Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Quarto Trimestre de 2010
Tema geral do trimestre: Figuras dos Bastidores
Estudo nº 04 – Jônatas: Nascido para a Grandeza
Semana de 16 a 23 de outubro
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
Verso para memorizar: “Disse... Jônatas ao seu escudeiro: Vem, passemos à guarnição destes incircuncisos; porventura, o Senhor nos ajudará nisto, porque para o Senhor nenhum impedimento há de livrar com muitos ou com poucos” (1 Sam. 14:6).
Introdução de sábado à tarde
Nessa semana estudamos sobre Jônatas, o primogênito do rei Saul; portanto, seria o futuro rei em Israel. De fato, como a lição discute, ele tinha as condições para ser orgulhoso e soberbo. Mas foi o contrário, tão humilde que se tornou amigo íntimo do futuro rei escolhido por DEUS, para reinar em seu lugar. O pai dele, Saul, perseguia Davi por esse e outros motivos, mas o herdeiro natural do trono era o seu mais fiel amigo. Por certo, temos muito a aprender de Jônatas, o filho do desastrado primeiro rei de Israel.
Iremos aprender sobre grandeza. Há a grandeza segundo o mundo e a segundo DEUS. São conceitos diferentes. No mundo, grandeza era vista como uma deferência especial, em forma de homenagem, a que se destacasse em serviços ao rei. Este concedia títulos honoríficos. Eram os títulos de nobreza. A seguir temos uma relação desses títulos, mas eles variavam muito de um país para outro, ou em épocas diferentes. Eram disputadíssimos. Fazia grande diferença na sociedade ter algum desses títulos, que só o rei podia conceder.
Imperador (Kaiser, Csar); Rei; Regente; Príncipe monarca; Príncipe imperial; Príncipe-real; Grão-príncipe; Príncipe; Infante; Arquiduque; Grão-duque; Duque; Conde-duque; Marquês; Conde; Conde-barão; Visconde; Barão; Comendador; Senhor; Baronete; Cavaleiro e Chevalier; Escudeiro. (Fonte: Wikipédia)
Jônatas podia escolher entre ser grande conforme o mundo quer ver, ou grande conforme DEUS quer ver. Ele escolheu a segunda via, a mais alta e melhor. Só o futuro o recompensaria.
- Primeiro dia: O elevado ofício da amizade
Jônatas e Davi tornaram-se amigos a tal ponto que, mesmo separados, não se distanciavam sentimentalmente. Mesmo sendo Davi visto como rival ao trono, e Jônatas sabia disso, a amizade em nada era afetada. Foi talvez uma das amizades mais sublimes da história da humanidade. Se Davi, sendo rei, Jônatas ainda estivesse vivo, certamente o filho do rei anterior seria o segundo no reino. Jônatas morreu em batalha para evitar que a amizade entre os dois criasse outro problema. Muitos não queriam Davi no trono, e mesmo sendo Jônatas amigo do rei Davi, fariam alguma revolução para tornar rei o filho de Saul. Por amor da amizade Jônatas morreu.
Amizade deriva do latim amicus, ou, amigo, que vem de amore, ou seja, amar. Envolve uma relação de afetividade que independe de envolvimento romântico ou sexual, mas inclui conhecimento entre as partes e comprometimento mútuo. Portanto, a empatia (conhecimento do outro a ponto de conseguir sentir como o outro sente) é um pressuposto da amizade. Isso significa lealdade e prontidão para socorrer o amigo, sejam quais forem as condições. Amigos estão sempre dispostos para fazer tudo pelos outros, seus amigos, não importa o que seja. Amigos querem o bem entre si, e buscam a felicidade um do outro. Quando os servos de DEUS forem todos amigos, então estarão tão unidos que DEUS derramará sobre eles o poder do ESPÍRITO SANTO, e em pouco tempo concluirão a obra do Alto Clamor.
