sábado, 1 de janeiro de 2011

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 2 - 1º Trim. 2011

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Quarto Trimestre de 2010
Tema geral do trimestre: A Bíblia e as Emoções Humanas
Estudo nº 02    Provisão divina para a ansiedade
Semana de   1º a 8 de janeiro
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar: “Lancem sobre Ele toda a sua ansiedade, porque Ele tem cuidado de vocês” (1 Pedro 5:7, NVI).

Introdução de sábado à tarde
“Ansiedade, ânsia ou nervosismo é uma característica biológica do ser humano, que antecede momentos de perigo real ou imaginário, marcada por sensações corporais desagradáveis, tais como uma sensação de vazio no estômago, coração batendo rápido, medo intenso, aperto no tórax, transpiração etc.
“Esses dois aspectos, tanto a ansiedade quanto o medo, não surgem na vida da pessoa por uma escolha. Acredita-se que vivências interpessoais e problemas na primeira infância possam ser importantes causas desses sintomas. Além disso, existem causas biológicas como anormalidades químicas no cérebro ou distúrbios hormonais. Ansiedade é um estado emocional que se adquire como consequência de algum ato.
“Todas as pessoas podem sentir ansiedade, principalmente com a vida atribulada atual. A ansiedade acaba tornando-se constante na vida de muitas pessoas. Dependendo do grau ou da frequência, pode se tornar patológica e acarretar muitos problemas posteriores, como o transtorno da ansiedade. Portanto, nem sempre é patológica.
“Ter ansiedade ou sofrer desse mal faz com que a pessoa perca uma boa parte da sua auto-estima, ou seja, ela deixa de fazer certas coisas porque se julga ser incapaz de realizá-las. Dessa forma, o termo ansiedade está de certa forma ligado à palavra medo, sendo assim a pessoa passa a ter medo de errar quando da realização de diferentes tarefas, sem mesmo chegar a tentar.
“A ansiedade em níveis muito altos, ou quando apresentada com a timidez ou depressão, impede que a pessoa desenvolva seu potencial intelectual. O aprendizado é bloqueado e isso interfere não só no aprendizado da educação tradicional, mas na inteligência social. O indivíduo fica sem saber como se portar em ocasiões sociais ou no trabalho, o que pode levar a estagnação na carreira.”
Os principais sintomas da ansiedade são: “Fadiga; Insônia; Falta de ar ou sensação de sufoco; Picadas nas mãos e nos pés; Confusão; Instabilidade ou sensação de desmaio; Dores no peito e palpitações; Afrontamentos, arrepios, suores, frio, mãos úmidas; Boca seca; Contrações ou tremores incontroláveis; Tensão muscular, dores; Necessidade urgente de defecar ou urinar; Dificuldade em engolir; Sensação de ter um "nó" na garganta; Dificuldades para relaxar; Dificuldades para dormir; Leve tontura ou vertigem; Vômitos incontroláveis.” (Artigo da Wikipédia).


  1. Primeiro dia: A primeira experiência de temor
O medo ou ansiedade inicia quando nos damos conta de que algo não está bem. Voltemos ao Éden, no dia da queda. Estava tudo normal, e o casal já se acostumara à vida deliciosa. Todos os dias, pela viração do dia, DEUS aparecia e eles falavam com o Criador. Estavam sempre muito ocupados, mas não em cumprir compromissos, e sim, em entretenimentos com a criação. A cada dia descobriam novas maravilhas do infinito poder criador de DEUS.
Então, quando Eva comeu do fruto, nos primeiros instantes sentia a continuidade das sensações agradáveis de sempre. E assim foi até seu marido, com o fruto em suas mãos. Ele levou um tremendo susto, e então começaram a sentir efeitos estranhos.
Quando fazemos algo errado, nem sempre de imediato percebemos os seus efeitos. Às vezes leva alguns minutos, outra vezes horas, e pode até levar dias, meses ou anos. Por exemplo, iniciar no fumo, até aparecer uma tosse insistente pode levar anos, e até desenvolver um câncer, algumas décadas. Geralmente quando se sente o efeito do pecado, já foi longe demais, e a situação saiu do controle humano.
