quinta-feira, 7 de abril de 2011

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 2 - 2º Trim. 2011

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Segundo Trimestre de 2011
Tema geral do trimestre: Vestes da graça
Estudo nº 02 – Da glória ao pó
Semana de   02 a 09 de abril
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí - RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar:Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniqüidade em ti” (Ezequiel 28:15).

Introdução de sábado à tarde
Vamos imaginar duas famílias, cada uma delas tendo um filho, da mesma idade. Uma delas tem extremo cuidado com seu filho que chamaremos pelo apelido de zeca, mantendo um controle total sobre o que ele faz. Imaginemos que as crianças estejam com dez anos. Eles bloqueiam acessos não recomendados na internet e estão sempre de olho em tudo o que o zeca faz, para criar novas proibições. Além disso, dão boa educação, fazem cultos domésticos, estudam a Bíblia e outros bons livros, além de se envolverem em ações missionárias.
A outra família tem igual procedimento educacional com seu filho que chamaremos de zigo, mas não proíbem nada. Com relação às coisas negativas, debatem com o zigo sobre os perigos, mas ele é livre para escolher.
Qual a tendência de futuro desses dois meninos?
Antes de continuar, pois responderemos com base em casos reais que conhecemos, daremos um pequeno testemunho de nossa filha. Quando ela ainda tinha pequena idade, digamos uns seis anos, percebemos alguma curiosidade por programas de televisão impróprios. Não era nada preocupante, mas já agimos preventivamente. Preparamos a encenação e os três nos assentamos diante da televisão para assistir uma parte de algum filme ruim que passava. Evidentemente não era de natureza pornográfica, mas era violento, daqueles de ação. E fomos identificando e julgando as cenas. Ela percebeu. Isso durou uns dez minutos, e ela aprendeu o perigo que ali continha. Nunca proibimos, mas até hoje, já casada, não se interessa por filmes impróprios a filhos de DEUS.
Com base em casos que conhecemos, a tendência daquelas duas crianças, do Zeca e do zigo é a seguinte. Há forte possibilidade do Zeca, mesmo que não se afaste dos caminhos da verdade, de se tornar uma pessoa adulta dependente, sem capacidade de conduzir a sua vida. Pode não saber como educar seus próprios filhos. É como se vivesse dentro de uma caixa fechada, sempre precisando perguntar a alguém o que deve e o que não deve. Já o zigo tem tendência de ser uma pessoa com caráter melhor fundamentado tendo melhor capacidade de escolher certo, por conta própria. Porém, os dois sempre poderão errar nas escolhas, contudo, o zeca corre risco maior para esses erros. É o que demonstra a prática.
Mas há um ponto mais importante. O Zeca poderá ser uma pessoa limitada e infeliz, ou com restrições naturais em seu comportamento, por sua formação ter sido por meio de ênfase nas proibições, e não por meio de ênfase na educação quanto aos limites.
Temos aqui três possibilidades de educação: a que impõe limites por meio de proibições, a que impõe limites por meio da educação e a que não impõe limite algum. A opção intermediária é a melhor e mais eficaz nesse mundo. No entanto, em todos os casos poderão ocorrer falhas por parte das pessoas de um ou de outro modo educadas. Mas é de se notar facilmente que as que tiveram limites por meio de educação, e que tiveram liberdade de escolha, são pessoas mais preparadas para a vida, erram menos e são mais felizes. É o modo como DEUS trata suas criaturas.
Lúcifer foi provavelmente a primeira criatura feita por DEUS. É certo que era a criatura mais elevada em dotes de inteligência e responsabilidade. Era livre para escolher, como todas as demais criaturas com inteligência semelhante a DEUS. Portanto, tinha em si, uma especial capacidade de promover a felicidade dos outros, como é o propósito da Lei de DEUS.
