sábado, 27 de novembro de 2010

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 10 - 4º Trim. 2010

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Quarto Trimestre de 2010
Tema geral do trimestre: Figuras dos Bastidores
Estudo nº 10    O homem de DEUS: A obediência não é opcional
Semana de   27 de novembro a 04 de dezembro
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar: “Sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de DEUS, movidos pelo ESPÍRITO SANTO” (2 Ped. 1:20 e 21).

Introdução de sábado à tarde
Essa semana estudaremos sobre um homem, profeta, cujo nome a Bíblia não revela, mas diz que é profeta. Profetas são pessoas, homens ou mulheres, escolhidas por DEUS. É uma escolha criteriosa. Se você parar para pensar, todos os profetas foram escolhidos entre pessoas zelosas, que estiveram pouco influenciadas às pressões do mundo, e não cederam. Geralmente eram pessoas jovens quando chamadas. Eram fiéis a DEUS. Em muitas ocasiões enfrentavam situações bem adversas. Alguns perdiam a vida mas não se afastavam da fidelidade. Entre os profetas temos os melhores exemplos humanos de vida. O principal profeta foi JESUS, pois era assim considerado. Os profetas quase sempre foram perseguidos pelos reis e pelos sacerdotes, com exceção de Davi e mais alguns poucos reis, que ouviam e atendiam os profetas. Eles eram incumbidos de trazerem mensagens de DEUS, e com frequência essas mensagens eram bem desfavoráveis ao destinatário. Esse então se revoltava contra o mensageiro, que estava a seu alcance, portanto, se revoltava contra DEUS. Assim foi o caso de Elias (meu profeta predileto, pois foi um reparador de brechas), que teve que trazer uma mensagem bem dura ao rei Acabe.
No final dos tempos todos seremos profetas. Portanto, aquelas pessoas que não ouvirem a mensagem, não terão nenhuma desculpa, pois estarão rejeitando a voz de profetas, e do próprio DEUS. Importante, os profetas sempre foram humildes, pessoas simples que não olhavam para si mesmas, fiéis a DEUS, mansas e puras.
Se os profetas em geral foram homens e mulheres exemplares, isso não foi assim com todos. Balaão foi um tipo de profeta, era chamado vidente, mas ambicioso, ou tornou-se assim com o tempo. Foi ele que se aliou com Balaque, contra o povo de DEUS, torcendo para que DEUS também fizesse o mesmo, pois assim ele obteria grandes riquezas e honras humanas. As atrações desse mundo derrubam muita gente, inclusive pessoas entre os escolhidos. E agora estamos estudando o caso desse profeta velho, que ousadamente se postou diante de Jeroboão, e corajosamente o enfrentou, e venceu, mas, logo depois, fracassou quanto à vontade de DEUS.
A ênfase desse estudo é sobre a obediência a DEUS. Muitas vezes DEUS nos prova em situações aparentemente bem ingênuas e simples, como foi o caso de Adão e Eva, que não deveria comer os frutos de uma determinada árvore. Só isso. A esse profeta DEUS também pediu algo bem simples, que não comesse nem bebesse naquele lugar, a cidade de Betel, onde Jeroboão erigira um altar e ele mesmo oficiava (ele não era levita, nem sacerdote), e não voltasse pelo mesmo caminho pelo qual veio. Ele deveria sair da cidade de Betel por outro caminho. Ali não deveria comer nem beber nada. Mas outro profeta, que habitava ali, velho, mentiu, e o profeta que DEUS enviara a Jeroboão confiou na mentira, deixando de confiar na palavra de DEUS. O mesmo aconteceu a Adão e Eva. DEUS havia dito alguma coisa, mas satanás falou que não era bem assim, e Eva acreditou nas palavras da serpente em lugar das de DEUS.

  1. Primeiro dia: A política da religião
Hoje não há como não atentarmos a três focos: o que fez Jeroboão; o que fez a igreja medieval; e o que nós, adventistas, estamos fazendo. Não podemos, nessas lições, só atentar para os outros, e achar que essas lições se aplicam só a eles. Ainda não fomos transformados, e certamente não estamos imunes a erros.
Vamos prestar atenção desde o início da história. Davi foi rei, e teve várias mulheres e muitos filhos. Ele teve problemas dentro de sua família. Havia conflitos por poder entre seus filhos, e com lutas e mortes. Portanto, que não restem dúvidas que Davi e suas esposas, falharam na educação dos filhos, e estes, na aplicação dos princípios divinos. Veja bem o seguinte, se os pais falham na educação, isso não é desculpa para que os filhos sejam maus, e sigam o caminho traçado pelo inimigo, pois há outras maneiras de descobrir a verdade. Embora sejam os pais os mais próximos para a educação, não são a única fonte de ensinamento da verdade. Que ninguém tente um dia desses se apresentar diante de DEUS, quando no julgamento, e dizer: meus pais não me ensinaram. A pergunta virá direto: “E você não aprendeu e ler?” “Nunca ouviu um sermão?” “Não estudou as lições da Escola Sabatina?” “Não leu as apostilas das 40 madrugadas?”, e assim vai.
