Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Terceiro Trimestre de 2010
Tema geral do trimestre: A Redenção em Romanos
Estudo nº 13 – Todo o Resto é Comentário
Semana de 18 a 25 de setembro
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
Verso para memorizar: “Você, por que julga seu irmão? E por que despreza seu irmão? Pois todos compareceremos diante do tribunal de DEUS” (Rom. 14:10, NVI).
Introdução de sábado à tarde
Todo o governo de DEUS, a Sua lei, tem a ver diretamente com relacionamento interpessoal. Trata-se da “habilidade no trato com as pessoas independente do nível hierárquico, profissional ou social, influenciando positivamente e demonstrando respeito à individualidade, compreensão, convivência harmoniosa, tolerância e ausência de atritos interpessoais.” Sobre esse assunto estudamos até aqui. Foi sobre como nos relacionarmos com DEUS, como Ele Se relaciona conosco, como nós devemos nos relacionar entre nós. É aí que entra a lei de DEUS, para regular o relacionamento interpessoal. Em resumo: tratamos do amor e do que acontece quando nos rebelamos contra o princípio do amor. Agora, nessa semana, estudaremos sobre os apêndices a esse assunto, algumas explicações complementares.
O verso faz duas perguntas: “Você, por que julga seu irmão?” O que é julgar uma pessoa? É identificar os erros dela e pronunciar uma sentença, ou condenação. Isso é de competência de DEUS, não nossa.
A outra pergunta é: “E por que despreza seu irmão?” DEUS julga todas as pessoas, e Ele não as despreza. Desprezar é um ato de quem se acha melhor que o outro, e olha esse outro como uma pessoa inferior, não digna de consideração. Mas, se aqui estamos para servirmos de instrumentos de salvação dos outros, como podemos desprezá-lo? Pior, como podemos nós selecionar os que serão salvos e os que se perderão? Sim, porque nós mesmos estamos no mesmo caminho, somos tão pecadores como qualquer outra pessoa. Já não basta que há pessoas que perdoam pecados em lugar de JESUS?
Então, o que devemos fazer?
Primeiro, o que não devemos fazer. Não devemos fechar os olhos para os pecados dos outros. Não devemos cair para o outro extremo e desprezar sua situação pecaminosa. Aí caímos na prática da omissão irresponsável. Devemos sim, atentar e perceber o que fazem de errado. Mas isso se deve fazer com muito respeito e desejo de AJUDAR essas pessoas a saírem do erro. Assim JESUS também agiu. A nós compete, vendo os erros dos outros, admoestá-los com base nos escritos, não com base em nossos próprios critérios. E ai de nós se não o fizermos, se deixarmos o nosso próximo ir se perdendo sem alertá-lo. DEUS vai nos julgar por essa omissão.
Mas não é só isso que devemos fazer. Assim como nós vemos com facilidade erros nos outros, e devemos buscar ajudá-los a se libertarem desses erros, do mesmo modo esses outros devem ver em nós os nossos erros. Acontece que é bem mais fácil ver os erros dos outros do que aqueles que nós praticamos. Mas é difícil exortar os outros. E há algo ainda mais difícil: aceitar conselhos e exortações, e mudar de vida. Aí requer humildade.
Resumindo, se todos agissem dessa forma, se com tato buscarem exortação mútua, muitos mais se salvariam, que certamente estão se perdendo, ou já se perderam. Alguém vai ser responsabilizado por essas perdas que poderiam ser evitadas. No mínimo, devemos dar bom exemplo de obediência aos princípios de vida celestes; isso em si, já é um tipo de exortação.
E o que não devemos fazer? Não devemos nos colocar em lugar de DEUS, julgar os outros, condená-los, pois isso só compete a quem é puro, como DEUS.
- Primeiro dia: O irmão fraco
O que era o “irmão fraco” na expressão de Paulo? Na realidade, não era fraco perante DEUS, mas perante a opinião dos outros irmãos. Acontece que, por decisão do Concílio de Jerusalém (Atos 15), essa questão foi resolvida. É o que parecia. Havia a dúvida se poderiam ou não comer carnes adquiridas dos pagãos se ela fosse sacrificada a ídolos. O que decidiram foi que, tendo certeza de que a carne foi oferecida a ídolos, que evitassem, mas, não tendo certeza, poderiam comer. Tratava-se do seguinte: Os gentios, quando sacrificavam um animal, ofereciam parte de sua carne em ofertas aos seus ídolos, parte consumiam eles mesmos, e parte levavam para vender no mercado. E nesse caso, ficava difícil saber se aquele animal fora ou não oferecido a ídolos, pois nem o açougueiro se preocupava em sempre perguntar isso, e não sabia. Nesse caso, poderiam comer.