Mas nesse ser criado superior, desenvolveu-se a cobiça de ser ainda mais do que lhe foi dado por DEUS. Ele se imaginou ser como DEUS, sentar-se no trono de DEUS. Isso se desenvolveu, a princípio só uma imaginação, que no entanto foi acariciado. Ele levou tais pensamentos adiante até que se tornou dependente deles, e se tornou também uma meta pela qual passou a lutar. Uma péssima meta, na verdade, uma obsessão. Embora Lúcifer soubesse bem o que estava fazendo, pois educação para isso teve, fez o que a princípio a sua própria consciência desaprovava, mas que, mais tarde, ela acatou. E aí, lá se foi Lúcifer para a desgraça, levando consigo uma enorme multidão de outros seres celestiais perfeitos. Todos eles tornaram-se pecadores e deverão ser mortos um dia desses.


  1. Primeiro dia: O Criador de tudo
Houve um tempo no passado em que não existia nada, só o vazio. O nada e DEUS. Eram os tempos da eternidade. Como foi isso não sabemos. Mas de uma coisa temos certeza, DEUS criou tudo o que existe, e o fez sem necessitar da matéria. Ele osou a Sua Inteligência e o Seu poder. O nada, o vazio, acompanhava a existência de DEUSS desde a eternidade. Então, quando DEUS criou, Ele ficou muito feliz, pois olhando e avaliando, exclamou: “eis que ficou muito bom!”
A criação ao menos faz sentido. A teoria da evolução entende que a explosão do Big Bang se deu a partir de uma bola muito densa de matéria. Mas de onde veio essa bola cheia de energia? Ela não veio do nada por si só, pois isso é impossível. No entanto, a criação, por um ser inteligente, na verdade também não veio do nada, ela foi idealizada por um Ser inteligente que a criou a partir do nada. Mas DEUS existia, e desde sempre. É mais razoável crer num ser vivo que existia desde a eternidade que acreditar em matéria morta energizada que existia desde a eternidade.
O Universo é incrivelmente complexo. Funciona por meio de uma infinidade de leis que deixam tudo bem equilibrado. Só no nosso planeta, a atmosfera, para garantir condições de vida, requer um sistema equilibrado de condições que é inimaginável ter-se isto formado ao acaso. Há muitas equações e leis embutidas em todas as coisas para que elas funcionem. E isso vem da inteligência. Por exemplo, um automóvel moderno é algo bem complexo, mas nem se compara com uma simples mosca. Esse automóvel jamais algum ser humano admitiria ter-se formado ao acaso, mas as coisas muito mais complexas, isso sim. É tudo para negar a existência de um Ser superior.
DEUS é infinito. Podemos ter certeza de que aquilo que os mais poderosos telescópios conseguem ver no Universo é apenas uma minúscula parcela do que existe, se é que o Universo tem alguma fronteira. E DEUS é maior ainda. Há limites para a ciência e para o homem que por si só é limitado. Não podemos aceitar que o homem mortal com seus instrumentos possa alcançar e medir o tamanho do que DEUS criou. Seria muita pretensão. Os homens podem aperfeiçoar seus instrumentos, e assim descobrirão cada vez mais, mas nunca chegarão com seus aperfeiçoamentos a um dia poder afirmar: não há mais nada além do que estamos vendo. O problema é que o homem imagina com base no pouco que sabe, aquilo que se passa tão distante de onde está, onde quase nada pode ver, e elabora explicações do que é a realidade ali. Mas um pouco antes da fronteira do que se está vendo, nela e depois dela, qualquer explicação que se tente dar estará sujeita a graves erros. O tamanho da capacidade do ser humano caído em pecado é insuficiente para explicar o que DEUS fez, principalmente quando o que se tenta explicar está muito fora do alcance. Então o homem entra em especulações que levam a erros grosseiros, mas que são incontestáveis, pois quem o fizer, está em igual situação de errar quanto quem formulou alguma teoria nessas condições tão inseguras. Portanto, no campo da ciência, nesse assunto, há que se ter cuidado, pois o que é dito pode ser uma grosseira bobagem.
Um dia iremos aprender de DEUS mesmo sobre o que Ele fez, e teremos a eternidade para estudar isso, e ainda assim, o estudo não será jamais concluído.
