quinta-feira, 28 de abril de 2011

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 5 - 2º Trim. 2011

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Segundo Trimestre de 2011
Tema geral do trimestre: Vestes da Graça
Estudo nº 05 – As Vestes Sacerdotais da Graça
Semana de  23 a 30 de abril
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí - RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de DEUS, a fim de proclamardes as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9).

Introdução de sábado à tarde
Uma conjunção de atributos para definir quem é o povo de DEUS. Assim está escrito em 1 Pedro 2:9. Nesses atributos, um está em destaque para estudo nessa semana: “sacerdócio real”.
Os pagãos sempre tiveram intermediários entre o povo e os seus deuses. O paganismo surgiu com essa ideia. Um poder intermediário entre os deuses e os homens foi algo imaginado para conferir mais poder aos antigos reis, desde os tempos de Nimrode. Esse tipo de intermediação foi elaborado para tornar os líderes daqueles povos mais poderosos. O povo passava a depender da intermediação para tudo: para a fertilidade feminina; para as plantações, chuvas e colheitas; para as guerras; para terem vida longa; contra as doenças e muitas outras coisas. O povo não podia ir a seus deuses diretamente. Tinham que usar intermediários. Estes se tornavam muito poderosos, e era o que queriam.
Quando DEUS instituiu o sistema sacerdotal, nada mais era senão um sistema educativo que queria dizer duas coisas importantes: não há outro intermediário válido e eficaz senão JESUS CRISTO, a quem esse sistema apontava. E a segunda coisa, era que os sistemas pagãos, ou seja, qualquer outra forma de intermediação além do de JESUS, não era autêntico, mas sim, inútil.
O sistema sacerdotal israelita apontava para o único sacerdote eficaz, que morto na cruz, ressuscitou e vive, hoje, intermediando por nós perante DEUS Pai. Nenhum outro há que tenha morrido carregando pecados, e depois tenha ressuscitado, vencendo esses pecados.
E nós, hoje, o que somos? Sacerdócio real! O que isto significa? Que somos um povo eleito para uma missão especial, não de intermediar, mas, de representar. E como embaixadores do reino de DEUS, devemos atrair o mundo e ensinar a verdade da salvação. Essa é a nossa função: “ide e ensinai”. Nós temos por incumbência unir as pessoas a CRISTO, por isso devemos dar exemplo e ensinar. Não temos por função separar as pessoas de CRISTO, por meio de uma intermediação sacerdotal humana. Devemos ensinar que todos podem se achegar ao Salvador indo diretamente a Ele, por meio da oração e entrega diária, coisa que nós mesmos devemos praticar. Essa é a função do sacerdócio real. Fazemos parte do trabalho sacerdotal de CRISTO que está lá no tabernáculo celeste. Ele intercede por lá, e nós levamos pessoas a esse Sacerdote.


