No princípio, criou Deus os Céus e a Terra. Gênesis 1:1
É interessante que a Bíblia, o texto definitivo dos cristãos, nunca discute a existência de Deus nem busca apresentar provas da criação. As Escrituras apenas afirmam essas verdades. Em seu primeiro verso, “no princípio criou Deus os Céus e a Terra”, encontramos respostas para questões fundamentais: (1) Quando? “No princípio.” Isso sugere que o Universo ou a matéria não são eternos; a história não é circular. (2) Quem? “Deus”, não o acaso, conforme sugerem várias teorias hoje disponíveis no mercado.
(3) Como? “Criou”, ou seja, pelo método da criação. Não pela evolução nem pelo Big Bang ou algo semelhante. O verbo hebraico utilizado aqui para “criar” tem apenas Deus como sujeito. Significa criação do nada, por Sua palavra. (4) O quê? “Os Céus e a Terra.” A criação mencionada no Gênesis tem que ver com nosso sistema, não com o Universo como um todo.
Há, contudo, algo de sinistro no fato de que precisamente o livro da Bíblia designado a prover respostas para as questões humanas mais básicas (origem, propósito e destino) é exatamente aquele cuja credibilidade tem sido mais ferozmente atacada. Sem o Gênesis, entretanto, toda a Bíblia se torna completamente sem sentido. Não podemos, é claro, explicar a criação em termos científicos. Mas a teoria da evolução também não é ciência. É apenas uma “filosofia científica” que exige muita fé.
O que encontramos nas Escrituras são verdades reveladas inacessíveis à razão humana desajudada e inalcançáveis por seus métodos de pesquisa. A criação, como a encarnação de Jesus, a ressurreição, a ascensão e o segundo advento são objetos da revelação. Tendo por séculos resistido aos mais intensos ataques, a Bíblia continua afirmando sua mensagem fundamental: “No princípio criou Deus.” Ela pinta o quadro de um extraordinário paraíso, perdido por causa do pecado. Além de qualquer dúvida, as Escrituras esclarecem o caminho que este planeta tomou, e quanto custou esse desvio.
Então, com uma imensa seta indicadora, a Palavra de Deus aponta para o Calvário e a cruz em que Jesus morreu para corrigir a queda. Finalmente, nas mais vivas tonalidades, as Escrituras descrevem a restauração, quando se estabelecem o “novo Céu e a nova Terra”, onde viverão os santos do Altíssimo. E, o melhor, as mais gloriosas boas-novas do Universo registradas na Bíblia afirmam que quem quiser pode fazer parte dessa realidade renovada.