quinta-feira, 22 de março de 2012

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 12 - 1º Trim. 2012


Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Primeiro Trimestre de 2012
Tema geral do trimestre: Vislumbres do nosso DEUS
Estudo nº 12 – Histórias de amor
Semana de   17 a 24 de março
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí - RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar:Há muito que o Senhor me apareceu, dizendo: Com amor eterno te amei; também com amável benignidade te atraí” ) Jer. 31:3, RC).

Introdução de sábado à tarde
A Bíblia é um livro que, entre outros assuntos, contém relatos da história. É o único livro existente que revela a história do passado mais remoto, desde a guerra no Céu, a criação da Terra, a queda do primeiro casal, passando pelos principais fatos relacionados com o povo de DEUS, e avançando futuro adentro, até pelo menos mil anos após o colapso da Terra. Nos relatos históricos dos historiadores seculares, quase sem exceção, contam também sobre fatos de romance. São casamentos, acordos selados com casamentos, um rei que concede sua filha a um estrangeiro por alguma razão, um rei ou político que se casa com outra de outra nação, e assim por diante. Não foram poucos os acordos políticos em que também não tenha havido o selamento por casamento. O romance faz parte da história e até da política.
A Bíblia também segue por esse caminho. Se a humanidade recebeu de DEUS a faculdade de homem e mulher viverem juntos por meio do amor, então onde existir ser humano haverá história e romance. A Bíblia está repleta de romance. Muitas vezes só menciona, outras vezes vai a fundo e detalha fatos.
O amor foi uma das instituições de DEUS muito atacada por satanás. Tudo o que tem a ver com DEUS, ou que leva a DEUS, ele ataca. O amor, por excelência, vem de DEUS e leva a DEUS. É o âmago da lei de DEUS, é o caráter de DEUS, portanto, não é de admirar que seja alvo do inimigo. É muito gostoso, agradável e fácil viver a dois. Aliás, essa é a sociedade mais simples que existe: duas pessoas que selam compromissos de uma se empenhar pela felicidade da outra. Não há como existir sociedade mais simples que o lar iniciante! Mesmo assim, satanás conseguiu degenerar tanto a humanidade que o ser humano já não é mais capaz de saber como viver a dois. Não vamos condenar a todos os separados, pois nem sempre a culpa é dos dois, mas que aumenta a proporção dos divorciados isso é perceptível pelas estatísticas. Portanto, se a sociedade do lar, a mais simples de todas, está falindo, é porque a humanidade já não tem mais futuro por não conseguir amar o próximo e por não conseguir coexistir em paz. Se nem no mais simples há êxito, imagina nas sociedades mais complexas. Pode ver que tudo o que envolve o amor puro está sofrendo degeneração.
Então será importante o estudo dessa semana, pois a realidade maravilhosa de um homem e uma mulher viverem juntos, casados, amando-se por toda a vida, segundo o que DEUS orienta, é algo simplesmente maravilhoso. Enquanto os anos se passam, fica cada vez melhor. Temos comentado na semana passada que a mulher foi feita por DEUS de uma maneira tal que o homem nunca a consegue entender direito. Pois bem, assim, o homem, sempre curioso e querendo satisfazer sua esposa, tem motivos renovados para estudá-la e cada dia encontrar algo novo para buscar entender. Mesmo que não consiga avançar muito, porém, uma coisa é certa: motivos para se admirar de sua mulher sempre existirão, e nunca se esgotarão.
As mulheres são criaturas curiosas, mais que o homem. E gostam de relacionamento. Gostam de conversar com outras pessoas. Elas se entendem. Às vezes 4, 5 ou mais juntas, falam todas ao mesmo tempo, e conseguem prestar atenção a tudo. Riem bastante, falam diversos assuntos ao mesmo tempo, mudam de assunto como se muda a direção do olhar, e continuam falando. E quando se pergunta à esposa sobre o que falaram, em duas três palavras ela relata, e fim. Fran Capo, uma mulher, foi capaz de falar 603,32 palavras em 54,2 segundos. Isso é cerca de 11 palavras por segundo! Fran quebrou este recorde duas vezes. Será que alguém ganha uma discussão dela? Os dados mostram que mulheres falam uma média de 16.215 palavras por dia, ±7.301, e homens 15.669 palavras por dia ± 8.633. Estatisticamente não há diferença quanto a quem fala mais ou quem fala menos (*). Porém, é perceptível quando um grupo de mulheres está conversando: o assunto é profícuo. Portanto, a mulher é uma criatura por excelência para se relacionar. Ela precisa ser amada, pois um dos requisitos do amor é o relacionamento. A mulher precisa ser compreendida nesse ponto. Ela foi feita para alguém especial, um homem sábio, a fim de se relacionar com ela.


