quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 11 - 3º Trim. 2010

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Terceiro Trimestre de 2010
Tema geral do trimestre: A Redenção em Romanos
Estudo nº 11    Eleição da Graça
Semana de   4 a 11 de setembro
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar: “Pergunto, pois: terá DEUS, porventura, rejeitado o Seu povo [os judeus]? De modo nenhum! Porque eu também sou israelita, da tribo de Benjamim” (Rom. 11:1).

Introdução de sábado à tarde
Voltamos ao assunto da semana passada, sobre a eleição de DEUS. Vamos então começar a aplicar o que já sabemos. Aliás, lembrando, estudar as lições somente de uma perspectiva histórica é perigoso. Se não fizermos as devidas aplicações em nossa vida, estudando as lições podemos nos habituar a apenas obter conhecimento e fatos do passado, mas não desenvolver a capacidade de responder a pergunta: afinal, o que isso me ensina para viver? E se cairmos nessa armadilha, nós nos tornaremos doutores em erros e acertos dos que já morreram, e incompetentes em nos espelharmos nesses conhecimentos para descobrirmos os nossos próprios erros e acertos.
Os israelitas, e depois só as tribos de Judá, Benjamim, e mais algumas pessoas de outras tribos, continuaram sendo povo de DEUS. Foi-lhes dado um prazo de 490 anos para se definirem, se queriam ou se não ser povo de DEUS. Venceu esse prazo, e nesse tempo veio JESUS para os conquistar pessoalmente, mas só alguns O aceitaram. Os demais, em especial os líderes religiosos, mas não os profetas (quase em todos os tempos houve conflito entre os sacerdotes e os profetas), rejeitaram a JESUS, e O mataram na cruz. Em Estevão, especificamente com sua morte, houve a rejeição final.
Agora veja bem, terminou o período dos 490 anos, em 34 dC. Finalmente chegou a vez de pregar aos gentios (povos não descendentes de Abraão). Podiam, ou melhor, até deveriam, ter pregado antes aos gentios, mas não o fizeram. Agora, isso teria que ser feito. E quem foi pregar a essas pessoas? Alguns judeus! E Paulo era um deles. Ele o destaca no verso dessa semana! E os gentios passaram a fazer parte do povo de DEUS, como descendentes espirituais de Abraão, na mesma fé desse homem. Já não era mais a nação judaica o povo de DEUS, mas as pessoas judias, que seguiam a JESUS, juntamente com os gentios que também passassem a segui-Lo.
Qual a novidade aqui? O que desde o início da nação israelita deveria ter acontecido, agora estava se tornando realidade com a igreja. Os israelitas deveriam ter se tornado atração ao mundo, mas, pelo contrário, quantas e quantas vezes eles é que foram atraídos pelo mundo! E quantas vezes DEUS usou o mundo, as nações pagãs, para dar lições a Seu povo. Lições não como deveriam adorar, mas, como é a tragédia caso se voltassem aos deuses desse mundo. Sobre isso devemos meditar bastante!
E hoje, em nossos dias, como está a situação? Que ninguém venha querer me convencer que a igreja não está bem inclinada para o mundo, por exemplo, quanto aos métodos de evangelização. Ellen White previu, e infelizmente, sua profecia se cumpre. Há muitos entre nós copiando os métodos do mundo para salvar almas para DEUS. Esses métodos têm um poder que esses homens e mulheres imaginam DEUS não ter: atrair multidões. Mas esses métodos não têm o poder de transformar sequer uma pessoa. Então se enchem algumas igrejas, mas não se salvam pessoas, porque O ESPÍRITO SANTO não está ali. O poder de transformar não está no mundo, e sim com o ESPÍRITO SANTO. Esses métodos atraem para as coisas do mundo, e, curiosamente, dentro da igreja. Muitos pensam que conseguem atrair com as iscas do mundo, e em um certo momento, fazer uma guinada, uma reviravolta, e aí levar as pessoas para DEUS. Sabe de uma coisa? Quando se atrai com os métodos do mundo para as pessoas virem para a igreja, as pessoas vêm, e para encontrarem na igreja o mesmo que o mundo oferece lá fora. Em palavras bem simples, é satanás, por meio de pessoas da própria igreja, mundanizando o templo de DEUS. Um motivo para a sacudidura. Há uma grande ânsia por números, como em geral no mundo, mas o que devemos ansiar é pelo poder do ESPÍRITO SANTO. Muitos combatem esse membro da Trindade diretamente, mas muitos mais o combatem menosprezando o Seu poder, o que é bem pior. E fazem tal coisa por meio da substituição dos métodos divinos pelos do mundo. Aqueles que combatem o ESPÍRITO SANTO diretamente, geralmente se posicionam de fora da igreja, e os outros, estão atuando dentro da igreja. A igreja está sendo espremida pelo poder do inimigo, de forma direta e de forma sutil, ao mesmo tempo.