Nos estudos de segunda-feira até quinta-feira decidimos deixar que DEUS mesmo fale por meio de Sua profetisa. Na sexta-feira comentamos um pouco essas citações selecionadas. É importante entender o estado em que Lúcifer foi criado, o que ele queria mais do que lhe foi dado, o que ele fez e a que situação chegou. É importante isso pois o pecador, que já é um ser caído, tem a tendência natural de seguir por esse mesmo caminho: em vez de humildade, exaltação própria. E é isso que devemos evitar.

  1. Segunda: Um ser belo e perfeito
“Enquanto todos os seres criados reconheceram a lealdade pelo amor, houve perfeita harmonia por todo o Universo de Deus. Era a alegria da hoste celestial cumprir o propósito do Criador. Deleitavam-se em refletir a Sua glória, e patentear o Seu louvor. E enquanto foi supremo o amor para com Deus, o amor de uns para com outros foi cheio de confiança e abnegado. Nenhuma nota discordante havia para deslustrar as harmonias celestiais. Sobreveio, porém, uma mudança neste estado de felicidade. Houve um ser que perverteu a liberdade que Deus concedera a Suas criaturas. O pecado originou-se com aquele que, abaixo de Cristo, fora o mais honrado por Deus, e o mais elevado em poder e glória entre os habitantes do Céu. Lúcifer, "filho da alva", era o primeiro dos querubins cobridores, santo, incontaminado. Permanecia na presença do grande Criador, e os incessantes raios de glória que cercavam o eterno Deus, repousavam sobre ele. "Assim diz o Senhor Jeová: Tu és o aferidor da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus; toda a pedra preciosa era a tua cobertura. ... Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti." Ezeq. 28:12-15.
“Pouco a pouco Lúcifer veio a condescender com o desejo de exaltação própria. Dizem as Escrituras: "Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor." Ezeq. 28:17. "Tu dizias no teu coração: ... acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono. ... Serei semelhante ao Altíssimo." Isa. 14:13 e 14. Se bem que toda a sua glória proviesse de Deus, este poderoso anjo veio a considerá-la como pertencente a si próprio. Não contente com sua posição, embora fosse mais honrado do que a hoste celestial, arriscou-se a cobiçar a homenagem devida unicamente ao Criador. Em vez de procurar fazer com que Deus fosse o alvo supremo das afeições e fidelidade de todos os seres criados, consistiu o seu esforço em obter para si o serviço e lealdade deles. E, cobiçando a glória que o infinito Pai conferira a Seu Filho, este príncipe dos anjos aspirou ao poder que era a prerrogativa de Cristo apenas” (O Desejado de todas as nações, 35).
 “Até à morte de Jesus, o caráter de Satanás não fora ainda claramente revelado aos anjos e mundos não caídos. O arqui-apóstata se revestira por tal forma de engano, que mesmo os santos seres não lhe compreenderam os princípios. Não viram claramente a natureza de sua rebelião.
“Era um ser admirável de poder e glória o que se pusera em oposição a Deus. De Lúcifer, diz o Senhor: "Tu és o aferidor da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura." Ezeq. 28:12. Lúcifer fora o querubim cobridor. Estivera à luz da presença divina. Fora o mais elevado de todos os seres criados, e o primeiro em revelar ao Universo os desígnios divinos. Depois de pecar, seu poder de enganar tornou-se consumado, e mais difícil o descobrir-lhe o caráter, em virtude da exaltada posição que mantivera junto do Pai” (O Desejado de todas as nações, 758, 759).

  1. Terça: A queda de um ser perfeito
“Lúcifer, no Céu, antes de sua rebelião foi um elevado e exaltado anjo, o primeiro em honra depois do amado Filho de Deus. Seu semblante, como o dos outros anjos, era suave e exprimia felicidade. A testa era alta e larga, demonstrando grande inteligência. Sua forma era perfeita, o porte nobre e majestoso. Uma luz especial resplandecia de seu semblante e brilhava ao seu redor, mais viva do que ao redor dos outros anjos; todavia, Cristo, o amado Filho de Deus, tinha preeminência sobre todo o exército angelical. Ele era um com o Pai, antes que os anjos fossem criados. Lúcifer invejou a Cristo, e gradualmente pretendeu o comando que pertencia unicamente a Cristo.
