sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 1 - 4º Trim. 2010

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Quarto Trimestre de 2010
Tema geral do trimestre: Figuras dos bastidores
Estudo nº 01    História e histórias
Semana de   25 de setembro a 02 de outubro
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar:Toda Escritura é inspirada por DEUS e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de DEUS seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2 Tim. 3:16, 17).

Introdução de sábado à tarde
O passado influi sobre o futuro; a inteligência pode mudar a tendência do passado, mas só a sabedoria pode orientar a um futuro melhor. E sabedoria só vem de DEUS. Nós devemos buscar essa sabedoria. Só os humildes a encontrarão, não importa sua condição social e cultural, se for humilde, vai encontrar e receber a sabedoria do alto. A história nos ensina sobre os efeitos de uma vida sábia e uma astuta. Há grande diferença, tão grande quanto a que existe entre a vida e a morte.
Há três categorias de personagens da história. Há os que entram na história por conduzirem grandes feitos; há os que participam dos grandes feitos, mas não são tão importantes; e há os que ficam anônimos na história, seus nomes geralmente são esquecidos após morrerem, e desaparecem para sempre. Ninguém sabe que existiram. Mas, eles participaram da construção da história. Iremos nesse trimestre estudar fatos relativos a história de personagens não tão proeminentes na Bíblia, salvo algumas exceções. Não serão os grandes personagens bíblicos, nem os anônimos, mas estes participaram em papéis secundários. Por isso retratam a muitos de nós.
O interessante é que esses personagens deram sua contribuição na construção da história. Não foram reis nem príncipes, nem grandes profetas, não atuaram fortemente em grandes e decisivos momentos, mas fizeram parte ativa em papéis que precisavam ser realizados.
Particularmente gosto muito de história. Ela nos faz sentir e vivenciar os tempos passados. Por ela aprendemos como viemos até aqui, e entendemos muitas razões dos fatos do presente momento. Pela história, por exemplo, entendemos bem melhor as profecias bíblicas e o plano de salvação.
E nós somos chamados por DEUS a mudar o rumo da história de muitas pessoas. Somos pessoas escolhidas por DEUS, não para sermos crucificados como JESUS foi, pois basta o sacrifício d’Ele, mas somos chamados a participar da história do Salvador, levando a mensagem que Ele deixou para ensinar as pessoas do mundo inteiro, que se preparem para a Sua segunda vinda.
Certamente a maioria de nós não somos o presidente da Conferência Geral, nem de alguma Divisão, nem de alguma União ou Associação. Talvez a maioria de nós não seja pastor, e talvez nem tenha algum cargo na igreja. Mas uma coisa é certa, por mais humilde que sejamos quanto ao cargo ou a formação acadêmica, por mais desconhecidos que sejamos, sendo instrumentos nas mãos do ESPÍRITO SANTO, podemos fazer a diferença para a vida eterna em muitas pessoas, que assim estarão para todo o sempre na Nova Terra. Mesmo que por sua vida somente uma pessoa se tenha salvado, será uma vida a mais na eternidade, e isso não tem preço que pague. Uma pessoa a mais, salva, faz diferença na eternidade.

