sábado, 30 de janeiro de 2010

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 6


Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Primeiro Trimestre de 2010

Tema geral do trimestre:
O Fruto do ESPÍRITO

Estudo nº 06 – O fruto do Espírito é amabilidade

Semana de 30/01 a 06/02/2010

Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)

Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original

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Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


"...eles não são do mundo como também Eu não Sou" (João, 17:14)
 
Verso para memorizar: "Revesti-vos, pois, como eleitos de DEUS, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade" (Colossenses 3:12).
  • Introd."Bem aventurado o homem que ... se guarda de profanar o sábado" (Isa. 56:2)
Diz Paulo em I Cor. 13:4 – "O amor é paciente, é benigno..." vamos definir essas palavras, para entendê-las mais amplamente.
O que é paciência? É a capacidade de esperar com calma por alguma coisa.
O que é benignidade? É a disposição de praticar atos bons, ajudando o próximo, necessite ele de ajuda ou não. Uma pessoa que se compraz em fazer bem, que se agrada em ser favorável pelo outro, além de tratar o outro com suavidade, está disposta a ajudá-lo.
E o que vem a ser amabilidade? Essa é uma disposição abrangente de amar o próximo de forma natural, tendo sempre boa vontade para com o próximo. Ser amável é ser incapaz de se revoltar contra o próximo. É ser uma pessoa de fino trato, gentil, delicada.
E o que é bondade? É a disposição para o bem, em ajudar o próximo em coisas que ele venha a necessitar. É ser benevolente, brando, indulgente, cortês, correto. A bondade age quanto há necessidade, já a benignidade age sempre.
Portanto, nós cristãos devemos procurar, orando por esse fim, ser amáveis. A amabilidade é a forma prática do amor se manifestar. Uma pessoa amável se comporta em todos os momentos com calma e serenidade, exatamente como JESUS demonstrou nos piores momentos de Sua vida. Desde que foi preso (injustamente e sem acusação), que foi julgado (sem culpa nem acusação verdadeira), que foi condenado (mas qual foi a causa?), que O maltrataram como se fosse um criminoso da pior espécie (e era o ser humano mais puro de todos os tempos), como se estivessem se vingando, mas de quê? Foi morto na cruz, mas em todos os momentos Ele tratou todas aquelas pessoas como amabilidade. Em outras palavras, Ele tratou seus inimigos com respeito e dignidade, como se fossem as pessoas mais íntimas e queridas d'Ele. Isso é amabilidade.
Resumindo, amabilidade faz parte da natureza das pessoas transformadas, é um estado permanente de capacidade de tratar os outros (amigos ou inimigos) com a mais intensa consideração e deferência.

  • Primeiro dia: Modelo de amabilidade (Mat. 5:43 a 48)
"Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos. Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis demais? não fazem os gentios também o mesmo? Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial" (Mat. 5:43 a 48).
Comecemos pela forte recomendação de sermos perfeitos como DEUS é perfeito. O que JESUS quis dizer com isto?
Em primeiro lugar, o que Ele não quis dizer. Ele sabe que nós somos pecadores e assim continuaremos sendo até o dia em que todos seremos transformados, que vai ocorrer na segunda vinda de CRISTO. Antes não seremos transformados. É nessas condições, de pecadores, que Ele nos pede para sermos perfeitos. E Ele não pede para que sejamos tais como são os seres não caídos. É muito importante entendermos essa parte, devemos ser perfeitos como DEUS é, embora estejamos em condições de pecadores.
Então, o que Ele quis dizer? Ele mesmo explica e destaca duas coisas. Em primeiro lugar, vamos identificar como não devemos ser. Ele não quer que sejamos como os publicanos e os gentios. Como eles são? Eles só amam os seus amigos, não amam os inimigos; eles só saúdam os seus amigos, não saúdam os seus inimigos. Eles mantém um bom relacionamento com pessoas selecionadas, com quem se dão bem, com os demais não mantém bom relacionamento, pelo contrário, os odeiam e podem até praticar maldade contra esses outros.
E como nós devemos ser, para sermos perfeitos como DEUS é perfeito? Além de amar os amigos, devemos também amar os inimigos, todos eles, sem exceção, pois DEUS age assim. Além de orar pelos que se dão bem conosco, devemos também orar pelos que nos perseguem, aqueles que planejam fazer maldade contra nós.
E JESUS explica bem esse ponto. Se os somente amarmos os amigos e somente orarmos pelos que nos fazem o bem, qual diferença temos com os publicanos e gentios? Nenhuma, somos iguais aos que se perdem, às pessoas do mundo.
Se quisermos ser filhos e filhas de DEUS, temos ser perfeitos como Ele é, e ser perfeitos é desenvolver, por meio do poder do ESPÍRITO SANTO, quem nos educa, a capacidade de amar todas as pessoas, incondicionalmente, sem considerar se são pessoas de bem ou se são maldosas.
Imagine o mundo com pessoas assim! Mesmo pecadoras, como seria a nossa sociedade? Acha que haveria guerra? Acha que fabricariam armas? Acha que haveria prisões?
Sabe como seria? Cercas em redor das casas não existiriam, muito menos cercas elétricas e sistemas de segurança. Não haveria polícia. Aliás, o sistema judiciário seria bem pequeno, só para resolver questões de dúvidas. Não haveria necessidade de fiscalização no trânsito. Aliás, as pessoas não fabricariam bebida alcoólica, nem se envolveriam com tráfico e consumo de drogas. Não haveria imoralidade, criminalidade ou corrupção.
Essa condição de perfeição, embora ainda pecadores, seria maravilhosa. Agora, tente, se puder, imaginar essa condição de perfeição após nossa transformação, lá na Nova Terra.