“O grande Criador convocou os exércitos celestiais para, na presença de todos os anjos, conferir honra especial a Seu Filho. O Filho estava assentado no trono com o Pai, e a multidão celestial de santos anjos reunida ao redor. O Pai então fez saber que, por Sua própria decisão, Cristo, Seu Filho, devia ser considerado igual a Ele, assim que em qualquer lugar que estivesse presente Seu Filho, isto valeria pela Sua própria presença. A palavra do Filho devia ser obedecida tão prontamente como a palavra do Pai. Seu Filho foi por Ele investido com autoridade para comandar os exércitos celestiais. Especialmente devia Seu Filho trabalhar em união com Ele na projetada criação da Terra e de cada ser vivente que devia existir sobre ela. O Filho levaria a cabo Sua vontade e Seus propósitos, mas nada faria por Si mesmo. A vontade do Pai seria realizada nEle.
“Lúcifer estava invejoso e enciumado de Jesus Cristo. Todavia, quando todos os anjos se curvaram ante Jesus reconhecendo Sua supremacia e alta autoridade e direito de governar, ele curvou-se com eles, mas seu coração estava cheio de inveja e rancor. Cristo tinha sido introduzido no especial conselho de Deus, na consideração de Seus planos, enquanto Lúcifer não participara deles. Ele não compreendia, nem lhe fora permitido conhecer, os propósitos de Deus. Mas Cristo era reconhecido como o soberano do Céu; Seu poder e autoridade eram os mesmos de Deus. Lúcifer pensou em si mesmo como o favorito entre os anjos no Céu. Tinha sido grandemente exaltado, mas isto não despertou nele louvor e gratidão ao seu Criador. Aspirava à altura do próprio Deus. Gloriava-se na sua altivez. Sabia que era honrado pelos anjos. Tinha uma missão especial a executar. Tinha estado perto do grande Criador e o resplendor incessante da gloriosa luz que cercava o eterno Deus tinha brilhado especialmente sobre ele. Pensava como os anjos tinham obedecido a seu comando com grande entusiasmo. Não era seu vestuário belo e brilhante? Por que devia Cristo ser assim honrado acima dele?
“Ele deixou a imediata presença do Pai, insatisfeito e cheio de inveja contra Jesus Cristo. Dissimulando seu real propósito, convocou os exércitos angelicais. Introduziu seu assunto, que era ele mesmo. Como alguém agravado, relatou a preferência que Deus dera a Jesus em prejuízo dele. Contou que, dali em diante, toda a doce liberdade que os anjos tinham desfrutado estava no fim. Pois não havia sido posto sobre eles um governador, a quem deviam de agora em diante render honra servil? Declarou que os tinha reunido para assegurar-lhes que ele não mais se submeteria à invasão dos direitos seus e deles; que nunca mais ele se prostraria ante Cristo; que assumiria a honra que lhe devia ter sido conferida e que seria o comandante de todos aqueles que se dispusessem a segui-lo e obedecer a sua voz.
“Houve controvérsia entre os anjos. Lúcifer e seus simpatizantes lutavam para reformar o governo de Deus. Estavam descontentes e infelizes porque não podiam perscrutar Sua insondável sabedoria e verificar o Seu propósito em exaltar Seu Filho e dotá-Lo com tal ilimitado poder e comando. Rebelaram-se contra a autoridade do Filho” (História da redenção, 13 a 15)

  1. Quarta: Desejando ser DEUS
 “Lúcifer poderia ter permanecido no favor de Deus, ser amado e honrado por toda a hoste angélica, exercendo suas nobres faculdades, a fim de abençoar outros e glorificar o seu Criador. Mas, diz o profeta: "Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor." Ezeq. 28:17. Pouco a pouco Lúcifer veio a condescender com o desejo de exaltação própria. "Estimas o teu coração como se fora o coração de Deus." "E tu dizias: ... Acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei. ... Subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo." Ezeq. 28:6; Isa. 14:13 e 14. Em vez de procurar fazer com que Deus fosse supremo nas afeições e lealdade de Suas criaturas, era o esforço de Lúcifer conquistar para si o seu serviço e homenagem. E, cobiçando a honra que o infinito Pai conferira a Seu Filho, este príncipe dos anjos aspirou ao poder cujo uso era prerrogativa de Cristo, unicamente.” (O Grande Conflito,  494).