Mas acontece que havia entre os conversos pessoas, digamos, escrupulosas, que Paulo descreve como “irmãos fracos”. Eles eram assim considerados porque se tornaram em extremos zelosos em algo que nem requeria tanto zelo. Ser escrupuloso é ser cuidadoso, cauteloso, aplicado, zeloso, minucioso, mas também medroso, tímido, receoso, perplexo, indeciso e às vezes ciumento. Ou seja, é alguém que em seu comportamento não está errando, apenas é por demais aplicado em algo que não é tão importante, pois teme errar. E sua mente assumiu essa atitude de tal maneira que é muito difícil para ele mudar, pois tem temores de se dar mal se agir de outra forma menos rigorosa. Pois o que Paulo está dizendo é que devemos respeitar essas pessoas, e não criar polêmicas, e mais que isso, estando diante delas, ter muito cuidado para não ofender a sua atitude. É para evitar que se escandalizem, e se perca uma pessoa para a vida eterna só porque não há acordo em um ponto de menor importância.
Hoje poderíamos aplicar essa questão a outros assuntos. Por exemplo, há pessoas que acreditam firmemente que não se pode comer ovos, nem tomar leite de vaca, etc. Bem, eles não erram fazendo isso, mas que não se crie uma polêmica por agirem dessa forma. Hoje não temos, felizmente, a tal classificação ostensiva de irmão fraco por agir dessa forma, pois consideramos haver diferentes modos de vegetarianismo. Fracos seriam hoje aqueles que ainda não são vegetarianos. Mesmo esses não devem ser julgados, como diz Paulo, pois afinal, somos todos pecadores, e todos compareceremos perante o tribunal (Rom. 14:4 e 10). Nós é que seremos julgados; não somos juiz nem jurados.
Em nossos dias há algo parecido acontecendo. Pelo fato do forte incentivo de Ellen G. White para nos tornarmos vegetarianos, e de fato, isso é praticamente imprescindível pela péssima qualidade atualmente da carne, pois até ela chegar aos supermercados passa por tratamentos que prejudicam fortemente a saúde, mesmo assim, aqueles que não são vegetarianos, muitos deles fazem gozação sobre os que são. Do estudo de hoje devemos aprender que tal atitude não deve estar entre os irmãos, pois cria divisão. Aliás, há muitos outros motivos de divisão, e devemos evitar todos eles.
Finalmente, com relação aos alimentos industrializados, devemos ter cuidado, pois há perigos grandes em consumir muitos deles. Devemos sempre, no mínimo, ler os rótulos, e saber sua composição e os conservantes, etc. Representam perigo para a saúde. Mas uma coisa não cabe tanta preocupação. Se o alimento é bom, de boa qualidade, mas foi fabricado por uma fábrica cujos donos pertencem a Maçonaria, ou a Nova Era por exemplo, ou outros movimentos, se tiver essa informação, evite. E não condene quem come tal alimento. Mas se não tiver essa informação, também não fique preocupado e alarmado em querer evitar comer algo que porventura esteja sendo fabricado por alguém que financia o nosso inimigo. Isso no mundo deve ser bem frequente, mas DEUS não nos cobra que sejamos detalhistas quanto a tudo o que acontece dentro das fábricas, sendo alimento lícito e de boa qualidade.
- Segunda: A medida que vocês usarem
Hoje estudamos sobre o julgamento. Não é sobre o julgamento de DEUS, mas quando nós mesmos buscamos emitir juízo uns aos outros.
Vamos a uma ilustração. Sejam, por exemplo, dez homens presos por crimes cometidos. Estão em prisão preventiva, e a polícia já está fazendo o levantamento dos crimes. Já existem provas suficientes para processar essas pessoas, foram consideradas perigosas, por isso já estão presas.
Então, dentro da cadeia, um acusa o outro de ser criminoso. Um estuprou, e se não o colocarem numa cela à parte, os outros o matam. O outro assaltou uma senhora idosa e lhe roubou todos os bens e ainda a tratou muito mal, e os demais o acusam de crueldade. Mas outro atacou violentamente um casal de namorados e matou a moça e feriu gravemente o rapaz, e por isso, os demais o acusam de ser muito violento. E assim vai. Vamos refletir: com que moral esses homens se acusam, se são todos criminosos, estão sendo investigados, já existem provas contra eles, e serão todos julgados pela justiça? Eles estão na mesma situação, e alguns deles, por exemplo, cometeram crimes semelhantes, e mesmo assim, um acusa o outro.