Então Salomão, continuando o festival de erros de Davi, casou-se com centenas de mulheres, e foi mais longe construindo templos aos deuses delas. E muita gente vivia dos favores regados a alto luxo, na mesa do rei. O estilo de vida de Salomão, nadando em meio ao luxo, era de elevado custo. Para viver assim, assolou a nação com impostos altíssimos. Se você prestar atenção à história, vai ver que muitos reinos e nações caíram por exagerar nas taxas de impostos. Roboão, acostumado a esse estilo de vida, não quis deixar por menos, e seguiu o exemplo do pai. Resultado, perdeu a maior a parte do reino, a parte mais rica. Jeroboão liderou uma revolta, e se tornou o rei do reino do norte, levando de Roboão dez tribos.
Agora havia um dilema para Jeroboão. O templo que Salomão recém construíra ficava no reino do sul. E o povo deveria ir até lá para suas ofertas, sacrifícios e adoração. É evidente que isso traria problemas de poder a Jeroboão, pois as influências seriam poderosas em favor do reino do sul. Jeroboão temia que com o tempo o povo simpatizasse com o sul, pois ali estava o centro espiritual, e que voltasse ao rei do sul.
Então Jeroboão pensou numa saída política, ou seja, de interesses a seu favor. Ele construiu dois outros centros de adoraçao, um em Betel e outro em Dã. Em cada um deles colocou um bezerro de ouro. E nos altos das montanhas, a exemplo dos pagãos, edificou locais para adoração a ídolos. Então o povo não precisaria mais ir a Jerusalém. Em todo lugar alto e naquelas duas cidades havia como ir adorar, facilitando a vida dos adoradores. É bem isso que a idolatria faz: facilita a adoração, embora a torne completamente inútil ao mesmo tempo. Atente para o seguinte: esses templos não foram ordenados por DEUS, neles não havia o Shequiná (presença visível de DEUS), portanto, em lugar disso, Jeroboão colocou um bezerro em cada templo. E como os levitas não aceitaram oficiar nesses templos, Jeroboão consagrou sacerdotes de outras famílias para os trabalhos sagrados. Em resumo: TUDO ERRADO.
E qual o motivo de tantos erros? Desejo de poder para si. Ou, interesses centrados em si. Jeroboão queria ser rei a todo custo. E não queria correr o risco de se enfraquecer. Para isso, decidiu impedir o povo de ir adorar em Jerusalém. Para ter o povo em suas mãos, não só estabeleceu outros templos e outros cultos, também, outros deuses. E, se qualquer ser humano quiser abandonar o DEUS verdadeiro e introduzir outro, a única alternativa que existe é a idolatria pagã, mesmo que chamem de cristianismo. Daí em diante, até o final da história de Israel, tudo dava errado.
O que Jeroboão deveria ter feito? Antes de se revoltar, percebendo a situação difícil da unidade da nação, percebendo também a cabeça dura de Roboão, tendo em mente a história anterior, em quem a unidade já fora ameaçada, ele deveria ter consultado a DEUS, por meio de algum profeta. Assim poderia saber o que DEUS queria que fizesse. A divisão do reino foi uma vontade de DEUS, pois Salomão não foi um bom rei o tempo todo, ele traiu a DEUS. Nas DEUS nunca quis que o reino do norte adorasse bezerros. Um dos erros de Salomão se repetiu no norte, a idolatria.
Era a tal da vontade política. Política é a manifestação de interesses por parte de grupos, que se unem para agir em favor desses interesses. Assim formam sindicatos, partidos políticos, fazem campanha, atacam outros partidos e facções, lutam pelo que entendem ser seus direitos. O resultado disso é uma eterna luta por poder, sem nunca resolver nada. Mas sempre prometendo algo melhor, nunca podendo cumprir. Satanás é um verdadeiro político, sempre promete o que não pode cumprir, e há muitos sempre dispostos a acreditar nele. Se as pessoas se apegassem ao amor de DEUS, se fizessem a Sua vontade, se seguissem os Seus ensinamentos, a política perderia completamente a sua função. Por isso é que os verdadeiros adventistas, aqueles que servem a DEUS, jamais se filiarão a partidos políticos, e jamais se envolverão com ela. É de lamentar que, por esses dias, até ministros de DEUS (supostamente) se tenham prestado à campanhas políticas. Esse é um dos erros em nossos dias. Nós precisamos do poder do ESPÍRITO SANTO. Fogo estranho? Sim, evidente que sim.

  1. Segunda: DEUS intervém
Continuando a história de ontem. Lá estava o rei Jeroboão, que embora escolhido por DEUS para ser rei não fora ungido por profeta, consagrando sacerdotes e oficiando, ele mesmo, o ritual, segundo achava que devia fazer para se promover. Se Nadabe e Abiú ofereceram sacrifício com fogo estranho, imagine então esse Jeroboão! Ali não só o fogo era estranho, tudo estava nessa condição. Era tudo estranho ao Senhor.