Veja só a amizade entre Davi e Jônatas. Se Saul tivesse sido um bom rei, seu filho Jônatas seria seu herdeiro no trono. E Davi, certamente seria o segundo no reino de Israel. Mas como Saul não foi um bom rei, DEUS escolheu Davi, o melhor amigo do futuro rei. E a amizade era recíproca. Agora, a tendência seria inversa: Jônatas ser o segundo no reino de Davi. Como isso traria problemas políticos e violência entre o povo, o melhor amigo de Davi teve que perder a vida para que este fosse rei, como DEUS havia decidido.
- Segunda: Uma grande vitória
Quando com Saul restavam ainda apenas 600 soldados e entre os filisteus eram milhares, estes muito melhor armados, quando os soldados de Israel estavam desmobilizados, a maioria escondidos em cavernas, tremendo de medo, quando tudo parecia perdido, Jônatas, entregou-se a DEUS. Ele fez um plano. Iriam ao inimigo em nome de DEUS, humildemente diante dEle. Era um plano digno de um rei; coragem e fé em DEUS dignos de um rei. Subiriam por um penhasco. Se os filisteus demonstrassem que desceriam até eles, para lutar, então era sinal que não deveriam enfrentá-los, e se retirariam. Mas, se os filisteus não descessem, porém, os desafiassem a subir até eles, então era sinal de DEUS, que haveria derrota dos filisteus. Essa seria uma derrota por meio de poucos, eles dois, e mais tarde, os outros 600 homens de Saul, e ainda os que estavam escondidos. Mas Jônatas cria no poder de DEUS que lhes daria a vitória por duas pessoas: ele e seu escudeiro (ou pagem de armas). Importante é lembrar que o escudeiro não só era fiel a Jônatas, um homem escolhido a dedo, como era temente a DEUS. Não fosse assim, Jônatas não poderia ser bem sucedido. Mas também é importante lembrar que, ao natural, a tendência dos filisteus, ao avistarem apenas dois israelitas, sem perda de tempo viessem e atacassem primeiro, e não que os convidassem para subir. Portanto, acontecendo o menos provável, esse seria, sem dúvida, para quem tem fé, um sinal de DEUS. E sendo assim, era evidente para Jônatas que DEUS estava com eles. E se DEUS estava com eles, a vitória seria certa, com muitos ou com poucos. Esse era um plano inteligente, um plano que dava oportunidade a DEUS para agir.
Então, lá foram eles, em direção dos filisteus. Iriam atacar uma guarnição de uns 20 soldados. Era uma sentinela avançada, para servir de alerta quanto aos movimentos do exército de Israel. Ao se aproximarem da guarnição os inimigos zombaram, dizendo que subissem. Ridicularizavam deles, como que mais uns fugindo das tocas e buracos. Por certo imaginavam serem dois soldados perdidos. Eles não esperavam que seriam atacados. Viam neles soldados em fuga, portanto, nem se preocuparam em atacá-los. Bem poderiam, lá de cima, enquanto os dois subiam de gatinhas, de modo dificultoso, atirarem umas pedras neles e matá-los. Mas não, os esperaram até que chegassem em cima. Bem, talvez imaginassem serem desertores, como havia outros, e não poucos. Fato é que Jônatas e seu escudeiro subiram sem problemas, exceto o relevo íngreme.
Chegando em cima, Jônatas tirou a espada e atacou o filisteu mais próximo, e o derrubou. Outros vieram ao encontro, e o que escapava de Jônatas, seu escudeiro derrubava. Não se passou muito tempo, e a guarnição toda foi desbaratada. “Anjos celestiais escudavam a Jônatas e seu auxiliar, anjos combatiam ao seu lado, e os filisteus caíam diante deles” (Patriarcas e Profetas, 623).
De alguma forma o exército dos filisteus soube da derrota, e se alvoroçou todo. Disseminou-se, pelo poder de DEUS, um terror entre eles e se confundiram, lutando uns contra os outros. E a terra tremia; eram terremotos. As rochas que defendiam os filisteus caíam e abria-se caminho para os israelitas. A estes era só ir em direção do inimigo e lutar contra ele, mas na verdade, mais era assistir o que DEUS estava fazendo e completar o serviço.