Eles que fiquem quietos, e aguardem a justiça fazer a sua parte. Se algum deles for absolvido, ainda assim, não deveria acusar os demais, pois não é assim que se resolve a situação.
Agora, continuando a refletir, o que eles bem poderiam fazer? Sim, eles sabendo dos crimes um do outro, poderiam parar para pensar, e examinar seus atos, e se aconselharem mutuamente no sentido de superar suas tendências para a maldade. Eles poderiam aceitar conselhos de outras pessoas em busca de uma nova vida. É assim que também nós deveríamos agir, em vez de nos acusarmos (quando isso acontece) nos admoestarmos reciprocamente, e nos ajudarmos mutuamente a sairmos das situações difíceis. Poderíamos, por exemplo, orar juntos, uns pelos outros. Isso se pode fazer, e se deve fazer.
O caso relatado de querer tirar o cisco do olho do outro, e não perceber que existe um poste no próprio olho, não se refere ao desejo de ajudar essa pessoa do cisco. Refere-se a uma atitude prepotente de fazer de conta que quer ajudar, mas na realidade, está querendo magoar o outro, e nem percebe que a sua situação é ainda pior. É bem comum às pessoas que acusam outras, mas já cometeram pecado semelhante, ou estão, no momento, cometendo esses mesmos pecados, só que ainda ninguém descobriu.
Ou seja, quem somos nós para acusarmos e para julgarmos, se também pecamos, e necessitamos de socorro e de perdão?
Mas não devemos ficar neutros, como quem não tem nada a ver com o que se passa com os outros. Vendo os seus pecados (e quem não os vê?), devemos nos socorrer mutuamente, nos aconselhar uns aos outros. Não nos devemos conformar com a situação pecaminosa dos irmãos, mas isso nos deve incomodar. Não podemos ficar na indiferença, que é o outro extremo que também não se deve fazer, a indiferença, o extremo oposto da acusação e do julgar.
Quais seriam as razões para não julgar os outros? Em primeiro lugar, porque também somos pecadores, e alguém outro nos julgará bem assim como estamos julgando, com igual medida, ou ainda pior. Como somos todos pecadores, outro pecador, vendo que julgamos alguém, pode revidar na mesma medida, ou pode até se vingar, coisa bem comum em nossos dias. Então se estabelece a briga, o conflito. Lembra dos dez presidiários, se eles ficarem se acusando uns aos outros? E motivos há para se acusarem. Se continuarem nessa tendência, irão brigar, e por certo, se matarão se ninguém apartar. Sabe por que? Pelo fato de todos terem razão ao se acusarem, pois, são mesmo criminosos. Tem razão, mas não tem competência para julgar, pois cada um é criminoso. Desde quando um mau elemento tem direito de julgar, e de condenar, outro mau elemento? Que justiça seria essa? O que eles mais precisam é de se ampararem mutuamente, de refletirem no que fizeram, e de buscarem socorro.
Bem no final da história da humanidade, todos adorarão a JESUS. Diante dEle todo joelho se dobrará: de ímpios condenados como de justos salvos. Todos estarão de acordo que a justiça foi correta e isenta de tendenciosidades. Esse julgamento sim, não poderá ser contestado.
- Terça: Não dando motivo para escândalo
Uma vida humana passageira vale muito. Devemos ter o máximo cuidado para que nossa conduta, nosso vestir, nosso modo de nos alimentarmos, nossas palavras, etc., não afetem as pessoas de forma negativa. Aliás, esse é um cuidado que quase desapareceu em nosso meio, quase desapareceu. Muitos vivem como se seus semelhantes não fossem influenciados, estão um tanto na igreja e outro tanto no mundo. E como é poderosa essa influência em se tratando de vida espiritual. Envolvendo a vida eterna, qualquer pequena coisa que fizermos, e que possa gerar algum pensamento destrutivo na mente de alguma outra pessoa, poderá resultar numa tragédia na vida dela. Por exemplo, se ela com isso perder a vida eterna, isso é uma tragédia, na vida dela, e na nossa, pois, é evidente que nós também poderemos com isso perder a nossa vida eterna. Mas muitos aqui vivem como se nada tivessem a ver com o que vai acontecer na vida dos outros.
Em resumo, no estudo de hoje entendemos que nada que venha a influenciar negativamente a vida de alguém devemos fazer. Portanto, a solução é aqui vivermos humildemente. Com esse estilo, menos provável será por nossos atos gerarmos uma tragédia na vida de alguma outra pessoa.