  1. Primeiro dia: Pessoas e enredos
A pergunta hoje pode ser: a quem você vai recorrer quando vier a crise final e seu cenário assustador?
Veja o caso de Jó. Tudo ia bem com ele. Cuidava de sua casa, de sua esposa, dos filhos, e trabalhava com muitos empregados. Era rico, futuro garantido como se diz. Ele nada sabia do que estava por acontecer de um momento para outro. É sempre assim, muitas vezes o rumo de nossos dias muda de um momento para outro. É o caso de uma família em que tudo ia bem, até o dia em que foram assaltados, o pai foi morto, e todos passaram a sentir necessidade. Até aquele dia, a vida era uma, depois, completamente diferente. A mãe teve que lutar sozinha, e os filhos tiveram que trabalhar fora antes do tempo, para sobreviverem. Como esta, existem muitas histórias, como a de Jó também. De um lindo dia de sol o cenário se muda para uma negra noite assustadora.
A história de Jó teve três momentos. No primeiro momento, tudo era alegria e fartura. No segundo momento, tudo era tristeza e sofrimento. De todos os amigos, só quatro foram visitá-lo, e ainda assim, para constantemente o acusar de pecados. Como deve ser duro, estando numa situação dramática, tendo perdido tudo, ser acusado de ter causado isso tudo. E Jó não entendia o que se passava. No terceiro momento tudo se esclareceu, DEUS Se revelou, e não só sua situação foi resolvida como ele recebeu de volta tudo em dobro. Mas essa é a história de um homem, outras, se formos estudar, foram bem diferentes.
O caso de Hulda. Era uma profetiza do Senhor, mas na Bíblia só aparece uma única vez. Num momento de grave crise no governo do rei Josias, um bom rei, quando resolveram fazer uma limpeza no templo do Senhor, acharam o Livro da Lei. Leram-no perante o Rei e descobriram as sanções de DEUS para o caso de desobediência nacional. O rei ficou apavorado e percebeu que deveria tomar decisões urgentes e profundas. Ele precisava de aconselhamento. E numa situação dessas, quem melhor que um profeta do Senhor. E deveria ser um profeta em que pudessem crer, que fosse um fiel servo de DEUS. Esse profeta era Hulda, uma profetiza. Hulda tinha tanta credibilidade que num tempo em que as mulheres não eram valorizadas, em que o machismo dominava, o rei a consultou. Essa mulher pouco conhecida era poderosa profetiza de DEUS.
Hulda não foi uma profetiza de grande renome, como, por exemplo, se tornou Ellen G. White. Essa profetiza do século XIX se tornou muito conhecida, embora, como ela mesma desejava, não famosa. Pessoas humildes admitem serem conhecidas de muitos, mas detestam se tornarem famosas. JESUS foi um caso assim. A profetiza Hulda, pelo visto, só se tornou um pouco conhecida depois da consulta que Josias mandou três de seus servos fazer com ela. E os conselhos dela foram postos em prática por Josias.
Veja bem o seguinte: um dia desses, se você não for conhecido nem famoso, certamente vai ser chamado por DEUS para alguma missão especial. Quem sabe, no tempo do Alto Clamor, seja você um profeta. É o que está prometido em Joel 2:28 e 29 e em Atos 2:17 e 18. Mas, para ser como está escrito nesses versos, prepare-se hoje.