Saul, todo atrapalhado, em curiosidade infantil, em vez de atacar logo, queria saber quem estava faltando. Sabendo ser seu filho, e vendo melhor que agora os filisteus estavam fragilizados e sem comando, resolveu mandar buscar a arca. Finalmente teve bom senso, e resolveu o que já deveria ter feito antes: atacar. E foi uma derrota estrondosa dos filisteus. Mas Saul ainda tomaria mais uma decisão absurda: proibiu a seus soldados qualquer alimento, até à noite. Esse homem estava sem sabedoria do alto, e errava muito. Seus soldados chegaram à exaustão, e quando puderam comer, estavam tão famintos que comeram carne crua, com sangue e tudo. E quase que o próprio Saul matou seu filho, por este ter comido, sem saber da proibição, um pouco de mel, que lhe fez bem às forças físicas.
Enfim, pela fé de dois homens, mesmo com muita trapalhada de Saul, venceram. “Estes dois jovens deram mostras de que estavam agindo sob a influência e mando de um General mais que humano. Aparentemente, sua aventura foi temerária, e contrária às regras militares. Mas o ato de Jônatas não foi praticado por precipitação humana. Ele não confiava no que ele e seu pajem de armas por si mesmos poderiam fazer; foi o instrumento que Deus empregou em favor de Seu povo Israel” (Vidas que falam, MM, 1971, 152).
- Terça: Relação pai-filho
Jônatas tinha em Davi seu melhor amigo, e assim Davi em Jônatas. No entanto, Saul, pai de Jônatas, queria matar Davi. E agora, do lado de quem Jônatas ficaria: de Davi ou de seu pai? Se ficasse ao lado de Davi, teria que voltar-se contra o pai; se ficasse ao lado do pai, teria que trair a amizade de Davi.
Mas no verdadeiro cristianismo há solução para dilemas complexos como este. Jônatas permaneceu sendo o melhor amigo de Davi, e ainda assim, honrou seu pai, e foi fiel a ele. Um fato foi demonstrado na ocasião em que havia guerra entre os israelitas e os filisteus. Já estudamos isso, foi ontem. Saul, um rei atrapalhado e não sábio, e prepotente, dera uma ordem (e ordem de rei é lei) de que ninguém comesse até o final da tarde. Deu essa ordem em meio a uma guerra, isto é, proclamou um jejum quando todos estavam correndo para todos os lados e lutando, em intensa atividade física. Ora, um rei dar uma ordem dessas, em si, demonstra sua incapacidade de ser rei. Totalmente incoerente com a situação, e contraproducente. Os soldados, gastando muita energia, precisavam alimentar-se para continuar na luta, ainda mais em tempos que se lutava a pé, e carregando armas, e usando-as.
Jônatas, não sabendo da ordem, comeu mel. E Saul, agora viu-se na contingência de matar seu filho, aquele, exatamente aquele que fora o responsável pela grande vitória sobre o povo inimigo. Os soldados o impediram, e Saul, sem moral nem credibilidade, viu-se em outra contingência, de ter que obedecer a seus soldados. Saul tinha enorme porte físico, mas intelectualmente, era apenas um “reizinho”. Cometia muitos erros, e isso por falta de comunhão com DEUS. Ele agia por conta própria. A sua palavra não era mais palavra de rei, não valia mais como lei! O herói era Jônatas, não o rei seu pai, que por falta de sabedoria, havia criado uma situação para matar o herói.
Nesse momento, era de se esperar que Jônatas tomasse o poder do pai. Ele que era o vitorioso, e os soldados agiriam em seu favor. Era de Jônatas ter mandado prender o pai, encarcerá-lo (para não matá-lo) e tornar-se o rei. Assim poderia tentar evitar o trono ir para Davi, ao menos no pensamento humano. Mas Jônatas não fez nada disso. Ao contrário, posicionou-se para ser morto. Só não foi morto porque os soldados o impediram, e a palavra de rei caiu diante dos soldados. Essa foi mais uma derrota do rei, mas não diante de um filho prepotente, e sim, diante de um filho fiel ao pai e ao rei, assim como Davi.