Se somos o povo de DEUS, e de fato somos, então temos que confiar em DEUS quanto aos métodos para salvar almas, que sejam os de DEUS, os que Ele aprova. Pois não devemos recorrer aos mesmos métodos que enchem os circos, os shows seculares, os bares, os cinemas, os teatros... Veja agora o que diz EGW sobre isso: “Devemos empenhar esforços para mostrar ao nosso povo as necessidades da causa de Deus, e para lhes revelar a necessidade de usar meios que Deus lhes confiou para o avanço da obra do Mestre tanto na pátria como no estrangeiro. (...) Permiti-me dizer-vos que o Senhor trabalhará nesta última obra de um modo muito fora da comum ordem de coisas e de um modo que será contrário a qualquer planejamento humano. (   ) Deus usará maneiras e meios pelos quais se verá que Ele está tomando as rédeas em Suas próprias mãos. Surpreender-se-ão os obreiros com os meios simples que Ele usará para efetuar e aperfeiçoar sua obra de justiça. Aqueles que são considerados bons obreiros, necessitarão apegar-se mais a Deus, necessitarão do toque divino. Precisarão beber de maneira mais profunda e contínua da fonte da água viva, a fim de poderem discernir a obra de Deus em cada ponto” (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 299 e 300).
Estamos percebendo que alguns de nossos homens dirigentes se posicionam conforme a Bíblia e o Espírito de Profecia, quanto à música de louvor na igreja. Isto é uma maravilha, pois o poder de DEUS está agindo por meio dessas pessoas. Houve um tempo em que a direção superior abriu as portas para a música mundana. Agora, elas serão fechadas. Mas tal música já está dentro, e formou “hábitos” e ocupou lugar. De agora em diante iremos perceber, já que a música satânica adentrou “oficialmente” na igreja, um forte e intenso conflito. Os superficiais, aqueles que sempre estão ao lado do poder, irão mudar de posição, para continuarem de bem com o poder. Aqueles que sempre foram fiéis a DEUS, se alegrarão. E os rebeldes, esses farão muito barulho, e como sempre, oferecerão resistência, mas, atraídos pelas oportunidades de fama no mundo, aos poucos se ligarão com ele, deixando a igreja. É a sacudidura se acentuando, ela se manifestará mais fortemente no assunto da adoração, como é evidente.
A lição dessa semana nos alerta quanto ao erro cometido pelos judeus, em segurarem a salvação para si mesmos, enquanto, ao mesmo tempo, repetidamente buscavam o modo de adoração dos idólatras. Devemos ser sábios nas aplicações dos fatos passados aos nossos dias. Portanto, mais um texto para se refletir, agora, sobre a música (e ficaremos por aqui, pois haveria muitas outras aplicações).
As coisas que descrevestes como tendo lugar em Indiana, o Senhor revelou-me que haviam de ter lugar imediatamente antes da terminação da graça. Demonstrar-se-á tudo quanto é estranho. Haverá gritos com tambores, música e dança. Os sentidos dos seres racionais ficarão tão confundidos que não se pode confiar neles quanto a decisões retas. E isto será chamado operação do Espírito Santo.
“O Espírito Santo nunca Se revela por tais métodos, em tal balbúrdia de ruídos. Isto é uma invenção de Satanás para encobrir seus engenhosos métodos para anular o efeito da pura, sincera, elevadora, enobrecedora e santificante verdade para este tempo. É melhor nunca ter o culto do Senhor misturado com música do que usar instrumentos musicais para fazer a obra que, foi-me apresentada em janeiro último, seria introduzida em nossas reuniões campais. A verdade para este tempo não necessita nada dessa espécie em sua obra de converter almas. Uma balbúrdia de barulho choca os sentidos e perverte aquilo que, se devidamente dirigido, seria uma bênção. As forças das instrumentalidades satânicas misturam-se com o alarido e barulho, para se ter um carnaval, e isto será chamado de operação do Espírito Santo.
“Nenhuma animação deve ser dada a tal espécie de culto. A mesma espécie de influência se introduziu depois da passagem do tempo em 1844. Fizeram-se as mesmas espécies de representações. Os homens ficaram excitados e eram trabalhados por um que pensavam ser o poder de Deus – Carta 132, 1900, a S. N. Haskell” (Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 36 e 37).

  1. Primeiro dia: O fim da lei
Paulo escreveu que o fim da lei é CRISTO. Isso quer dizer que vindo CRISTO, a lei foi anulada? Ao menos é o que muitos pregadores dizem mundo afora.
Não é o que a Bíblia diz. Aqui está se referindo que CRISTO é o propósito, a finalidade da lei. Ele é o exemplo de como a devemos cumprir. Isso Ele demonstrou em Sua vida. Aliás, se ressuscitando CRISTO os Dez Mandamentos perdessem sua validade, então, CRISTO, que é o Legislador, deveria ter dado outra lei, pois não há sociedade nem governo que possa ser organizado sem lei. Aliás, na lei, o que vem sendo mais atacado na verdade é o quarto mandamento, que foi amargamente alterado. E também o terceiro, sobre as imagens, que desapareceu. Qualquer pessoa de bom senso, deveria logo perguntar: foi DEUS quem fez essas alterações? Ou seja, foi O Legislador? Se não foi, então se trata de uma fraude, e sendo assim, abra o olho, pois a Bíblia mesmo alerta contra a fraude de alteração dos tempos e da lei (Dan. 7:25).
