terça-feira, 6 de março de 2012

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 10 - 1º Trim. 2012


Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Primeiro Trimestre de 2012
Tema geral do trimestre: Vislumbres do nosso DEUS
Estudo nº 10 – Promessa de oração
Semana de   25 de fevereiro a 03 de março
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí - RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar:À tarde, pela manhã e ao meio-dia, farei as minhas queixas e lamentarei; e Ele ouvirá a minha voz” (Sal. 55:17).

Introdução de sábado à tarde
Quanto mais a humanidade se desenvolve cientificamente, mais acentua o desejo de um falar com o outro. Tempos atrás, as pessoas faziam longos trajetos para falar-se, ou enviavam cartas. Depois inventaram o telefone, e aumentou muito a capacidade do ser humano trocar idéias, ou simplesmente falar. Então veio o e-mail e o celular. Pelo primeiro pode-se enviar mensagens rápidas a qualquer lugar do mundo, e pelo segundo, falar instantaneamente com uma pessoa, quase não importa onde ela esteja. Vieram ainda os sites de relacionamento, onde as pessoas postam informações, vídeos e fotos, para que outras possam acessar. Um dos esforços científicos que estão dando certo, que fazem sucesso, tem a ver com a comunicação entre os seres humanos. Dão certo e fazem sucesso porque tem a ver com relacionamento.
De todos os inventos recentes, talvez o celular seja o mais adequado para se comparar com a oração. No tempo do Jardim do Éden, Adão e Eva podiam falar com DEUS a qualquer momento. Era só desejar. Embora sendo assim, no momento de maior necessidade, nem Eva nem Adão tiveram a idéia de se comunicar com DEUS. Nós costumamos fazer o mesmo, quando mais necessitamos de socorro é geralmente também quando não oramos. Por certo a comunicação entre Adão e Eva era mais fácil do que nós nos comunicarmos hoje pelo celular. É óbvio que devia ser mais fácil. Por certo eles podiam ouvir DEUS ou vê-lo pessoalmente. Afinal, DEUS tem a incrível capacidade de estar em todos os lugares, ao mesmo tempo.
Depois do pecado, e ao longo da degeneração, a comunicação com DEUS, que é puro, foi tendo dificuldades. Como um ser humano, pecador, que tem maus pensamentos, pode falar normalmente com DEUS, ouvi-Lo e vê-Lo? A condição de pecador nos coloca em um estado que nos incapacita de estar na presença da pureza da luz do Criador. É algo parecido como um criminoso estar diante de um juiz, ou um traficante que arruinou a vida de uma família estar diante do pai ou da mãe dos filhos que ele fez morrer. Ou ainda, como ficam os marginais e maus elementos quando aparece a reportagem com uma filmadora. Eles escondem o rosto. Quanto mais ainda, um pecador diante do DEUS santo e puro. O contraste é insuportável ao pecador.
A comunicação entre a criatura impura e DEUS santo também foi tremendamente afetada. Em nossos dias DEUS fala conosco geralmente apenas pela iluminação da mente, por meio do ESPÍRITO SANTO. Não ouvimos nenhuma voz, mas os pensamentos podem formar-se por influência divina. Ou então, DEUS fala por meio de profetas, o que nesses últimos séculos tem sido raríssimo. Ellen G. White foi a última profetiza. No entanto, no tempo do Alto Clamor, todos os servos de DEUS serão profetas.
Então nos restou a oração, uma forma de comunicação com DEUS ao alcance de todos. A oração não é só falar com DEUS. É bem mais que isso. É a forma mais intensa de comunhão com DEUS. Comunhão quer dizer, estar com Ele, e sentir Sua influência pela proximidade. Comunhão talvez possa ser melhor traduzida por convívio, viver juntos, trocar idéias, aprender com DEUS e tornar-se mais parecido com Ele no caráter.