O susto de Adão o levou a não raciocinar direito. Ficou estarrecido ante o pensamento de perder sua esposa, que amava tanto. Perturbado em sua mente, nem mesmo consultou a DEUS para algum conselho, e foi em frente, comendo também do fruto, para compartilhar da sorte de sua esposa. Agora os dois estavam em pecado. E aquilo que a serpente havia dito, que conheceriam também o mal, agora se manifestava. Vergonha, medo, insegurança, incerteza. Nunca haviam tido tais emoções e suas sensações pelo corpo. Agora elas torturavam a consciência de pessoas puras sem experiência do mal. Como será que foi a primeira vez sentir-se pecador?
Diante de DEUS foi outra experiência estranha. Viram-se como se o Criador agora fosse um inimigo ameaçador, e fugiram dEle. Que coisa terrível é o pecado, que leva a temer e fugir de quem nos ama. Eles temiam o que vinha pela frente. O que DEUS faria agora? Que medo do poderoso DEUS!
A incerteza é outro tormento de quem erra. Eles não sabiam que DEUS vinha com um plano de salvação. Imaginavam que a qualquer momento morreriam. Foi um alívio ao receberem a notícia de que havia um plano de salvação para eles (poderiam não perder a vida), embora esse plano requeresse a morte do Criador. Um alívio e ao mesmo tempo outra sensação de culpa, pois envolveram o seu DEUS. E naquele mesmo dia, tiveram que ver correr o sangue de um cordeiro, que nada tinha a ver com o ato deles. O pecado deles já se estendeu faltamente sobre inocentes, que nada tinham a ver com o que fizeram.
Então passaram pela experiência mais dolorosa: ter de sair do seu lar, o Éden. Foram despejados, e teriam que viver do lado de fora do jardim plantado por DEUS. O lado de fora também era muito bonito e perfeito, mas no lar não entrariam mais.
Não tardou e viram uma folha de alguma árvore, de cor pálida, cair ao chão. Outra sensação terrível, pois a árvore estava morrendo. Toda a criação estava morrendo. Algum dia desses deve ter visto dois ou mais animais, que se tornaram ferozes, brigando e um matando o outro. Eles, que antes eram mansinhos e dóceis, agora fugiam de Adão e Eva, e lutavam entre si. Havia ódio na criação, e ela estava se autodestruindo.
Anos depois, onde estava Abel? E onde estava Caim? Abel, encontraram-no estendido no chão, corpo frio, sem respiração, nada respondia, estava morto. Adão e Eva que nunca haviam visto um ser humano morto, agora viam seu filho sem vida. Coisa estranha, sensação de impotência, nada podia fazer senão enterrar seu filho, devolvê-lo à terra. Que significado terrível tiveram aquelas palavras “o que era pó, ao pó tornará”. E Caim havia fugido. Os seres vivos se separavam uns dos outros. Os animais selváticos fugiam deles. Abel teve que ser enterrado, pois logo descobriram que ele deteriorava e cheirava mal. Aquele filho amado, agora nesse estado. Será que a criação iria piorar ainda mais? A situação dos dias atuais responde bem a essa pergunta.
Quando ocorrer a ressurreição, na segunda vinda, ao Adão e Eva retornarem à vida, que emoções sentirão então, ao ver em redor, no que deu aquela desobediência! Eles verão o estado do planeta. Verão a natureza destruída, milhares de corpos mortos pelo chão, pessoas gemendo de dor, gritando de medo, e outros que ainda têm alguma força, brigando entre si. Eles sabem que são todos filhos seus, descendentes, que chegaram a este estado por aquela desobediência.
Mas por que a desobediência resulta em medo? Isso é simples entender. O pecado é a desobediência ao amor, ele cria uma condição de separação do amor. Por isso, separados do amor, sentimos medo. O amor protege, dá vida e felicidade. Mas a ausência do amor não tem nada disso, porém, senso de estar só e abandonado, vindo as consequências da separação, e elas assustam. Ocorre uma insegurança real e se inicia o desencadeamento de fatos que geram preocupação.