O “fim da lei é CRISTO” quer dizer o seguinte: o Salvador veio mostrar como se obedece a lei dos Dez Mandamentos. E Ele, CRISTO, é o objetivo da lei cerimonial. Ele, obedecendo, é que assim Se tornou Salvador. Portanto, Ele obedeceu, para morrer em nosso lugar e nos perdoar. CRISTO o fim da lei tem a seguinte conotação: Ele é exemplo de como se vive em obediência à lei. O que a lei sempre exigiu, podemos ver na vida de CRISTO. E isso é incontestável. Nem mesmo aqueles mais audazes defensores da mudança da lei ousam dizer que CRISTO não santificou o sábado, ou que tenha deixado de obedecer algum dos Dez Mandamentos. Nem mesmo satanás pode afirmar tal coisa. Portanto, O Salvador, que foi o autor da lei, é também o seu maior exemplo de obediência aqui nessa Terra.
E o que Paulo quis dizer com “zelo sem entendimento”? Há aqueles que são rígidos demais, e também há aqueles que são liberais. Os rígidos tendem a criar regras para a obediência aos Dez Mandamentos. Assim fizeram os antigos judeus. Havia 613 regras para se cumprir os mandamentos de DEUS (ver em http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:613_mandamentos e http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Atividades_proibidas_no_Shabat).
Quando o ser humano se torna fanático, ele torna a obediência em forma de muitas regras, a maioria sem sentido. Ser cristão fica só para ele, outros não conseguem se salvar. Agora vem o pior: ele julga os outros pelo que ele mesmo exige, mas, para piorar mais, nem ele segue tudo direitinho. É bem comum, muitas vezes em secreto, ele mesmo descumprir alguns de seus preceitos, que DEUS não aprova.
Vamos a um caso real. É o caso de um vegetariano em extremo zeloso. Certa vez, diante de um único prato de comida, de rizoto (arroz com carne de frango desfiada), e sem outra opção, ele separou o arroz da carne, e condenava quem comia a carne, mas mais tarde, misturou leite com açúcar. Qual dessas duas combinações é pior? Já não se deve mais comer carne, mas, muito menos, fazer outra coisa pior que isso.
O fim da Lei de DEUS não é uma obediência burocrática a normas frias, uma obediência mecânica, imposta de fora. Mas é a transformação da vida, para que ela se torne tal como foi a vida de JESUS aqui na Terra. Ele é o exemplo do que nós devemos ser se transformados. Não se obtém o perdão dos pecados já cometidos obedecendo, mas se é transformado pela obediência, e o padrão de onde devemos chegar após totalmente transformados é JESUS CRISTO.
Nós devemos ser equilibrados como foi JESUS. Nem fanáticos ou radicais, e nem liberais, do tipo, quase tudo pode. Devemos deixar de lado as coisas que prejudicam, e ser moderados nas que são boas. Hoje é tempo de conversão. Nós devemos ir a CRISTO como somos, mas não permanecer como fomos a Ele. Devemos ser transformados.
O fanatismo está centrado no “eu”, e o liberalismo está centrado no “mundo” e o equilíbrio está centrado em “CRISTO”.

  1. Segunda: A eleição da graça
Terá DEUS rejeitado o Seu povo (após o ano 34 dC)? Temos que considerar, para esse estudo, a profecia dos 490 anos dados ao povo de DEUS. Ela diz que esse é um tempo dado ao povo escolhido para se definir, se querem ou se não querem ser fiéis a DEUS. Como nação, escolheram, por meio de seus líderes maiores, seguir a Cesar, e quanto a JESUS, disseram, crucifica-O. Então, diante desses fatos, terá DEUS rejeitado esse povo?
Daqueles dias em diante, DEUS não Se relacionaria mais com o Seu povo (que continuaria sendo Seu povo) por meio dos líderes nacionais. O Sinédrio não seria mais reconhecido por DEUS, nem o sacerdócio. Os dirigentes nacionais estavam destituídos de suas funções espirituais, e em lugar deles, DEUS estabeleceu outros líderes, homens humildes, simples e sinceros, principalmente obedientes a DEUS. Eram homens e mulheres com quem DEUS poderia se comunicar. Eles eram os apóstolos e os evangelistas da igreja que estava substituindo a nação judaica. Mas o povo de DEUS, os judeus, poderiam, se desejassem, abrigarem-se todos sob o manto da igreja.
DEUS, portanto, não estava rejeitando os judeus. Pelo contrário, Ele estava estabelecendo uma nova organização (a igreja), em substituição à anterior (o poder político-religioso corrompido), para que esse mesmo povo, e também os gentios, e o mundo todo (agora se inclui a nós, que não somos judeus) pudessem se refugiar em CRISTO, e serem salvos para a vida eterna. E para instituir a igreja, que pessoas JESUS utilizou? Judeus! Pois é, a “eleição da graça” é criar as condições para que todos possam ir à igreja. Antes, só os judeus iam ao templo, e só entravam nele os sacerdotes. Agora, tanto judeus quanto gentios deveria ir ao templo, e entrar nele para adorar. A igreja deu sequência ao templo de Jerusalém, para todos os povos, e o nacionalismo religioso foi posto por terra, pois sempre atrapalhou o verdadeiro objetivo dos judeus, que foi levar o conhecimento da salvação a todos os povos. Agora, tanto judeus quanto gentios o fariam por meio da igreja.