É por essa comunhão que nossa vida vai mudando. Não mudamos porque nos esforçamos, mas porque nos mantemos próximos a DEUS. Aquilo que parece impossível mudar na vida, se mantivermos comunhão, se torna tão fácil que concluímos: não fomos nós que operamos a mudança, foi DEUS. Sei que é porque DEUS já operou tantas mudanças em minha vida que perdi a conta quantas foram, e ainda falta muita coisa a mudar. Dou um exemplo. Tinha o costume de ser durão com os alunos. Hoje sou por demais compreensível e tento sempre resolver os problemas deles de modo a favorecê-los. DEUS vai moldando a nossa vida, transformando-a, e a velocidade disso depende da intensidade da comunhão que mantemos com Ele.


  1. Primeiro dia: O poder da oração
Não conseguimos entender bem a oração. O que muda quando oramos por outra pessoa? DEUS agiria diferente se não orássemos por essa outra pessoa? Difícil responder. Mas de uma coisa temos certeza, a oração é comunhão com DEUS, é estar junto com Ele, falando com Ele. Não é só estar junto, é comunicar-se com Ele. Estar junto é uma situação, falar com Ele, é comunhão, é dizer algo a Ele e é saber d’Ele algo mais. Por certo a oração muda os fatos, é biblicamente evidente. Grandes fatos tiveram sua tendência alterada por meio da oração, e seria tudo diferente se alguém não orasse. Quer um exemplo? Veja o caso da oração de Ezequias, rei de Judá, quando se viu cercado pelo exército da Assíria. Isso está relatado em 2 Reis:19:14 a 19. E o resultado da oração, segue nos versos seguintes. Na noite saiu o anjo do Senhor, e feriu 185.000 soldados da Assíria, os restantes fugiram e voltaram para casa. Assim é fácil ser rei, não é mesmo? Assim é fácil ser cristão, ter um DEUS tão poderoso ao lado. Basta ter fé.
Vou dar um testemunho da oração, aqui em nossa casa. O pai estava para ser operado para fazer pontes de safena no coração. Era para ir a Porto Alegre em determinada data. De minha parte não queria que o abrissem no peito, serrassem o osso externo, etc. Então orei para que ele ficasse bom sem a operação, mas não sabia como deveria ser isto. Depois de um tempo, entendi que estava pedindo demais, e deixei de fazer esse pedido, mas DEUS achou por bem, por alguma razão que desconheço, em atender a esse pedido. A data marcada foi cancelada, e ficamos preocupados. Duas semanas depois ele foi levado a Porto Alegre. Quando ele estava esperando para ser preparado para a cirurgia, teve o terceiro ataque cardíaco, muito forte. Por providência divina certamente, como cremos, estavam naquele hospital três pesquisadores americanos, em intercâmbio universitário, e eles foram chamados para atender meu pai. Fizeram um procedimento diferente e ele não foi operado. Sabem o que aconteceu? Mais tarde entendemos. Eles colocaram um stend no coração, que em algum tempo entupiu todo, e perdeu sua função. Porém, nesse meio tempo, dizem os médicos, formou-se uma circulação colateral, um novo canal de sangue que substituiu o entupido, novinho em folha (ou um canal menor que se tornou substituto). Agora o seu coração está bom, já a muitos anos, sem ter dado problema algum. Sei que DEUS atendeu essa oração. Qual a razão d’Ele ter atendido assim, isso não sei, mas minha fé em DEUS cresceu muito desde aquele fato. Contudo, isso não quer dizer que seja grande coisa em termos de espiritualidade. A humildade sempre deve preceder os pensamentos e atos dos cristãos.

  1. Segunda: JESUS, o Messias que orava
JESUS Se fez ser humano. Enquanto ao mesmo tempo era também DEUS, agia nos limites de um ser humano. Tudo o que Ele fez está ao alcance do ser humano. Ele foi grande e poderoso aqui na Terra, nós também podemos ser. A diferença entre os fracos e os poderosos está na oração, ou então, na comunhão com DEUS.