Hoje vivemos numa sociedade amedrontada. Os jovens brasileiros, segundo pesquisa do Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios) temem por problemas financeiros, de ficar sem carreira profissional. É o maior medo entre jovens, medo quanto a sobreviver no futuro. O segundo medo é da morte e depois, de ficarem sozinhos.
Nada mudou desde que Adão e Eva pecaram. Eles tiveram os mesmos medos dos jovens de hoje. Temiam o futuro e por sua vida, pela sobrevivência. Temiam a morte, e viram-na campeando ao redor deles. Tiveram que se acostumar com a morte, mas não conseguiram. Até hoje ninguém se acostumou com a morte. As pessoas temem morrer ou perder algum querido. E quando ocorre a morte há dor íntima e muito choro. Desde que Adão e Eva pecaram o mundo se tornou estranho. Nós não fomos feitos para esse ambiente. Era para vivermos felizes, sem preocupações, sem doença, nem dor nem morte. Até que JESUS volte, até que tudo seja recriado outra vez, até que toda lágrima seja enxugada, as emoções negativas nos atormentarão sem aviso prévio, e muitas vezes, em intensidade insuportável.

  1. Segunda: Não tenha medo
Depois que nos tornamos mortais, uma das coisas importantes era ter filhos para haver descendência. No Éden, filhos seria para terem mais a quem amar. Lá ninguém chegou a ter filhos. E quando Adão e Eva pecaram, ter filhos era também para que o nome permanecesse, e que a raça humana não desaparecesse. Era para deixar a herança para alguém, e o que vinha construindo continuasse.
Como o mundo mudou! Antes do pecado, não havia preocupação com o futuro, agora isso se tornou importante. E o casal que não tivesse filhos, naqueles tempos, ficava preocupado, pois para quem iriam os bens que arduamente conquistaram? Antes do pecado havia vida eterna; agora, com a morte, tudo terminava, então que pelo menos houvesse filhos e netos, para dar uma certa sensação de continuidade das idéias, do nome e dos bens (herança).
Abraão, além desses motivos de preocupação, tinha mais um: a promessa de DEUS. Ele vinha pensando sobre isso. Como dele sairia um povo vinculado a DEUS, se a sua esposa já não podia mais ter filhos? A promessa era importante, e ele havia confiado, havia se separado de seus parentes e foi para um lugar distante, para onde DEUS o mandara. Mas agora não nascia filho. Sara era estéril, e pior, passou o tempo dela ter filhos. Não é a toa que Abraão ficou preocupado e com medo do futuro.  Para quem seria toda a sua herança? Quem formaria o povo anunciado por DEUS? Era para ser um filho dele com Sara, mas isso, do ponto de vista humano, estava fora de questão. Então foi que Abraão se abriu a DEUS, dizendo: “Quem me haverá de dar, se continuo sem filhos e o herdeiro da minha casa é o damasceno Eliezer?” (Gên. 15:2).
Infelizmente o pecado exige de DEUS que tome atitudes nem sempre agradáveis conosco. Ele teve que testar Abraão para que nele aumentasse a fé. A demora pelo filho, tendo o tempo de Sara conceber passado, e repetindo-se a promessa, fez com que Abraão aumentasse sua confiança em DEUS. E quando se havia formado dupla impossibilidade de terem filhos, quando Sara além de estéril já chegou a idade que impossibilitava conceber, então, tiveram o filho desejado. A ansiedade de algumas décadas se tornou em risos e alegria.
Assim será conosco. Aqui sofremos, e muitas vezes o sofrimento parece não terminar nunca. Mas um dia, não falta muito, iremos ter motivos para sorrir para sempre.