Imagine a cena. O rei e seus grandes, presentes, solenemente, a seu modo, diante do altar. As pessoas estavam ali, todas importantes, em apoio ao rei (os de sempre, os que querem a simpatia de quem tem o poder). De um momento para outro, do nada, surge um profeta (assim como Elias apareceu diante de Acabe, e anuncia seca, e vai embora). Assim apareceu, em meio às solenidades de Jeroboão, e profetizou contra o altar, dizendo: “Altar, altar! Assim diz o SENHOR: Eis que um filho nascerá à casa de Davi, cujo nome será Josias, o qual sacrificará sobre ti os sacerdotes dos altos que queimam sobre ti incenso, e ossos humanos se queimarão sobre ti. Deu, naquele mesmo dia, um sinal, dizendo: Este é o sinal de que o SENHOR falou: Eis que o altar se fenderá, e se derramará a cinza que há sobre ele” (1 Reis, 13:2 e 3).
Que profeta poderoso! Profetizou o que aconteceria quase três séculos depois, e ainda profetizou a prova de que a profecia se cumpriria. Ao mesmo tempo o profeta profetizou que o altar se fenderia e que as cinzas cairiam no chão. O rei, em vez de, como Davi faria, ouvir o profeta, e atentar, pelo contrário, ficou furioso. Esse profeta não falou o que ele queria ouvir. Havia ali uma severa repreensão, vinda da parte de DEUS. Isso o rei não queria ouvir. Detalhe, o profeta viera do sul...
Quantas vezes, hoje, nós não queremos ouvir alguma recomendação. Quantas vezes não atentamos para algum texto escrito, porque nos diz que temos que mudar isso ou aquilo. O mundo tem atraído muito mais que os escritos sagrados.
Ato contínuo, Jeroboão, ‘achando-se’ rei (embora nem tenha recebido a aprovação de DEUS por meio de profeta), achando-se superior ao profeta, e portanto ao próprio DEUS em Seu enviado, ameaçadoramente estendeu seu braço, e com a sua mão apontou seu dedo contra o profeta, e deu ordem de prisão. Nem deu para ele terminar de falar, e já o seu braço ficou rígido e seco, a ponto de não poder recolher a mão. Foi uma ordem sem valor algum, pois quem a estava pronunciando não tinha recebido poder algum de DEUS para aquele ofício sagrado. Em outros termos, ali era a palavra de um rei contra a palavra de DEUS. Não havia nele autoridade divina para reinar nem para oficiar rituais sagrados. Mal acabara ele de dar a ordem de prisão contra o profeta, e já teve que implorar ao mesmo profeta que orasse a DEUS para que restaurasse seu braço à normalidade. Então, onde estava o poder de Jeroboão? Um humilde profeta era superior a ele.
Como é o ser humano! Enquanto DEUS dá tempo de graça, ele faz o que bem entende, segundo os seus interesses. Mas, quando DEUS se manifesta, em forte reprovação, então se assusta e procura a DEUS, ou quem conhece a DEUS.
O que na verdade o profeta estava dizendo? Que aquilo tudo era produto de homem, nada tendo a ver com a vontade de DEUS. Era tudo estranho a DEUS. Ele não reconhecia isto como um culto. E o pior de tudo, esse rei estava tentando desencaminhar o povo escolhido de DEUS. Cuidado, pois hoje em nossos modernismos, podemos estar seguindo nossos gostos e interesses, muitas vezes políticos, e oferecendo atos estranhos a DEUS, ou sendo nós mesmos estranhos a DEUS, em nosso falar, vestir e maneiras de ser.
Veja só que ironia. Jeroboão construiu dois templos, dois altares, e dois bezerros (fora os postes ídolos etc., nos lugares altos, que foram muitos). Instituiu um ritual segundo ele queria, sagrou sacerdotes escolhidos por ele mesmo, tudo para evitar que o povo fosse até Jerusalém. E agora, vem um profeta do sul, e condena o que ele fez, dizendo que era tudo inútil. Ele queria manter o reino em suas mãos, mas esse profeta anuncia que outro rei, descendente de Davi, Josias, derrubaria tudo aquilo, e profanaria até mesmo os sepulcros daqueles sacerdotes falsos, desenterrando-os e queimando-os. Veja o texto: “Três séculos haviam-se passado. Durante a reforma levada a efeito por Josias, o rei se encontrou em Betel, onde estava este antigo altar. A profecia pronunciada tantos anos antes na presença de Jeroboão, devia agora cumprir-se literalmente. "O altar que estava em Betel, e o alto que fez Jeroboão, filho de Nebate, que tinha feito pecar a Israel, juntamente com aquele altar também o alto derribou; queimando o alto, em pó o desfez, e queimou o ídolo do bosque. "E virando-se Josias, viu as sepulturas que estavam ali no monte, e enviou, e tomou os ossos das sepulturas, e os queimou sobre o altar, e assim o profanou, conforme a palavra do Senhor, que apregoara o homem de Deus, quando apregoou estas palavras. "Então disse: Que é este monumento que vejo? E os homens da cidade lhe disseram: É a sepultura do homem de Deus que veio de Judá, e apregoou estas coisas que fizeste contra este altar de Betel. E disse: Deixa-o estar; ninguém mexa nos seus ossos. Assim deixaram estar os seus ossos, com os ossos do profeta que viera de Samaria". II Reis 23:15-18” (Profetas e reis, 402).