“O coração deve ser cuidadosamente conservado e guardado. "Pois que aproveita ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Ou que daria o homem pelo resgate da sua alma?" Mar. 8:36 e 37. Cristo deve habitar no coração pela fé. Sua palavra é o pão da vida e a água da salvação. O confiar em sua plenitude nos vem através da comunhão constante com Cristo. Ao comermos a carne e bebermos o sangue de Cristo, adquirimos energia espiritual. Cristo provê o sangue vital do coração, e Cristo e o Espírito Santo comunicam energia nervosa. Gerada de novo para uma viva esperança, imbuída do poder vivificante de uma nova natureza, acha-se a alma habilitada a elevar-se mais e mais alto. A oração de Paulo a Deus em favor dos efésios foi: "Para que, segundo as riquezas da Sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo Seu Espírito no homem interior; para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus." Efés. 3:16-19” (Conselhos sobre saúde, 593).
CRISTO orava ao Pai. Fazia orações rotineiras e orações especiais, quando precisava empenhar-se em alguma tarefa importante. Por exemplo, antes de escolher os doze apóstolos, orou por longo tempo. Entes de ir para a cruz, orou, ou melhor, clamou a DEUS, Seu Pai. Mas antes d’Ele ir ao Getsêmani, orou por Ele mesmo, pelos discípulos e por todos os que vierem a crer em Sua obra. Isso inclui nós. Essa a oração que mais me toca, está em João 17.
Se JESUS foi homem, vencedor segundo a lei, quanto mais podemos também nós sermos vencedores. Acontece que JESUS foi o primeiro vencedor. Agora a vitória já está garantida. A parte de JESUS foi conquistar a vitória, a nossa parte é apenas participar dela.

  1. Terça: A oração da fé
A oração é um ato de fé, diz o autor da lição. Uma pergunta: quem não crê em DEUS, ora? Quem não crê em DEUS não ora, confia em si mesmo, que vai resolver seus problemas.
Mas no limite, mesmo quem não crê, pode decidir orar. Sei de um caso, a pessoa mesmo me contou, de ter orado em uma situação inusitada de extrema necessidade. Viajava ela de automóvel, numa região de montanhas e serra, sem acostamento, e muitas curvas, precipício de um lado da estrada, montanha do outro e caia uma chuva muito forte. De um momento para outro, o limpador do para brisas parou. E agora? Não podia parar ali, e nem avançar. Ateu, disse assim: “se DEUS existe, então me ajuda agora.” E a chuva passou no mesmo instante.
De fato, a oração é um ato de fé. Essa pessoa precisava de ajuda, que ali, naquela situação, só poderia vir de DEUS. A pessoa orou. E DEUS respondeu. Agora ela poderia, daí em diante, crer em DEUS.
Cada vez que oramos, fortalecemos a nossa fé. Claro, depende de como oramos. Se for uma oração formal, rotineira, repetida, como a reza, nesse caso nada mais acontece senão apenas um palavreado sem muito sentido, de tanto que é repetido. Mas se a pessoa fala com DEUS como sendo Ele uma pessoa, conta a Ele a sua vida, seus temores, suas vitórias, enfim, fala normalmente, uma oração assim fortalece a fé.
Vamos a um caso extremo. Suponha uma pessoa que não creia em DEUS. Como esse personagem acima, que é um caso real. Se uma pessoa assim resolve orar para ver se DEUS existe mesmo, e ela quer buscar alguma evidência disso, DEUS há de responder, e ela poderá crer. Daí em diante, se continuar orando, fortalecerá sempre mais a fé.