“Lúcifer dissera: "Serei semelhante ao Altíssimo" (Isa. 14:12 e 14); e o desejo de exaltação própria levara conflito às cortes celestiais, e banira uma multidão das hostes de Deus. Houvesse na verdade Lúcifer desejado ser semelhante ao Altíssimo, e nunca teria perdido o lugar que lhe fora designado no Céu; pois o espírito do Altíssimo manifesta-se em abnegado ministério. Lúcifer desejava o poder de Deus, mas não o Seu caráter” (O Desejado de todas as nações, 435).
“Satanás caiu por causa de sua ambição de ser igual a Deus. Desejava participar dos conselhos e propósitos divinos, dos quais foi excluído por sua própria incapacidade, como ser criado que era, de compreender a sabedoria do Infinito Deus. Foi esse orgulho ambicioso que o levou à rebelião, e por esse mesmo meio procura ele causar a ruína do homem” (Testemunhos Seletos, 307).
“O pecado originou-se na busca dos próprios interesses. Lúcifer, o querubim cobridor, desejou ser o primeiro no Céu. Procurou dominar os seres celestes, afastá-los de seu Criador, e receber-lhes, ele próprio, as homenagens. Portanto, apresentou falsamente a Deus, atribuindo-Lhe o desejo de exaltação própria. Tentou revestir o amorável Criador com suas próprias más características” (O Desejado de Todas as Nações, 21 e 22).
“Sempre que a ambição e o orgulho são tolerados, a vida é maculada; pois o orgulho, não sentindo necessidade, cerra o coração para as bênçãos infinitas do Céu” (Profetas e Reis, 60).
“A soberba é um terrível aleijão no caráter. "A soberba precede a ruína". Isto é verdade na família, na igreja e na nação” (Testimonies, vol. 4, 377).
“O povo de Deus deve ser sujeito um ao outro. Deve aconselhar-se um com o outro, para que a deficiência de um seja suprida pela suficiência do outro” (Beneficência Social, 202).
“Deus aborrece o orgulho, e... todos os orgulhosos, e todos os que procedem impiamente, serão como palha, e o dia que está para vir os consumirá” (Mensagens aos Jovens, 128).
“"Aprendei de Mim", disse Cristo, "que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma." Mat. 11:29” (Testimonies, vol. 4, 376).
“Subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo." Ezeq. 28:6; Isa. 14:13 e 14. Em vez de procurar fazer com que Deus fosse supremo nas afeições e lealdade de Suas criaturas, era o esforço de Lúcifer conquistar para si o seu serviço e homenagem. E, cobiçando a honra que o infinito Pai conferira a Seu Filho, este príncipe dos anjos aspirou ao poder cujo uso era prerrogativa de Cristo, unicamente” (O grande conflito, 494).
“Se bem que toda a sua glória proviesse de Deus, este poderoso anjo veio a considerá-la como pertencente a si próprio. Não contente com sua posição, embora fosse mais honrado do que a hoste celestial, arriscou-se a cobiçar a homenagem devida unicamente ao Criador. Em vez de procurar fazer com que Deus fosse o alvo supremo das afeições e fidelidade de todos os seres criados, consistiu o seu esforço em obter para si o serviço e lealdade deles. E, cobiçando a glória que o infinito Pai conferira a Seu Filho, este príncipe dos anjos aspirou ao poder que era a prerrogativa de Cristo apenas” (Patriarcas e profetas, 35).