E a história continua amanhã...

  1. Terça: O Doador de dons
Voltemos ao episódio da mão de Jeroboão, que se fixou sem que a pudesse recolher, provavelmente com braço estendido. O rei ousou apontar contra o homem de DEUS. O profeta estava trabalhando. Um dos trabalhos dos profetas era orientar os reis. Sempre o faziam em nome de DEUS. Portanto, apontar o dedo contra um profeta era o mesmo que fazê-lo contra DEUS. E se o rei fazia isso, era bem mais grave que um do povo, pois se tratava do líder mais alto da nação. Cabia a ele, não só a administração da nação, como principalmente ser o exemplo a todos. É assim que DEUS lidera. Ele estabelece as leis, elas são boas, Ele administra tudo, e é o primeiro a dar o exemplo. Assim um líder se torna confiável. Líderes jamais deveriam usar a força, e sim, o exemplo.
DEUS, antevendo a situação, dera uma orientação ao profeta para preservá-lo em sua integridade espiritual. Ele lhe deu uma ordem expressa, que nada comesse em Betel nem bebesse, e que voltasse por outro caminho.
Qual a razão dessa ordem? É fácil descobrir. Como o rei não queria que o ritual religioso do sul influenciasse o povo do norte, é evidente que não aceitaria repreensões de algum profeta do sul, aliás, nem do norte, se esse falasse de acordo com o DEUS do sul. E outra coisa era bem evidente: Jeroboão estava atrás de sacerdotes para seus rituais. Portanto, diante da mensagem que esse profeta anônimo deveria dar, era de se esperar que o rei tivesse duas atitudes: uma, a tentativa de trazer esse profeta para o seu lado. De fato, isso ele tentou fazer, prometendo recompensa ao profeta, se fosse à sua casa comer e beber. E a segunda, caso o profeta resistisse, certamente atentaria contra a vida dele, por isso, devia voltar por outro caminho. Isso acontecia com freqüência. Algum profeta que falasse algo que o rei não gostasse, era perseguido, e muitos foram mortos. Um deles foi o próprio JESUS.
A lição nos dá uma informação valiosa: Betel ficava a apenas dois quilômetros da fronteira com Judá. Portanto, o que o profeta deveria fazer era ir até Jeroboão, dar a mensagem e retornar por outro caminho sem se deter. Mas o profeta resolveu parar e descansar em baixo de uma árvore, e sobre isso veremos amanhã. O que DEUS pediu ao seu profeta era fácil de cumprir. Veja bem, caminha-se dois quilômetros em meia hora, não mais que isso. Depende do caminho, até menos (costumo fazer esse trajeto em 20 minutos). Portanto, ida e volta, não mais que uma hora de caminhada. E ele estava montado sobre um animal de transporte. A mensagem era bem curta, o profeta não deveria ir lá para fazer uma reunião, nem negociar algo, só dar uma mensagem de grave advertência e ir embora. Na verdade, era uma espécie de ultimato (último aviso) de DEUS ao rei Jeroboão: ou você muda, ou seu reino não vai durar, outro rei do sul irá destruir esses altares de idolatria. Era uma última oportunidade para o rei se dar conta da loucura que estava fazendo. Sim, é uma tremenda loucura levar outros a erro. Ainda mais sendo erro de um líder nacional. E fora DEUS quem estabelecera Jeroboão como rei, mas ele estava traindo a DEUS. E a mensagem seria dada no momento exato em que o rei estaria oficiando a consagração do tal altar, que se fenderia ao meio, tornando-se inútil. Aquela rachadura ficaria ali testemunhando o desagrado de DEUS. Isso tudo seria uma mensagem convincente ao rei. E se o rei quisesse se arrepender, e falar com o profeta, que viesse ao sul, atrás dele, humildemente demonstrando arrependimento pela loucura.
E Jeroboão fez o quê? Exatamente o contrário do bom senso. Tentou comprar o profeta com lisonjas e presentes, não se arrependeu, e continuou em frente em sua louca idolatria. Pense bem no seguinte: esse homem estava levando a adoração do demônio a dez das doze tribos de Israel.
Portanto, aqui tiramos algumas lições muito importantes:
a)      Líderes, quando se desviam dos caminhos de DEUS, tornam-se perigosos e podem levar todo um povo à destruição, como de fato aconteceu mais tarde ao reino do norte.
b)      Se você é líder, então, trate de dar bom exemplo, fundamente-se muito bem no “está escrito”, e nunca no “eu acho”.
c)      São os grandes líderes que devem dar o exemplo aos demais. Eles devem retratar JESUS CRISTO aos demais, e se não forem capazes disso, desçam do posto antes que seja de lá tirados pelo próprio DEUS.
d)     Profetas têm trabalho perigoso, e nós, nesses últimos dias, quando se iniciar o Alto Clamor, seremos todos profetas em meio a lobos devoradores, onde os piores inimigos sairão dentre nós mesmos.