  1. Primeiro dia: A antiga aliança da graça
Saber e não viver de acordo! Essa é a fórmula do fracasso espiritual, caminho direto para a morte eterna.
Lúcifer sabia sobre DEUS mais que todas as criaturas. Ele assistia ao Rei do Universo junto ao trono, vivia perto do Criador, portanto O conhecia profundamente, e sabia qual era o Seu caráter. E sabia também que esse caráter correspondia perfeitamente à lei de DEUS. Era incumbido do louvor a DEUS. Conhecia bem a vontade de DEUS. No entanto, invejoso, trabalhou contrariamente em relação ao seu conhecimento. Pelo modo como agiu, pelo quanto sabia, depois de ter-se rebelado, não havia mais perdão para ele. Tempos depois ele queria retornar para junto de DEUS, mas isso não lhe foi concedido. Ele pecou apesar do muito conhecimento que possuía. Tendo tanto conhecimento, para se rebelar, teve que deformar em tal intensidade o seu caráter em sua mente que não havia mais retorno para ele. É como uma batida de carro. Há casos em que é só desamassar, mas há casos em que dá perda total.
Adão e Eva também se rebelaram contra DEUS. Eles sabiam muito, mas não tanto quanto Lúcifer. E a iniciativa da rebelião não foi deles, foram enganados. Eva foi seduzida por Lúcifer, e Adão caiu por amor a Eva. A estes, e seus descendentes, DEUS está dando uma segunda oportunidade. Por saberem muito, tornaram-se mortais, a maior parte de seus descendentes se perderá, e todos já passaram ou estão passando por uma tragédia de vida no ambiente de pecado. Sabiam, erraram, sofreram!
Arão, irmão de Moisés também sabia muito. Ele esteve junto de Moisés no conflito com o duro faraó. Ele não só viu como participou ativamente naquelas dez pragas, viu a intensidade do poder de DEUS e o quanto os deuses dos egípcios eram nada, totalmente impotentes diante do DEUS vivo. Ele viu, e participou da travessia no Mar Vermelho. Só mesmo pelo poder de DEUS. Ele viu o exército do faraó, que confiava em ídolos, ser extinto com seu rei debaixo de toneladas de água, enquanto eles, que confiavam no DEUS vivo, estavam a salvos, do outro lado. Ele viu a nuvem protetora acima deles, e o fogo aquecedor de noite, e como DEUS guiava aquela gigantesca multidão pelo caminho onde deveria andar. O mar dividiu esse povo do paganismo egípcio, e mostrou a eles, de um lado um grande povo vivo e salvo, dentro das águas, e de outro um exército sem vida, tornando-se comida para animais marinhos. Ali estava o DEUS, Aquele que pode tudo, em quem podemos confiar por inteiro.
Mas, se Arão viu e participou de tudo isso, como é que, tendo-se Moisés afastado por uns dias, ele concordou com pessoas que queriam um ídolo? Como é que ele mesmo liderou e fabricou esse ídolo? Onde ele pensava chegar agindo assim? Pensava obter o favor de DEUS? Ou pensava que aquele ídolo, feito por eles mesmos, ainda por cima um bezerro, como um dos deuses egípcios, os iria dirigir daí em diante?
Como é que Arão caiu tanto? Como é que ele errou tanto? Como explicar isso? Como responder a essas questões?
Não podemos censurar Arão, temos igual natureza. Caímos, muitas vezes, por provas bem menores. Erramos feio, pecamos por quase nada. Muitas vezes qualquer aparelhinho de televisão nos seduz e nos conquista. Um computador ligado à internet pode dominar a nossa mente. Muitos de nós damos maior importância a ídolos de futebol que a DEUS. E assim por diante.
DEUS perdoou Arão naquele dia. Mais que isso, depois fez dele o primeiro Sumo sacerdote, um tipo de CRISTO, o verdadeiro Salvador.
Como é que DEUS perdoou a esse homem que errou tão feio? Arão se envergonhou tanto do que fez, e se arrependeu. Lúcifer, sabendo muito, nunca na verdade se arrependeu, ele continuou lutando por sua causa sem glória.
O aprendizado que resta daquele fracasso de Arão é que temos um DEUS que perdoa. Desde que nós nos arrependamos. Ele não só perdoa como quer que participemos do juízo no Céu, durante o milênio do julgamento dos que se perderam. Ainda é tempo de nos arrependermos e nos prostrarmos diante de nosso Salvador e pedir que envie sobre nós o seu ESPÍRITO para nos transformar.