E agora, quanto ao espírito de entorpecimento, quanto aos olhos que veem, mas não distinguem o mais importante? O que se diz dessa afirmação obtida por Paulo de Isaías 29:10 e do Salmo 69:22 e 23? Vamos ao entendimento dessas palavras. Na Alemanha nazista, repetia-se, “minta, minta, minta, e a mentira se tornará em verdade.” Ao menos será entendida como verdade. Joseph Goebbels teria dito: “Uma mentira repetida cem vezes torna-se verdade”. E assim é também com aquilo que a gente quer crer. Os líderes judeus desenvolveram regras de crença. Eles queriam ser superiores aos demais povos, mas do seu modo. Levaram tempo para desenvolver essas regras, e depois de séculos, criam nelas como sendo de DEUS. E queriam mesmo crer nelas. Ou seja, eles criam tanto em suas mentiras que as tinham por verdadeiras. Eles fecharam o coração às simples, claras e óbvias verdades bíblicas. E não mais entendiam essas verdades. Então DEUS fez com eles o que está escrito em II Tess. 2:11 e 12, a operação do erro. Em palavras bem simples, aconteceu o seguinte: já que rejeitam em definitivo a verdade, então, creiam de vez, até que morram, na mentira. Isso é o mesmo que rejeição do ESPÍRITO SANTO. DEUS não abandonou a essas pessoas; elas, por suas decisões próprias, se afastaram de tal modo de DEUS, e com tanta intensidade, que nem mesmo algum profeta do passado, se ressuscitasse, e viesse falar com eles, aceitariam outras idéias senão as deles. Foi isso que aconteceu com os líderes judaicos no tempo de JESUS, e antes disso, foi o que aconteceu com Lúcifer, no Céu, quando desenvolveu o seu plano de ser adorado como se fosse DEUS. Há uma compulsão tão intensa da parte da pessoa em crer em si mesma, que a qualquer evidência de que esteja errada será rechaçada. Pessoas assim DEUS deixa ao sabor de seus próprios pensamentos. Elas estão perdidas para sempre, pois por sua decisão determinaram não aceitar nada que não esteja de acordo com o seu modo de pensamento. Cuidado para não cair nessa armadilha; dela ninguém sai vivo, espiritualmente falando. O livre-arbítrio foi mal utilizado, e se tornou um laço para a morte. Nós temos que seguir o seguinte caminho: "Sim, sim, não, não, porque o que passa disto é de procedência maligna" (Mat. 5:37).

  1. Terça: O ramo enxertado
Como DEUS é inteligente! E poderoso! Veja só o que aconteceu. Os judeus, como nação, se desligaram de JESUS. E, portanto, também de DEUS. Isso seria o fim dos servos de DEUS? Não, pelo contrário; assim, como até já estava previsto, o evangelho foi para os gentios. E esses foram se convertendo. E foram recebendo a lei de DEUS, e muitos deles se tornaram fiéis seguidores.
E os judeus, ao menos muitos deles, ficaram enciumados com tal desdobramento dos fatos relativos a sua fé. Enciumados porque eles eram zelosos com sua religião, e vendo-a sendo abraçada por gentios, sentiram-se como perdendo a exclusividade. Agora não eram mais apenas os judeus que conheciam a Bíblia, mas os gentios também a estavam conhecendo, e em pouco tempo eram muito mais gentios que judeus a seguirem aquela mesma fé. Assim, alguns judeus pararam para pensar, e também se tornaram cristãos. Que privilégio para estes, pois eram ao mesmo tempo judeus (povo de DEUS) e cristãos (igreja de CRISTO).
Ou seja, muitos judeus, que formavam a copa da oliveira boa, com seus muitos ramos, tiveram que ser cortados, pois rejeitaram a DEUS, e em seu lugar, foram postos enxertos que antes estavam em oliveiras bravas, cujo fruto não prestava para nada, senão para jogar fora. Mas outros judeus permaneceram na oliveira. Aí que vem a advertência de Paulo: se DEUS não poupou os próprios judeus, aqueles que O rejeitaram, e os cortou de Sua oliveira (figurativo), não iria poupar também os gentios que foram enxertados nela, se eles voltassem ao lugar de onde vieram. Portanto, que ninguém se glorie em estar na oliveira de CRISTO, pois assim como pessoas descendentes carnais de Abraão foram cortadas, também as que vieram do paganismo poderiam ser cortadas.
Então, que coisa interessante. Pelo erro dos judeus o evangelho foi levado aos gentios. Já que não levaram o evangelho aos gentios pelo exemplo de nação, então, errando, ou seja, rejeitando JESUS, o evangelho finalmente foi para os de fora, “graças” a essa rejeição! Curioso né? Até contraditório! Mas eficaz!