Para quem procura a DEUS, pela primeira vez, e o faz com sinceridade, mas ainda não tem fé, sabemos que Ele responde. Ele responde para que a pessoa permita que nela se desenvolva a fé. Então, digamos, a pessoa vai aprendendo sobre DEUS, ouve sobre Ele, lê algo sobre Ele, e adquire algum conhecimento. De agora em diante, a pessoa não pode mais dizer: “eu não creio em DEUS”. Aí já é rebelião. Lúcifer, por exemplo, conhece muito bem a DEUS, mas não O aceita como seu Senhor. Ele crê em DEUS, mas não se entrega. Sabe que DEUS existe, mas não ora. Não quer saber de ter DEUS como seu referencial de vida, nem como protetor. Esse não pode ter fé. Porém, quando sentimos necessidade, e temos o desejo de pertencer a DEUS, Ele jamais nos rejeitará, porque Ele ama.
Então, qual é o grande problema que nos leva a ter pouca fé?
“Jesus é teu melhor Amigo. Vive por diária fé no Filho de Deus. Seja tua conduta de molde a ser aprovada por Deus. Então serás uma bênção para os outros. ... Não percas a singela fé e confiança de tua meninice. Quando doente, teu primeiro pedido era: "Papai e mamãe, orem para que o Senhor me cure e perdoe meus pecados." Quando se oferecia uma oração em teu favor, tu fazias tua oração simples, dando graças ao Senhor por haver ouvido e atendido, e dizias com perfeita fé e confiança: "Ficarei bom. O Senhor me abençoou." Dormias em perfeita paz, com a confiança de que santos anjos guardariam tua cama.
“Sê novamente uma criança. Lança todos os teus fardos e pesares sobre Aquele que é o único que pode dar descanso ao coração cansado e paz à alma turbada. Se queres aprender outra vez o precioso segredo de felicidade nesta vida e como podes alcançar a futura vida imortal, convence-te de que precisas ser novamente uma criança na confiança, na obediência, no amor. Se tão-somente cumprires teu dever corajosamente, porém com alegria, como ditoso filho de Deus, refletirás raios de luz sobre os outros” (Este dia com DEUS, MM, 1980, 308).
Talvez falta sermos como as crianças, que crêem, e confiam em seus pais, e em DEUS, e vivem nessa confiança.
Vamos refletir sobre a citação abaixo?
“A certeza que Ele nos dá é ampla, ilimitada; e fiel é Aquele que prometeu. Se não recebemos exatamente as coisas que pedimos e ao tempo desejado, devemos não obstante crer que o Senhor nos ouve, e que atenderá às nossas orações. Somos tão falíveis e curtos de vistas que às vezes pedimos coisas que não nos seriam uma bênção, e nosso Pai celestial amorosamente nos atende às orações dando-nos aquilo que é para o nosso maior bem - aquilo que nós mesmos desejaríamos se com vistas divinamente iluminada, pudéssemos ver todas as coisas tais como elas são na realidade. Quando nossas orações ficam aparentemente indeferidas, devemos apegar-nos à promessa; pois virá por certo a ocasião de serem atendidas, e receberemos a bênção de que mais carecemos. Mas pretender que a oração seja sempre atendida exatamente do modo e no sentido particular que desejamos, é presunção. Deus é muito sábio para errar, e bom demais para reter qualquer benefício dos que andam sinceramente. Não receeis, pois, confiar nEle, ainda que não vejais a resposta imediata às vossas orações. Apoiai-vos em Sua segura promessa: "Pedi, e dar-se-vos-á." Mat. 7:7” (Caminho a CRISTO, 96).
Essa outra pérola de Ellen G. White é uma orientação de como orar e também para nos reforçar a fé.
“A fé é um elemento essencial da oração perseverante. "É necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que O buscam." Heb. 11:6. "Se pedirmos alguma coisa segundo a Sua vontade, Ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que Lhe fazemos." I João 5:14 e 15. Com a perseverante fé de Jacó, com a inquebrantável persistência de Elias, podemos apresentar nossas petições ao Pai, reclamando tudo o que nos tem prometido. A honra de Seu trono está comprometida no cumprimento de Sua palavra” ( Profetas e reis, 95 e 96).