e)      Profetas têm que seguir rigorosamente as orientações de DEUS. Se são Seus porta-vozes também devem saber obedecer, em tudo; é o que teremos que ser capazes nos últimos dias.
f)       Jamais se deve desconsiderar a mensagem de um profeta, nem do passado, nem do presente, pois eles falam, não em seu nome, mas em nome de DEUS.
g)      Um profeta jamais contradiz outro, nem a Palavra de DEUS escrita que é a Bíblia. Se fizer isso, então não é profeta de DEUS, é um impostor capaz de introduzir fogo estranho no ritual de DEUS.
h)      Sempre ouve conflito entre os interesses da política com as orientações de DEUS. Portanto, quem desejar seguir a DEUS, desvincule-se de alguma militância política, ou saia da igreja, pois, se naqueles tempos os políticos traziam problemas ao povo de DEUS, nesses tempos finais a situação é multiplicada para pior.
i)        Nós, do povo de DEUS, em tudo o que fizermos, temos que fazê-lo sintonizados com o ESPÍRITO SANTO, o nosso professor e guia.
j)        Fidelidade a toda prova aos princípios de nossa igreja, suas doutrinas e seu manual, que são tirados da Bíblia.
k)      Fidelidade acima de tudo, a DEUS, pondo a Sua palavra em prática.
Ou não seremos escolhidos profetas do Senhor para dar o Alto Clamor. Profeta só pode ser quem DEUS escolhe. Atente bem: os cargos na igreja, em todos os níveis, são escolhidos por homens, reunidos em nome de DEUS. Mas a escolha é feita por homens. No entanto, profeta é DEUS que chama. Como no final da história do pecado, para dar a última mensagem de advertência vai haver a necessidade de um super-poder com o povo de DEUS, todos os que deverão dar essa mensagem ao mundo serão profetas escolhidos de DEUS, portanto, cem por cento fiéis a Ele. Prepare-se desde já para ser um deles.

  1. Quarta: Mentiras tentadoras
Enquanto os sacerdotes foram escolhidos em um homem, Arão, pois só seriam sacerdotes descendentes dele e seus filhos, profetas DEUS escolhia um a um. Os critérios para ser profeta eram pureza, humildade, vida simples, fidelidade e obediência, e valores relacionados a estes. Por isso DEUS chamou muitos profetas quando eram ainda bem jovens, pois ainda não haviam sofrido tanta influência do mundo. Houve até profetas que DEUS escolheu antes de nascerem. Esse foi o caso de Sansão e de Samuel, e casos em que eram ainda crianças, como Jeremias. Portanto, meus leitores que são jovens, vocês estão na mira de DEUS para trabalhos especiais, que exigem pessoas puras. Aliás, estão também na mira do demônio para se afastarem o quanto antes dos princípios que DEUS usa para chamar. Ele sabe que DEUS valoriza muito os jovens, então, satanás busca que sejam influenciados pelo mundanismo desde cedo, por volta do dia do nascimento.
Profetas têm certos privilégios. Por exemplo, são os primeiros a saber sobre o que DEUS irá fazer. Também são eles que devem anunciar a vontade de DEUS a outras pessoas. Eles são porta-vozes de DEUS num mundo que não ouve mais a DEUS, separados dEle por causa do pecado. Quando a situação espiritual entre o povo de DEUS se torna dramática, DEUS envia advertências por meio de profetas. Portanto, profetas são pessoas que ainda são capazes de ouvir a voz de DEUS, por isso Ele as utiliza. Essa é a razão porque no final todos os anunciadores das mensagens de DEUS ao mundo serão profetas (ver Atos 2:17 e 18). Isso acontecerá após a sacudidura, quando então a igreja verdadeira for purificada do mundanismo, das divisões, do mau testemunho, da luta pelo poder, etc. É esta a igreja que concluirá a obra que JESUS incumbiu. Mas não do modo como está hoje, com forte influência satânica em meio ao povo de DEUS. É preciso uma depuração, por meio da sacudidura, para tirar o lixo do mundanismo. Agora tente imaginar o poder do povo de DEUS nesse tempo. Imagine milhares de profetas espalhados pelo mundo, falando com o poder do ESPIRITO SANTO, sendo por Ele dirigidos em seus atos e palavras. Imagine o efeito, comparando o início de tal pregação por uma dúzia de apóstolos, agora sendo concluída por centenas de milhares de humildes mas poderosos e puros profetas, desce crianças a velhos, espalhados ao redor da superfície do planeta. Que poder terá essa mensagem!
O que aconteceu com esse profeta, que alertou Jeroboão? DEUS dera a ele duas orientações de como proceder para cumprir sua missão e retornar a salvo: não comer nem beber nada em território do inimigo, e retornar por outro caminho. E o que o profeta fez? Fez tudo certinho, exceto que, resolveu dar uma parada num lugar, debaixo de uma boa sombra, mas ainda em terreno encantado de satanás.