  1. Primeiro dia: O primeiro romance
Vamos imaginar aquela sexta-feira da criação do homem e da mulher. O homem DEUS fez de barro e soprou fôlego nele, e passou a ser alma vivente. Então Criador e homem saíram a passear pelo jardim. Adão devia ter um Quociente de Inteligência em torno de 4.000 a 5.000, ou mais até, pois diz Ellen G. White que os antediluvianos eram 20 vezes mais poderosos intelectualmente que os melhores de hoje. Adão viu tudo o que DEUS havia feito, e se encantou. Passou naquele dia mesmo a estudar a natureza, e DEUS ensinava, pois Ele era quem sabia tudo. Adão classificou todos os animais, conforme suas espécies. Nisso o homem percebeu que estava sem uma companheira, como os animais possuíam. Sentiu-se diferente de todos, parecia que faltava algo bem importante.
Ao Adão se sentir só, DEUS disse que não era bom que ele se sentisse assim. Então DEUS provocou em Adão um sono profundo, como uma anestesia, e fez uma operação cirúrgica em seu peito, tirando uma costela, e fechando com carne, de modo que nada se visse. E da costela DEUS fez uma mulher.
Toda a natureza era linda de se apreciar, mas quando Adão viu a mulher, ficou extasiado. Passou a falar como quem está apaixonado, sentiu-se atraído por aquela mulher, e ela por Adão. Como ele recém havia dado nomes aos animais da criação, sentiu-se no embalo a também dar um nome àquela mulher: Eva. Ela veio dele, fazia parte dele, era osso e carne dele, portanto, um pertencia ao outro. Por isso DEUS disse, referindo-se aos descendentes de Adão e Eva, que cada homem e cada mulher deixasse a casa de seus pais e se unissem, tornando-se também uma só carne.
Aquele momento sublime, quando Adão acordou, foi em extremo romântico, pois um viu-se intimamente atraído pelo outro. Essa atração não veio por acaso. DEUS criou também o desejo de um homem e uma mulher estarem juntos.
O amor tem uma condição especial para existir: Ele necessita de intimidade, isto é, estar juntos. E quando essa intimidade se dá entre um casal que se une em casamento, chama-se romance. E o que é romance? É dedicar-se pelo bem do cônjuge porque sente-se atraído por ele. Aqui não nos referimos às estórias de romance, e sim, a vida romântica entre um casal que jurou viver pelo bem mútuo.
O homem sente-se sempre atraído pela mulher de um modo diferente que esta pelo homem. A mulher corresponde aos atos românticos do homem, e este se sente atraído fisicamente pela mulher, e pelo jeito que ela se comporta. Por isso as mulheres tendem a ser um tanto misteriosas, o que faz o marido ter o desejo de descobrir como ela é, e nunca consegue entendê-la por completo. Por sua vez, a mulher nunca consegue entender de todo a lógica de pensamento do homem. Assim os dois estão sempre se estudando, e se atraindo mutuamente. Todos os dias há novidade, é a novidade da intimidade, do desejo de conhecer mais a fundo aquela pessoa que ama. E é nos momentos de maior intimidade entre um casal, quando se tornam uma só carne, que duas coisas poderosas podem ocorrer. Uma é a possibilidade de surgir outro ser humano, um filho ou uma filha. Esse é o poder do amor – ele chega a um ponto de necessitar de mais pessoas íntimas para se expandir, assim como DEUS sentiu necessidade de criar mais pessoas para poder amar. O outro fator que ocorre na intimidade de um casal é a ligação de exclusividade, do afeto exclusivo impulsionado pelo amor. É então quando se conhecem mais intensamente. Assim a vida se perpetua, tornando-se tão atraente que jamais desejarão se separar. Se não existisse a morte, uma vida assim, como DEUS planejou, seria tão agradável, de tanta felicidade, que o casamento se perpetuaria eternidade afora. Afinal, o que é bom, não desejamos que se interrompa.
Mas satanás atacou o casamento e o lar, de tal maneira que hoje está tudo invertido.