  1. Quarta: Porque não pedem
As orações mudam as atitudes de DEUS? Como Ele responde? Sempre tem resposta? Veja o que diz uma profetiza de DEUS.
“Bom é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação do Senhor. Lam. 3:26.
“Há nas Escrituras preciosas promessas para os que esperam no Senhor. Todos nós desejamos resposta imediata a nossas orações, e somos tentados a ficar desanimados se nossa oração não é atendida imediatamente. Ora, minha experiência me tem ensinado que isto é grande erro. A demora é para nosso especial benefício. Nossa fé tem ocasião de ser provada para ver se é verdadeira, sincera, ou instável como as ondas do mar. Cumpre-nos ligar-nos sobre o altar com as fortes cordas da fé e do amor, e permitir que a paciência tenha sua obra perfeita. A fé se robustece mediante contínuo exercício. Carta 37, 1892.
“Precisamos orar mais e com fé. É preciso não orarmos e depois nos afastarmos depressa, como atemorizados de receber uma resposta. Deus não nos escarnecerá. Responderá, se vigiarmos em oração, se crermos que recebemos as coisas que pedimos, e nos mantivermos crendo, e nunca perdermos a paciência em crer. Isto é vigiar em oração. Guardamos a oração da fé em expectação e esperança. Devemos curá-la com certeza e não sermos incrédulos, mas crentes. A fervente oração do justo jamais se perde. Talvez a resposta não venha segundo a esperávamos, mas virá, porque a palavra de Deus está empenhada. Carta 26, 1880.
“Precisamos de um calmo confiar em Deus. Esta necessidade é imperiosa. Não é o barulho e ruído que fazemos no mundo o que prova nossa utilidade. Vede quão silenciosamente Deus atua! ... Os que desejam trabalhar com Deus necessitam de Seu Espírito cada dia; necessitam andar e trabalhar com mansidão e humildade de espírito, sem procurar realizar coisas extraordinárias, satisfeitos de fazer o trabalho que lhes está em frente, e fazê-lo de maneira satisfatória. Talvez os homens não vejam ou apreciem seus esforços, mas os nomes desses fiéis filhos de Deus estão escritos no Céu entre Seus mais nobres obreiros, como espalhando Sua semente tendo em vista gloriosa colheita. Manuscrito 24, 1887.
“Esperai pelo Senhor, não em impaciente ansiedade. Mas com fé indômita e inabalável confiança” (Nossa alta vocação, MM, 1962, 132).
Muitas vezes não temos resposta porque não oramos. Ou, oramos bem pouco, um ou dois minutos, e já queremos respostas. Ou oramos, mas não estamos dispostos a fazer mudanças em nossas vidas. Ou também, DEUS até já respondeu, de uma maneira diferente da que desejávamos, e não reconhecemos a resposta. Ou por termos uma atitude egoísta, só pedindo favores de DEUS a nós. Quando não se ora pela situação dos outros, pouco devemos esperar quanto a favores de DEUS por nós. Ele disse que devêssemos orar uns pelos outros, para sermos curados, Ele também disse que muito pode a oração de um justo. Oração de quem? De um justo! Justo é aquele que se achega a DEUS, com seus pecados, e quer ser perdoado, e não quer mais cometer aqueles pecados. Não há necessidade de primeiro ser perdoado para então se achegar a DEUS. É a Ele que devemos pedir perdão, e esse pedido Ele sempre atende na hora. “Uma das mais fervorosas orações registradas na Palavra de Deus é a de Davi quando rogou: "Cria em mim, ó Deus, um coração puro". Sal. 51:10. A resposta de Deus a tal oração, é: Dar-vos-ei coração novo. Eis uma obra que nenhum homem finito pode fazer. Homens e mulheres devem começar do início, buscando mais fervorosamente a Deus por uma genuína experiência cristã. Precisam experimentar o poder criador do Espírito Santo. Devem receber o coração novo, que é mantido brando e tenro pela graça do Céu. O espírito egoísta precisa ser expurgado da alma. Eles precisam trabalhar fervorosamente e com humildade de coração, cada um olhando a Jesus em busca de guia e animação. Então o edifício, bem ajustado, crescerá para templo santo no Senhor” (Nossa alta vocação, MM, 1962, 157).

