sexta-feira, 18 de junho de 2010

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 13

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Segundo Trimestre de 2010
Tema geral do trimestre: Saúde e Cura
Estudo nº 13 – Apoio social: laços de amor
Semana de 19 a 26 de junho
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos ou-tros; assim como Eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (João 13:34 e 35).


Introdução de sábado à tarde
Note bem o novo mandamento que JESUS deu a nós. Há cinco palavras que fazem toda a diferença. Vamos estudar esse detalhe com meditação. Note bem como foi o resumo de toda a lei que JESUS explicou em Mateus 22:36 a 40. Vamos transcrever. “Mestre, qual é o grande mandamento na lei? Respondeu-lhe JESUS: Amarás o Senhor teu DEUS de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.”
Esses dois grandes mandamentos resumem os dez. Quatro para DEUS, seis para o próximo. E os quatro primeiros são maiores, mais importantes; isso está bem claro.
Chama-nos a atenção qual critério JESUS utilizou para nós amarmos o nosso pró-ximo. Devemos amá-lo assim como queremos ser amados, assim como nós nos amamos. Perceba que esse é um critério poderoso. Todos, em princípio, se amam, e querem ser amados; vem do princípio de fazer aos outros aquilo que desejamos que nos façam, de servir e não sermos servidos.
Agora uma pergunta: há um princípio mais poderoso para definir como devemos amar os outros do que o que JESUS falou aqui, de amarmos como nos amamos? Pois há sim. Ninguém nesse Universo amou mais que JESUS. Por isso, como está em João 13:34 e 35, já tendo sido glorificado, já tendo provado o Seu amor pelos seres humanos, já se a-proximando o auge de Seu penoso trabalho por nós, Ele deu um novo mandamento, mais poderoso que o anterior, que reforça o poder do amor do anterior. É uma nova versão do que havia falado antes, como transcrevemos acima. No novo mandamento, em vez de o princípio ser amar os outros assim como nos amamos, agora é amar os outros assim como JESUS nos amou. Isso quer dizer, amar muito mais que nos amamos a nós mesmos. Note bem, MUITO mais! Esse é o novo mandamento, que não muda nada no an-terior, mas enfatiza a necessidade de amarmos uns aos outros e, unidos, amarmos a DEUS acima de tudo. Nesse verso está a sabedoria da vida saudável e feliz. Ninguém no Univer-so ama tanto como JESUS, e é essa intensidade de amor que devemos procurar ter uns com os outros.


1. Primeiro dia: A imagem original
A imagem original. Praticamente perdemos a noção do que seja, hoje, viver à ima-gem de DEUS. O que vem a ser? Como viver hoje tendo o caráter que tiveram Adão e Eva? Ou tendo o caráter de CRISTO quando viveu entre os humanos? Creio que seria útil fazer um exercício de imaginação, em JESUS, se Ele vivesse em nossos dias. Vamos ser o mais próximo possível do que Ele foi naqueles tempos. Faremos o seguinte: primeiro refletiremos sobre como possivelmente viveria JESUS em nossos dias; e em segundo lugar, como viveria Enoque em nossos dias.
JESUS teria nascido em um lar de gente pobre, humilde, mas eles possuiriam a dig-nidade de pessoas honestas, confiáveis, trabalhadoras e fiéis aos princípios da verdade. Se-ria um casal de vida simples, estudiosos da Palavra da verdade e interessados no seu conhe-cimento. Não teriam expressão social, pois ele seria um carpinteiro (ou teria qualquer outra profissão que rende pouco) e ela cuidaria das coisas do lar e, quem sabe, teria algum traba-lho fora, como empregada doméstica, para ajudar na subsistência da família. Vida dura, na realidade, mas muita comunhão com DEUS. Seriam um casal simpático, feliz e com seus interesses voltados para a vida eterna. Teriam poucos bens, mal o básico. No entanto, teriam zelo pelos princípios religiosos, e os viveriam com dedicação e equilíbrio. Quer dizer que JESUS não poderia nascer num lar rico? Não é isso, mas se fosse, Sua missão seria bem mais difícil. Ele teria barreiras sociais maiores para ser uma pessoa humilde. Assim, nascendo em um lar humilde, Ele já viria ao mundo nessa condição – a da humildade – traço de caráter absolutamente necessário para a vitória espiritual sobre as tentações nesse mundo, e para uma entrega completa a DEUS.