  1. Segunda: Onde e como?
O que um de nós faria se estivesse em lugar de Davi, lá na caverna, com seus soldados, e aparecendo Saul, sozinho, para defecar? Há uma infinidade de cosias que poderiam ser feitas, desde dar-lhe um grande susto, zombar, atirar-lhe uma pedra, etc., ou, como fez Davi, chegar tão perto e lhe cortar um pedaço de seu manto.
E José, ele aproveitou bem a oportunidade de estar na casa, a sós, com a mulher de Potifar, que gostava dele e queria ter relações com ele? José fugiu. O que acha, ele aproveitou bem essa oportunidade?
O contexto muitas vezes apresenta alguma oportunidade. Nem sempre oportunidades fazem parte dos cenários, mas quando fazem, precisamos ser sábios para tirarmos bom proveito delas.
No caso de Davi, ele bem poderia ter matado Saul. Estavam em guerra, e Saul procurava por Davi justamente para tirar a vida dele. Se Saul soubesse que Davi estava com seus soldados naquela caverna, certamente a teria fechado, posto fogo na entrada, e matado a todos por falta de oxigênio. E se Saul tivesse encontrado Davi sozinho, certamente tiraria a vida dele com sua lança, como havia tentado vezes anteriores, quando Davi nem estava só. Era um ungido contra outro ungido do Senhor. Mas Saul fora rejeitado por DEUS, e Davi escolhido para substituí-lo. Então, haveria algo errado em Davi resolver essa situação naquela caverna (e noutra oportunidade posterior, em que Davi poderia ter matado Saul enquanto este dormia)? Haveria sim. Saul era ungido de DEUS, e era DEUS quem deveria providenciar para que este morresse. E até este momento DEUS não o havia feito. Foi DEUS quem colocou Saul no trono, portanto, é evidente que era DEUS quem de alguma maneira o deveria tirar dali. Assim pensava Davi. Ele era, talvez, mais prudente que o necessário. Pois aqui cabe uma pergunta: que mal há em ser um pouco mais zeloso que o mínimo requerido? Mas é problemático ser um pouco menos zeloso que esse mínimo. Aí já se entra na fronteira do erro. Pois, muitos de nós, do povo de DEUS, somos um pouco zelosos aquém do mínimo. Digamos, um pouco relaxados, só um pouco. Eis um grande problema, perder a vida eterna, por pouco. E levar outros á perdição, dando um exemplo errado em pequenas coisas. É nas pequenas coisas erradas que outros facilmente seguem exemplos. Essa, aliás, é uma estratégia de satanás, chama-se “mornidão”, ou, apenas um pouco errado, apenas um pouco de mundanismo. Um pouco que leva a perdição dos incautos, e isso basta para satanás.
Mas se Davi matasse Saul, isto não poderia ser providencia de DEUS? Não teria sido DEUS quem fez Saul entrar na caverna, depois de ter feito Davi entrar ali antes? Não foi DEUS quem os fez entrar ali, isso foi uma coincidência, como é bem comum acontecer. Não havia vindo nenhuma ordem de DEUS a Davi sobre entra na caverna nem sobre tirar a vida de Saul. Portanto, Davi, com seu caráter de submissão ao rei, apenas fez o que deveria ter feito para demonstrar ao rei que ele permanecia fiel.
E o caso de José? Ele aproveitou bem ou aproveitou mal a oportunidade de estar a sós na casa com a mulher de Potifar? Ele aproveitou bem! Usou os mesmos critérios de Davi, que também aproveitou bem a oportunidade. Ambos revelaram nessas duas ocasiões o seu caráter e a sua fidelidade a DEUS, e reforçaram nesses momentos decisivos, em que poderiam ter caído na tentação, que eram fortes na obediência ao Senhor dos senhores. José fez o que um bom servo de DEUS deveria ter feito: não se deixou seduzir pela mulher que não lhe pertencia, e fugiu do lugar. Ele aproveitou tão bem a oportunidade que, tempos depois, ele se tornou superior a Potifar, que lhe passou a obedecer. E José então poderia ter mandado decapitar Potifar por tê-lo posto na cadeia, mas, mais uma vez, José foi fiel a DEUS, e se mostrou bondoso com Potifar e sua família. Fosse outra pessoa, não temente a DEUS, a história de Potifar teria sido bem diferente.
Davi e José, quando as oportunidades de agir conforme o mundo apareceram, eles agiram conforme seu caráter formado pelos princípios eternos do reino de DEUS. Mas lembre que, mais tarde, Davi aproveitou mal uma outra oportunidade, quando viu uma mulher muito bonita tomando banho. Aí que vem a pergunta, o que nós fazemos diante de algo semelhante, na televisão? Ou mesmo na rua, como hoje é bem comum? Qual a nossa postura e atitude?
Essa é a grande pergunta: o que você faria se...?
Ora, faça tudo para não cair numa situação em que pareça algo que não é. É a situação de “aparência do mal”. Mas, se por uma dessas coisas da vida, se der a coincidência de momento favorável para fazer o que não deve, nesse momento ligue-se em oração a DEUS, e vença com Ele, como Davi e José.