Meu amigo ou amiga, aqui estamos tratando das influências não intencionais, certo? Mas, se entrarmos no campo das ações intencionais para prejudicar outras pessoas, aí sim, a situação fica dramática. Sou sabedor de vários casos de zelosos ministros do Senhor que perderam sua família, seu ministério, e a reputação (se bem que não diante de DEUS) porque, membros que não gostaram de decisões corretas que tomaram, resolveram prejudicá-los. E isso vem acontecendo com frequência crescente. Digo o seguinte em relação a tais atos intencionais: eles têm origem na mente do demônio; e quem age assim, é escravo dele, e se quiser se salvar vai ter que se arrepender. Mas, a vida desses ministros de DEUS não vai conseguir voltar de onde caiu. Quem for ministro do Senhor, nesses últimos dias, e que for zeloso pelos princípios de nossa igreja, tal como CRISTO também foi, que se cuide, e que ore bastante, pois vai haver represálias, isso é certo. Satanás não está para brincadeiras nesses tempos finais, e tem projetos para cada uma das pessoas que se empenhe em salvar outras pessoas.
Portanto, o que somos e o que fazemos tem muito a ver com o que vai acontecer a algum irmão nosso. E DEUS nos cobrará se não formos cuidadosos. Ou seja, até mesmo um modo correto de vida, da nossa parte, mas que pode ser visto por outra pessoa como algo errado, até nisso devemos ser cuidadosos. Veja só! Resumindo: em quase tudo o que fizermos, em algum momento estaremos fazendo algo que pode criar motivos de escândalo a alguém outro. Por exemplo, por termos aderido ao vegetarianismo, já fomos ridicularizados por outros irmãos, que não gostam de pessoas de hábitos que condenem os seus. E esse é um ponto para se debater. Nesse caso, quem está errado? O vegetariano? O que ridiculariza? Ambos? Depende! Se o vegetariano o faz para aparentar alguém superior, está nele o erro. Mas se ele for humilde, e busca ser um bom exemplo, está errado quem o condena.
No estudo de hoje estamos pisando em terreno delicado. Portanto, devemos nesse assunto, o tempo todo, estar entregues a DEUS para que Ele atue em nós, e que sejamos instrumentos dEle, e que nossa vida não seja, em nada, o que vem de nossa degenerada mente.
- Quarta: Observância de dias
Mais uma vez é importante entender o que Paulo estava dizendo e o que ele não estava dizendo. Também é importante entender qual era o problema, e o que não era problema. Em primeiro lugar, o que não era problema? A dúvida, como é hoje para muitos: se DEUS requeria a guarda do sábado ou a do domingo. Naqueles dias nenhum cristão guardava o domingo. Esse assunto nem sequer existia. Só os pagãos é que santificavam o domingo. E o que Paulo não estava dizendo era a anulação do sábado ou mesmo da lei de DEUS. Essa é outra questão que não estava em pauta. O que eles discutiam era se ainda deviam obedecer os ritos cerimoniais que foram dados aos judeus, vinculados aos sacrifícios.
Nesses cerimoniais havia sábados, dias, meses e anos. Quais eram esses rituais? Vejamos em primeiro lugar os sábados cerimoniais:
O Primeiro Dia dos Pães Asmos – 15o dia do 1o mês (Lev. 23:6);
O Sétimo Dia dos Pães Asmos – 21o dia do 1o mês (Lev. 23:8,11);
Dia de Pentecostes – 6o dia do 3o mês (Lev. 23:24;25);
Festa das Trombetas – 10o dia do 7o mês (Lev. 23:16,21);
Dia da Expiação – 10o dia do 7o mês (Lev. 23:29-31);
Primeiro Dia da Festa do Tabernáculos – 15o dia do 7o mês (Lev. 23:34;35);
Sétimo Dia da Festa dos Tabernáculos – 22o dia do 7o mês (Lev. 23:36).
E havia também o ano sabático: Levítico 25:1-7 - “Disse o SENHOR a Moisés, no monte Sinai: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando entrardes na terra, que vos dou, então, a terra guardará um sábado ao SENHOR. Seis anos semearás o teu campo, e seis anos podarás a tua vinha, e colherás os seus frutos. Porém, no sétimo ano, haverá sábado de descanso solene para a terra, um sábado ao SENHOR; não semearás o teu campo, nem podarás a tua vinha. O que nascer de si mesmo na tua seara não segarás e as uvas da tua vinha não podada não colherás; ano de descanso solene será para a terra. Mas os frutos da terra em descanso vos serão por alimento, a ti, e ao teu servo, e à tua serva, e ao teu jornaleiro, e ao estrangeiro que peregrina contigo; e ao teu gado, e aos animais que estão na tua terra, todo o seu produto será por mantimento.” Esse ano era comemorado após o sexto ano de plantio. Devia ser observado para dar descanso à terra e aumentar a confiança das pessoas em DEUS, sabendo que dEle vem o suprimento.