  1. Quinta: Satanás na Terra
“Houve um tempo em que Satanás andou em comunhão com Deus, Jesus Cristo e os santos anjos. Era grandemente exaltado no Céu, e radiante na luz e glória que lhe vinham do Pai e do Filho, mas tornou-se desleal e perdeu sua elevada e santa posição como querubim cobridor. Tornou-se o antagonista de Deus, um apóstata, e foi excluído do Céu. ... Convocou todos os poderes do mal para cerrar fileiras em torno do seu estandarte, a fim de formarem uma desesperada confederação maligna para coligar-se contra o Deus do Céu. Trabalhou perseverante e decididamente para perpetuar sua rebelião e levar os membros da família humana a se afastarem da verdade bíblica e permanecerem sob sua bandeira.
“Tão logo o Senhor criou nosso mundo por intermédio de Jesus Cristo e colocou Adão e Eva no Jardim do Éden, Satanás anunciou seu propósito de conformar à sua própria natureza o pai e a mãe de toda a humanidade, e de uni-los às suas próprias fileiras de rebelião. Estava decidido a apagar da posteridade humana a imagem de Deus, e a traçar sobre a alma a sua própria imagem no lugar da imagem divina. Adotou métodos de engano através dos quais realizaria seu propósito. É chamado o pai da mentira, acusador de Deus e daqueles que mantêm sua lealdade a Ele, um homicida desde o princípio. Exerceu todas as faculdades ao seu dispor para induzir Adão e Eva a cooperarem com ele na apostasia, e foi bem-sucedido em trazer a rebelião para o nosso mundo. ...
“Geração após geração, ao longo das eras, tem Satanás reunido agentes humanos através dos quais pode executar seus diabólicos propósitos e conseguir a realização de seus planos e artimanhas na Terra. A grande e pútrida fonte do mal tem estado a fluir continuamente por meio da sociedade humana. Embora incapaz de expulsar a Deus de Seu trono, Satanás O tem acusado com atributos satânicos e reivindicado como seus os atributos de Deus. ... Por meio da astúcia da serpente, por meio de suas tortuosas práticas, tem atraído a si a homenagem que os seres humanos deveriam prestar a Deus, e tem estabelecido seu satânico trono entre o adorador humano e o Pai divino”” (CRISTO triunfante, MM, 2002, p. 10).
“O escritor do Apocalipse prediz o banimento de Satanás, e a condição de caos e desolação a que a Terra deve ser reduzida; e declara que tal condição existirá durante mil anos. Depois de apresentar as cenas da segunda vinda do Senhor e da destruição dos ímpios, continua a profecia: "Vi descer do céu um anjo que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo." Apoc. 20:1-3.
“Que a expressão "abismo" representa a Terra em estado de confusão e trevas, é evidente de outras passagens. Relativamente à condição da Terra "no princípio", o relato bíblico diz que "era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo". Gên. 1:2. A profecia ensina que ela voltará, em parte ao menos, a esta condição. Olhando ao futuro para o grande dia de Deus, declara o profeta Jeremias: "Observei a Terra, e eis que estava assolada e vazia; e os céus, e não tinham a sua luz. Observei os montes, e eis que estavam tremendo; e todos os outeiros estremeciam. Observei e vi que homem nenhum havia e que todas as aves do céu tinham fugido. Vi também que a terra fértil era um deserto, e que todas as suas cidades estavam derribadas." Jer. 4:23-26.
“Aqui deverá ser a morada de Satanás com seus anjos maus durante mil anos. Restrito à Terra, não terá acesso a outros mundos, para tentar e molestar os que jamais caíram. É neste sentido que ele está amarrado: ninguém ficou de resto, sobre quem ele possa exercer seu poder. Está inteiramente separado da obra de engano e ruína que durante tantos séculos foi seu único deleite” (O grande conflito, 658 e 659).

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Qual foi a causa da queda de Lúcifer?
