia ter levado consigo os melhores empregados, para voltar posteriormente e reconstruir tudo. Ela poderia ter tido outro plano, um pouco mais promissor. Poderia ter ido a Davi e sugerido que este liquidasse apenas com Nabal, denunciando-o como um homem cruel, que a fazia sofrer. Ela poderia ter ido a Davi para pedir socorro, que a livrasse de um homem como os próprios soldados de Davi relataram. E poderia ter-se apresentado a Davi de modo a seduzir sua atenção e interesse por ela. Enfim, poderia ter tido outros planos, para se livrar de Nabal, que nesse episódio foi a única causa dos maus ressentimentos. Mas isso ela não fez.
Ela, na verdade, correu certo risco. Com o gênio intratável de Nabal, se este descobrisse que a sua esposa estava indo em direção a Davi, com um presente e alguns de seus moços, era de supor de que esse homem louco fosse atrás para mais outro de seus atos precipitados, como de costume. Se ele soubesse, podemos ter certeza, isso não ficaria por nada, ele faria algo de ruim.
Abigail foi honesta e sincera. Ela não condenou seu marido, mas também não o acobertou. Ela falou toda a verdade, e foi educada e diplomática. Ela não disse, por exemplo, que estava farta daquele homem, embora é de se supor que fosse assim. Ela o suportava submissa.
E mais, ela defendeu Davi de fazer outra loucura. Lembrou a Davi que ele era o ungido escolhido de DEUS. E ela mostrou aqui a sua sabedoria, vinda de um caráter que conhecia DEUS como poucas pessoas. Em vez de tentar se livrar de Nabal, ela preferiu impedir que Davi se desse mal, envolvendo-se com uma vingança inútil. E toda vingança em si é um erro. Ela poupou Davi de se prejudicar e de criar um precedente ruim para o seu futuro reinado. E veja só o que mais: Nabal seria um tipo de Saul. Assim como poucos dias depois este homem viria a morrer, sem que Abigail nem Davi fossem responsabilizados, do mesmo modo, em algum tempo no futuro, o tolo Saul também morreria. Até podemos dizer que Nabal estava servindo a Davi como um prognóstico do que aconteceria a Saul. Assim como Davi não deveria matar Nabal, também não o deveria fazer com Saul. E perceba só que interessante, pouco depois desse incidente, depois de Nabal morrer, Davi outra vez teve oportunidade de matar Saul, mas ele não o fez. Saul morreria, como disse Davi, de morte natural, ou em alguma batalha.
Sem que Davi nem Abigail movessem um dedo, sem que fizessem alguma coisa, tanto a mulher se viu livre de um homem imprudente, que a fazia passar vergonha e sofrer, como também ela teve por marido, o rei do país, da nação que ela mesma havia defendido fosse estável, ao impedir Davi de cometer um erro. Quando nós nos valemos da sabedoria do alto, tudo o que não devemos, mas que de alguma maneira deve ser feito, DEUS fará. Nabal e Saul deveriam morrer, mas não por mãos humanas. Assim foi.