E após cada 49 anos havia o ano jubileu, também de descanso da terra bem como de perdão das dívidas e retorno aos antigos proprietários da terra vendida ou tomada por penhora. Havia, portanto, dois tipos de sábado: os cerimoniais e o sábado do sétimo dia da criação, que DEUS chama “Meus sábados”.
Os dias de descanso cerimoniais anuais, em conjunto com o festival de ciclo anual, não estavam relacionados aos sábados do sétimo dia ou ao ciclo semanal. ‘Cada um desses outros sábados, ou dias de descanso, tinham uma data fixa para serem celebrados e assim caíam em dias diferentes da semana a cada ano. Eram, portanto, propriamente chamados sábados anuais, em contraste com os sábados semanais. O sábado do sétimo dia continua vigente porque é eterno.’
Outras festas religiosas judaicas eram:
Festas de Israel (Lev. 23) | |||||||
N ú m | R e l a t i v o a 1ª v i n d a de C R I S T O | Festa | Mês/ano sagrado | Dia | Mês/ano atual | Significado antigo | Significado atual |
1 | 1 (Abibe) | 14 | Março-Abril | Libertação do cativeiro egípcio | Morte de JESUS. Libertação do cativeiro do pecado | ||
2 | 1 (Abibe) | 15-21 (7 dias) | Março-Abril | Eliminação do fermento, da malícia e maldade | Descanso durante a morte de JESUS | ||
3 | Primícias | 1 (Abibe) a 3 (Sivã) | 16 - 6 (1º dia + meses da colheita) | Março-Abril Maio | Colheita dos 1ºs frutos, símbolo da ressurreição, apresentado dia 16 | JESUS, as primícias, Se apresenta ao Pai, com as 24 primícias ressuscitadas | |
4 | 3 (Sivã) | 6 (50 dias após a colheita das primícias (cevada); Israel recebeu a Lei no Sinai) | Maio-Junho | Final da colheita (uva, todos grãos, olivas), comemora o derramamento das bênçãos | Derramamento do E. SANTO, colheita de pessoas, dez dias após a ascensão de CRISTO, 50 dias após Sua ressurreição | ||
Intervalo entre as festas | |||||||
5 | R E l. c/ 2ª V. de C R I S T O | 7 (Tisri) | 1 | Setembro-Outubro | Anúncio preparatório para o juízo do dia da expiação | Anúncio do juízo no Céu (Ap.14:6,7) | |
6 | 7 (Tisri) | 10 | Setembro-Outubro | Dia da expiação ou do juízo – dia de grande aflição | Juízo investigativo, em andamento desde 22/10/1844 | ||
7 | 7 (Tisri) | 15-22 (7 dias) | Outubro | Alegria por 7 dias por terem passado aprovados pelo perdão no juízo; Comemorava habitação em tendas no deserto | Segunda vinda, 7 dias indo ao Céu |
O povo judeu possuía mais outras festas religiosas, como se pode ver em: http://www.firgs.com.br/calendario-judaico/todas.aspx.
Mas, atualmente, a igreja católica mantém um sistema de festas bastante deturpado em relação ao que DEUS dera aos judeus nos tempos antigos. Veja a citação abaixo.
“Como o calendário judeu é baseado na Lua, a Páscoa cristã passa a ser móvel no calendário cristão, assim como as demais datas referentes à Páscoa, tanto na Igreja Católica como nas Igrejas Protestantes e Igrejas Ortodoxas. Todavia, o Vaticano tem autoridade para indicar outras datas.