Surge uma pergunta: e se os judeus tivessem, naqueles tempos, se mantido fiéis a CRISTO, nesse caso o evangelho não seria pregado aos gentios? Seria sim, de qualquer maneira. E bem antes do ano 34 dC, séculos antes. O ano 34 dC foi a data limite para que se pregasse aos gentios. Assim, também, ao que parece, há uma data limite para JESUS voltar outra vez, e, ao que tudo indica, será nessa data que Ele voltará. O que Paulo aqui diz é que, por uma ou por outra via, DEUS cumpre Seus propósitos. E se cometermos erros, até mesmo esses erros DEUS pode usar e reverter para algum bem. Mas, atenção: nós pagaremos por esses erros. Pelo fato deles terem resultado em algum bem, em salvação para outros, isso não deve servir de incentivo a novos erros, e também não nos salva. Um erro gera risco de perda da vida eterna. Bem mais proveitoso será seguir o caminho da vontade de DEUS, no qual não corremos risco algum.
“Paulo relaciona o remanescente de Israel a uma boa oliveira de que alguns galhos foram quebrados. E compara os gentios aos ramos de uma oliveira silvestre, enxertados no tronco da oliveira-mãe. "E se alguns dos ramos foram quebrados", escreve ele aos crentes gentios, "e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar deles, e feito participante da raiz e da seiva da oliveira, não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti. Dirás pois: Os ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado. Está bem; pela sua incredulidade foram quebrados, e tu estás em pé pela fé; então não te ensoberbeças, mas teme. Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, teme que te não poupe a ti também. Considerai pois a bondade e a severidade de Deus; para com os que caíram, severidade; mas para contigo, a benignidade de Deus, se permaneceres na Sua benignidade; de outra maneira, também tu serás cortado." Rom. 11:16-22.
“Devido à incredulidade e à rejeição do propósito do Céu para eles, Israel como nação perdera sua ligação com Deus. Mas os ramos que haviam sido cortados do tronco, Deus podia ligar ao verdadeiro tronco de Israel - o remanescente que havia permanecido fiel ao Deus de seus pais. "E também eles", declara o apóstolo, falando dos ramos cortados, "se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; porque poderoso é Deus para os tornar a enxertar." "Se tu", escreve aos gentios, "foste cortado do natural zambujeiro, e contra a natureza, enxertada na boa oliveira, quanto mais esses, que são naturais, serão enxertados na sua própria oliveira! Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado.” (Atos dos Apóstolos, 376 a 378).

  1. Quarta: Um ministério revelado
Pelo estudo da lição de ontem e de hoje, temos notícias muito boas para os judeus. Que bom! Paulo diz que o Libertador veio dos judeus. Isto é, JESUS era judeu. A salvação para o mundo veio por meio desse povo. Isso é bom ou ruim? Isso é ótimo!
Mas tem mais coisas bem boas. Paulo explica que os judeus serão restabelecidos um dia desses. Não como nação e nem todos eles, assim como nem todos os gentios irão aceitar o evangelho, e nem todos os cristãos e nem todos os adventistas se salvam. Isso que Paulo está falando aqui (Rom. 11:15, 23 e 24) é para futuro próximo, no tempo do Alto Clamor, logo após a sacudidura na Igreja Adventista do Sétimo Dia. Ou seja, vai haver uma poda bem severa nessa igreja, isso é certo. Muitos ramos serão cortados. Lembra do estudo de ontem? E, por outra via, muitos judeus serão restabelecidos como povo de DEUS. Já estão sendo, e serão ainda muitos mais a se unir na forma de um só povo de DEUS. Para a salvação eles jamais foram rejeitados, pelo contrário, eles estão numa situação privilegiada em relação aos gentios (e eu sou um gentio, convertido).
Por estimativas, há no mundo hoje em torno de uns 20 milhões de judeus. E de gentios há perto de 7 bilhões, pois se deve incluir os cristãos. No final dos tempos, quando vier a sacudidura e o Alto Clamor, quando saírem de babilônia os filhos de DEUS que ainda estão lá, e quando o joio sair da IASD, quando tudo se deslocar, nesse tempo muitos judeus virão para JESUS (alguns virão antes desse tempo, sempre há os que dão o exemplo). E agora pense na proporção de judeus salvos em relação com a proporção de gentios salvos, nesses últimos dias. Facilmente poderá haver uma proporção de salvos judeus muito superior ao de gentios, pelo número total de pessoas em cada grupo. Curioso, não é mesmo? Mas esse ainda não é o ponto mais importante!
Agora vamos simular a cena final. Por que você acha que o papa Bento XVI está cortejando tanto os judeus, para que se unam com a Igreja Católica por meio do diálogo inter-religioso? Porque esse povo recebeu as duas tábuas dos Dez Mandamentos, e se eles rejeitarem o sábado, trocando-o pelo domingo, com que moral e com que força os adventistas continuarão sustentando o sábado? Tal coisa certamente ainda irá acontecer em futuro próximo. Atualmente muitas empresas de judeus funcionam no sábado (como de adventistas também, às vezes, em instituições oficiais).