  1. Quinta: Cumprindo as condições
O que podemos aprender do estudo da lição de hoje? Vamos resumir em poucas palavras, pois esse estudo é um daqueles essenciais para nos ensinar sobre como vencer na vida espiritual. A orientação para uma boa vida espiritual é bem simples: devemos sempre buscar aprender. E ao nos vir uma informação de que estamos errados em algum aspecto na vida, devemos logo corrigir. Isso se faz pedindo poder do alto, ou seja, orando. Então fazer a nossa parte, como ensina a lição. E tudo se resolverá.
Aprecio demais uma passagem de Ellen G. White sobre solução de problemas, sejam espirituais, sejam de outra natureza. Vejam só que pérola: “Cristo não nos deu promessa alguma de auxílio para quando levarmos hoje os fardos de amanhã. Disse Ele: "Minha graça te basta" (II Cor. 12:9); mas, como o maná dado no deserto, Sua graça é concedida diariamente, para a necessidade do dia. Como as multidões de Israel em sua vida de peregrinos, encontraremos manhã após manhã o pão do Céu para a provisão do dia.
“Um dia de cada vez nos pertence, e durante o mesmo cumpre-nos viver para Deus. Por esse dia devemos colocar na mão de Cristo, em solene serviço, todos os nossos desígnios e planos, depondo sobre Ele toda a nossa solicitude, pois tem cuidado de nós. "Eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais." Jer. 29:11. "Em vos converterdes e em repousardes, estaria a vossa salvação; no sossego e na confiança, estaria a vossa força." Isa. 30:15.
“Se buscardes o Senhor e vos converterdes cada dia; se, por vossa própria escolha espiritual, fordes livres e felizes em Deus; se, com satisfeito consentimento do coração a Seu gracioso convite, vierdes e tomardes o jugo de Cristo - o jugo da obediência e do serviço - todas as vossas murmurações emudecerão, remover-se-ão todas as vossas dificuldades, todos os desconcertantes problemas que ora vos defrontam se resolverão” (O maior discurso de CRISTO, 101).
Sinceramente, é muito simples vencer na vida cristã. Temos em nosso meio algo errado, que aprendemos, não sei de onde. Mas impera em nosso meio que devemos lutar contra os nossos pecados e contra as nossas tendências, e que essa luta significa exercer força de vontade, senão não se vence. Mas essa idéia está errada. Por meio dela ninguém consegue nada, ou quase nada. Por essa idéia as pessoas vivem em seus vícios e nunca mudam. Como então devemos agir, para vencermos nossas inclinações? É bem simples: devemos nos entregar a CRISTO. Fazer isso cada dia. E querer que Ele, pelo ESPÍRITO SANTO, mude nossa vida, nos liberte do pecado. Resumindo bem: devemos levar uma vida de comunhão com nosso DEUS. A cada pouco orar, estar com Ele, até ter a sensação de que Ele está bem ao lado. Agindo assim, ao natural os problemas de nossa vida se resolverão (releia a última parte da citação acima). Não somos nós que temos o poder e a capacidade de resolver os nossos problemas, é DEUS quem quer e pode fazer isso. Portanto, devemos nos entregar a Ele todos os dias, e de preferência, várias vezes ao dia. Assim a vida do cristão se torna bem mais fácil, pois assim conta com poder do alto para enfrentar as suas dificuldades.
Mas, olha sempre há um ‘mas’, se preferirmos continuar com os nossos vícios, geralmente pequenos, mas que são pecado de igual forma, então não adianta orar dizendo: “Senhor, salva-me”, enquanto não quer largar de algum pecado arraigado, do qual gosta e se deleita nele.