É assim que muitos de nós caímos. Seguimos as ordens de DEUS à risca, mas negligenciamos num pequeno detalhe. Pense um pouco. Ele estava numa missão perigosa, em meio a poderosos inimigos, dispostos a enganá-lo ou destruí-lo. A primeira tentativa foi do rei, quando convidou o profeta a comer e beber com ele. E nem foi muito discreto, já adiantou que o recompensaria. MAS COM QUE INTENÇÃO! Pode imaginar qual seria a intenção. Nesse convite astuto o profeta não caiu.
Mas o profeta facilitou as coisas para satanás. Em vez de sair logo daquele lugar, e se pôr a salvo em seu país, resolveu descansar perto da fronteira, ou seja, quase salvo, mas ainda não salvo. Ora, DEUS não havia proibido o descanso. Mas será que DEUS tem que dizer tudo, todos os detalhes? Se ele não deveria nem comer nem beber, e voltar por outro caminho, já não ficou evidente que deveria permanecer no país de um rei oponente de DEUS só pelo tempo suficiente para cumprir sua missão? Então, por que dar chance a satanás, descansando onde era perigoso? Esse é um dos nossos problemas hoje em dia. Temos, por exemplo, uma televisão em nossa casa. Até aí nada de errado, embora, muitos evitem ter o aparelho, como precaução, o que é uma boa idéia. É sempre melhor ser um pouco zeloso demais que ser um pouco descuidado, como foi o caso desse profeta, e isso lhe custou a vida. Então, tendo uma televisão em casa, o que custa assistir por uns momentos, por exemplo, algum programa do tipo Big Brother, ou equivalente? Só por cinco ou dez minutos. E o que acontece? Assiste mais tempo, e torna-se dependente de assistir sempre, e depois vai a filmes por noites inteiras. Ou seja, o leão – satanás -, aproveitou o pequeno descuido, e tomou conta da família, de preferência, das crianças.
Voltemos ao coitado do profeta. Lá estava ele sentado, quem sabe, meditando sobre a cena de poder que por seu meio se operara há poucos minutos. E veio até ele um outro profeta, da mesma cidade do rei. Então, por que DEUS não utilizou esse profeta, se já morava lá? Dá para desconfiar a razão.
Os dois se encontram. O profeta local faz um convite para ele vir a sua casa e se alimentar e beber. Era uma gentileza, de profeta a profeta. Eram irmãos de ofício, os dois eram profetas, portanto achegados. Mas o profeta convidado recusa, informando sobre a proibição de DEUS. Então ocorre algo difícil de se entender: o idoso profeta, dizendo que também era profeta, mentiu que um anjo lhe havia dito que o profeta do sul voltasse e fosse a sua casa comer pão e beber água (1 reis 13:18). Era mentira. E só podia ser mentira. Dá para aceitar DEUS mudando de idéia em relação a uma ordem expressa dEle? Mas DEUS não muda! Naquele mesmo dia Ele disse ao profeta que não comesse nada ali, agora, por meio de um anjo manda dizer, vá e coma! Dá para aceitar algo assim? Se DEUS agisse dessa forma, eu mesmo, que escrevi esse comentário, me afastaria desse DEUS, porque não tem palavra firme. Achou forte o pensamento? É? Então o que dizer daquele profeta, que acreditou num outro homem, que se apresentou como outro profeta, e que trouxe uma palavra supostamente de DEUS contradizendo outra palavra do mesmo DEUS? E o que dizer, por exemplo, de pessoas que já são, digamos, experientes na igreja, são líderes, já conhecem bastante, mas mesmo sabendo, acariciam o mundanismo (pinturas, agora já até brincos, música de dança, novelas, jogos competitivos), dando a entender que DEUS mudou em relação a que Ele mesmo orientou, em forma de princípios, aos antigos profetas? Quem age assim, e quem acredita em tal coisa, faz DEUS de bobo, e cai ele mesmo, como um bobo, numa armadilha. Foi assim que Eva e Adão se tornaram pecadores e mortais. Acreditaram na palavra de uma serpente contra a palavra de DEUS. Deixemos de ser ingênuos, e não caiamos em afirmações de homens e mulheres, que contradizem o claro, direto e poderoso “assim diz o Senhor”. Voltarei ao grave problema da música. A palavra profética de Ellen White diz que no final dos tempos voltaria à igreja a música com tambores. Mas os homens dizem que isso não é bem assim, que essa música é boa para conquistar almas para CRISTO. É a palavra de homens e mulheres contra uma palavra de profeta, portanto, obra do inimigo.
O profeta de DEUS aceitou o convite, foi à casa do profeta velho, comeu, bebeu, e voltou para a sua casa. Mas não andou muito, pois, antes mesmo de chegar à fronteira de seu país, que era bem perto, tendo agora perdido a proteção de DEUS, foi atacado por um leão, que o matou ali mesmo. Descobriram o profeta morto, ao lado do leão e de sua mula, essa estava sem ferimento. Afinal, como a mula de Balaão, não tinha culpa de nada.
Devemos entender a mensagem de hoje: pequenos desvios, coisas aparentemente inocentes, pequenos descuidos, pequenas demoras, apenas detalhes, pode tirar de nós a vida eterna. Portanto, quem tem em grande conta a sua vida eterna, não brinque com pequenos mundanismos que parecem não ser perigosos. Não vale a pena arriscar a vida eterna, seja por pouco, seja por muito.