  1. Segunda: Romances bíblicos
Na Bíblia há relatos de vários romances. Entre eles, o de Adão e Eva; de Jó e sua esposa, que foi muito sofrido durante a doença dele; de Abraão e Sara; de Isaque e Rebeca; de Jacó e Raquel (mais que as outras três esposas); de Moisés e Zípora; a vida amorosa de Davi e de seu filho Salomão, com suas respectivas mulheres, e assim por diante. Em todos esses casos houve erros e acertos. Todos eles falharam, mas também consertavam a situação. Se examinarmos mais casos bíblicos de casais que venceram no amor, veremos que todos eles eram fiéis a DEUS. Com DEUS a vida pode ser difícil, às vezes mais que sem Ele, mas sempre a vitória é alcançada. Só se perde a batalha desta vida se O abandonarmos por nossa vontade.
Vamos nos ater um pouco no caso de Abraão. Ele casou-se com sua meia irmã. Desconhecemos as razões, não temos os detalhes como foi no caso de Jacó. Mas sabemos que esse casal se amava, e Abraão foi fiel à sua esposa, embora ela sendo estéril. Abraão aceitou uma concubina, um costume da época, embora jamais isso fosse aprovado por DEUS, porque Sara insistiu com ele. E teve intimidades com Hagar o suficiente para que ela concebesse. Mas ele amava Sara. Isso é significativo para um tempo em que a cultura sugeria um homem ter mais de uma esposa e ter concubinas paralelamente à esposa ou esposas. Essas concubinas eram de um status inferior às esposas. Alguns exageravam, como foi Salomão, que teve 700 esposas e 300 concubinas. É o maior harém de que se tem conhecimento.
Devemos ter grande cuidado com a cultura da época. Assim como nos tempos antigos era visto como normal um homem ter várias esposas e mais concubinas, hoje é visto como normal a separação. Nem uma nem outra situação tem o aval de DEUS. É evidente que muitas vezes uma das partes se torna insuportável, e vem a separação. Porém, se as duas partes fossem seguidoras de DEUS, os problemas de relacionamento poderiam ser resolvidos. Grande parte desses problemas ocorrem porque os casamentos são feitos sem o conselho de DEUS. Como testemunho positivo, podemos dizer que o nosso casamento foi bem sucedido. Já estamos unidos por DEUS há 34 anos, e nossa união é cada vez mais estável. Quando jovem, orava para que DEUS escolhesse uma esposa para formar um lar. E foi assim. Hoje vejo como nós nos completamos, e como somos compatíveis entre nós. Por exemplo, há coisas que eu não gosto de fazer, mas ela faz porque gosta, e há outras coisas que ela não gosta de fazer, mas eu gosto. Assim nos complementamos. E temos os mesmos costumes, de modo que não há conflito entre o que um quer e o que o outro quer. Por exemplo, nós dois gostamos muito de acampar. Também gostamos de caminhar pelas ruas. E assim vai. DEUS que conhece a vida de cada um, nos escolheu um para o outro, e assim deu certo.
Lembra de ao menos dois casos bíblicos que DEUS escolheu um para o outro? Um caso foi o de Adão e Eva. Nesse caso DEUS fez uma esposa para um homem, que Ele recém havia criado. E também o caso de Isaque e Rebeca. O servo de Abraão foi buscar uma esposa. Mas quem escolheu a moça foi DEUS. Tanto Abraão quanto Isaque e o servo tinham fé em DEUS, e O seguiam em obediência. Por isso, mesmo não tendo sido Isaque a ir em busca de sua esposa, o que é desejável, o casamento deu certo, porque no meio do que os seres humanos faziam, DEUS estava agindo.
Esse é o aprendizado importante para todos nós. Se em tudo o que fazemos tivermos DEUS conosco e nos damos bem, imagine no casamento! O lar é onde cultivamos o amor, a felicidade e a vida saudável. Então é na formação do lar que mais devemos buscar a orientação de DEUS. Mas nesses últimos anos os casamentos estão sendo desencadeados por muitos outros motivos, alheios ao amor de DEUS. Essa é a razão porque aumenta o fracasso do lar, e também aumenta o sofrimento, principalmente dos filhos.