  1. Terça: da vitória à “idade das trevas”
Quando os filhos de Israel saíram do Egito, isso foi pela condução de um líder escolhido por DEUS, era Moisés. Quando Israel foi entrar na terra de Canaã foi por meio de um líder nacional, escolhido por DEUS, Josué. E quando Josué faleceu, quem foi sucessor do líder nacional de Israel? Não houve sucessão. Permaneceram os sacerdotes, que foram instituídos desde o Sinai. Mas eles não tinham função política, eram religiosos. E não havia rei em Israel, e cada um passou a fazer o que bem entendia. Então perderam o rumo nacional, e cada um passou a ‘cuidar de seu umbigo’, de seus interesses particulares. Cada um seguiu seu rumo, e as tribos passaram a lutar entre si, e os indivíduos passaram a se interessar pelos atrativos dos povos exteriores, suas mulheres, seus costumes, sua forma de adoração, e assim foram sendo absorvidos culturalmente e espiritualmente pelos povos em redor e os que com eles conviviam, mas não foram vencidos e expulsos.
O que faltou acontecer? Em que Israel falhou? Oram veja bem, será que DEUS deveria, a cada vez que falecesse seu líder nacional, indicar outro? Certamente não mais, pois caso contrário, o teria feito. Eles já estavam estabelecidos como nação, cada tribo tinha seu espaço geográfico, e faltava continuar conquistando o restante do território. Precisavam de um líder nacional. O que deveriam ter feito é irem até o sacerdote, e por meio dele pedir a DEUS esse líder. Não era um rei, de uma família real, pois isso não estava nos planos de DEUS. Era assim que os outros povos se organizavam. Mas faltava um líder nacional. DEUS era o seu Rei, mas eles deveriam querer um líder que fosse como Moisés e Josué. Nem se preocuparam com isso, e cada um foi cuidar, a seu modo, do que mais lhe interessava.
Os demais povos tinham todos eles, seu rei. Estavam organizados, menos Israel. E outra coisa importante, naqueles tempos, nação mesmo era Israel, que sozinho ocupava centenas de cidades e suas respectivas regiões. Mas os demais povos, em muitos casos, cada cidade e suas vizinhanças possuía um rei, eram as cidades-estado. Havia povos maiores com diversas cidades. Havia em torno de Israel uma grande quantidade de cidades-estados, que se coligavam contra Israel, ou que assalariavam mercenários contra Israel. E essas cidades-estado estavam bem organizadas politicamente. Mas Israel, só tinha sacerdotes, líderes religiosos. Israel foi conduzida por um grande líder pelo deserto, esse líder era orientado por DEUS; Israel conquistou Canaã por meio de outro grande líder, Josué, e ele era orientado por DEUS. Agora, faltava a Israel buscar, em DEUS, o terceiro líder, assim como foram os dois anteriores. Mas falecendo Josué, se concentraram cada um em seus interesses, e a nação entrou num período de obscurantismo espiritual e econômico. Por isso, vez por outra, DEUS precisava intervir, e suscitar um juiz nacional para recolocar tudo no lugar. Falecia o juiz, e Israel outra vez caía na situação do tipo, cada um por si. Em suma, eles não se interessaram pelas coisas nacionais, pela formação de sua nação, eles preferiam a fragmentação. Queriam ser tribos, não uma nação. Assim, sempre divididos, os seus inimigos facilmente os submetiam. Em vez de Israel conquistar os povos vizinhos, eram esses povos que conquistavam Israel. Mas como havia DEUS em Israel, Ele não permitia que essas conquistas fizessem o povo desaparecer, Ele sempre reconquistava Israel de volta por meio de algum juiz.
E por que Israel não se organizou como uma grande nação? Cada um se voltou para seus interesses particulares, esses se tornaram mais importantes. E a noção de povo de DEUS se tornou algo secundário.
Aplicação: atualmente, como igreja, se percebe que em muitas ocasiões os interesses particulares suplantam os interesses como igreja, como o último povo de DEUS. Daí ocorrem as divisões, quando a estratégia para a vitória final nos foi ensinada no Pentecostes: unidade total em DEUS. São uns poucos que tem noção de que precisamos nos unir. Precisamos trabalhar unidos, entre os leigos, estes com seus líderes leigos, e todos eles com seus pastores, e os distritos com a liderança superior. Se nos unirmos, como fizeram os apóstolos, então o poder do ESPÍRITO SANTO virá, e concluiremos, unidos, a grande obra que JESUS nos confiou. Precisamos superar todo motivo de divisão.