  • Segunda-feira: Benignidade por um "cão morto"
Pense bem sobre o caráter de Davi. Ele ajudou Saul em suas guerras, obteve vitórias, mas Saul tentou matá-lo várias vezes. Ele perseguiu Davi que teve que fugir. Mas Davi por duas vezes em que teve a oportunidade, não tirou a vida de Saul, em respeito a um ungido do Senhor, e por amor de seu filho Jonatas, que amava.
Quando Saul e Jonatas foram mortos na guerra contra os filisteus, Davi se tornou rei, pois para esse fim há muito já fora ungido por Samuel. Um dos filhos de Jonatas ficou vivo, era Mefibosete, aleijado dos dois pés.
Então, Davi, já rei, decidiu fazer bondade para os que restaram da família de Jonatas. Indagando sobre algum descendente descobriu esse Mefibosete, que se havia escondido de Davi, pois pensava que havia usurpado o trono de Saul, e por esse motivo o temia.
"Davi, em seu concerto com Jônatas, prometera que, quando ele tivesse descanso de seus inimigos, mostraria benignidade à casa de Saul. Em sua prosperidade, lembrando-se deste concerto, indagou o rei: "Há ainda alguém que ficasse da casa de Saul, para que lhe faça bem por amor de Jônatas?" II Sam. 9:1. Falaram-lhe acerca de um filho de Jônatas, Mefibosete, que tinha sido coxo desde a infância. Por ocasião da derrota de Saul pelos filisteus, em Jezreel, a ama desta criança, tentando fugir com ela, deixara-a cair, tornando-a assim um aleijado para toda a vida. Davi chamou agora o jovem à corte, e o recebeu com grande bondade. As posses particulares de Saul foram-lhe restituídas para a manutenção de sua casa; mas o filho de Jônatas deveria ser hóspede constante do rei, sentando-se diariamente à mesa real. Por meio de boatos por parte dos inimigos de Davi, Mefibosete fora levado a acalentar forte preconceito contra ele como um usurpador; mas a recepção generosa e cortês conquistou o coração do moço; ele se afeiçoou grandemente a Davi, e, como seu pai Jônatas, sentiu que seu interesse era o mesmo do rei que Deus escolhera" (Patriarcas e profetas, 713).
Façamos uma pequena análise do ato de Davi. Mefibosete estaria na linha da sucessão de Saul, pois era filho de Jonatas, morto com Saul. O normal seria Davi mandar matar esse homem, mas pelo contrário, não só o manteve vivo como o trouxe para dentro do palácio para ser alimentado na mesa do rei.
Assim é JESUS também. Ele perdoou nossos muitos pecados porque muito nos amou, tal como fez com a prostituta. Por quê a prostituta teve os pecados perdoados? Entenda isso, JESUS perdoou a todos, mas só aqueles que O amam esse perdão é eficaz, e muda a vida da pessoa, pois ela, amando a JESUS, se torna suscetível a ser transformada. Se nós amarmos a JESUS, uma coisa é certa, Ele também nos vai amar, pois já nos ama. Se O amarmos, simplesmente estaremos correspondendo ao amor que já tem para conosco. E como fez Davi, Ele nos perdoará, e iremos comer junto à mesa d'Ele, como vitoriosos com Ele.