  1. Terça: Confiança contra a ansiedade
O mundo moderno está sendo planejado para que as pessoas se tornem cada vez mais ansiosas. Nas empresas se exige o cumprimento de metas apertadas, pois querem lucro e domínio de mercado. Quem já não recebeu telefonemas para que compre isso ou aquilo, principalmente cartão de crédito? Crianças, logo ao entrarem na escola, precisam competir, precisam alcançar notas mínimas para continuarem na carreira acadêmica. Depois vêm os concursos, e só são aprovados os melhores. E assim é durante a vida toda: uma competição cada vez mais intensa, se quer ser alguém na vida profissional. E isso desenvolve insegurança e medo.
Então vêm conselheiros dizendo que precisam desenvolver confiança em si mesmas. As pessoas aprendem todos os dias que precisam ser vencedoras. Precisam ser motivadas, desenvolver a auto-estima e confiarem em si mesmas. Dizem muito que cada um é o seu próprio empreendedor. Tem até nome: endoempreendedorismo. As pessoas são desafiadas a darem tudo de si, e ainda mais, para que organizações tenham mais lucro e que tirem outras organizações do mercado, e que vendam sempre mais. O ser humano, desde há duas décadas, é submetido às exigências típicas dos tempos difíceis previstos em 2 Tim. 3:1. Há uma corrida por realizar, e outra corrida por comprar, e outra corrida por aparentar. O celular tem que trocar, no máximo a cada dois anos. O carro tem que trocar a cada três anos. A casa tem que incrementar com tecnologia e itens de consumo o tempo todo. O vestuário tem que trocar a cada seis meses. A aparência tem que mudar a cada mês. Quem é grisalho tem que pintar o cabelo, pois ser grisalho é feio. Mas quem ainda não é grisalho tem que pintar como se fosse, pois isso dá aparência de experiência e sabedoria. No fundo, segundo os ditadores da moda, todo mundo está errado, e precisam comprar alguma coisa para acertar essas coisas. E se é quase obrigado a comer o que a mídia determina, a escutar o que ela impõe, a ver o que ela seleciona, e a viver como pessoas que ganham muito bem com isso, desejam que se viva. Tudo o que é imposto sobre as pessoas na sociedade, de alguma maneira, rende bom dinheiro a outra pessoa, e poucos questionam se prejudica ou não, se ajuda em alguma coisa ou se é inútil. Se na televisão alguém disse que isso ou aquilo deve ser comprado, não se que questiona, mas se compra. Se na televisão alguém disse que viver de determinado modo é o correto, não se questiona, assim se vive. Até mesmo entre o povo de DEUS. Muitos escolhidos estão sendo enganados, e nem percebem.
O que afinal está faltando às pessoas nesse mundo dominado e controlado por interesses escusos? Falta confiança em DEUS. Como diz a lição: “precisamos aprender a confiar em DEUS.”
E como se adquire confiança em DEUS? “Os olhos de Paulo estavam sempre voltados para o invisível e eterno. Reconhecendo que estava lutando contra poderes sobrenaturais, pôs sua confiança em Deus, e nisto repousava sua força. É pelo contemplar Aquele que é invisível que se obtém a força e o vigor da alma, e é quebrado o poder das coisas terrenas sobre a mente e o caráter” (Atos dos Apóstolos, 363).
Na prática não é difícil aprender a confiar em DEUS. É preciso viver com Ele. Todas as manhãs, orar e ler um trecho da Bíblia, e estudar a Lição da Escola Sabatina. Mas fazer isso não basta. É preciso ver nesses textos o que tem para nós. É preciso estar disposto a mudar de vida, seja o que for que nesses textos descobrirmos sobre a necessidade de mudança. Então, ao se descobrir que algo deve mudar, aí vem a luta de Jacó: orar todos os dias até que a vitória seja alcançada. E nos momentos de fraqueza, orar pedindo poder para vencer e não cair. Mas se já caiu, então orar pedindo perdão, e para não cair mais. Aí vai ter uma experiência com DEUS. Para completar, ajudar outros a também conhecerem a DEUS e serem salvos. Não é difícil se libertar do peso enorme que o mundo nos impõe em troca da confiança em DEUS.