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
O que é a oração? É um diálogo com DEUS. Devemos nos acostumar a ouvi-Lo também, não só falar com Ele. Ouvir a DEUS não é privilégio dos profetas. Se tivermos um íntimo desejo de saber a Sua vontade, Ele Se manifestará, e nós saberemos. Vejamos algumas maneiras de como Ele nos responde. A principal delas é pelo pensamento. Ao falarmos com Ele, podem surgir em nossa mente pensamentos vindos de DEUS. Esses pensamentos sempre serão perfeitamente de acordo com os escritos da Bíblia. Eles nos servirão de guia seguro para o que necessitamos saber. Temos preparado sermões assim, dialogando com DEUS. Outra maneira é encontrarmos indicativos na Bíblia. Ao lê-la, encontramos respostas. Mas aqui vai um alerta. Nunca force a DEUS, não diga assim: quero saber agora! Vou abrir a minha Bíblia ao acaso e quero encontrar a resposta. Muitas pessoas fazem isso, encontram alguma passagem que mais ou menos tem a ver com o assunto, e acham que foi DEUS que respondeu. Talvez sim, mas pode ser que não, pois DEUS não é seu empregado ou seu subalterno, que tenha que sempre agir de acordo como algum ser humano determina. Ele nos ama, e nós devemos confiar.
Ao falarmos com DEUS, podemos pedir uma prova de que a resposta é d’Ele. Na Bíblia há casos assim. E DEUS tem grande prazer em fazer saber o que veio de Sua parte. Gideão foi um caso assim (ver Juízes cap. 6).
O mais importante é que oremos como a um amigo, pois Ele é um amigo. Falemos tudo o que desejamos falar. Apresentemos a Ele nossos planos, nossas idéias, nos aconselhemos com Ele, façamos pedidos e agradecimentos (muitos resumem a oração só a isso), confessemos nossos pecados, devemos pedir que Ele nos ajude a vencer nossas tentações, devemos lutar com Ele contra as nossas fraquezas, pedir que nos transforme. É muito importante sermos honestos com DEUS, ou seja, confessar os pecados, sejam pequenos, sejam grandes. Também devemos lutar com DEUS de modo específico. Por exemplo, se uma pessoa tem o hábito de assistir o Big Brother, que é uma imoralidade, lixo do mais baixo nível, digno de Sodoma e Gomorra, então confesse isso a DEUS. Peça perdão pelo costume. Mas, peça também para que DEUS ajude a superar o desejo. A oração é importante para esse fim, lutar contra nossas fraquezas e maus desejos é uma das finalidades da oração. E no exato momento da tentação, então é que devemos orar, e pedir que nos dê força para superar a fraqueza. Vai ver que Ele atende esse tipo de oração no exato momento em que a fizer.
Por outro lado, também não nos devemos jogar de todo no chão. Por certo, na vida de cada um, DEUS já tenha feito transformações. E essas transformações não devemos desconsiderar como valendo nada. Devemos não só saber identificá-las, pois são bênçãos, como também trabalhar com DEUS para que não percamos o que já ganhamos. Devemos buscar que aquilo que DEUS já fez por nós seja fortalecido, e que fique bem enraizado.
Enfim, a oração é como um encontro com DEUS em que tratamos todo tipo de assunto, não só pedidos e não só agradecimentos. Mas um tipo de oração muito importante é a que fazemos pelos outros, e a que fazemos por nós, para ajudar os outros. Essa oração é sempre mais importante que orar por si somente.

escrito entre:  01/02/2012 a 07/02/2012
revisado em 08/02/2012

A partir desse trimestre estamos também fazendo comentários da Lição da Escola Sabatina em vídeo, voltados para pessoas de todas as igrejas e religiões. Assista o comentário clicando aqui.
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Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.


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