  1. Terça: O amor de DEUS
O amor e a felicidade só podem existir se houverem algumas condições. Que condições são essas? São intimidade, exclusividade ou fidelidade e também a confiabilidade. Essas condições estão definidas nos Dez Mandamentos. Como podemos aprender essas coisas nos Mandamentos de DEUS?
O sábado, como sabemos, foi dado ao homem por JESUS, que é o Senhor do sábado. O sábado nos ensina sobre a intimidade das criaturas com o Criador, que é amor. DEUS é amor (I João 4:8). E o amor necessita da intimidade para existir. É impossível um homem e uma mulher se amarem sem que se encontrem, vivendo sempre separados um do outro. O sábado estabelece a excelência da relação com DEUS, e também entre nós.
A exclusividade aprendemos do primeiro e do segundo mandamento. DEUS não quer que adoremos alguém que não seja Ele. Há várias razões para isso: Só Ele é DEUS; só Ele é capaz de criar do nada; só Ele é capaz de manter eternamente o que criou; só Ele é a fonte inesgotável do amor. Portanto, a exclusividade em relação a DEUS é decisiva para vivermos em paz e eternamente felizes. Assim também deve ser entre um homem e uma mulher que se unem em casamento, para formar um lar. Para que o amor frutifique, devem ser exclusivos entre si.
Quanto à confiabilidade para que o amor possa existir, esse conceito aprendemos da relação que DEUS estabelece da parte dEle para conosco, e que está no conjunto dos Dez Mandamentos. Quem é confiável demonstra o amor, por exemplo, não mentindo, não matando, honrando seus pais, não cobiçando e não adulterando.
Em resumo, quem obedecer aos Dez Mandamentos, estará em aliança com DEUS. Essa será uma pessoa relacionada com o amor. E quem se relaciona bem com o amor, se relacionará bem sempre, com todos, viverá melhor e mais feliz.

  1. Quarta: Um livro de romance
O livro de Cantares de Salomão, também chamado de Cântico dos Cânticos, retrata o romance entre um casal, uma esposa com seu marido. Há todo um enredo de atração tanto da parte da mulher quanto da parte do homem. Um procura seduzir o outro para si. Veja-se bem que se trata de marido e mulher. Esse livro ilustra que entre um casal deve haver satisfação sexual. Deve haver desejo de um pelo outro. O prazer e a sedução, entre marido e mulher é importante; foi DEUS quem o criou. De fato, quando existe amor, a atração física entre o marido e a esposa, com o passar do tempo, só se intensifica. Torna-se cada vez mais exclusivo e interessante. Com o passar dos anos, um necessita cada vez mais do outro, tornam-se dependentes. E cada dia existem novidades, que jamais podem ser descobertas sem intensa intimidade entre um casal.
Existem as aventuras sexuais, que garante a novidade do diferente por se tratar de pessoa diferente. Porém, a novidade entre um casal que se ama sempre será bem mais profunda, mais sutil, como uma pérola de grande preço que só se encontra nas profundezas, e que se deve buscar com esforço. A novidade entre um casal vai seguindo o caminho das descobertas íntimas, que não podem ser reveladas superficialmente. É isso que fortalece uma vida a dois.
O que esse livro nos ensina, se o lermos, é que, num casal recém casado, há a novidade do recém experimentado. No entanto, na medida em que os anos vão passando, o tipo de novidade muda. Passa a ser a novidade do detalhe, da sensibilidade, do sentimento, coisas que só se podem descobrir quando se conhece profundamente e se tem convivido em amor há alguns anos. Quando um casal se ama de verdade, isto é, quando com eles vive DEUS em seu lar, a vida nunca deixa de ser interessante e cheia de novidades.
“Homens e mulheres podem atingir o ideal de Deus a seu respeito, se tomarem a Cristo como seu ajudador. O que a sabedoria humana não pode fazer, Sua graça realizará pelos que a Ele se entregarem em amorosa confiança. Sua providência pode unir corações com laços de origem celestial. O amor não será mera troca de suaves e lisonjeiras palavras. O tear do Céu tece com trama e urdidura mais fina, porém mais firme, do que se pode tecer nos teares da Terra. O resultado não é um tecido débil, mas sim capaz de resistir a fadigas e provas. Coração unir-se-á a coração nos áureos vínculos de um amor que é perdurável.” A Ciência do Bom Viver, pág. 362.
“Amar como Cristo amou significa manifestar altruísmo, através de palavras bondosas e fisionomia prazenteira, em todos os momentos e em todos os lugares. Para aqueles que as outorgam não custam nada, porém deixam atrás de si uma fragrância que envolve a alma. Seu efeito nunca poderá ser estimado. São elas uma bênção, não apenas para quem as recebe, mas também para o doador, porque atuam sobre ele. Genuíno amor é um precioso atributo de origem celestial que aumenta em fragrância, à medida que é dispensado a outros.
“O amor de Cristo é profundo e ardente, fluindo como uma irreprimível torrente para todos que o aceitarem. Não há egoísmo em Seu amor. Esse amor, nascido no Céu, é um princípio permanente no coração, e que se tornará conhecido não apenas daqueles que consideramos mais queridos no relacionamento sagrado, mas de todos com quem entramos em contato. Ele nos levará a expressá-lo em pequenos atos de cortesia, a fazer concessões, a realizar ações de bondade, a falar palavras ternas, verdadeiras e encorajadoras. Levar-nos-á a simpatizar com aqueles cujo coração anseia por simpatia” (Carta a jovens namorados, 16 e 17).