Analisemos o verso que explica essa impressionante queda. “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor” (Ezequiel 28:17). A resposta está nesse verso. A causa da queda de Lúcifer é a mesma da que muitos seres humanos também caem, e perdem e vida eterna. Inclusive membros do povo eleito, em todos os tempos, inclusive no tempo atual.
Qual é então a causa dessa queda? Numa leitura rápida, se poderia chegar a conclusão que a causa foi a formosura e o resplendor com que Lúcifer foi criado. Mas não foi essa a causa. Se fosse, quem deveria ser culpado pela desgraça desse anjo, de milhões de outros anjos e da raça humana seria DEUS, não Lúcifer, pois o Criador teria exagerado na beleza desse ser. Quase dá para chegar a essa conclusão pelo seguinte: “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura.” A expressão “por causa” parece dizer que Lúcifer que ele se envaideceu em razão da beleza que possuía, e por isso, facilmente se conclui ser também essa a causa da queda. Mas não é, não culpemos a DEUS.
A causa da queda de Lúcifer é “elevou-se o teu coração”, ou seja, ele olhou no espelho errado, onde se via a si próprio, e não a DEUS. Nesse espelho ele via o “eu”, não o Criador que lhe havia criado. Então ele pensava: “como sou belo” e deixou de pensar “como DEUS o fez belo”. Ele focou em si mesmo, e vendo-se formoso, se tornou orgulhoso por deixar de dar glórias a DEUS que o criou assim, e passou a querer lutar por mais, para ele, para ser ainda mais.
Uma das características da perfeição é realmente a beleza. Tudo o que DEUS fez, estando na perfeição, é belo. DEUS também é assim, indescritivelmente formoso. E pelo texto que lemos, Lúcifer vendo-se tão formoso, queria ser ainda mais formoso, queria ser tal como DEUS era, ou seja, como JESUS. E queria mais ainda, desejava ter o poder de JESUS, o direito d’Ele ser adorado. Queria ser acima do que era, queria o máximo, ele queria ser “semelhante ao Altíssimo”. Lúcifer queria ser DEUS! ou, no mínimo, como DEUS. Olhando muito para si mesmo, apreciando muito o “eu”, perdeu, aos poucos, a capacidade de se espelhar em DEUS, e perdeu também a capacidade de ser humilde, de ser servo, querendo ser o maioral de todos. Queria poder, pelo que os homens até hoje lutam e provocam destruição e morte. É a incessante luta pelo poder, ou por status, ou por se destacar entre os demais, e aí vale tudo, desde vestuário diferenciado até pinturas pelo corpo, automóveis caros e outros itens de enaltecimento do “eu”.
Hoje ainda se diz, ou se age como Lúcifer. Ele disse: “serei semelhante ao Altíssimo”, e hoje se diz: “serei semelhante aos meus ídolos”. Dias atrás estávamos em veraneio, um descanso de 5 dias em umas águas termais, e falávamos com uma das pessoas que trabalham no local. Então ele disse qual era o sonho de seus filhos: serem jogadores de futebol de time grande. Meninas querem ser modelo, senão miss. Outras querem ser artistas de televisão ou cinema, ou então, cantoras. E assim por diante. As pessoas se espelham onde aparece o “eu”, não onde possam ver DEUS, para se tornarem semelhantes a Ele no caráter. Estamos aqui tratando do que continua sendo a principal causa de queda de seres humanos para a perda da vida eterna, o foco no “eu”. Foi assim que tudo começou. Não é por menos que um dos mandamentos trata exatamente disso: “Não cobiçarás”.
A queda de Lúcifer afetou o Céu e a Terra, e repercutiu em todo o Universo. Há uma apreensão no Universo sobre o desfecho desse grande conflito, assim como houve por ocasião da crucificação de JESUS. Nesse desfecho satanás usa das estratégias mais astutas que se possa imaginar. Ou, como a lição explica ligeiramente na parte de quinta-feira, ao dizer que “ele não reluta em usar outros professos cristãos para ... nos afastar de um relacionamento de salvação com CRISTO.” Do livro “Testemunhos para ministros e obreiros evangélicos” cuja leitura se recomenda fortemente, tiraremos umas citações que devem servir de alerta a todos quantos tenham sincero desejo de serem salvos. Sugiro ao menos a leitura imediata, com reflexão e oração, do sub-capítulo desse livro: “Ciladas de satanás, entre as páginas 472 a 475), pois nessas poucas páginas está a estratégia de satanás contra a Igreja Adventista para estes últimos dias. É importante ter conhecimento dessa estratégia, pois ingenuamente podemos  estar sendo um agente dele, e nem saber disso.