  1. Quinta: Tentações gêmeas
O estudo de hoje é bem delicado. Traz um alerta que temos que considerar bem: podemos estar alertas aos perigos vindos dos ímpios, mas estamos alertas dos perigos que vêm do nosso meio? Foi onde o profeta anônimo perdeu a vida.
O valoroso e corajoso profeta enfrentou, em nome de DEUS, o orgulhoso e arrogante rei. Esse rei recebera o trono por um favor de DEUS, se bem que nunca fora ungido. Agora, no trono, se desliga de DEUS e segue o seu caminho e interesses particulares. O profeta enviado de DEUS foi corajoso, como geralmente os profetas são, pois há exceções como foi com Jonas, e se apresentou diante de Jeroboão e o advertiu. E ali, na hora mesmo, provou que suas palavras vinham de DEUS, quando após predito, o altar se fendeu em duas partes, de forma sobre-humana. Todos os que estavam ali devem ter entendido que isso era obra de DUES, e que esse profeta estava falando em Seu nome. Portanto, a advertência desse profeta deveria ser levada em consideração. Ou DEUS cumpriria a segunda parte da profecia, de que Josias, um rei do sul, queimaria ossos humanos naquele altar.
Mas, DEUS conhece o futuro do mesmo modo como o passado, e já sabia qual seria a decisão do rei diante da advertência. Baseado nesse conhecimento, DEUS cuidou em preservar a vida do seu profeta, dando-lhe instruções sobre sua conduta enquanto estivesse em território estrangeiro. E de fato, Jeroboão, assim que sua mão ficou normal, continuando em suas más intenções, em defesa de seus interesses egoístas, convidou o profeta para ir tomar uma refeição com ele, e seria recompensado. Ou seja, Jeroboão estava querendo comprar o poder e o favor do profeta para o seu lado, a seus serviços e interesses. Ele não conseguia mais sequer entender que um profeta faz a vontade de DEUS, não a sua.
Mas o profeta não caiu na cilada do rei com recompensa, e foi cair na cilada de outro profeta, que nem oferecia recompensa. Essa é a tremenda lição de hoje: podemos muitas vezes estar alerta contra os perigos que vêm de fora, mas caímos ingenuamente diante das tentações que vêm da parte de irmãos da igreja. Por exemplo, se um colega de aula, que não é da igreja, convidar para ir a um baile, dificilmente é aceito, mas se outro amigo, irmão da igreja, convidar para assistir um filme num cinema, ou mesmo em casa, facilmente é aceito. Não só é um convite de um irmão, como se refere a algo não tão grave. Nós não nos precavemos, como esse profeta, contra irmãos que são joio. Afinal, são irmãos, professam a mesma fé, portanto, não tem problema. Uma grande ameaça que hoje existe dentro da igreja é a influência negativa de irmãos que vivem com algum mundanismo. A maioria dos demais membros assim entende que esse mundanismo não é pecado, e passam a fazer o mesmo. Mas, cuidado, essa é uma estratégia muito bem arquitetada de satanás. Leia com solene atenção os textos de Ellen G. White sobre esse ponto. Trata-se de decisões tomadas por satanás em concílio com os seus demônios para, usando membros da igreja enganar outros membros da própria Igreja Adventista. Esse texto se refere ao que acontece dentro da igreja.
"Por meio daqueles [adventistas, pois o texto se refere aos da igreja] que têm uma forma de piedade, mas não lhe conhecem o poder, podemos ganhar muitos que de outra maneira nos causariam grande mal. Os mais amantes dos prazeres do que amantes de Deus, serão os nossos mais eficientes auxiliares. Os que pertencem a essa classe, forem mais aptos e inteligentes, servirão de chamariz para atrair outros para as nossas ciladas. Muitos não lhes temerão a influência, porque professam a mesma fé. Levá-los-emos então a concluir que as reivindicações de Cristo são menos estritas do que uma vez creram, e que pela conformação com o mundo exercerão maior influência sobre os mundanos. Assim se separarão de Cristo; então não terão forças para resistir ao nosso poder, e dentro de pouco tempo estarão prontos para ridicularizar o seu antigo zelo e devoção” (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 474, grifos acrescentados).