JESUS, desde cedo, seria auxiliar de seu pai. Ele seria um carpinteiro. O carpinteiro trabalha em madeira, em obras grosseiras, como hoje na construção civil, no fabrico de instrumentos de trabalho como cabos de madeira, caixas rústicas, construção de casas, etc. Já o marceneiro, que também trabalha em madeira, se dedica ao fabrico de móveis, de aca-bamento fino. Um carpinteiro precisa todos os dias, em seu ofício, fazer muito esforço físi-co, mais que o marceneiro. Portanto, assim JESUS estaria desenvolvendo forte musculatura, se aprontando para um trabalho missionário que exigiria muito de sua condição física. À noite, e sempre que desse, Ele e seus pais se dedicariam aos estudos da Bíblia. Certamente se uniriam com alguns outros interessados nesse estudo para trocarem idéias, e mais facil-mente entenderem e fixarem conhecimento. Não obteriam dessa maneira diploma de curso superior, porém, seriam profundamente versados no conhecimento bíblico. JESUS prova-velmente chegaria até o segundo grau, mas não teria recursos para fazer um curso superior (não quer dizer que não devamos fazer curso superior e ir mais adiante nos estudos). Porém, Ele, pela intensa comunhão com Seu Pai celeste, obteria tão intenso conhecimento bíblico que ganharia qualquer debate com os hoje pós-doutores em Bíblia, mas que discordassem de alguns pontos dela. Os debates com JESUS não seriam longos, Ele os derrubaria na primeira contra-argumentação, e eles iriam embora para não serem submetidos a vergonha ainda maior.
JESUS se vestiria de modo comum, sem chamar atenção. Talvez em dias de semana usasse uma calça jeans simples e uma camisa comum, bem como tênis comuns, bons para caminhar muito. Já nos sábados Ele certamente vestiria roupa adequada ao lugar de culto, embora também simples. Ou seja, Ele obviamente evitaria as modas instáveis e tudo o que viesse chamar atenção a Ele, tirando o foco de Seu Pai, a quem representaria. Talvez as duas palavras bem representativas dEle seriam: simplicidade e humildade. Por esse motivo muitos se sentiriam pouco à vontade em estar perto dEle. Seria uma pessoa muito simples e despojada de mundanismos. O penteado dEle seria comum, não algum lançamento novo e chamativo. Sua alimentação certamente seria a mais simples e natural possível, e, embora homem pobre, desconheceria doenças ou visitas a médicos (mas quem visita médico não faz nada de errado, por favor, não me interpretem mal).
Ele viveria muito entre as multidões, mas é bem provável que evitaria a televisão e a mídia (como muitos religiosos fazem hoje, demonstrando seus milagres ao mundo). Ele diria, não espalhe por aí a cura que recebeste. Sabe por quê? Ele jamais buscaria fama e projeção, muito embora se tornasse mundialmente conhecido. O povo saberia a Seu res-peito pelo que Ele é, e não por meio de promoções na mídia. Sem desejar, se tornaria mais conhecido, e até famoso, do que os grandes desse mundo, e estes se incomodariam com isso.
E o que será que Ele condenaria em nossos dias? Pode ter certeza, orientaria sobre todo o tipo de recursos hoje existentes, e que abundam no meio do povo de DEUS, cha-mando a atenção ao “eu”. Os discípulos que Ele escolhesse, talvez com a exceção de um (o Judas moderno), seriam todos homens bem simples e maleáveis aos Seus ensinos. E as mu-lheres mais próximas dEle, pois haveria algumas assim, seriam mulheres simples, não dadas aos modismos, e muito simpáticas (embora houvesse entre elas, ricas, de posses, que estariam por perto para servir ao grupo de discípulos que Ele formaria). É impensável que essas mulheres vivessem, em nossos dias, dando um testemunho que confirma os ensina-mentos dEle. Elas também seriam a imagem do original. Por certo algumas delas, já com experiência de vida (para não dizer idade) não deixariam influenciar seus gostos e costumes pelas exigências da mídia e da indústria de cosméticos. Seriam mulheres originalmente bonitas, mas não artificialmente enfeitadas, como flores de plástico (isso é hoje considerado “beleza”, e ai de quem discorda!).