  • Terça-feira: Palavras amáveis (Efésios 4:32)
"A amabilidade do caráter de Cristo se manifestará em Seus seguidores. Era Seu deleite fazer a vontade de Deus. Amor a Deus, zelo por Sua glória, era o motivo dominante na vida de nosso Salvador. O amor embelezava e enobrecia todos os Seus atos. O amor vem de Deus. O coração não consagrado não o pode originar nem produzir. Encontra-se unicamente no coração em que reina Jesus. "Nós O amamos, porque Ele nos amou primeiro." I João 4:19, Bras. No coração renovado pela graça divina, o amor é o princípio da ação. Modifica o caráter, governa os impulsos, domina as paixões, subjuga a inimizade e enobrece as afeições. Este amor, abrigado na alma, ameniza a vida e espalha ao redor uma influência enobrecedora" (O caminho a CRISTO, 59).
Amabilidade, já vimos a sua definição. Arthur Schopenhauer escreveu e isso ficou famoso porque é revelador: "Assim como a cera, naturalmente dura e rígida, torna-se, com um pouco de calor tão moldável que se pode levá-la a forma que se desejar, também se pode, com um pouco de cortesia e amabilidade, conquistar os obstinados e os hostis."
Os dicionários dizem, de amabilidade: qualidade de ser atencioso, delicado, afável, gentil, de ser cortês, favorável, de fino trato.
E a Bíblia diz o quê? "A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira" (Prov. 15:1). "Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo" (Prov. 25:11). "A longanimidade persuade o príncipe, a língua branda esmaga ossos" (Prov. 25:15).
Resumindo, o que é mesmo ser amável? É ser sábio no praticar o princípio do amor. É preciso muita sabedoria para amar as pessoas. Nenhum ser humano tem o suficiente, mas aquelas pessoas que se entregam diariamente a DEUS, estão aprendendo todos os dias a serem mais amáveis com os outros, assim como dizem as definições acima.
Esses últimos dias nesse planeta amaldiçoado são envenenados com perplexidades para destruir em cada pessoa a capacidade da amabilidade. São tempos de graves desafios para quem deseja ser salvo. Em praticamente tudo o que nos rodeia há pressão para a vingança, não para o fino trato. Nos noticiários, nos programas de televisão, nas revistas, nas ruas, etc., há uma força diabólica empurrando os pensamentos para palavras rudes e depreciativas.
Vamos dar apenas um exemplo, assunto que já foi ventilado em muitos dos nossos comentários. É o caso do futebol. Fica difícil entender como ainda temos pessoas entre o povo de DEUS, que deseja ser salvo, torcendo por algum time de futebol. Mas aqui queremos destacar um aspecto de ser torcedor: o deboche. Sem querer as pessoas entram na onda da minimização de quem torce por outro time. Já vi algumas vezes isso acontecer, inadvertidamente, durante sermões. Essa á uma das milhares de formas de nos inabilitar para sermos capazes de palavras brandas, que não ofendam nem minimizem.
A lição destaca que a chave para ser amável está no tom das palavras. Ou seja, o modo como pronunciamos as palavras, principalmente quando estamos exortando, mas também durante a fala normal. A maneira como se fala define o humor e o que se passa no íntimo, e isso é o que mais afeta as relações entre as pessoas, pois é algo contínuo e presente todos os dias. Nós precisamos, com oração, eliminar tudo o que causa o uso de formas duras de falar. Isso só se consegue com oração e verdadeira vontade de ser transformado por DEUS.
Analisemos um pouco o que diz em Rom. 12:19 e 20: "não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor. Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça." Aqui se descreve uma atitude contrária ao que o mundo sempre nos impõe. Nós, servos de DEUS, devemos sempre buscar fazer o bem a todos, não importa o que os outros pensem de nós ou desejem para nós. E devemos tratá-los brandamente, e fazer o bem a eles. Isso amontoará brasas vivas sobre a cabeça deles, caso não resulte em reconciliação.