  1. Quinta: JESUS e o romance
Detenhamo-nos um pouco sobre a festa de casamento na pequena cidade de Caná da Galiléia. JESUS havia recém voltado de Sua prova no deserto. Estava, portanto, pronto para iniciar Seu ministério. Pronto para revelar quem Ele era. Até a ida ao deserto, Ele deveria Se comportar como um simples cidadão, como qualquer pessoa nascida naquele país. Mas agora Ele poderia assumir o Seu papel de Salvador, para o que nascera como uma pessoa comum. Mas Ele não era uma pessoa comum, nunca foi, embora até então, as pessoas em geral não soubessem que ali estava DEUS em forma de ser humano.
Ele e a Sua família, parece que José, seu pai, já não era mais vivo, foram convidados para uma festa de casamento, em Caná da Galiléia. E JESUS foi a esta festa. Ele estando lá, era de se supor que desse alguma demonstração de valorização do casamento. Foi o que fez, mas no momento certo.
Estava Ele discretamente na festa quando faltou vinho. Naquelas festas a bebida nobre era o vinho, ou seja, o suco de uva. A Bíblia distingue o vinho novo do vinho velho. O vinho bom do vinho ruim. O novo, ou bom, é considerado o melhor, pois ainda não fermentou, o velho pode já ter alguma fermentação. Naqueles tempos era bem difícil a armazenagem do suco de uva sem que fermentasse. Então é de se crer que ofereceram na festa vinho bom, e depois, o vinho de JESUS superou tudo que vinho bom ou novo que já tenham experimentado.
Foi então que JESUS ensinou duas coisas relevantes naquela festa. A primeira foi o valor do casamento. Se Ele, o Criador, aceitou o convite, é porque concordava com o casamento. E quando faltou um dos principais ingredientes para a festa, o vinho, Ele Se manifestou como o Salvador. Não só salvou a festa de uma situação muito embaraçosa, para o noivo e sua família, como demonstrou qual deve ser o vinho que se pode beber. A festa corria o risco de ser interrompida antes de seu final planejado, pois faltava a bebida. O noivo e sua família ficariam desmoralizados perante os convidados a uma festa que devia durar determinado número de dias, mas, por falta de melhor planejamento, ou porque estava muito quente e beberam além da conta, por imprevisto, não havia mais condições de seguimento da festa. Como ficaria a reputação do noivo? E não devia um novo lar iniciar assim, com fracasso. Devia dar tudo certo, e foi isso que JESUS providenciou, que o casamento prosseguisse sem transtornos. Ele transformou água em vinho, mas era o vinho bom, ou, o vinho novo, não fermentado. Se Ele aceitasse que se bebesse vinho fermentado, teria providenciado assim.
JESUS naquela festa Se manifestou numa situação paralela àquela que ocorreu na sexta-feira da criação, quando uniu Adão e Eva em sagrado matrimônio. Naquela ocasião Ele estabeleceu o lar, e Se fez presente na apresentação de um ao outro. Nessa ocasião JESUS, o Criador e agora também o Salvador, confirmou o que havia estabelecido no Éden. Mas para um bom início do novo lar, o vinho devia ser não fermentado. Assim também hoje, nos nossos lares, para que sejam aprovados e abençoados por DEUS, não devemos permitir que entre o fermento do pecado mundano em nosso ambiente de felicidade e de cultivo da esperança da vida eterna.