Mas por esses estudos podemos ver ainda outra cena, emocionante, nesses últimos dias. Podemos visualizar (releia Rom. 11:15, 23 e 24) muitos judeus se mantendo fiéis ao sábado, e abraçando a JESUS CRISTO. Imagine, por um pouco, o testemunho de pessoas assim. Elas contestarão com um poder impressionante a santificação do domingo; judeus tem o poder histórico da santificação do sábado, que nós, adventistas, não temos, mas herdamos deles. Elas se unirão aos outros guardadores do sábado, e receberão o poder do ESPIRITO SANTO, e proclamarão a breve volta de JESUS.
Onde está, nessa cena, o mais impressionante? Enquanto um grupo de judeus, os políticos e os mais liberais negam o sábado, isso farão por dinheiro, outros, ACEITAM A JESUS. Essa atitude, em si, gerará um poder que hoje não se pode avaliar à proclamação final do evangelho, o Alto Clamor de Apoc. 18:4.
Então, em vez dos adventistas perderem a moral pela rejeição do sábado da parte de alguns judeus, ou de muitos deles, o que dá força para Babilônia, os adventistas receberão poder de outros judeus, por meio de uma aliança de fusão, formando um só grupo, e expondo ao mundo, em pouquíssimo tempo, a queda de Babilônia e a volta de JESUS.
Veja que coisa impressionante! Esses judeus foram re-enxertados na oliveira de seus antepassados. Que coisa linda! E nós outros, que viemos do paganismo, também fomos enxertados nessa oliveira, e estamos juntos, numa só árvore, sustentada por CRISTO, O Salvador. Mas, a má notícia é que, nesses últimos dias, muitos adventistas, hoje na igreja, serão cortados pela sacudidura, para se juntarem a Babilônia. Esses aí, junto com os outros judeus que também se aliaram a Babilônia, serão as pessoas que mais irão sofrer durante a sétima praga. É que tanto um como outro, conhecem bem a verdade do sábado. Eles se verão perdidos e saberão bem melhor que os ímpios o que isso significa, quando DEUS mostrar ao mundo os Dez Mandamentos, pelos quais todos serão julgados.
Ah, como vai fazer bem, nesses dias do Alto Clamor, estar lado a lado, ombro a ombro, com um judeu, legítimo descendente carnal de Abraão, e concluir a obra de DEUS nesse mundo!

  1. Quinta: A salvação dos pecadores
Na verdade, a lição hoje trata mais da salvação dos judeus, mas, um pouco mais de longe, também dos gentios. Tem que ler com atenção os versos indicados (Rom. 11:28 a 36). Há ali alguns princípios profundos sobre a salvação. Vamos a eles.
Foi porque houve a desobediência que se manifestou a misericórdia de DEUS. Antes da queda de Adão e Eva ninguém jamais imaginava o que DEUS faria quando ocorresse o primeiro pecado. Quando Lúcifer e seus anjos pecaram, já foi uma surpresa, eles foram tolerados por tanto tempo quanto foi possível. E esse possível se refere à estabilidade do governo de DEUS. Ou seja, enquanto dava, os rebeldes foram aconselhados ao bom senso, e aí se manifestava a misericórdia. Mas quando eles passaram do ponto de retorno, quando pecaram contra o ESPÍRITO SANTO, quando já não surtia mais efeito algum outro conselho, então DEUS aceitou partir para a guerra e os expulsou. Ato extremo, que pode e deve fazer parte da justiça de DEUS, para que Seu governo não descambe para um reino de impunidade.
E agora os judeus. O que aconteceu com eles, ao ser JESUS levado a julgamento, certamente seria o mesmo conosco, caso estivéssemos em lugar deles. Acha que não? Hoje em dia, dentro da igreja, quantos são os que seguem o mundo, preferem o mundanismo? A maioria, segundo profecia de Ellen G. White. Esses não se importam em ser joio. No final dos tempos, eles gritarão contra o pequeno povo remanescente dentro da igreja, e os perseguirão com a ferocidade dos ímpios, inclusive entregando os fiéis a JESUS aos perseguidores, e eles mesmos perseguindo. Faz parte desse grupo, leigos e pessoas do ministério, que hoje não são facilmente identificados, porque seu comportamento, o seu fruto, que definitivamente separa servos fiéis de servos infiéis, ainda não amadureceu suficientemente. Mas está amadurecendo, ou seja, essa classe está introduzindo coisas na igreja para que ela sucumba. Muitos que fazem isso nem se dão conta das consequências que irão colher.
Os judeus do tempo de JESUS pecaram do modo como seus antepassados. Eles agora rejeitaram a pessoa humana de DEUS, em JESUS, assim como os antepassados já haviam rejeitado a DEUS, em diversas ocasiões, trocando-O por ídolos. Pois, assim como no passado DEUS se mostrava misericordioso para com o Seu povo toda vez que este pecava, do mesmo modo, explica Paulo, nos dias de JESUS, extravasava a misericórdia de DEUS em razão do pecado de terem rejeitado e matado JESUS. Ou seja, foi por causa dos pecados que a misericórdia de DEUS se manifestou. Essa é a grande questão.
Então, pergunto eu, é bom que pequemos para que se manifeste a misericórdia de DEUS? De modo algum, já diria Paulo, pois bem melhor e mais seguro é ter um relacionamento com DEUS sem nunca pecar, portanto não necessitando da Sua misericórdia, que pecar e ter que ser salvo. É assim, ou não é?