O que quer dizer essas brasas vivas? É como diz em Heb. 10:27 e 12:29, DEUS é fogo consumidor, Ele vai consumir os adversários. Se com brandura aqueles que nos querem mal não mudarem de atitude, no dia do ajuste final, essas pessoas serão afetadas por brasas consumidoras, mas nós estaremos salvos. Para isso, amabilidade, ou seja, brandura no falar.
  • Quarta-feira: Benignidade retribuída (Luc. 6:38)
JESUS disse, em Lucas 6:38 – "com a medida com que tiverdes medido vos medirão também." Essa é uma tendência. Ou seja, essa regra é muito poderosa, mas tem suas exceções.
Mas vamos primeiro a regra. Quanto mais amigo formos das outras pessoas, mais amigos os outros serão de nós. Quanto mais bondosos formos com os nossos semelhantes, mais eles serão bondosos conosco. Quanto mais amáveis formos com eles, mais eles serão amáveis conosco.
Por outro lado, se formos maus com os outros, muitos tenderão a serem maus conosco. Se formos ríspidos com os outros, eles tenderão a serem ríspidos conosco. Se tratarmos os outros com deseducação, eles tenderão a ser deseducados conosco.
Essa regra tem suas exceções. Sempre vai haver pessoas que não corresponderão aos nossos bons modos. Isso é certo. Mas há outro porém, sempre existirão algumas pessoas que jamais corresponderão mal por bem. Isso também é certo.
Portanto temos aqui três tipos de pessoas. As pessoas que facilmente retribuem maldade pelo bem que receberam; as pessoas que sempre retribuem bondade mesmo sendo maltratadas (JESUS foi o máximo nesse tipo de pessoa) e por fim, as pessoas que retribuem bem por bem e mal por mal. Essas representam a maioria.
Então vejamos o seguinte. Aquelas pessoas que retribuem bem por bem e mal por mal, e que são a maioria, se encaixam na recomendação que JESUS deu, e que lemos em Lucas 6:38. E aquelas que sempre retribuem bem, recebam o bem ou recebam o mal, não se encaixam, pois eles sempre tratarão os outros com bons modos. Mas estas são bem poucas pessoas, uma pequena minoria, dentre as quais está JESUS, e alguns cristãos em todos os tempos e também outras pessoas não cristãs. Nesses últimos dias essas serão as pessoas que receberão o poder do ESPÍRITO SANTO para a conclusão da pregação do evangelho a mundo todo.
E o outro grupo, que corresponde muitas vezes mal por bem, essas formam um grupo cada vez maior, e se trata de pessoas muito perigosas. São pessoas ingratas, violentas, vingativas, de má índole. Mesmo assim, vale a pena sermos bondosos com elas, pois sempre existe a possibilidade delas se abrandarem por essa forma de serem tratadas.
Por fim JESUS recomendou que devemos amar até mesmo os inimigos, que são as pessoas dessa última classe, que freqüentemente pagam o bem com o mal. Há pelo menos dois motivos para amarmos essas pessoas. O primeiro, é que se as odiarmos, isso não resulta em nenhum bem, nem a elas nem a nós, ninguém ganha com isso. O segundo, é que se as amarmos, pode acontecer delas se darem conta, e deixarem de ser inimigas, e nos quererem bem, assim todos ganham. E nada se perde se amarmos até mesmo os inimigos, pelo contrário, quem se capacita a amar esse tipo de pessoa, quanto mais será capaz de amar os amigos!
Portanto, o dever dos cidadãos celestiais é amar, não importa a quem nem se vai ou não vai ser correspondido. Quem ama nunca perde com isso, sempre vence, mesmo que seja só no final, mas vence. É o que diz em I Cor. 13:8 e 13, o amor jamais acaba e o amor é o maior de todos os dons, ele permanece para sempre, sobrepujando todos os demais dons. Por ele venceremos para a eternidade.