As datas móveis do calendário que dependem da Páscoa: | |
Terça-feira de Carnaval | 47 dias antes da Páscoa |
Quaresma | Inicia na Quarta-feira de Cinzas e termina no Domingo de Ramos (uma semana antes da Páscoa) |
Sexta-feira Santa | A sexta-feira imediatamente anterior |
Sábado da Solene Vigília Pascal | O sábado de véspera |
Pentecostes | O oitavo domingo após a Páscoa |
Corpus Christi | A quinta-feira imediatamente após o Pentecostes |
Obs.: A partir de 2008, a “Ascensão do Senhor” também será feriado, com data fixada em 29 de maio.” http://www.icp.com.br/86contexto.asp
O que estava acontecendo entre os romanos, e também em outras igrejas? Havia uma polêmica sobre se ainda devessem obedecer esses rituais ou não. Uns diziam que sim; outros, o contrário. E uma das coisas que agrada a satanás é o enfraquecimento da igreja por meio de polêmicas. E Paulo foi sábio em relação a este fato. O que foi que ele disse? Que evitassem tais tipos de polêmicas, ou seja, quem quiser ainda continuar seguindo aqueles rituais, que os siga, e quem não quisesse segui-los, que fizesse isso. Ou seja, praticar ou não aqueles rituais não era ponto de salvação, assim como no caso da carne sacrificada a ídolos. Esses rituais se tornaram nulos, mas se os praticassem, assim não se perderiam, desde que aceitassem que CRISTO já veio.
É algo parecido ao que acontece em nossos dias. É bem frequente aparecerem polêmicas durante a recapitulação da Lição da Escola Sabatina. Geralmente são duas pessoas, e uma não concorda com a outra sobre qual, afinal, é mesmo o sexo dos anjos, ou coisas assim. E ninguém os consegue separar, como se tais assuntos fossem de primeira ordem para a salvação. E se o assunto for de fato vital, e havendo polêmica, então se interrompa a discussão e se convoque mais irmãos sábios e estudiosos, e se ouçam os dois, e em conjunto, em oração, cheguem a um veredito, em local à parte. A recomendação que aprendemos aqui é: a todo custo, evitar as polêmicas, ou o vulgo “bate-boca” especialmente dentro da igreja.
Mas uma coisa devemos deixar bem claro no estudo de hoje. Eles não estavam tratando da obediência ou não, se ainda valia ou não, a santificação do sábado semanal. Essa não era a questão em pauta. Portanto, desses textos de Romanos ninguém pode concluir que o sábado foi abolido. Se alguém chegar a essa conclusão, ou é tendenciosa, ou é ingenuidade e falta de leitura mais acurada.
- Quinta: Bênção da conclusão
Para finalizar a carta de Paulo aos romanos, algumas recomendações que, se seguidas, criam as condições para que a igreja tenha poder. Mas, se não seguidas, a igreja não pode ter o poder do ESPÍRITO SANTO, a não ser o suficiente para ela não desaparecer. Essa parte deve dizer muito a nós, igreja às vésperas do Alto Clamor.
Ele recomendou que nós sejamos agradáveis uns aos outros no que é bom, para a edificação. Sim, porque podemos até ser agradáveis no que é ruim, mundano, que não edifica. Ele se referia à edificação espiritual, e na de boa saúde. O agradar-se no que não é bom facilmente pode ocorrer se grande parte da igreja gosta das coisas do mundo. Então, todos esses se elogiam nesse aspecto, e ficam felizes por que gostam das novidades do mundo. Mas agradar-se no que é bom está escrito no sentido daquilo que DEUS aprova, que, portanto, contribui para a nossa salvação e vida eterna. E mais, que contribui para representarmos bem a JESUS CRISTO aqui na Terra, e tendo o poder do ESPIRITO SANTO em nós, Ele fazendo em nós Sua morada, o Seu templo, para que outras pessoas sejam, não atraídas para a nossa igreja pelo que nela há do mundo, mas pelo que nela há do Alto. Essa é uma mudança que precisa acontecer em nossa igreja, pois muitos estão convencidos que com uma mistura de mundanismo com nossas doutrinas se obtém a estratégia poderosa para salvar pessoas. Não é assim. Esse é um grande engano do século XXI. É pelo poder do ESPÍRITO SANTO que alguém se torna atrativo para muitos do mundo, e que pessoas são salvas para a vida eterna. Talvez só a sacudidura faça o trabalho de limpeza do mundanismo que muitos de nós julgam indispensável.