Pois bem, a justiça de DEUS é tão perfeita que, podemos dizer, graças aos judeus, que rejeitaram a CRISTO, que Ele foi morto e Se transformou em Salvador, deles e de todos os gentios. Curioso isso, não? Tão intrigante que Paulo exclamou: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de DEUS” (Rom. 11:33). Alguém já disse: “DEUS escreve direito sobre linhas tortas.” Realmente DEUS é demais: por algo mau, Ele providenciou a salvação a todos. Portanto, viva os judeus! Ou seja, combatendo a DEUS o ser humano não só não consegue que DEUS realize Seus planos, como está participando na realização desses planos. DEUS não se deixa escarnecer.
Vamos a outra análise agora. O amor de DEUS é tal, que, para nos salvar, JESUS precisava morrer por nós. Alguém teria que levá-Lo à morte. Quem? O Seu povo! Para quê? Para que esse povo mesmo, e todos os demais, pudessem ser salvos. Coisa impressionante. Agora uma reflexão muito importante: eu e tu, veja bem, certamente faríamos o mesmo se estivéssemos lá. Aliás, nós já fazemos isso, a grande maioria de nós que NÃO É FIEL A JESUS. Infelizmente, como já expusemos. Então, como é que podemos condenar os judeus? Pelo contrário, devemos agradecer a eles, por não termos sido nós em lugar deles a fazer aquele papel.
A lição, com muita sabedoria, condena a longa e grande perseguição dos judeus ao longo da história. Eles foram acusados de “deicidas” ou seja, assassinos de DEUS (JESUS). Mas, pense um pouco, seria essa a principal razão dos cristãos perseguirem os judeus? Não é bem assim.
Em primeiro lugar, que cristãos eram aqueles que perseguiram, também, outros cristãos? Entenda, foram perseguidos tanto cristãos, pelos cristãos, como os judeus. Agora chegaremos ao ponto importante. Se alguns cristãos foram perseguidos por outros cristãos (esses em maioria) junto com os judeus, é porque havia algo em comum, entre os cristãos perseguidos e esses judeus. E é também porque havia algo de diferente entre os cristãos perseguidores e os perseguidos e os judeus. O que era? Os Dez Mandamentos, inclusive o sábado.
Veja bem esse ponto, muitos cristãos passaram a guardar o domingo, o dia do não criador (porque antes do primeiro dia nem houve criação), e os outros cristãos, a minoria, mais os judeus, AINDA santificavam o sábado. Ora, quem aí tem maior culpa? Os judeus, perseguidos porque se mantiveram fiéis a obediência dos mandamentos de DEUS? A minoria dos cristãos perseguidos pelo mesmo motivo? Para eliminar os judeus da face da Terra, usaram o argumento de terem matado JESUS. E daí, mas JESUS não se tornou assim Salvador do mundo? E não foi Ele morto também por causa dos nossos pecados? Que vantagem temos nós sobre os judeus que disseram: “crucifique-O”? Na verdade a única vantagem é de não termos estado lá!
De tudo isso, o que impressiona é a fidelidade dos judeus, até o dia de hoje, sendo perseguidos ferozmente (desde 1962 atenuou a perseguição, pois a Igreja Católica quer fazer aliança com os judeus), mas mesmo assim, sendo fiéis à obediência. Isso é digno de louvor. Embora tenham eles enfatizado nas obras (obediência) e não na fé (aceitar o perdão de JESUS), nisso erraram, se mantiveram, no entanto, fiéis a obediência, e nisso acertaram e em meio a severa provação.
Agora no final, muitos judeus como muitos cristãos se verão lado a lado, no mesmo barco, ensinando a aceitar a CRISTO crucificado e a obedecer-Lhe os mandamentos. Isso já está começando a acontecer. Nesse sentido, os judeus, hoje, ainda são o povo de DEUS. O estigma sobre eles vem da Idade Média, tempo durante o qual foram acusados injustamente de assassinos de JESUS, mas foram perseguidos por causa da sua indestrutível fidelidade aos mandamentos, essencialmente, o sábado. Portanto, agora no final, juntaremos a graça dos adventistas com a obediência dos judeus, e nos tornaremos um só povo, a concluir a obra da salvação do mundo, ao menos, de tantos quantos aceitarem.

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Vamos tentar, ao menos, entender os judeus do tempo de JESUS. O povo sempre é influenciado por seus líderes. A história o prova. Os líderes judeus se haviam desviado para um legalismo, que impunha tradições de homens, deles mesmos, para, segundo eles, obedecerem a Lei de DEUS. JESUS veio ao mundo, e não seguia essas tradições de homens; afinal, Ele veio para demonstrar a obediência à lei dEle mesmo - Ele é o legislador, e não os líderes judeus. Além do fato de JESUS ter nascido pobre e de ter Se tornado atraente para o grande público, também os ensinamentos dEle contribuíram para que fosse rejeitado. Eles se ofenderam profundamente por ensinar, e com imenso poder, a obediência à Lei de DEUS, mas desprezava a tradição dos anciãos. E esses líderes jogaram a população contra JESUS.