Jônatas e Davi influenciavam-se mutuamente. Davi era fiel ao rei, seu inimigo, assim como Jônatas, que além de súdito, era também filho do rei. Por isso, em certa ocasião, Jônatas intercedeu junto ao rei seu pai, para que não atentasse contra a vida de Davi. O pai atendeu por uns tempos. Mas depois, quando a situação do pai piorou, quando Saul estava determinado a matar Davi, foi Jônatas, arriscando a sua vida mais uma vez, que planejou a fuga de Davi, seu amigo, para que este não fosse morto, e que no futuro fosse o rei.
Que história a de Jônatas e Davi!!! É bom lê-la na Bíblia. Em nossos dias precisamos de pessoas com esse tipo de caráter: fidelidade a DEUS para ser fiel a todos, e ter a capacidade de ser amigo até dos inimigos. Jônatas foi um grande homem. Por certo está salvo para a vida eterna. A mim, será grande prazer falar com ele. Certamente isso será impossível sem que Davi esteja por perto, e bem perto...
- Quarta: Tomando o segundo lugar
Uma das primeiras coisas que se tornaram efeito do pecado foi culpar algum outro pelo que foi feito de errado, ou deixado de fazer, ou que aconteceu. Adão culpou a mulher e DEUS pelo pecado, a mulher culpou a serpente. Isso aconteceu no primeiro dia de pecado. Hoje, os políticos são especialistas em culpar outros pelos insucessos, e também especialistas em se promoverem pelos sucessos, mesmo que outros forem os verdadeiros responsáveis pelo êxito. É notório que, quanto mais para o final da história, mais esse fenômeno típico do pecado, de culpar outros, se intensifica. Bem no final serão os guardadores do sábado responsabilizados pelas catástrofes, pela quebra da economia nacional e global. Trata-se de uma epidemia global culpar os outros.
Mas Jônatas não agiu assim. É evidente que ele não foi rei por culpa de seu pai. Quanto a isso não há dúvida. Mas em tempo algum Jônatas culpou a seu pai de ter perdido o reino, por causa das atitudes dele. Pelo contrário, Jônatas foi fiel a seu pai. Jônatas não teve o pai que queria, mas Saul teve o filho que todo pai desejaria ter. Ele honrou a seu pai, assim como está no mandamento.
Jônatas era um homem humilde. E humildade nada tem a ver com, necessariamente, ser uma pessoa incapaz, ou sem valor. Quem mais humilde que JESUS e, no entanto, Ele foi o maior de todos os seres humanos nesse planeta. Jônatas foi tão humilde que, certa vez, disse assim a Davi: “...tu reinarás sobre Israel, e eu serei contigo o segundo...” (I Sam. 23:17). Um grande líder, um exemplar empreendedor, um soldado corajoso, capaz de enfrentar milhares de inimigos com apenas mais um escudeiro, um fiel servo de DEUS, que esteve com ele naquela corajosa luta contra os filisteus. Foi, ao mesmo tempo, um filho exemplar a seu pai e um amigo inseparável a Davi, e um adorador fiel a DEUS.
Atenção: naqueles casos em que o pai, ou a mãe, por sabe-se lá que motivos, não foram bons como deveriam ser aos filhos, então, esses filhos, que se dediquem a DEUS, aprendam dEle, e sejam bons exemplos a seus pais. Nesses casos, honrá-los é fazer o possível para que eles se tornem, se der tempo, bons pais. Às vezes são os filhos que devem servir de referencial aos pais, e quando isso acontece DEUS estará agindo. Mesmo que alguns pais, como Saul, não aprendam nada nem mesmo dos filhos. No entanto, aquele filho que viver assim, terá feito a sua parte. Apesar do que foi o pai ou a mãe, terá sido um filho exemplar. Nunca esqueçamos que também somos filhos de DEUS, e não dá para ser bom filho de DEUS não sendo também alguém que honra o pai e a mãe.