Devemos ter entre nós o mesmo sentimento. Sentimento é o tempero da vida. O que sentimos faz o sabor da vida. Esse sentimento deve chegar a um ponto tal que seja coerente entre todos os membros. Isso se chama unidade, pressuposto essencial para que a igreja possa dispor do poder do ESPÍRITO SANTO. Então sim, se dará glória a DEUS a uma só voz, isto é, um louvor não dividido. Nesse ponto, outra divergência dentro da igreja, ponto que já tenho tocado dezenas de vezes, mas não deixarei de tocar enquanto ele existir. Ponto que Ellen G. White previu fortemente. É a música mundana que temos em muitos lugares na nossa igreja. O que muitos leigos estão pedindo é que a nossa liderança superior se defina de uma vez por todas, se essa música é ou se não é louvor, para que nós, pequenos adoradores e meros leigos, não fiquemos aqui em baixo tontos e perdidos, ora ouvindo um líder dizendo que não é louvor, ora ouvindo outro líder introduzindo música com características de rock e instalando a bateria no estrado do púlpito. Afinal, é ou não é louvor? E há igrejas que não funcionam sem ritmo de bateria, e outras em que não é permitido. Que unidade é essa? Nesse ponto, quem está rindo é satanás. Será que esse vai ser outro assunto que só será definido com a sacudidura? Ser for assim, pelo menos, você que está lendo, valorize os escritos de Ellen G. White quanto ao que na Bíblia DEUS requer seja o louvor e a glória a Ele. Não é difícil saber, mas para quem é tendencioso é impossível discernir.
O que Paulo defende, em sua carta, é, em bem poucas palavras, que sejamos unidos, que não discutamos por coisas insignificantes e que não erremos nas coisas essenciais para a salvação. Isso vale muito para nós nesses últimos dias, em que o povo de DEUS está sendo chamado para dar ao mundo a última mensagem de advertência sobre a possibilidade de perderem a vida eterna e a última mensagem das boas novas da iminente volta de JESUS.
- Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Quase que a lição, por meio das citações escolhidas, condena o aconselhamento mútuo. Mas não é isso. O que Ellen G. White condena aqui é a dependência dos outros, assim como condena a independência para ações individuais. Ela condena um ser a consciência do outro. Esse é o caso de pessoas que nunca chegam a formar opinião própria sobre a vontade de DEUS, sobre o que é certo e errado, sobre o que é do mundo e que devemos evitar e o que é do alto e devemos buscar. São superficiais, sem conhecimento porque leem pouco. São pessoas assim que não possuem discernimento embasado no “assim diz o Senhor”, e quando querem fazer alguma coisa corretamente, sempre precisam recorrer ao conselho de outro. Assim não deve ser. Nós somos individualidades e seres livres, e precisamos formar um caráter próprio e termos nossa própria consciência. Mas, o aconselhamento mútuo para a formação da independência dos homens e a dependência de DEUS continua válida.
Veja o verso bíblico, sobre esse assunto: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós. Acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição. Seja a paz de Cristo o árbitro em vossos corações, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos. Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração” (Col. 3:12-16, negrito acrescentado). Ellen G. White, em Testemunhos para Ministros..., p. 252, fala que em “várias mentes reunidas, há maior segurança contra seus ardis.” Porém o alerta dela é o seguinte: “Mas não devemos pôr a responsabilidade de nosso dever sobre outros, e esperar que eles nos digam o que fazer. Não podemos depender da humanidade quanto a conselhos.” (Desejado de Todas as Nações, 668).
Como um resumo da lição deste trimestre, apresentamos o que segue.
A justiça de DEUS tem por objetivo trazer o pecador de volta ao estado original, perdoando-o e devolvendo-lhe a vida. Só mesmo se o homem não quer, então essa justiça o condena à morte eterna. DEUS, a rigor, não condena; os pecadores é que se auto-condenam, pois da parte de DEUS, o perdão é um dom gratuito acessível a todos. O que DEUS faz é executar a escolha do pecador, se quer ser salvo ou se quer morrer. E todos os que foram justificados estão salvos, e assim permanecem até que pequem outra vez. Não é assim, “uma vez salvos, salvos para sempre” mas, uma vez salvos, salvos até o próximo pecado. Depois que se arrependeram de serem pecadores, o pecado já não é mais algo natural e desejável. Passa a ser algo contrário à nova natureza humana que a pessoa está recebendo de DEUS, por meio da transformação, isto é, da santificação. Assim o ainda pecador desenvolve, pelo poder de DEUS, um crescente desejo pelas coisas do alto, e vai tendo cada vez maior aversão aos pecados que uma vez cometia e que lhe atraíam a atenção e os desejos.
“A conversão é uma obra que a maioria das pessoas não aprecia. Não é coisa pequena transformar um espírito terreno, amante do pecado, e levá-lo a compreender o inexprimível amor de Cristo, os encantos de Sua graça, e a excelência de Deus, de maneira que a alma seja possuída de amor divino, e fique cativa dos mistérios celestes. Quando a pessoa compreende estas coisas, sua vida anterior parece desagradável e odiosa. Aborrece o pecado; e, quebrantando o coração diante de Deus, abraça a Cristo como a vida e alegria da alma. Renuncia a seus antigos prazeres. Tem mente nova, novas afeições, interesses novos e nova vontade; suas dores e desejos e amor, são todos novos. ... O Céu, que antes não possuía nenhum atrativo, é agora considerado em sua riqueza e glória; e ele o contempla como sua futura pátria, onde ele verá, amará e louvará Aquele que o redimiu por Seu precioso sangue” (A fé pela qual eu vivo, MM, 1959, 139).