Perceba que nesses últimos dias vai acontecer algo muito parecido. Os políticos e os mercadores de nossos dias (ver Apoc. 17:11 em diante e 18) jogarão a opinião pública contra o povo adventista, quando a crise econômica se tornar problemática. Alguém sempre tem que ser o culpado, de preferência alguém que não se defenda, que seja visto como fraco. Então, quando vierem os primeiros sinais da crise final, e ela conterá um componente econômico misturado com religião, e isso será muito forte (tanto que o decreto dominical é de natureza econômica e religiosa ao mesmo tempo) os poderes econômicos e religiosos jogarão a população contra os adventistas. Uma parcela da população não cairá nesse engano, mas, dentre os próprios adventistas, muitos sairão da igreja, e se revoltarão contra os líderes da igreja e contra os membros que se mantiverem fiéis. É a saída do joio, muito apegado ao mundo e suas atrações. Isso foi que aconteceu com muitos judeus. Muitos do povo judeu, embora assistissem a JESUS, nunca se converteram a Ele, preferiram manter alguma ligação com a tradição dos anciãos, e com a idéia de derrubar o Império Romano, e assim, foram facilmente manipulados pelos líderes religiosos da época (não todos, ficaram ao lado de JESUS ao menos dois que compunham o Sinédrio: Nicodemos e José de Arimatéia).
Mais tarde, com a pregação dos apóstolos, após o derramamento do ESPÍRITO SANTO, muitos daqueles judeus do povo, que estavam condenando JESUS à morte, se converteram a JESUS, e foram salvos. O que criou toda a situação que resultou na perda do status de “povo de DEUS”, na verdade foi a liderança dos judeus. Era uma liderança voltada para eles mesmos, queriam poder, e queriam mandar, as coisas deviam ser como era a vontade deles, não como é a vontade de DEUS. Eles queriam, digamos, “domesticar DEUS” segundo a vontade deles. Aí que se gerou o conflito entre eles e JESUS, que resultou na morte do Messias, o que, profeticamente, O tornou Salvador, deles mesmos, e de todo o mundo. No entanto, naqueles tempos, entre os judeus, havia muitos servos muito fiéis e sinceros, ao lado de JESUS. Muitos deles eram partidários contra JESUS, mas ao entenderem bem as profecias, vieram para o lado de JESUS. O principal desses foi Paulo, que se tornou o apóstolo dos gentios. Paulo se tornou em tudo aquilo que os judeus antigos não queriam: pregar que JESUS é o Messias e Salvador do mundo, e pregar aos gentios.
E nos últimos dias, como será? Muitos judeus, sinceros, e sempre houve grande quantidade deles, descobrirão que O Messias, que eles ainda aguardam, já veio, e que foi mesmo JESUS, e agora está muito próximo a vir outra vez. Entendendo isso, como são sinceros, abraçarão essa verdade. Aí vai acontecer algo muitíssimo emocionante: eles, que mantiveram a ferro e fogo a verdade do sábado ao longo dos milênios, nos dias em que essa verdade for mais combatida, não só pregarão que CRISTO morto na cruz é o Salvador, como também pregarão o que sempre creram, a santidade eterna do sábado. Esse poder só os remanescentes judeus tem, pois eles é que receberam a Lei dos Dez Mandamentos no Sinai, como uma ratificação do que DEUS havia dado a Adão e Eva, na criação (ver Gên. 2:1 a 3). Então, com essa atitude dos judeus sinceros (embora outros, os mais políticos, renunciarem o sábado a abraçarem o domingo, pois querem poder político e econômico) se aliarão com os adventistas, e esses dois, recebendo os servos de DEUS vindos de todas as igrejas, pelo poder do Alto Clamor (Apoc. 18:4), concluirão a pregação do evangelho que CRISTO mandou (Mat. 22:18 a 20). Só para completar o pensamento. Aos adventistas se aliarão muitos judeus, e eles tem um poder peculiar, como vimos, mas a esses se aliarão também muitos católicos, que tem outro poder peculiar. Não se pode, hoje, fazer idéia do poder e autoridade diante do grande público, da pregação de um que já foi católico, por exemplo, que era padre, ou bispo, ou talvez até cardeal, pregando o sábado e a breve vinda de JESUS. Dá para imaginar a influência de pessoas assim, junto aos seus fiéis? O mesmo se diga de pessoas de todas as igrejas, mas os mais poderosos pregadores do mundo serão os fiéis adventistas que permanecem na igreja, os fiéis judeus que se unem a nós, e os fiéis católicos que fizerem o mesmo. Falta bem pouco tempo para vermos essa maravilha em sua plena realidade. Talvez seja ainda o caso de acrescentar os espíritas que saem do espiritismo, para denunciar também essa farsa, e assim por diante. Fato é que DEUS terá servos seus vindos de todas as formas de religião, participando do Alto Clamor.
Agora, pense e reflita. Se você é adventista, só falta acontecer a tragédia de ficar de fora desse movimento! Tente imaginar como vai se sentir lá na sétima praga... por favor, desligue-se do mundo agora, e não caia nessa cilada.

escrito entre: 27/07 a 03/08/2010 
revisado em  04/08/2010
corrigido por Jair Bezerra


Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.


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