- Quinta: Quando a vida não é justa
Numa ocasião, DEUS deu vitória a Israel, por meio de poucos - na verdade, por meio de dois: Jônatas e seu escudeiro. Noutra ocasião, os milhares de Israel lutavam contra os filisteus, e num só dia foram mortos, Saul, Jônatas e mais os outros dois filhos do rei. Na primeira ocasião, “por causa do pecado de Saul em sua oferta presunçosa, o Senhor não lhe daria a honra de vencer aos filisteus. Jônatas, o filho do rei, homem que temia o Senhor, foi escolhido como instrumento para libertar Israel”. “Anjos celestiais protegiam a Jônatas e seu auxiliar, anjos combatiam ao seu lado, e os filisteus caíam diante deles” (Patriarcas e profetas, 623). O que houve aqui que, tudo ocorreu de modo diferente da outra ocasião? Não sabemos. Mas sabemos que Jônatas tem seu nome escrito no livro dos salvos. Assim como com João Batista, como com Jó, como com JESUS, nesse mundo não se espere justiça. Ao longo da história milhares de bons servos de DEUS tombaram, mortos, depois de muito sofrimento. Eles foram fiéis a DEUS, mas colheram sofrimento e vida difícil. Às vezes, DEUS protege seus filhos nessa vida aqui, mas nem sempre. No entanto, Ele sempre protege seus filhos da morte eterna, a não ser que nós mesmos não a queiramos. Portanto, se a vida para nós for difícil aqui, que por esse motivo, não percamos a vida eterna, que será boa para sempre. Leia, por favor, o relato da amizade entre Jônatas e Davi, nesse trecho de EGW.
“Jônatas e Davi!
Como caíram os valentes no meio da peleja! Jônatas nos teus altos foi ferido! Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; quão amabilíssimo me eras! Mais maravilhoso me era o teu amor do que o amor das mulheres. II Sam. 1:25 e 26.
A amizade de Jônatas por Davi era também da providência de Deus, a fim de preservar a vida do futuro governante de Israel. ...
Naquela ocasião, em que havia tão poucos pontos claros no caminho de Davi, ele se regozijou ao receber a visita inesperada de Jônatas, que soubera do lugar de seu refúgio. Preciosos foram os momentos que estes dois amigos passaram na companhia um do outro. Relataram suas variadas experiências, e Jônatas fortaleceu o coração de Davi, dizendo: "Não temas, que não te achará a mão de Saul, meu pai; porém tu reinarás sobre Israel, e eu serei contigo o segundo; o que também Saul, meu pai, bem sabe." Conversando eles acerca do trato maravilhoso de Deus para com Davi, o aflito fugitivo ficou grandemente encorajado. "E ambos fizeram aliança perante o Senhor; Davi ficou no bosque, e Jônatas voltou para a sua casa." I Sam. 23:17 e 18.
Depois da visita de Jônatas, Davi animou a sua alma com cânticos de louvor, acompanhando a sua voz com a harpa. Patriarcas e Profetas, p. 649 e 660.
Jônatas - por nascimento herdeiro do trono e não obstante ciente de que fora posto de lado pelo decreto divino; o mais terno e fiel amigo de seu rival Davi, cuja vida ele protegia com perigo da sua própria; firme ao lado do pai através dos tenebrosos dias de seu poder em declínio, e a seu lado tombando ele mesmo finalmente - acha-se o seu nome guardado como tesouro nos Céus, e na Terra permanece como um testemunho da existência e do poder do amor abnegado. Educação, p. 157.
Unidos com Cristo, estamos unidos aos nossos semelhantes pelos áureos elos da cadeia do amor. Parábolas de Jesus, p. 384 e 385” (Minha consagração hoje, MM, 1989 e 1953, p. 210).
"E que mais direi? Faltar-me-ia o tempo contando de Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de Jefté, ... e de Samuel, e dos profetas, os quais, pela fé, venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fugida os exércitos dos estranhos.
"As mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição; e outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões. Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos a fio de espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra.