Antes da conversão, somos o velho homem (natureza humana carnal), que gosta de pecar. Com a conversão, isto é, o novo nascimento, DEUS nos transforma, aos poucos, num novo homem (natureza espiritual, não confundir com natureza divina), que não gosta de pecar, mas ainda permanece o velho homem, até que JESUS volte. Ou seja, entre a conversão e a transformação que ocorre na segunda vinda, os seres humanos convivem uma natureza carnal e outra espiritual, como afirmou Paulo em Romanos capitulo 7 versos 16 em diante. Portanto, se estabelece uma luta entre o que a natureza de nascimento carnal do ser humano e a natureza do seu nascimento espiritual. Essa luta dura até que o ser humano morre, ou até que seja transformado em vida, quando JESUS voltar. É nessa luta que nós mais necessitamos ser humildes para que também possamos perceber que sem DEUS nada somos, e sem Ele não venceremos. “O inimigo está a jogar a partida da vida com todos. Está atuando para remover de nós tudo que é de natureza espiritual, e em lugar das preciosas graças de Cristo, atravancar nosso coração com os maus traços da natureza carnal: ódio, vis suspeitas, inveja, amor do mundo, amor-próprio, amor dos prazeres, e soberba da vida. Precisamos fortalecer-nos contra o inimigo invasor, que atua com todo o engano da injustiça nos que perecem; pois, a menos que vigiemos e oremos, esses males penetrarão no coração, daí expulsando tudo que é bom” (O cuidado de DEUS, MM, 1995, 190, grifos acrescentados).
Nesse assunto, entra a lei de DEUS. A rigor, pensando bem, antes do pecado se manifestar, a lei de DEUS não havia. O que havia era o princípio da lei de DEUS. Princípio é algo bem superior a lei. O princípio não pode estar escrito em tábuas de pedra, precisa estar nas mentes das pessoas, assim como lei não pode estar nas mentes das pessoas, precisa estar escrito em pedra ou em papel. É o que podemos aprender de II Cor. 3:3. Portanto, Adão e Eva, antes do pecado, em seus corações (mentes) tinham o princípio do amor. Eles jamais precisavam ter o cuidado em não errar, pois a sua natureza espiritual era perfeita. Tanto que para lhes dar uma oportunidade de escolha, outro motivo lhes foi disponibilizado, através da árvore da ciência do bem e do mal. Adão e Eva, pelo princípio do amor que DEUS lhes colocou no coração (eles foram criados por DEUS perfeitos), eles jamais se trairiam, jamais matariam, jamais furtariam, etc. Amar os outros estava em seus corações.
Quando eles pecaram, no mesmo instante esse princípio em parte foi expulso de seus corações. Já não se amavam mais 100%. Eles agora, por exemplo, se tornaram capazes de se acusarem mutuamente, e de acusarem até mesmo a DEUS, quem os fez perfeitos. O princípio do amor saiu deles, e ao longo do tempo foi saindo cada vez mais, a ponto de hoje termos, nesse mundo, pessoas que são completamente frias, matam sem sentirem dó, mas sentem prazer por matar. A ponto de o negócio que dá muito dinheiro é o da violência e crueldade. Logo, após o pecado, o princípio teve que se tornar lei, ou seja, está do lado de fora escrito em duas tábuas de pedra, onde não é o seu lugar. Estando ali, precisamos nos policiar (espelhar) para ver se obedecemos ou não. E se desobedecermos, essa lei, que como princípio nos serviria de orientação a todo momento, agora nos serve de poder condenatório. Sendo pecadores a lei não faz parte de nós, está fora de nós, para nos orientar, ou nos condenar. Pela justiça de DEUS, Ele não quer revogar a lei, nem os profetas, mas o que Ele está fazendo, por meio do ESPÍRITO SANTO, aos que aceitarem, é recolocar a Sua lei, em forma de princípio de vida, em nossas mentes, tornando-nos outra vez espirituais, e não meramente carnais. Essa é a justiça de DEUS, e para isto é que a graça serve.
escrito entre: 11/08 a 16/08/2010
revisado em 17/08/2010
corrigido por Jair Bezerra
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.