E se em nosso meio vivesse um tal Enoque? Esse seria um ser humano, e andaria com DEUS. Digamos que fosse um homem de posses, que conseguiu por meios honestos tornar-se rico. Mesmo assim, seria simples e humilde, recebendo bem tanto a poderosos como a pobres. Seria um homem de oração, e que por palavras e por testemunho levaria outros à salvação. Ele teria o tempo todo noção de que no mínimo um anjo e o próprio DEUS estariam ao seu lado. Ele confiaria totalmente em DEUS, e tudo o que fizesse seria com a aprovação de DEUS. Ele teria uma íntima comunhão com DEUS. Ele seria um pode-roso testemunho da “imagem original de DEUS” num ser humano.
Não podemos ser JESUS, mas podemos ser Enoques, semelhantes a JESUS, origi-nais. Mesmo que a idade tire algo da originalidade, mantendo-nos fiéis a condição im-posta pelos traços da idade, quando JESUS retornar voltaremos a ser totalmente ori-ginais. Sim, originais, para sempre. É na beleza futura que devem estar nossos interesses, não na suposta beleza artificial do presente. Mas, cada um, em sua inteligência, deve esco-lher, se quer aproveitar o pouco agora por pouco tempo, ou o muito depois, por todo o tem-po.

2. Segunda: Pessoas: seres sociais
A nossa felicidade, a nossa saúde, o êxito do que fazemos na vida espiritual depen-de, em grande parte, de nossas relações sociais. Fomos feitos para uma vida interdependen-te. Precisamos uns dos outros, e isso se acentuou mais no ambiente do pecado. Nesse ambi-ente precisamos também da ajuda, do amparo, da proteção e muitas vezes do socorro dos outros. Toda pessoa que se isola sofre mais e vive pior, e menos. Isso, no entanto, não quer dizer que devemos conviver com todo tipo de pessoas. Há aquelas cuja recomendação bí-blica é: “afasta-te destes”.
“Nenhum de nós vive para si ou morre para si mesmo” (Rom. 14:7). Durante a nossa vida, influenciamos e somos influenciados, para o bem ou para o mal. E ao mor-rermos, também influenciamos, e mesmo tempos depois da morte isso pode acontecer.
Durante a vida, temos que ter muito cuidado, e vivermos os princípios bíblicos, pois caso contrário podemos nos surpreender negativamente quando for tarde. Quantas pessoas entraram para a história por feitos positivos. Por exemplo, na Bíblia temos muitos casos, e um deles, que me atrai muito, foi a vida de Daniel. Também temos os casos negativos, e um deles, que me impacta muito, é o caso de Saul. Fora da Bíblia temos os feitos positivos de Mohandas Karamchand Gandhi mais conhecido popularmente por Mahatma Gandhi. Ele liderou a grande marcha do sal, e lutou pela independência da Índia, sem dar um tiro, e sem matar uma única pessoa. Ele formou uma biografia digna de ser lida. Temos também exemplos negativos, que é o caso de Adolf Hitler (quem não conhece?). A pergunta aqui é: Qual é o meu e o teu legado para o futuro? Hitler deixou um rastro de morte; Gandhi deixou um rastro de vitória. JESUS deixou um rastro de vida eterna.
Há, por exemplo, pessoas anônimas ao grande público, mas cujo legado de influências é grandemente positiva, e outras, muito negativas. Que vergonha, por exemplo, para aquele pai ou mãe, que tratou mal seus filhos na infância, e na idade adulta se tornaram maus elementos. Hoje, em nossos dias, quantos casos de estupros de um pai com a filha (muitas vezes de pequena idade), ou de um padrasto. Pode uma pessoa assim mais tarde olhar para a sua filha ou filho, com dignidade, sem sentir dor de consciência? E os estragos para o resto da vida na pessoa prejudicada? E os filhos dessa criatura, como serão (em razão do comportamenteo alterado para o resto de sua vida)? Esse é um legado do qual o arrependimento não resolve as consequências, que podem ser marcas para toda uma vida, para os descentendtes e para a eternidade.