  1. Quarta: Sobre reis e príncipes
DEUS era para ser o Rei de Israel. E Ele deveria ter um líder humano para por meio dele governar o povo. Assim como foi com Moises e com Josué. Esse líder deveria ser escolhido por DEUS. O povo, no entanto, deveria ter vontade de ser governado por DEUS, dessa maneira. Mas o povo preferiu ter seus próprios líderes tribais, e esse sistema enfraqueceu Israel como nação. Além disso, cada um preferiu seguir seus próprios caminhos, e ser a sua própria lei. Cada um fazia o que lhe parecia ser mais reto, e assim se tornaram frágeis como federação e vulneráveis aos povos vizinhos. Eram atraídos aos costumes e modos de adoração desses povos.
Mas DEUS suscitava juízes, enquanto esses juízes viviam, em muitos casos, a nação ia bem, em outros casos, nem assim. Foi o que aconteceu com Gideão e com Sansão, por exemplo. Gideão foi muito bem a princípio, mas depois cometeu o erro de querer ser sacerdote. Foi um período de tempo em que Israel se tornou um bando de tribos sem ideal que os consolidasse. Sofreram muito por falta de confiança em DEUS, que havia demonstrado ao longo de 40 anos poder e proteção ao povo. O que mais DEUS deveria fazer para que confiassem n’Ele? Essa é uma boa pergunta. DEUS na verdade fez mais que o suficiente para poderem confiar n’Ele, e serem governados por Ele.
Hoje temos uma igreja dirigida por JESUS. Mas nem sempre nós confiamos em JESUS, e nos tornamos ansiosos por saber sobre os seres humanos que dirigem a igreja, abaixo de JESUS. Muitas vezes esses líderes atrapalham, e os liderados também atrapalham a direção superior de JESUS. Se não atrapalhássemos tanto, certamente já estaríamos na Nova Terra.
O que estava falhando para que chegassem a tal situação? Os sacerdotes falhavam porque se corromperam rapidamente, e muitas vezes buscavam mais o prestígio humano que a fidelidade ao Senhor. Assim a nação se enfraqueceu espiritualmente. Os levitas falharam porque não ensinavam o povo como deveriam fazer, e o povo perdeu a noção do quanto é positivo servir a DEUS. O povo falhou em querer ser como as nações que deveria expulsar, na verdade, culturalmente e espiritualmente Israel estava sendo conquistado pelos pagãos.
Então, no auge da fragilidade dos seres humanos sobre Israel, eles pedem um rei, igualzinho ao sistema político dos governos dos povos vizinhos. Com isso rejeitavam a DEUS como rei deles, que aliás, desde a saída do Egito nunca foi bem aceito. Isso é intrigante, pois DEUS os fez nação, os levou pelo deserto, com mão forte, mas eles O rejeitavam frequêntemente. Ao pedirem a Samuel um rei, “esta palavra não agradou a Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei, para que nos governe. Então, Samuel orou ao SENHOR. Disse o SENHOR a Samuel: Atende à voz do povo em tudo quanto te diz, pois não te rejeitou a ti, mas a mim, para eu não reinar sobre ele” (1 Samuel 8:6 e 7).
Depois que o sistema monárquico foi instalado em Israel, tiverem dezenas de reis. Logo a nação se dividiu em duas, e na nação que seguiu com o nome de Israel nunca houve sequer um rei que fosse de fato fiel a DEUS. Na nação que se chamou Judá, ao menos com freqüência o rei era fiel, e andava segundo os caminhos de DEUS. Nesses tempos, Judá prosperava economicamente, socialmente e principalmente no âmbito espiritual.