“Mas antes de adotarmos estas medidas extremas, devemos exercer toda a nossa sabedoria e sutileza para enganar os que honram o verdadeiro sábado e engodá-los. Podemos separar muitos de Cristo, pela mundanidade, luxúria e orgulho. (...) Fazei com que se preocupem mais com o dinheiro do que com a edificação do reino de Cristo e a disseminação das verdades que odiamos, e não precisamos temer-lhes a influência, pois sabemos que toda a pessoa egoísta e cobiçosa cairá em nosso poder, e finalmente se separará do povo de Deus. "Por meio daqueles que têm uma forma de piedade, mas não lhe conhecem o poder, podemos ganhar muitos que de outra maneira nos causariam grande mal. Os mais amantes dos prazeres do que amantes de Deus, serão os nossos mais eficientes auxiliares. Os que pertencem a essa classe, forem mais aptos e inteligentes, servirão de chamariz para atrair outros para as nossas ciladas. Muitos não lhes temerão a influência, porque professam a mesma fé. Levá-los-emos então a concluir que as reivindicações de Cristo são menos estritas do que uma vez creram, e que pela conformação com o mundo exercerão maior influência sobre os mundanos. Assim se separarão de Cristo; então não terão forças para resistir ao nosso poder, e dentro de pouco tempo estarão prontos para ridicularizar o seu antigo zelo e devoção” (Testemunhos para ministros, 473 a 475).
Satanás seduziu, lá no Céu, no princípio da rebelião, excelentes anjos voltando-os contra DEUS. E de cada três anjos, um caiu em sua conversa. Atualmente ele está seduzindo pessoas, muitas delas de dentro da igreja, para servirem de “chamariz” a outras pessoas, também de dentro da igreja, principalmente as que recém foram batizadas, a viverem um estilo de vida um pouco do Céu e um pouco da Terra. É só olhar num culto qualquer da igreja, e facilmente se verá essas pessoas, infelizmente, servindo como instrumentos de satanás, e a maioria nem sabe o que está fazendo. Muitos desses maus exemplos são pessoas influentes na igreja, tem altos cargos, outros buscam se espelhar nelas, e seguem seu mau testemunho. E repetimos, em muitos casos se trata de efeito de pouco zelo pelas cosias santas de DEUS, e demais preocupação com a vaidade forjada por intermédio do poder da mídia. E esta, como profetizado no livro citado, é uma das estratégias de satanás contra a igreja nesses últimos dias. E ela está em pleno andamento, causando muitas baixas entre o povo de DEUS.
Não me compete condenar as pessoas, mas alertar, e isto faço. Não me compete tratar desse assunto e tomar decisões, para isto existe a liderança da igreja. Nesses comentários, me compete expor claramente, o quanto possível em minha insignificância, segundo os escritos, qual o caminho da salvação, que é estreito, não largo, e a perfeita distinção do caminho da perdição. Depois disso, cada um que tome a sua decisão pessoal, se pela mistura de mundo com igreja (pensando que ainda assim obterá a salvação), se pela purificação para a vida eterna. “Vossos próprios caminhos, vossa própria vontade, vossos maus hábitos e práticas, devem ser abandonados, se quiserdes prosseguir no caminho do Senhor. Aquele que quer servir a CRISTO não pode acompanhar as opiniões do mundo ou satisfazer-lhe as normas” (O maior discurso de CRISTO, 139, grifos acrescentados).


escrito entre:  22/02/12 a 28/02/2011
revisado em  29/02/2011



Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.

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