  1. Quarta: Pássaros e lírios
“Buscai, pois, em primeiro lugar o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mat. 6:33).
Nós, seres humanos, somos invertidos. Preocupamo-nos com o que não faz sentido preocupar e deixamos de lado o que é verdadeiramente importante. E o que é importante? O reino de DEUS e a Sua justiça.
O que esse verso quer ensinar? Que devemos buscar formar aqui nessa Terra a cidadania do reino para onde queremos ir. Isso significa buscar conhecimento em relação a esse reino e a seu Rei. Esse conhecimento está disponível, em forma de informações, no manual da salvação, a Bíblia, que devemos ler todos os dias. Mas não é só ler, devemos buscar nela saber o que em nossa vida precisa mudar.
Olhe que iremos agora dar um alerta vital. A Bíblia, na verdade, é só um livro com muitas palavras escritas. Ela não tem vida em si, não fala em voz alta. Ela não troca idéias conosco. Portanto, é como um outro texto qualquer. Afinal com base na Bíblia cada dia aparece uma nova igreja diferente. Com base num mesmo texto pessoas inventam muitas seitas e igrejas, e não é possível que, sendo elas diferentes, sejam todas verdadeiras. Outras pessoas estudam profundamente a Bíblia, mas para combatê-la, e conseguem desenvolver argumentos contra ela.
Então, onde está o problema? Nós devemos ler a Bíblia, em primeiro lugar, com oração, para que o seu texto deixe de ser um texto qualquer, e tenhamos um professor atrás de nossos ouvidos nos dando o entendimento desse texto. Em segundo lugar, devemos procurar na Bíblia o que em nossa vida está correto e deve ser reforçado e o que está errado e deve ser mudado. Para tanto, temos que ser humildes diante desse texto para que ele se torne em um espelho que mostre onde estamos certos e onde estamos errando. Se não fizermos isso, estaremos lendo a Bíblia como muitos falsos líderes, e inventando para nós mesmos, um modo de vida que achamos ser coerente com a Bíblia, quando na verdade estamos, mesmo com esse livro na mão, nos enganando e nos perdendo para a vida eterna. A maioria de nossos irmãos e irmãs cai nessa cilada, assim como caem os falsos líderes, que, muitos deles, estão convencidos de seguirem o livro de DEUS de modo correto. E se tornaram cegos, pois veem só o que querem ver, e não veem o que O ESPIRITO SANTO lhes gostaria de mostrar.
E em terceiro lugar, devemos ser corajosos, e mudar em nossa vida aquilo que descobrirmos, pelo estudo da Bíblia, que deve ser mudado. Uma das coisas mais difíceis para o ser humano é mudar hábitos, principalmente os maus. Nós nos apegamos tanto aos nossos hábitos, às nossas rotinas, que podemos, muitas vezes, obter doutorado em divindade (como se fosse possível alguém ser doutor em conhecimento sobre DEUS...) e, mesmo assim, todos os dias, fazer o que satanás sugere. Ou seja, ser dominado por pequenos e assim considerados insignificantes mundanismos, pelos quais, se perde, com título e tudo o que fez de bom.
Essas três coisas acima foram sugeridas aqui para uma finalidade, conforme a lição. Devemos buscar conhecer a DEUS para, como Enoque, andar com Ele. Assim teremos condições de buscar em primeiro lugar o reino de DEUS, e nesse caso, a ansiedade pelas coisas da vida desaparecerão, ou pelo menos serão minimizadas a quase nada. Assim viveremos conforme o natural, que é sempre o mais bonito, e esqueceremos aquela ansiedade que a maioria das pessoas tem, quanto à sua aparência. O natural, conforme DEUS criou, é sempre superior, mas o mundo diz que é o contrário, e as pessoas se tornam ansiosas por saber qual a novidade de como se vestir, como se pintar, etc., para estar em dia com o mundo, e nem se dão conta de que o importante é a vida eterna. Se quisermos mesmo ser salvos, devemos desvirar nossas prioridades, e pensar seriamente em buscar a cidadania do reino a que pertencemos, e que queremos continuar pertencendo.