  1. O erro de Roboão
Roboão, ou Reoboão, sucedeu seu pai Salomão. Estava com 41 anos quando assumiu o poder. Não estava preparado para governar, não possuía diplomacia, ao contrário, era sedento por poder e pensava que podia tudo. Ele parece que fora educado no palácio sem entender o povo.
Salomão, apesar de sua grande sabedoria, cometeu erros primários e bem tolos. Casou-se com 700 mulheres, muitas pagãs, e mais 300 concubinas. Adorou outros deuses até fazendo templos a eles. Isso tudo apesar de sua sabedoria, dada por DEUS. E sobrecarregou com pesados tributos o povo do Senhor. Além disso, exigia, pela força, que jovens trabalhassem para ele. Esses pontos negativos de Salomão suplantaram os positivos, de ter sido um bom juiz, um excelente negociante, que desenvolveu economicamente o país. Seu período de reinado foi de paz e progresso, mas o povo estava descontente.
É sempre assim, líderes autocratas não são simpáticos, e criam tensões, oposições e problemas graves para o futuro. Em nossos dias, em que a igreja deve receber cada vez mais o poder do ESPÍRITO SANTO, não mais cabe termos líderes tipo linha dura. A alguns é natural ser mordazes e ditatoriais, para dominar sobre a herança de Deus. E devido à manifestação desses atributos, tem a causa perdido preciosas almas. A razão desses homens terem manifestado essas desagradáveis características, é não terem estado ligados com Deus” (Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 223). Nos tempos de Roboão, se separaram duas tribos de outras dez, nos nossos tempos, muitas almas que já faziam parte dos salvos retornam, frustradas, ao mundo. O apelo que se faz é o seguinte: não é porque há inimigos de DEUS dentro da igreja que nós também devemos nos perder. Pelo contrário, a existência desses inimigos prova que esta é a igreja verdadeira de CRISTO, portanto, suportemos mais um tempo dentro da igreja, ainda o melhor lugar para que alguém seja salvo.
No tempo de Roboão o reino foi dividido em duas partes, dez tribos formaram o Reino de Israel, ao norte, e duas, Judá e Benjamin, formaram o Reino de Judá, governado por Roboão (I Reis 12:3-11). Isto veio de DEUS, e o culpado do ocorrido foi Salomão e sua vida reprovável, principalmente por ter recebido grande sabedoria de DEUS. Com essa sabedoria se esperava que errasse menos, mas como a utilizou mal, vieram as conseqüências dramáticas. O Reino de Israel durou uns 200 anos e foi subjugado pela Assíria, e nunca mais retornou.
Roboão não quis abrir mão dos pesados tributos que Salomão, seu pai, impôs sobre o povo. Perdeu dez tribos, e no 6º ano de seu reinado, o faraó do Egito invadiu seu reino e impôs pesado tributo que teve que pagar com os tesouros do Templo de Jerusalém e do Palácio Real (I Reis 14:25-26, II Crónicas 12:5-9). Que desastre esse Roboão! Poderia ter evitado a divisão do reino se fosse humilde, pois certamtente esas decisão de DEUS era condicional. Ou acha você que DEUS tem prazer em dividir Seu povo?
Um povo, um igreja, uma organização, em grande parte depende de sua liderança. A maior parte das pessoas se espelha em seus lideres, embora não devesse ser assim. Portanto, Salomão e Roboão provam, mais uma vez, que um líder deve ser humilde. JESUS foi humilde, e Ele era o filho de DEUS. Quem somos nós para não sermos humildes? E sendo líder religioso, deve ser submisso a DEUS. Ser submisso a DEUS se manifesta por meio de uma vida simples, despojada de simbolismos de poder, mansa e fiel a DEUS. Por meio de pessoas assim DEUS age. Os orgulhosos, que valorizam seu status e seu curriculo, esses DEUS deixa de lado. A história bíblica é boa para ensinar sobre essa questão hoje muito problemática.

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
A história é um conjunto de fatos decorridos ao longo do tempo, em contextos de influências e tendências. Difícil é a nós conhecermos todos os ingredientes que levaram e este ou aquele fato ocorrer. É, por exemplo, o caso de Caim e Abel. Não sabemos muito sobre esses dois, como foram educados e os detalhes do primeiro assassinato. As informações disponíveis são poucas, apenas as essenciais. Não sabemos como foi a evolução dos fatos que levaram Caim a tamanha fúria contra seu irmão. Sabemos, por exemplo, que José, filho de Jacó, provocou seus irmãos contando seus sonhos, o que os levou a ira, e chegou até a provocar a paciência de seu pai. Mas quanto a Abel e Caim, quase não sabemos nada como foram os fatos precedentes, desde a meninice. Causa perplexidade que o terceiro ser desse planeta matasse o quarto ser. Era o primeiro ser nascido, pois Adão e Eva foram criados, esses não nasceram.
Devemos estudar história. Há grande diferença entre uma pessoa que conhece algo da história de quem pouco ou nada sabe. Forma-se uma cultura mais consistente e há maior capacidade de entender os fatos atuais, e a pessoa tem melhor capacidade de entender as profecias do presente e do futuro. Principalmente nesses últimos dias, em que na guerra espiritual se repetirão cenas que já aconteceram antes, é importante saber como DEUS agiu noutros tempos. Veja só, bem logo teremos a realidade do decreto de morte. Isso já aconteceu no passado. Foi nos dias da rainha Ester, no reino dos persas. Daquela vez DEUS levou o seu povo a sair-se vitorioso num decreto de morte forjado por um inimigo dos judeus. Nenhum judeu morreu. No decreto de morte que ainda virá, mais uma vez, nenhum santo de DEUS irá morrer.

escrito entre: 23/08 a 24/08/2010 
revisado em  25/08/2010



Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.

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