Então, o que devemos fazer? Deixemos que uma profetiza o diga:
“Na vida do discípulo João é exemplificada a verdadeira santificação. Durante os anos de sua íntima relação com Cristo foi ele muitas vezes advertido e admoestado pelo Salvador; e aceitou essas repreensões. Quando o caráter do Ser divino lhe foi manifestado, João viu suas próprias deficiências, e foi feito humilde pela revelação. Dia a dia, em contraste com seu próprio espírito violento, ele observava a ternura e longanimidade de Jesus e ouvia-Lhe as lições de humildade e paciência. Dia a dia seu coração era atraído para Cristo, até que perdeu de vista o próprio eu no amor pelo Mestre. O poder e ternura, a majestade e brandura, o vigor e a paciência que ele via na vida diária do Filho de Deus, encheram-lhe a alma de admiração. Ele submeteu seu temperamento ambicioso e vingativo ao modelador poder de Cristo, e o divino amor operou nele a transformação do caráter” (Atos dos Apóstolos, 557, grifos acrescentados)
“A mudança do coração representada pelo novo nascimento somente poderá ser levada a efeito pela atuação efetiva do Espírito Santo. ... O orgulho e o amor-próprio resistem ao Espírito de Deus; toda inclinação natural do ser humano se opõe à transformação da altivez e soberba na mansidão e humildade de Cristo. Se quisermos, porém, andar no caminho de vida eterna, não devemos escutar as insinuações do eu. Com humildade e contrição devemos suplicar a nosso Pai celestial: "Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto." Sal. 51:10. À medida que recebemos a divina luz e cooperamos com a iniciativa do Céu, somos "nascidos de novo" e livres da mancha do pecado pelo poder de Cristo” (O Cuidado de DEUS, MM, 95, p. 86, grifos acrescentados)
“A divina obra de refinar e purificar precisa ir avante até que Seus servos estejam tão humilhados, tão mortos para o próprio eu que, ao serem chamados para serviço ativo, tenham em vista unicamente a glória de Deus. Então Ele lhes aceitará os esforços; eles não agirão imprudentemente, por impulso; não se precipitarão, pondo em risco a causa do Senhor, sendo escravos de tentações e paixões, seguindo a própria mente carnal incendiada por Satanás. Oh! quão terrível é ser a causa de Deus manchada pela vontade perversa do homem e seu temperamento não subjugado! Quanto sofrimento traz ele sobre si por seguir as obstinadas paixões que o dominam! Deus traz repetidamente o homem ao campo de batalha, aumentando a pressão até que a perfeita humildade e a transformação do caráter o ponham em harmonia com Cristo e o espírito do Céu, e tenha a vitória sobre si mesmo” (I Testemunhos Seletos, 475, grifos acrescentados).

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Que coisa curiosa. O homem de DEUS, profeta escolhido, fez tudo certinho. Quando já havia cumprido a sua missão, feita a pior parte, só lhe faltava retornar. Era só caminhar mais um pouco. Aí que ele caiu e foi morto. Atenção, ele falhou no ponto mais fácil: retornar à sua casa. O que DEUS lhe havia mandado fazer, ele já fizera. Já estava voltando.
Isso nos chama atenção. Podemos fazer um grande trabalho para DEUS, o trabalho já pode estar concluído, e depois disso, então podemos falhar, e perder a vida eterna. Ou seja, um exemplo: podemos dar uma série de estudos bíblicos a uma família, e todos se batizam, e depois disso, nós mesmos darmos um mau exemplo a esses que se batizaram. Podemos, como esse profeta, desobedecer em algum ponto bem simples, tendo já vencido os mais difíceis. Por isso foram inseridos os textos acima, de Ellen G. White. As pessoas que estão no mundo, devem ser convidadas a virem para a igreja como estão. Elas não devem se preparar para só então se encontrarem com JESUS. Mas a igreja, os membros que já são experientes, estes não têm desculpas de, depois de muitos anos na igreja, cometerem falhas bobas, como esse profeta que resolveu aproveitar a sombra de uma árvore, em terreno inimigo. A igreja deve receber os do mundo, não como é o mundo, mas como é o Reino de DEUS. Ao virem as pessoas do mundo para a igreja devem sentir-se como entrando no reino do amor. Que descuido bobo e aparentemente sem risco o do profeta. Mas foi aí que ele perdeu a sua vida. Depois de um descuido pequeno, ele caiu numa cilada, atendendo a gentileza de outro profeta, que para poder lhe oferecer uma boa refeição, apelou para uma mentira.
Contra as tentações existem três expressões que JESUS usou, e que nós sempre devemos ter em mente: “está escrito” e “também está escrito” e “retira-te satanás”(ver Mat. 4:4 a 8). Se o inimigo usa um verso bíblico para nos fazer cair, então é o momento de usar outro, dizendo “também está escrito”. Se, por exemplo, o inimigo usa o verso sobre que a lei foi abolida, podemos dizer: “também está escrito”, em Mat. 5:16 a 18. e assim vai. E se a ameaça atentar diretamente à nossa vida, devemos dizer: “retira-te satanás” (Mat. 4:8).
Mas, em que outras circunstâncias, em nossos dias, devemos usar a referência bíblica para defendermos a nossa vida? Em nossos dias, não é só de homens e de demônios que devemos nos precaver. Também da tecnologia, como da televisão, dos filmes, das revistas, dos livros, dos cartazes, dos celulares, da internet, dos jogos eletrônicos, dos sites sociais de relacionamentos, dos e-mails, das sofisticações, da alimentação artificializada, das modas artificializadas, etc. Nós devemos saber utilizar hoje muitas vezes o “retira-te satanás” para defender o estilo de vida celeste contra as pressões do estilo terrestre. Ou, como aconteceu a esse pobre profeta, podemos perder a vida eterna por um detalhe, tendo já vencido nos momentos mais perigosos.

escrito entre:  20/10 a 26/10/2010
revisado em  27/10/2010
corrigido por Jair Bezerra


Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.

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