  1. Quinta: Um dia de cada vez
JESUS disse que não nos inquietássemos com o dia de amanhã, isto é, com o futuro. Temos que ter em mente o que Ele disse e o que Ele não disse.
O que Ele disse? Que são inúteis as preocupações em relação ao futuro, seja o dia seguinte, seja para mais tempo.
O que Ele não disse? Ele não disse que não nos preparássemos para o futuro, isto é, deixássemos de planejar e de suprir para termos mais adiante.
Em relação ao que Ele disse - é sobre a inutilidade das preocupações, pois não só nada resolvem como pelo contrário, elas criam problemas. Se tememos ter de enfrentar problemas no futuro, é esse temor que trará muitos problemas. Mas se não tememos problemas futuros, esse fator de geração de problemas, que é a preocupação, causará bem menos problemas. Principalmente serão evitados problemas com a saúde.
Em relação ao que Ele não disse - como somos seres racionais, capazes de pensar e de planejar, e essas capacidades nos foram dadas por DEUS, devemos então utilizá-las. Mas a utilização dessas capacidades deve ser conforme o princípio da não preocupação em relação ao futuro.
Como planejam as pessoas que se preocupam quanto ao futuro? Elas querem acumular indefinidamente recursos, riquezas, bens, etc., para eventualmente, se algo der errado, terem de sobra. Por exemplo, se alguém consegue acumular R$100.000,00 como poupança, terá esse dinheiro para eventualidades. Mas se ele tiver a possibilidade de conseguir R$1.000.000,00, correrá atrás, e se tiver a possibilidade de conseguir R$1.000.000.000,00, continuará correndo atrás desse valor, e não parará nunca de correr atrás da obtenção de mais riqueza. Ter muita riqueza passa uma sensação de segurança, principalmente a quem não a tem. Mas quando chega a ter, percebe que ainda não está seguro; então busca ter cada vez mais, e essa corrida não tem limite.
Assim a pessoa se desgasta trabalhando, acumula bens, e no entanto, nunca alcança a tal segurança. Pelo contrário, quando vê, não deu atenção devida à família, à sua esposa ou ao seu marido, aos filhos, aos pais que envelhecem, aos amigos, e principalmente a DEUS. Ele estava demais preocupado com o amanhã, e muitas vezes perde o hoje, a começar pela família e a terminar, pela perda de sua vida presente, futura e eterna. É dessa preocupação boba e sem sentido, mas que contamina a maioria das pessoas, e também entre o nosso povo, que JESUS estava alertando. Então, se alguém enriquece sem tal tipo de preocupação, é humilde e simples seguidor de JESUS, não está acontecendo nada de errado em sua vida. Preocupações ocorrem aos gananciosos e faltos de fé. Buscar acumular riquezas para ter segurança é como dizer a DEUS: não confio em Ti.
E o que JESUS não disse? Como já escrevemos, que deixássemos de planejar ou de prover. Inclusive a Bíblia manda ter com a formiga, que trabalha e faz provisão para o inverno. JESUS ilustra com a parábola dos dois construtores: um construiu sobre a rocha e outro sobre a areia. Um foi precavido, outro foi relaxado. A aplicação é principalmente espiritual, mas serve para a nossa vida profissional também. Então, o que não devemos deixar de fazer e que afeta o nosso futuro?
Devemos nos qualificar espiritualmente, estudar a Bíblia, as lições da Escola Sabatina e ler o Espírito de Profecia. Todo adventista deveria ter por meta ler ao menos uns dez livros de Ellen G. White, e quem for líder, bem mais que isso. São os nossos fundamentos.
Devemos nos qualificar profissionalmente, estudar, nos aperfeiçoar, sermos os melhores profissionais. Essa é a dica de provérbios 22:29. Devemos buscar a perícia em nossa vida profissional.