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
O casamento é a mais sublime aplicação prática da lei de DEUS entre criaturas, mas não é a aplicação mais sublime que existe. O relacionamento que produz a maior felicidade nos seres humanos não é aquele que ocorre entre um homem e a sua mulher, mas o que ocorre entre o ser humano e DEUS, e vice-versa. A felicidade entre um casal depende do relacionamento dos dois com seu DEUS.
Uma maneira de cultivar o relacionamento com DEUS é por meio da igreja. A igreja, isto é, seus membros, é por DEUS considerada a noiva de CRISTO. Também se pode dizer, é Seu povo. Em todos esses relacionamentos a ligação é cimentada pelo amor de DEUS, mas quanto mais envolve DEUS, o Criador, mais intensa será a experiência de amor, e também maior será a sensação de segurança, felicidade e esperança de um futuro perfeito e eterno.
A fórmula da felicidade é bem simples, mas poucos a encontram, por falta de interesse e pela ideia de que podem resolver por si mesmos seus problemas. E qual é essa fórmula simples? Em três palavras se explica: comunhão com DEUS. Ou em outras palavras, experiência diária com o amor, tanto faz. E como se pode ter essa comunhão com DEUS? Fazendo parte ativa da noiva de CRISTO. Perceba bem, fazendo parte ativa! Isso quer dizer que se só for membro que assiste as programações. É como um membro inútil, que precisa ser ativado, ou então, com o passar do tempo, precisa ser amputado. Alguém assim não pense que vá ter uma experiência agradável e intensa com DEUS. É na igreja que aprendemos a ser irmão, a amar uns aos outros. É óbvio que aquilo que aprendemos na igreja, que é inspirado e/ou iluminado por DEUS, devemos também praticar. Não é só dizer amém: é permitir que o ESPÍRITO SANTO nos transforme por meio dos ensinamentos que temos à disposição na igreja. A igreja é a escola de preparação de cidadãos do Reino de DEUS. Por isso que ela oferece o melhor ambiente de se cultivar o amor. Nem sempre é assim, sabemos disso. É a luta aqui nessa Terra. Há igrejas que estão tão afetadas pelos rudimentos do mundo que nelas pode ser tão fácil de perder a vida eterna como fora delas. Nesse caso a pessoa estará numa família degenerada. Cuide-se para que ao menos ela fique em pé, e dê um testemunho agradável a DEUS, mesmo que mais ninguém o perceba. Ao menos ganhará a sua vida eterna. Aliás, quando você fizer seus esforços missionários, pode ser que, em certos ambientes e lugares, ninguém se interesse. Então, nesses casos, salve ao menos a sua vida e a da sua família, como fez Noé. E se nem a família tem interesse pelo genuíno cristianismo, salve ao menos a sua própria vida, que já é algo importante, e seus esforços por ser bom cristão não terão sido em vão.

escrito entre  15 e  21/02/2012
revisado em 22/02/2012
corrigido por Jair Bezerra





A partir desse trimestre estamos também fazendo comentários da Lição da Escola Sabatina em vídeo, voltados para pessoas de todas as igrejas e religiões. Assista o comentário clicando aqui.
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Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.

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