  1. Segunda: O sacerdócio
Quando iniciou o sistema sacerdotal? Quando foi instituído o serviço de intermediação entre o homem e DEUS, para remissão dos pecados por JESUS? Lá no Éden, no mesmo dia da queda, quando JESUS matou um cordeiro e os vestiu com a pele. Temos notícias dos sacrifícios que Caim e Abel fizeram, aliás, Caim certa vez decidiu oferecer algo sem sacrificar. O sacrifício correto era oferecer um cordeiro morto, consumido no fogo. Esse foi o que Abel ofereceu e foi aceito. Temos também informações sobre os sacrifícios de Abrão, de Isaque e de Jacó. Assim também sacrificavam os filhos de Jacó. O sacerdócio naqueles tempos era dado sempre ao filho primogênito.
No Sinai, quando estavam no deserto, foi instituído o sistema sacerdotal mais formal, destinado exclusivamente a uma família de levitas, a de Arão e seus filhos e descendentes. A tribo de Levi foi a única que se posicionou à parte, ao lado do Senhor, naquele episódio da adoração ao bezerro de ouro. Curioso, Moisés e Arão eram levitas. DEUS escolheu essa tribo, mais zelosa, para lhe servir, e cuidar do tabernáculo bem como do ensinamento ao povo. Dos levitas Ele tirou os sacerdotes, que eram da tribo de Arão. O curioso é que quem fez o bezerro de ouro foi o próprio Arão. Ao menos ele coordenou a fabricação e liberou a adoração. Arão agiu como um fraco, mas, pelo visto, contra a sua vontade. E por ter-se arrependido, servia como alguém capaz de ensinar o quanto é importante arrepender-se. É assim. Os nossos melhores líderes espirituais, hoje, não são os que sabem muito, mas aqueles que sabem como se arrepender, e podem nos ensinar essa sua experiência, e os resultados que ela produz.
Escolhendo os levitas para o ofício sacerdotal, de sacerdotes, de cantores, de servidores em assuntos religiosos, DEUS substituiu os primogênitos nesses afazeres. Eles deveriam consagrar-se ao Senhor, serem puros, santos, conduzirem exemplarmente suas famílias, serem exemplo para os demais. Isso ainda DEUS exige hoje de seus servos no ministério. Aliás, exige de todos os que têm algum cargo na igreja. Há algumas décadas fui consagrado ancião, e desde então temos tratado desse assunto em nosso lar, destacando a responsabilidade que isso significa. Outras pessoas se espelham nos líderes, e isso gera uma grande necessidade de sermos guiados por DEUS, para não falharmos, e levarmos outros a falharem pelo mau exemplo. É como diz a irmã White: “Cuidai de que pelo vosso exemplo não ponhais outras almas em perigo. Coisa terrível é perdermos nossa própria alma, mas seguir uma conduta que ocasione a perda de outras almas é ainda mais terrível. Que nossa influência seja um cheiro de morte para morte é um pensamento terrível, no entanto isto é possível. Com que fervor, então, devemos guardar nossos pensamentos, nossas palavras, nossos hábitos, nossa disposição! Deus exige santidade pessoal. Somente revelando o caráter de Cristo poderemos nós cooperar com Ele na salvação de pessoas” (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 158).
A escolha dos levitas ocorreu porque em uma certa ocasião foram os mais leais a DEUS. Um dos motivos para a escolha de Arão parece ter sido por ele necessitar de perdão, e por ter desejado esse perdão. Dentre os levitas, foi ele quem coordenou a idolatria, e, portanto, foi ele o que mais necessitava de perdão. Também foi ele quem mais se arrependeu envergonhado perante Moisés, quem DEUS escolhera como profeta. Arão, portanto, representava muito bem o povo todo, sempre propenso a pecar, mas que deveria também estar propenso a se arrepender. Arão, como mediador, simbolizava muito bem a CRISTO, que se tornou um tal como nós somos, com a diferença de nunca ter pecado. Tanto Arão como CRISTO, um porque pecou vergonhosamente e outro porque sofreu na cruz para pagar por aquele pecado, obtiveram capacidade de entender o pecador, e atraí-lo para o arrependimento e mudança de vida. Outra diferença importante é que Arão nunca perdoou sequer uma pessoa, mas JESUS CRISTO é diferente – Ele está perante o DEUS Pai, puro como sempre foi, intercedendo por todo aquele que se arrepende, não tendo que jamais haver intercessão por Ele mesmo.
E nós, como foi com Arão, nos cabe o arrependimento dos pecados e a entrega a DEUS, para que Ele cumpra em nós a Sua vontade, e sejamos salvos da morte.