Devemos prover para o futuro. Não se gasta tudo o que se ganha. Deve-se ter recursos para a velhice e para eventualidades, mas não devemos preocupar nem com a velhice nem com as eventualidades. Uma coisa é prover, outra é se preocupar com elas. Só provendo, é bastante provável que nem venha a necessitar de boa parte da provisão, mas preocupando-se com o futuro, é bem provável que a provisão seja insuficiente, pois pode acontecer algo que só a fé pode resolver, e como preocupação expulsa a fé, a provisão que fez nada ajudou.
Devemos planejar nosso futuro, ou seja, o que iremos comprar, em que nos aperfeiçoaremos, o que iremos mudar em nossa vida, etc. DEUS também planeja, e essa foi uma capacidade que Ele nos passou, e a devemos usar, sempre de acordo com o princípio da não preocupação.
Resumindo, devemos ser felizes em nosso DEUS, confiar nEle, e trocar idéias com Ele sobre o que faremos no futuro. Assim, andando com Ele as nossas atividades serão bem mais fáceis de serem realizadas.

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Agora, ao final desse segundo estudo desse trimestre, cabe uma pergunta: como iremos querer que DEUS nos abençoe se não confiamos nEle, e procuramos por nós mesmos, sem Ele, cuidar do que devemos fazer?  Há um texto de Ellen G. White que é adequado para essa situação.
“"Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã. ... Basta a cada dia o seu mal." Mat. 6:34.
“Se vos entregastes a Deus, para fazer a Sua obra, não precisais estar ansiosos pelo dia de amanhã. Aquele de quem sois servo, conhece o fim desde o princípio. Os acontecimentos do amanhã, ocultos a vossos olhos, acham-se à vista dAquele que é onipotente.
“Quando tomamos em nossas mãos o manejo das coisas com que temos de lidar, e confiamos em nossa própria sabedoria quanto ao êxito, chamamos sobre nós um fardo que Deus não nos deu, e estamos a levá-lo sem Sua ajuda. Estamos tomando sobre nós mesmos a responsabilidade que pertence a Deus, pondo-nos, na verdade, assim, em Seu lugar. Podemos bem ter ansiedade e antecipar perigos e perdas; pois isto é certo sobrevir-nos. Mas quando deveras acreditamos que Deus nos ama, e nos quer fazer bem, cessamos de afligir-nos a respeito do futuro. Confiaremos em Deus assim como uma criança confia em um amoroso pai. Então desaparecerão nossas turbações e tormentos; pois nossa vontade fundir-se-á com a vontade de Deus.
“Cristo não nos deu promessa alguma de auxílio para quando levarmos hoje os fardos de amanhã. Disse Ele: "Minha graça te basta" (II Cor. 12:9); mas, como o maná dado no deserto, Sua graça é concedida diariamente, para a necessidade do dia. Como as multidões de Israel em sua vida de peregrinos, encontraremos manhã após manhã o pão do Céu para a provisão do dia.
“Um dia de cada vez nos pertence, e durante o mesmo cumpre-nos viver para Deus. Por esse dia devemos colocar na mão de Cristo, em solene serviço, todos os nossos desígnios e planos, depondo sobre Ele toda a nossa solicitude, pois tem cuidado de nós. "Eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais." Jer. 29:11. "Em vos converterdes e em repousardes, estaria a vossa salvação; no sossego e na confiança, estaria a vossa força." Isa. 30:15.
“Se buscardes o Senhor e vos converterdes cada dia; se, por vossa própria escolha espiritual, fordes livres e felizes em Deus; se, com satisfeito consentimento do coração a Seu gracioso convite, vierdes e tomardes o jugo de Cristo - o jugo da obediência e do serviço - todas as vossas murmurações emudecerão, remover-se-ão todas as vossas dificuldades, todos os desconcertantes problemas que ora vos defrontam se resolverão” (O maior discurso de CRISTO, 100 E 101).

escrito entre:  01/12 a 02/12/2010
revisado em  02/12/2010
corrigido por Jair Bezerra


Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.

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