Mais uma vez, se somos seres sociais, afetamos a vida dos outros. E isso não há como evitar, exceto se vivermos todos os dias 100% isolados de todos, mas isso não é possível.
Quando uma pessoa bebe álcool, geralmente diz: faço o que quero com meu corpo e ninguém tem nada a ver com isso. A lição muito bem destacou esse comportamento irresponsável, pois é impossível ninguém não ter nada a ver com isso. Aqui em Ijuí há um caso dramático de um rapaz de 19 anos. Ia ele guiando a sua moto, quando um motorista bêbado o colheu, e quebrou uma de suas pernas de alto a baixo. Não sei em quantas partes ela foi quebrada, mas são fraturas do fêmur até a alguns dedos do pé. E agora? O rapaz, se tudo correr bem, vai ficar sem poder trabalhar por dois anos, essa é a previsão. Por pouco não amputaram a sua perna. E nunca mais vai ficar normal. A sociedade vai pagar pelo tratamento, e o rapaz também vai ter grandes despesas além da perda de tempo na vida, as faltas no emprego (e seu patrão vai ficar prejudicado também), de sua renda, e de sua saúde. A família dele também é severamente prejudicada; a sua esposa (são casados há pouco), quanto essa menina está sendo prejudicada! Além de tudo, graças a DEUS porque não morreu. É, ninguém tem nada a ver com isso? E parece verdade, pois aqui no Brasil, apesar das leis, o tal bêbado anda solto pelas ruas e o coitado do rapaz, que não deveria ter algo a ver com isso, está preso numa cama. E seus familiares sofrendo, tendo que cuidá-lo o tempo todo. Então, o que acha, a justiça de DEUS não deve ser feita? Quem dera aquele bêbado se arrependa e salve a sua vida da morte, e das consequências desse ato. Aliás, pense um pouco, como agora ficou difícil para uma pessoa assim se arrepender. Até para isso complicou a vida de quem pensa: os outros não tem nada a ver com o que faço de meu corpo. Pois, para ele se arrepender mesmo, evidentemente, deve reparar o dano que fez ao rapaz, pagar todo o tratamento, além de pedir perdão a ele. Será que ele teria recursos para isso? É bem melhor sermos fiéis aos princípios de DEUS e evitarmos criar um passivo, uma conta materialmente grande demais para pagar. Desses fatos os noticiários estão repletos: pessoas que por suas atitudes geram contas impossíveis de serem pagas.
Visto pelo lado positivo, podemos também gerar contas impossíveis de serem pagas, mas que, pensando bem, nem precisam ser pagas. É quando fazemos algum bem a outro, e, por exemplo, salvamos a vida de alguém. Quanto vale uma vida? Não tem preço. A pessoa nunca vai poder nos pagar, mas, também, nós nunca iremos querer ser reembolsados. Imagine você socorrer o seu vizinho, levando-o às pressas ao hospital, e por essa via, salvar-lhe a vida. Não me refiro ao gasto de gasolina, etc., me refiro ao valor do gesto: salvou a vida de um ser humano. Quanto vale o trabalho dos bombeiros? Quantas vidas eles salvaram até hoje? Diríamos, que trabalho bonito! E como é prazeroso ajudar alguém, mesmo que não seja para tanto. Como isso faz bem, a nós, ao próximo e a muitas pessoas relacionadas. Esses atos geram um valor tão alto que o beneficiado deles não os pode pagar, e quem gerou esse valor, por sua vez, sente um pagamento em forma de felicidade e em forma do reforço de amizades. São contas que DEUS paga de alguma forma.