  1. Terça: Vestes sacerdotais
DEUS determinou em detalhes como deveriam ser as vestes sacerdotais. Elas deveriam ser lindas e solenes, bem como cumprir também a função de proteção. A beleza das vestes deveria sempre refletir o caráter interior do sacerdote, como uma pessoa santa. E ao nos vestirmos, também devemos levar esse ponto em consideração. Atualmente, nesse mundo, o que vale é a aparência exterior, o que as pessoas veem, e que deve esconder o que se passa no interior. É a vaidade comandando. Mas aqueles que querem se salvar devem pensar de modo diferente. Em primeiro lugar devem buscar, com o poder do ESPÍRITO SANTO, o aperfeiçoamento (santificação) do caráter, e vestir-se de acordo.
O Sumo Sacerdote era visto como um tipo de JESUS. E o povo ao olhar para ele, por meio do modo como estava vestido, e como se comportava, devia ver nesse homem um caráter irrepreensível.
Vamos estudar as funções das peças sacerdotais e seus outros componentes.
Havia a mitra; a estola sacerdotal (também chamada éfode); o peitoral; a sobrepeliz azul, a túnica branca bordada e o cinto. Faziam parte dos paramentos duas pedras de ônix; as pedras urim e tumim; as doze pedras do peitoral; romãs bordadas e as campainhas de ouro.
A mitra era uma cobertura para a cabeça do Sumo Sacerdote, um tipo de turbante enrolado parecendo-se com uma coroa. Amarrada à mitra havia uma lâmina de ouro gravada com frase "Santidade ao Senhor". Simbolizava uma nação santa, composta de sacerdotes e reis, para influenciar o mundo em direção à santidade de DEUS. “e nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai, a ele, glória e poder para todo o sempre. Amém!” (Apoc 1:6).  “e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra”  (Apoc 5:10). “Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos” (Apoc 20:6).
A estola sacerdotal, ou manto sacerdotal, ou éfode, que só o Sumo sacerdote usava, era uma espécie de chale sobre os ombros, que ficava por baixo do peitoral. Era confeccionado em linho com ouro, azul, púrpura e escarlata. Era um vestuário que se estendia do ombro até abaixo dos quadris.  Nos ombros eram fixadas duas pedras de ônix que continham os nomes das doze tribos de Israel, seis em cada pedra. ‘A estola sacerdotal como um todo, com suas cores diferentes e materiais, simboliza a Cristo em seu ministério de Sumo Sacerdote. Cristo, o Sumo Sacerdote leva o seu povo nos seus ombros, o lugar de força e assento de poder. Os ombros também falam de levar um fardo, Cristo, o Sumo Sacerdote leva todo o fardo.’
O cinto, em volta da cintura (cingir-se) servia para prender a estola sacerdotal.
 Por baixo da estola usava a sobrepeliz, uma veste que vinha dos ombros até abaixo dos joelhos, peça única, sem costura, sem mangas, com uma abertura em cima e outras duas para os braços (Exo. 28:31). Era uma túnica azul. Na borda debaixo se fixavam romãs alternadas com campainhas de ouro (Êxo. 28:33 e 34). As campainhas marcavam os movimentos do Sumo sacerdote dentro do santuário, principalmente no dia da expiação, quando ele estava oculto aos olhos do povo. O que foi descrito até aqui só o Sumo sacerdote usava.
Abaixo da sobrepeliz azul o Sumo sacerdote (e os demais sacerdotes usavam) ainda a túnica bordada branca, mais longa, até os tornozelos, de mangas longas que cobriam os braços. Essa era a túnica que os sacerdotes usavam, e também o Sumo sacerdote a usava. E por baixo dessa túnica eles usavam um enorme calção de linho, que ia da cintura até as coxas (Êxo. 28.43).

  1. Quarta: O peitoral do juízo
A principal parte das vestes do Sumo sacerdote era o peitoral do juízo (Êxo. 28:15-29, 39:8-21). Localizava-se no peito, junto ao coração. Esse peitoral, bordado com fios de ouro, continha doze pedras preciosas, simbolizando as doze tribos de Israel, e também a igreja, ou, o povo de DEUS de todos os tempos. Sobre os ombros eram fixadas as duas pedras de ônix, como já vimos. JESUS leva o seu povo junto ao peito. A palavra levar significa conduzir, proteger, amar, perdoar, salvar. O Sumo sacerdote simbolicamente levava o povo onde quer que ia, e até para dentro do lugar santíssimo. Havia aqui uma intimidade entre quem intercedia e o povo, necessitado de intercessão e perdão. Continha ainda as duas pedras do juízo, o urim e o tumim (Êxo. 28:30, cf. Num. 27:21, 1 Sam.28:6). DEUS respondia às consultas do Sumo sacerdote por essas pedras. Uma simbolizava o ‘sim’, outra o ‘não’. Davi, por exemplo, consultava a DEUS por meio dessas pedras.
Estando as pedras representativas numa única peça, todas juntas, revelam a unidade desse povo entre si, e estando junto ao peito do Sumo sacerdote, revelam a unidade do povo com DEUS. Estando perto do coração, revelam o amor de DEUS por Seu povo, e estando entre as duas pedras do juízo, revelam que DEUS quer proteger Seu povo no juízo. Ou seja, essa última parte associa o amor com o sacrifício de JESUS para perdoar o Seu povo da necessidade de se fazer justiça com o pecador. JESUS sofreu, em si, pelos que Ele ama e leva junto ao peito.