"E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa, provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados." Heb. 11:32-40.
- Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Há uma expressão que diz: “por trás dos bastidores”. São pessoas muitas vezes desconhecidas, que agem em atividades importantes, mas que quase ninguém valoriza. Porém, sem esse trabalho, o principal não se realizaria. Por exemplo, quando o Pr. Mark Finley esteve pregando no Brasil, no ano passado, muitas pessoas, centenas, trabalharam intensamente para que o evento obtivesse sucesso, para que o pastor pudesse falar ao Brasil todo.
Assim foi também para que Davi chegasse ao trono. O papel principal para que Davi se tornasse rei foi o de seu amigo Jônatas. Ele salvou a vida de Davi várias vezes. Ele planejou a fuga de Davi para que seu próprio pai não o matasse. À distância, ele monitorava as ações de seu pai, para que Davi não fosse morto. Isso tudo, sabendo Jônatas, que pela tradição, ele mesmo deveria ser o rei. Mas Jônatas sabia que DEUS o havia deixado de lado; era da vontade de DEUS que Davi fosse o rei.
Mas porque deveria ser assim? Jonatas não era digno de ser rei? Pelo visto sim. Afinal, Jônatas era ou não diferente de seu pai? Sem dúvida, era sim. DEUS não mostrou que estava com ele naquela corajosa aventura contra os filisteus com seu escudeiro? Estava! Por que, afinal, DEUS trocou Jônatas por Davi, sendo tanto um como o outro homens fiéis a Ele? Um como o outro tinha as qualificações e poderia ser rei.
Infelizmente, a questão não era entre Jônatas e Davi, e sim, entre Saul e Davi. O rei que deveria ser o pai de todos os reis, deveria ser digno disso. Embora Jônatas certamente pudesse ser um bom rei, ele viria de uma linhagem que começou espiritualmente em fracasso: a linhagem que se iniciaria em Saul não era digna. Não podemos nos esquecer que, no futuro, dessa linhagem, viria o verdadeiro rei de Israel, JESUS CRISTO. Hoje se pode dizer, JESUS, Filho de Davi. Mas, como seria a imagem de JESUS, se tivéssemos que dizer: JESUS, Filho de Saul? Esse era o problema, Saul não era digno de ser o progenitor de uma linhagem real.
Jônatas compreendeu isso. Ele sabia que por causa de seu pai, ele não poderia herdar o trono. Ele, homem humilde, então passou a envidar todos os esforços para que a vontade de DEUS se realizasse.
E tem mais uma coisinha. Se Jônatas trabalhasse contra Davi, ele seria rei assim mesmo, pois DEUS já o havia decidido. Mas como é bom colaborar com aquilo que já está decidido por DEUS. Veja só que lição: o que fizermos ou deixarmos de fazer, não vai mudar os planos de DEUS, mas, se o que estivermos fazendo favorece esses planos, então, é para nós grande privilégio estarmos do lado certo. Assim foi que Jônatas trabalhou. E ele queria continuar trabalhando mesmo depois de Davi ser rei. O plano altruísta de Jônatas era ajudar Davi a reinar, sendo ele o segundo em seu reino. Que amizade incrível. Não puderam reinar juntos, mas, no milênio, assim o farão! E nós também.
Esse é o legítimo homem competente, de muita fé, e também humilde. Aliás, você conhece alguém, personagem bíblico ou de nossos dias, que tenha fé mas que não seja humilde? Não existe. Jônatas foi um tipo de João Batista; esse também trabalhou para que JESUS fizesse o Seu trabalho, que se tornasse o Salvador, e o Rei em Israel. Homens e mulheres, humildes, realizam grandes atividades, e na maioria dos casos, não são valorizados, mas os efeitos desses trabalhos beneficiam a muitos. Assim também nós podemos realizar grande trabalho, em fidelidade e humildade, tendo como resultado, a vida eterna de muita gente.
escrito entre: 08 a 14/09/2010
revisado em 15/09/2010
corrigido por Jair Bezerra
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.