E o bom relacionamento? Um pequeno agrado, um sorriso, algumas palavras de bem, de conforto, de senso positivo, o levarmos momentos de felicidade para quem precisa, ou para quem nem precisa, somente para ter um ambiente agradável, como isso faz bem! Quem paga essa conta? Não precisa. O fato de fazer bem, de distribuir saúde pela criação de um ambiente agradável, saudável e genuínamente cristão, se gera impactos positivos em nós e em muitas pessoas. Essa é uma conta positiva, que gera resultados bons, e que não precisam ser pagas, pois não há o que deva ser reparado. O que se criou com os momentos positivos é bom para todos; portanto, ninguém precisa se preocupar em ser ressarcido. Quando o resultado de nossas ações é positivo, o pagamento do que fazemos é uma consequência boa, saudável, construtiva. O esforço disso, sabem quem paga? É DEUS. Pois, afinal, de tal comportamento resulta melhor saúde, mais felicidade, vida de melhor qualidade, mais longa e mais sucesso profissional. Esse é o pagamento, feito por DEUS, por nós termos nos comportado como Ele pediu.

3. Terça: Unidade na redenção
A lição hoje destaca um assunto que vem ganhando o interesse da pesquisa científi-ca: o que o relacionamento humano tem a ver com a saúde das pessoas. Como seria de se esperar, vem-se descobrindo que o relacionamento faz bem às pessoas. Por exemplo, visitar um doente e passar a ele sensações positivas, esperançosas, numa atmosfera descontraída e alegre, faz bem e ajuda na recuperação. Entre pessoas saudáveis, o rela-cionamento ajuda a prevenir doenças, o corpo torna-se mais imune a infecções e contaminações.
É interessante destacar que a “diversidade de relações” é mais poderosa para a saúde das pessoas, tanto para evitar a doença quanto para a curar o doente, do que a quantidade de pessoas com que se relaciona. Ou seja, ter muitos amigos não é tão bom como ter menos amigos, mas com quem se relaciona mais intensamente, em diferentes as-suntos. Portanto, ter muitos amigos e relacionar-se intensamente com eles, é melhor ainda, isso é evidente. Sabe por quê? É que no relacionamento intenso forma-se uma amizade com que se pode contar, que pode trocar idéias com credibilidade, e que pode ser ajudado ou ajudar. É o grupo do compromisso firme, e isso produz uma sensação de segurança, que garante um estado emocional mais estável e esperançoso para o presente e futuro. Em sínte-se, se tivermos um grupo de amigos confiáveis com os quais possamos nos relacionar em diferentes assuntos, nos sentiremos bem melhor.
Esse é o poder do relacionamento entre amigos. Mas há algo mais poderoso que isso. Esse mesmo relacionamento, entre amigos que creem em DEUS, certamente é superior. Isso agora é uma hipótese de estudo, que, é de se crer, se alguém buscar compro-vação científica, obterá como resultado uma resposta positiva. É óbvio, pois, se simples amigos já podem fazer com que o corpo produza uma química positiva, amigos cristãos, que creem em DEUS, devem proporcionar um poder saudável ainda maior. É que nessa relação DEUS está presente, e Ele faz diferença. DEUS tem outro poder além daquele gerado por um bom relacionamento. Aliás, quem criou o poder benéfico do bom relacionamento evidentemente foi DEUS.
Pois bem, usando de pensamento lógico, podemos identificar um outro tipo de rela-cionamento ainda mais poderoso que aquele possível entre amigos que creem em DEUS. Qual será? Nem precisa pensar muito para descobrir, é o relacionamento direto com DEUS. Esse permite que se façam milagres, como aqueles que JESUS fez, ou os Seus discípulos, ou os que ocorrem em nossos dias, quando pedimos algo a DEUS e Ele nos responde. Quantas doenças curadas, quantos empregos restaurados, quantos casamentos renovados, e assim por diante. Por certo cada um de nós deve ter uma história relacionada com o poder de DEUS.
E qual é o segredo para se participar desse poder? Comunhão com DEUS, como Enoque, que vivia a real sensação de ter DEUS ao seu lado as 24 horas de todos os dias, desde que se entregou inteiramente a DEUS. Qualquer um de nós pode fazer isso. Estabele-cendo uma relação de amor com DEUS, nos tornamos amigos, e essa amizade abre oportu-nidades para DEUS agir com poder em nossa vida.