  1. Quinta: Dentro e fora
Como foi que Davi recebeu as palavras de Abigail? Parece evidente que Davi, nada bobo, mas suscetível a perder a cabeça a se irritar e então agir precipitadamente, visse duas coisas em Abigail. Ao ver aquela mulher, elegante e bonita, em atitude de humildade, e ao falar utilizar palavras escolhidas com muita inteligência, e elaborar um discurso recheado de sabedoria, é de se supor que ficasse impressionado. Jamais era de esperar, da parte de Nabal, viesse alguém, de forma inusitada, falando daquela maneira. A pergunta que se poderia fazer, e com razão, era: poderia vir algo sábio e inteligente de Nabal? Pois veio. E era tão inteligente que traçou diretrizes de governo para um rei escolhido por DEUS. No caso, Davi aprendeu que, como rei, não deveria perder a cabeça, não se deveria precipitar em atitudes vãs, e que não se deveria envolver com miudezas, nem com pessoas tolas. Ele deveria, como rei, tratar de assuntos de alto nível. Reis não devem cuidar de pequenos detalhes, isso fica para os assessores. Reis devem governar. E de quem Davi apreendeu essas diretrizes? Da mulher de um filho de Belial, de um homem cuja cabeça, além de servir para fazer coisas imbecis, só servia, também, para ali crescer cabelo (se ele na verdade os tinha).
Ao Abigail retornar, o que ela presenciou? O seu maridinho, criador de problemas, todo inconsequente, fazendo festa, e bêbado. Ora, só em pensar, é de se ter dó dessa mulher, talentosa e atraente, vivendo ao lado de um desmiolado. Nesse mundo tem cada uma, não é mesmo? Que destino o dessa mulher! Um homem que, certamente não servia nem para as incumbências de macho, senão, como um animal faminto. Ou, o que se poderia dizer desse homem, melhor que isso?
No dia seguinte, ela falou tudo a Nabal. Prudentemente ela aguardou melhores condições para dar-lhe a notícia do que foi por ela evitado. O homem ficou tão estressado com o que quase aconteceu, com o que seria dele nesse momento, não fosse a sua esposa, que sua mente entrou em colapso de temor, e ficou todo petrificado. Algum mal o acometeu, e não pôde mais reagir. Se tivesse tido algum surto de eventual sabedoria, teria ido em direção a Davi e humilhando-se feito as pazes. E isso seria possível, pois Davi já havia desistido da vingança, e até agradecera a Abigail pelo que ela evitou; não voltaria atrás e não cairia pela segunda vez no mesmo erro. Mas não, ele, sem saber o que dizer e o que pensar, entrou em colapso psicológico e dez dias depois morreu.
Davi também não perdeu tempo. Ao ver Abigail, ao ouvi-la, deve ter pensado: quem foi que arranjou esse casamento, quem foi que pôs essa linda e sábia mulher nos braços desse tolo? Deve ter-se indignado com a sorte dela. E não seria de estranhar que também pensasse: “quem dera eu tivesse chegado antes, e a tivesse por esposa”. Fato é que, sabendo da morte de Nabal, sem perda de tempo, isto é, antes que outro espertalhão a tomasse, mandou uma proposta de casamento a Abigail.
E qual foi a resposta dela? Foi uma resposta de quem queria exatamente isto, pois, mais uma vez, do alto de sua sabedoria ela se mostrou uma autêntica mulher filha de DEUS, e numa composição de palavras tais quais JESUS, de decisão de estilo de vida tal como JESUS, disse: “Eis aqui tua serva [isto é, estou a disposição], é criada para lavar os pés dos criados de meu senhor.” Nisso ela estava dando a entender que Davi poderia ter a liberdade de escolhê-la, ou não. Assim como JESUS diria no futuro “Eu vim para servir, não para ser servido”, ela se dispôs a lavar os pés dos servos de Davi, afinal, uma vida assim seria bem melhor que esposa de um tolo, Nabal. Mas a sabedoria de Davi entendeu tudo, e um sábio escolheu uma sábia por esposa. A mulher que dera algumas diretrizes importantes para um rei tinha tudo para ser rainha, e não ficar como mulher de um desmiolado, que em meio a iminência de uma tragédia por ele mesmo provocada, fazia festa e bebia vinho.

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Veja só, o que se pode dizer? Nabal, filho de Belial, mas, Abigail, a esposa, filha de DEUS. Isso é verdade. Assim se diria num primeiro momento. Num segundo momento, se diria: Abigail, filha de DEUS e Davi, o homem segundo o coração de DEUS. Melhorou, não é?
Abigail era uma mulher autêntica. Ela seguia a sabedoria do alto, que estava com ela, aconselhando o futuro rei a ser um nobre, a ter atitudes de elevado nível, fazendo-o não por interesse, mas em sua normal e sincera maneira de viver e proceder. Ali estava uma mulher que aprendera muitas coisas importantes ao longo da vida. DEUS estava com ela. Ela evitou que Davi se nivelasse por baixo, que se envolvesse com ninharias, e com pessoas desprezíveis.
E Davi, caindo em si, recebeu o conselho dela, que na verdade incluía algo de repreensão, [veja o que estás por fazer, pagando loucura com loucura], de advertência [para noutras ocasiões pensar melhor e não se precipitar de novo], de direção [aja com prudência e com a sabedoria do alto] e de inspiração [vê se você mesmo, Davi, não se case com uma mulher do tipo que era Nabal]. Essa última parte estava totalmente implícita. Era de perceber, não de dizer. Com aquelas palavras de Abigail, Davi teve uma aula de governo, como agir em ocasiões de desafio vindo da parte de tolos. E é bem frequente ainda hoje sermos desafiados por pessoas tolas, de atitudes impensadas e precipitadas. Que sejamos como Abigail, sábios para pensar, e como Davi, prontos a receber conselhos, orientações e até repreensões. A Davi essa atitude foi muito útil para um bom governo, e ainda lhe rendeu um casamento interessante. A nós, pode nos servir para sermos bons servos agora e no Alto Clamor, e o alcance da vida eterna. Nada de se desprezar, não é?

escrito entre:  16/09 a 22/09/2010 
revisado em  23/09/2010
corrigido por Jair Bezerra



Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.

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