sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

A Prova do Perfil – Meditações Diárias 2014 – 12 de janeiro

Estando já manifestos como carta de Cristo, […] escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações. 2 Coríntios 3:3

Oito enfermeiras foram assassinadas em Chicago, faz algum tempo, no apartamento onde viviam. A única sobrevivente, agitada, descreveu as características do assassino ao desenhista da polícia. Escondida debaixo de uma cama, ela pôde observar detalhes do agressor. O “retrato falado” foi espalhado pela cidade, entre policiais, nos hospitais, terminais do metrô e aeroporto.


Não demorou muito, um médico que atendia em um pronto-socorro ligou para os detetives, dizendo que estava tratando de um sujeito que se parecia com o homem do desenho. Assim, Richard Speck foi preso e, posteriormente, condenado. Hoje, centenas de desenhistas forenses, com a ajuda de computadores, trabalham em centrais de polícia em todo o mundo. São cada vez mais utilizados como poderosos aliados da lei, compondo perfis que facilitam a identificação de pessoas procuradas.


Retratos falados normalmente descrevem a fisionomia de criminosos. O Novo Testamento também apresenta um “retrato falado”. Porém, ele não descreve o perfil de procurados pela polícia. Pelo contrário, fornece características, linhas e contornos que identificam os discípulos de Jesus. Os cristãos são marcados por fé e conversão, reúnem-se na igreja, são dirigidos pelo Espírito Santo e permanecem em Cristo (At 11:21-29); agem como luz e sal (Mt 5:13-16); manifestam na vida o fruto do Espírito, que se desdobra em alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gl 5:22, 23). A mais importante característica deles, segundo Jesus, é o amor: “Nisto, conhecerão todos que sois Meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13:35). Essa é a essência do caráter cristão, que Deus espera ver reproduzido na igreja.


Muitos gostam de insistir em insignificantes atos do desempenho humano como se esses fossem os traços mais importantes do perfil cristão. A dieta alimentar é um bom exemplo. Embora recomendável em si, não é o centro do ensinamento bíblico. Não é por acaso que Ellen White observa: “Muitos que se chamam cristãos são meros moralistas humanos” (Parábolas de Jesus, p. 315). Para ela, a “última mensagem de graça a ser dada ao mundo é uma revelação do caráter do amor divino” (ibid., p. 415). Ser moralista é infinitamente mais fácil do que seguir a Cristo de fato.

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