4. Quarta: Apoio mútuo
Mais que relacionamento, é o que DEUS deseja dos cristãos. Digamos que relacio-namento seja um visitar o outro, conversar, trocar idéias. Apoio é mais que isso, é um re-lacionamento comprometido de amizade íntima. É, como nos ensina a relação de versos da lição, amar uns aos outros (relacionamento); acolher um ao outro, quando em necessida-de (apoio); ser benignos uns com os outros, sendo compassivos e perdoadores (relaciona-mento); suportando uns aos outros (relacionamento); consolando uns aos outros (relacio-namento); confessando os pecados uns aos outros para o perdão (relacionamento); sendo todos de igual ânimo, compadecidos, amigos, misericordiosos e humildes (relacionamento); sendo hospitaleiros (apoio) e vivendo em comunhão uns com os outros (relacionamento e apoio).
Para fazer tudo isso, devemos olhar para JESUS e para os homens e mulheres que se espelharam no exemplo dEle. Nenhum deles foi completo, mas neles podemos observar o quanto foram superiores às demais pessoas que não seguiam JESUS. Em resumo, como já estudamos no passado, devemos ser amáveis aos outros, compreendendo a situação deles e buscando ajudar as pessoas a superarem suas dificuldades. Isto é relacionamento e apoio.
O quanto isto faz bem aos outros ninguém tem idéia. Mas, curiosamente, ao se fa-zer o bem aos outros, quem mais se beneficia é aquele que está praticando. Então, todos saem ganhando. É diferente do que ocorre no mundo, onde todos querem levar vantagem, querem benefícios para si mesmos, mesmo que isso implique na destruição de outras pessoas. E vivem assim como se fosse normal. Nós, cristãos, que olhamos para o futuro, vemos a eternidade por meio do amor mútuo, do relacionamento recíproco e do apoio de-sinteressado.

5. Quinta: Servindo uns aos outros
Essas lições estão nos ensinando a verdadeira ciência da vida. Estamos aprendendo a viver com mais saúde, aprendendo a como viver para sermos mais saudáveis e mais felizes. Essa é uma ciência simples, mas, devido ao pecado, pouco compreensível. Nós, adventistas, temos o dever de viver essa ciência no dia a dia, e demonstrar sua eficácia ao mundo.
Resumindo o que até agora estudamos, qual é mesmo essa ciência? A lição de hoje faz o resumo: é viver para servir, não para sermos servidos. Assim como viveu JESUS.
O servir faz bem a todos. É um modo de vida em que todos ganham e ninguém perde. Todos são beneficiados: quem é servido e quem serve.
Quem é servido, é beneficiado pela ajuda que recebe, e ele se sente bem em seu ín-timo, além de ter seu problema resolvido, ou no mínimo ter recebido apoio. Servir é bom relacionamento e apoio aos outros. Isso cria uma atmosfera de confiança de uns para com os outros, e de todos para com DEUS. Num ambiente assim, para a doença penetrar é im-possível. Adoecemos por falta de um estado psicológico poderoso; em última análise, por falta de comunhão mais íntima entre nós e com DEUS. A história bíblica do passado permi-te tal conclusão. Aos israelitas DEUS prometeu saúde e vida longa, se, evidentemente eles fossem fiéis. E podemos lembrar as batalhas que eles fizeram, quando eram feitas em co-munhão com o Senhor. Por exemplo, a tomada de Jericó, ou a de Gideão e os 300 soldados (e muitas outras). Nessas batalhas não morria sequer um israelita. DEUS não é alguém que garante bons índices para seus filhos, Ele é alguém que quer garantir a perfeição. Se nós, do povo de DEUS desses últimos dias, vivêssemos tal como estamos estudando nessas lições, seríamos imunes à doença. Seríamos um povo que alcançaria uma média de vida superior a 100 anos, e teríamos uma velhice saudável. Mas não é essa a realidade. Pelo menos somos um pouco melhores que o mundo, porém isso não serve nem de consolo, e sim, de repreen-são. Precisamos reformar nossa vida, nossos hábitos de alimentação, nossos hábitos de e-xercícios, o relacionamento na igreja e fora dela, em especial no lar. Nós precisamos estar no mundo, mas não ser do mundo; isto é, relacionarmos com o mundo como JESUS, influ-enciar, mas não sermos influenciados. Porém, somos ainda muito influenciados, principal-mente pela moda, que tanto atrai muitos de nós, se bem que nem todos.