  1. Quinta: JESUS, nosso Sumo sacerdote
Diríamos: “assim como JESUS”. Ele é o nosso Sumo sacerdote, e faz tudo para que sejamos perdoados. Uma vez obtido o perdão, seremos perfeitos, isto é, estaremos salvos. Mas, muito cuidado: ainda temos em nós a inclinação para pecar outra vez, pois não fomos ainda transformados por inteiro, o que vai ocorrer na volta de JESUS. Portanto, que ninguém se glorie, pois ao sermos perdoados, nossa perfeição na verdade não está em nós, mas em CRISTO, pois o perdão que nos foi dado veio da perfeição dEle. Ele que se tornou como um de nós, com a diferença de não ter cedido à tentação, e de nunca ter pecado. Essa perfeição, por enquanto ainda em CRISTO que venceu como sendo um de nós, nos será dada por completo no dia da transformação. Então sim, não seremos mais pecadores, e teremos a perfeição em nosso corpo, e será um corpo espiritual, propenso ao bem, não mais carnal, isto é, propenso ao mal.
Há muitas pessoas entusiasmadas com a ideia de se tornarem perfeitas antes do tempo. Mas isso é impossível! A perfeição, aqui e agora, é um processo de crescimento gradativo, que só se completará no dia da segunda vinda. A perfeição que nos é pedida aqui é uma caminhada de crescimento espiritual, que é conduzida pelo ESPÍRITO SANTO, todos os dias. A nossa parte é simplesmente não atrapalhar, ou seja, todos os dias nos entregarmos a JESUS, e fazer tão somente o que Ele, por meio do ESPÍRITO SANTO, nos iluminar em nossa mente. Mas que ninguém se iluda: aqui na Terra, antes da vinda de JESUS, ninguém virá a ser considerado um “não pecador”. Isso irmãos nossos já tentaram no ano de 1900, lá em Indiana, Estados Unidos. Foi o movimento da carne santa. Por meio de um ritual tipo pentecostal, quem caísse desmaiado no chão (exausto), era considerado como tendo então a carne santa, como de JESUS, e não pecaria mais nem morreria. Fato é que todos eles morreram. Inserimos sobre esse assunto um trecho de Ellen White.
“Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mat. 5:48). O ideal do caráter cristão é a semelhança com Cristo. Como o Filho do homem foi perfeito em Sua vida, assim devem Seus seguidores ser perfeitos na sua. Jesus foi em todas as coisas feito semelhante a Seus irmãos. Tornou-Se carne, da mesma maneira que nós. Tinha fome, sede e fadiga. Sustentava-Se com alimento e refrigerava-Se pelo sono. Era Deus em carne. Ele compartilhou da sorte do homem; não obstante, foi o imaculado Filho de Deus. Seu caráter deve ser o nosso. ... Cristo é a escada que Jacó viu, tendo a base na Terra, e o topo chegando à porta do Céu, ao próprio limiar da glória. Se aquela escada houvesse deixado de chegar à Terra, por um único degrau que fosse, teríamos ficado perdidos. Mas Cristo vem ter conosco onde nos achamos. Tomou nossa natureza e venceu, para que, revestindo-nos de Sua natureza, nós pudéssemos vencer. Feito "em semelhança de carne pecaminosa" (Rom. 8:3), viveu uma vida isenta de pecado. Agora, por Sua divindade, firma-Se ao trono do Céu, ao passo que, pela Sua humanidade, Se liga a nós. Manda-nos que, pela fé nEle, atinjamos a glória do caráter de Deus. Portanto, devemos ser perfeitos, assim como "perfeito é o vosso Pai celeste". Mat. 5:48. (...)
A adoração prestada em sinceridade de coração tem grande recompensa. "Teu Pai, que vê em secreto, te recompensará." Mat. 6:6. Pela vida que vivemos mediante a graça de Cristo, forma-se o caráter. A beleza original começa a ser restaurada na alma. São comunicados os atributos do caráter de Cristo, começando a refletir-se a imagem do Divino. A fisionomia dos homens e mulheres que andam e trabalham com Deus, exprime a paz do Céu. São circundados da atmosfera celeste. Para essas pessoas começou o reino de Deus. Possuem a alegria de Cristo, a satisfação de ser uma bênção à humanidade. Têm a honra de ser aceitos para o serviço do Mestre; é-lhes confiado o fazer Sua obra em Seu nome. ( Desejado de Todas as Nações, 293-295, grifos acrescentados)

