sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

O Escárnio da Vida Sem Deus – Meditações Diárias 2014 – 22 de janeiro

Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, pois naquela se vê o fim de todos os homens; e os vivos que o tomem em consideração. O coração dos sábios está na casa do luto, mas o dos insensatos, na casa da alegria. Eclesiastes 7:2, 4

O livro de Eclesiastes é incluído na categoria da literatura bíblica de sabedoria. No hebraico, seu título significa “Palavras do Pregador”. O título em português é derivado do grego. Curiosamente o termo “eclesiastes” vem da mesma raiz da palavra para “igreja”, em referência àquele que fala a uma assembleia, um pregador. Eclesiastes representa uma visão realista, quase cruel da vida.


Francis Schaeffer, apologista cristão contemporâneo, observou que, se tivesse uma hora para falar a alguém sobre Cristo, ele falaria os primeiros 45 minutos sobre a ausência de significado da vida sem Deus. Essa é precisamente a abordagem de Eclesiastes. O livro pergunta de várias formas sobre qual é o propósito da existência humana. O que dá significado à vida? Se no fim todos morrem, qual a diferença entre justiça e impiedade? A seriedade com que esse tópico é tratado torna o livro de Eclesiastes relevante e atual. Não é por acaso que a expressão “debaixo do sol” aparece 29 vezes, indicando que afinal não existe qualquer esperança para o homem “debaixo do sol”. Nossas lutas, sonhos, trabalhos, realizações, relacionamentos e ambições são apenas exercícios de futilidade. Com a morte, aparentemente, tudo perde o significado. É tudo uma questão de tempo. Com uma agravante: a vida na Terra tem curtíssima duração.


Para nos despertar da alienação patológica, Salomão coloca valor precisamente nas coisas que tentamos evitar. O que o sábio afirma no texto de hoje é contrário ao pensamento comum. Nós gostamos de festas, risos, banquetes e carnaval porque essas coisas nos ajudam a escapar da realidade. Por que a casa do funeral é melhor? Porque ali somos forçados a refletir, o que de outra forma não faríamos.


Salomão está levando em consideração a vida como um todo. Isso não significa ser pessimista ou eliminar a alegria da vida, mas descobrir onde a verdadeira alegria e felicidade são encontradas em base permanente. Ao dizer que “debaixo do sol tudo é vaidade”, o sábio está nos relembrando de que a verdadeira satisfação é experimentada apenas nAquele que está acima do sol.

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