O estilo de vida do servir e não ser servidos não quer dizer que nunca sejamos ser-vidos. Isso quer dizer que nós não estamos aqui para nos impor sobre os outros, para exigir dos outros, e sim, para ajudá-los. E os outros fazem o mesmo. Aí se forma a comunhão entre os seres humanos. E só nesse estado de vida é possível a atuação de DEUS e a trans-formação da vida. Esse é o estilo de vida original, superior, que não necessita das emoções que nesse mundo são oferecidas, tais como o fanatismo pelo futebol (quantos de nós não conseguem largar). Muitas pessoas não conseguem passar um final de semana sem ligar sua televisão e ficar ali, embasbacado, torcendo por um grupo de jogadores, e depois, zomban-do dos torcedores do outro time (já vi isso em sermão, inclusive em conferência pública...). Nós, os adventistas (povo do advento) não precisamos de adrenalina para nos desestressar-mos, e sim, precisamos do estilo de vida que a lição está nos ensinando, e é assim que se-remos mais saudáveis e mais felizes. A busca de sensações fortes, de emoções radicais é coisa alternativa do mundo, para substituir exatamente o que essas lições estão ensinando. É assim que se coloca de lado o que DEUS quer que façamos, e sutilmente nos ligamos ao mundo, para vivermos doentes, desunidos uns com os outros, meio no mundo e meio na igreja.
Mas DEUS está formando um povo. Nem todos agem assim como o joio. Há um grupo de pessoas que está sendo transformado. São, ao que parece, poucos, mas é o rema-nescente dentro da igreja remanescente, chamado trigo, ou ouro sendo purificado. Estes, principalmente, terão máximo proveito com as lições maravilhosas desse trimestre. Que seu exemplo de vida toque a de muitos outros, sejam dentro da igreja, sejam aos de fora dela.

6. Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
De tudo o que estudamos nesse trimestre sobre “saúde e cura”, qual o ponto central? Qual o tema que fundamenta todos os demais, para termos uma vida de melhor qualidade, mais saudável e mais feliz? É ter o amor de DEUS no coração e em tal quantidade que transborde sobre os outros.
O amor de DEUS tem duas grandes peculiaridades: ele não tolera o mal, ele não se conforma com a menor diferença entre o que é a vontade de DEUS para com Seus filhos, mas, por outro lado, ele sempre, enquanto houver possibilidade, está traba-lhando para salvar o pecador de sua situação. O amor odeia o pecado, mas, ao mesmo tempo ama o pecador. O pecado é o mal, o pecador é quem precisa ser liberto do mal.
Para que façamos a reforma da saúde por completo, para que façamos exercícios fí-sicos na medida adequada, para que bebamos água como o nosso corpo requer e nos ali-mentemos corretamente, para que cuidemos do ambiente a fim de que seja saudável, para que tenhamos a fé que remove montanhas (grandes dificuldades), para que saibamos a me-dida certa do descanso e do trabalho, para que saibamos qual é o louvor que DEUS aceita e qual o que Ele rejeita, para que sejamos temperantes nas coisas boas e saibamos negar as ruins, para que sejamos íntegros e pertencentes a DEUS por inteiro, para que sejamos oti-mistas, felizes e distribuidores de felicidade, para que saibamos qual a verdadeira nutrição conforme a Bíblia, para que, enfim, saibamos como socorrer aos que necessitam, é preciso ter em nós o amor de DEUS.
E por que o amor é capaz de resolver tantas coisas, e muitas outras mais? Foi por amor que JESUS Se tornou homem, e sofreu aqui humilhação como jamais se viu e jamais se verá, a fim de nos salvar da morte eterna. O amor é capaz de tudo, e é a fórmula de uma vida superior aqui na Terra, e nos levará à vida eterna. “O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconveniente-mente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba...” (I Cor. 13:4 a 8 pp).

escrito entre: 12/05 a 19/05/2010
revisado em 19/05/2010
corrigido por Jair R. Bezerra


Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.

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