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Qual é a função do Sumo sacerdote, JESUS, hoje perante o trono celestial? Sabemos que JESUS, indo ao Céu depois do pentecostes, entrou no lugar santo. A partir de 1844 entrou no lugar santíssimo. Mas também oficia no lugar santo, isto é, Ele agora tanto é nosso advogado (no lugar santo) como também é juiz (no lugar santíssimo, por enquanto só para os mortos em CRISTO). O que nós devemos fazer e o que Ele está fazendo? Uma citação de Ellen G. White resume de uma forma objetiva essa importantíssima questão.
“Diz o apóstolo: "Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis." Tia. 5:16. Confessai vossos pecados a Deus, que é o único que os pode perdoar, e vossas faltas uns aos outros. Se ofendestes a vosso amigo ou vizinho, deveis reconhecer vossa culpa, e é seu dever perdoar-vos plenamente. Deveis buscar então o perdão de Deus, porque o irmão a quem feristes é propriedade de Deus e, ofendendo-o, pecastes contra seu Criador e Redentor. O caso será levado perante o único Mediador verdadeiro, nosso grande Sumo Sacerdote, que "como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado", e que Se compadece "das nossas fraquezas" (Heb. 4:15), sendo apto para purificar-nos de toda mancha de iniquidade” (Caminho a CRISTO, 37).
Meus amados leitores, é importante que cada dia nos entreguemos a JESUS. Deve ser assim porque nós somos fracos, e não temos capacidade de sustentar uma decisão por muito tempo. Se nos entregarmos de mês em mês, isso não dará certo, pois a nossa vontade mudará muito num tempo de 30 dias. Será uma decisão insustentável. Dependendo como foi sua vida passada, além da entrega diária, como primeiro ato em todas as manhãs, vai ter que reforçar a entrega durante o dia. Quem sabe ao meio-dia, à tardinha e à noite. Cada um sabe a luta que enfrenta, e o quando a sua mente e o corpo já foi prejudicado pelo poder do pecado. Então cada um que faça o seu plano, o que vale é não perder a vida eterna. Se alguém, por uns tempos, precisa ligar-se ao Salvador de hora em hora, que tome as providências para fazer isso. Vale a pena! Um dia quando estiver salvo, não achará que isso tenha sido perda de tempo. Digo isso porque há muitos pecados que se grudam em nós, e formam em nós hábitos, que, ou nem mais percebemos serem coisas más, ou racionalizamos, pensando que não são tão perigosas. Por exemplo, é o caso de uma pessoa que me disse: eu só sonego até 10% dos impostos. Esse aí acha que roubar pouco não é roubo. Já se acostumou com a ideia e por nada nesse mundo alguém o consegue convencer que vai morrer para sempre, se não mudar. É disso que estamos falando quando aqui sugerimos cada um ter um plano de entrega diária, ou até mais frequente. Também sou pecador, e sei o quanto essa luta é perigosa e o quanto o inimigo é astuto, e o quanto somos fracos e dependentes do amor de DEUS.



escrito entre  14 e 22/03/2011
revisado em  23/03/2011
corrigido por Jair Bezerra




Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.

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