  • Quinta-feira: Vista a amabilidade (Col. 3:12 a 14)
Vamos desdobrar Colossenses 3: 12 a 14, para saber como nos envolvermos (vestirmos) a amabilidade. É a receita da Bíblia.

  • Como eleitos de DEUS, santos e amados (fomos escolhidos por DEUS para a vida eterna num país magnífico em amor);

  • Revestidos de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão e de longanimidade (mossa cidadania deve ser transformada de acordo com essa cidadania, como eles vivem por lá);

  • Que nos suportemos uns aos outros perdoando-nos mutuamente (pois enquanto vivermos aqui, seremos pecadores e falharemos com freqüência contra nosso irmão, e ele contra nós);

  • Devemos perdoar do mesmo modo como o Senhor já nos perdoou (o perdão, ao lado do arrependimento, são as únicas formas de solução sábia e definitiva para ofensas: ou seja, quando ocorrem os dois, arrependimento e perdão, está tudo resolvido; quando só o arrependimento, está resolvido para quem se arrependeu, esse tem sua consciência em paz; quando só ocorre o perdão, está resolvido para quem perdoou, que tem sua consciência em paz com DEUS);

  • Que o amor, vínculo da perfeição, esteja acima de todos nossos propósitos (o amor, que é a essência da vida de DEUS, o guia supremo de DEUS e do governo do Universo, é a diretriz de tudo o que é perfeito, e não há possibilidade de perfeição sem amor);
Certa vez um pregador falava ao público. Assistiam pessoas de várias denominações religiosas. Houve oportunidade para perguntas e respostas. Uma senhora levantou-se e questionou uma das afirmações do pregador. Ela nem tinha acabado de falar, outros três, irmãos, estavam em pé, de Bíblia aberta, e um por um, arrasaram aquela senhora em alto e bom tom. Não deixaram pedra sobre pedra em relação ao que ela disse, como se costuma dizer, a força dos argumentos e das provas destruiu tudo o que ela questionou. A mulher, derrotada, sentou-se e ficou quieta. Depois saiu, e nunca mais retornou. Ela saiu dali arrasada, humilhada e abandonada. Quem sabe ela tenha saído também revoltada, envergonhada e decidida a não querer contato com gente assim. Detalhe, não deu tempo para o pregador falar uma palavra, pois a fúria das respostas foi tamanha que se tornou incontida e desenfreada. Foi, em outras palavras, um golpe de mestre (mas de que mestre?).
Os versos bíblicos utilizados pelos defensores da verdade foram corretos. Os argumentos também foram corretos. A hora de responder também era aquela. Mas o modo como tudo foi dito, estava totalmente errado. Faltou amor, as respostas foram um verdadeiro disparo de argumentos, pronunciados como em tom de tribunal contra um criminoso incurável.
Faltaram os ternos afetos de misericórdia, faltou suportar um ao outro, faltou a bondade. A bondade supera tudo com o tempo, a força sujeita tudo por um tempo. Quem venceu e quem foi derrotado nesse episódio? Não houve vencedores, todos saíram dali derrotados, embora todos provavelmente saíssem se gabando pela suposta vitória.
Esse não é o poder para salvar. Não há poder de salavção em impor, pois a imposição dura só até a próxima oportunidade, e ela jamais submete o coração e o pensamento. A força pode impor o corpo a certas condições, mas os pensamentos jamais serão modificados por atos de imposição. A pessoa, pela força, pode ser presa atrás das grades, mas seus pensamentos continuarão como antes. Não há poder de salvação nem na força nem nos recursos mundanos.
O que é poder que muda corações? Na bondade, no viver o cristianismo que se lê na Bíblia, que se estuda na Lição da Escola Sabatina. É colocar esses ensinamentos em prática, nisso há poder transformador. No uso dos argumentos incontestáveis da verdade só há poder para afastar as pessoas verdadeiramente cultas, pois elas não irão querer relacionar-se com gente que tem a verdade, mas que não a vive, e ainda por cima, tenta impô-la, por argumentos de convencimento, que não persuadem quase a ninguém, como se vivessem a verdade. E como se DEUS tivesse dado um mandato do tipo: 'ide ao mundo todo e imponham esse evangelho a toda nação, tribo, língua e povo, e ai de quem não ouvir e praticar, pois a sua parte será o lago de fogo e enxofre.' Não é assim, quem vai para esse lugar é aquele que age dessa maneira.

  • Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Que tema, não é mesmo? Como ele é importante para nós, cidadãos do Reino de DEUS! Como necessitamos ser transformados!
Concluindo esse estudo, podemos fazer um pequeno esquema. Comparemos a amabilidade com a, digamos, grosseria. No que uma e outra afetam nossos relacionamentos?
Imaginemos três situações, supondo um casal:
Quando duas pessoas querem ser amáveis;
Quando só uma quer ser amável;
Quando as duas pessoas querem ser grosseiras.
Imaginemos essas três situações quando a amabilidade e quando a grosseria.
Vontade das pessoas 
Amabilidade 
Grosseria 
As duas querem ser amáveis
Impossível haver contenda, as das pessoas se tratam sempre bem e vivem relações felizes
Não há lugar para a grosseria, elas nem sabem bem o que é isso. Tratam-se delicadamente e aprendem cada vez mais como conviver felizes.
Só uma quer ser amável
A contenda é provocada, mas porque uma é amável, ela não prossegue
As duas pessoas sofrem, sofre mais a que deseja ser amável, pois sua amabilidade é correspondida com grosseria, a outra sempre se acha com a razão
As duas pessoas não querem ser amáveis
A contenda está presente na vida diária, o relacionamento é complicado, e a felicidade não tem lugar, uma desconfia da outra
As duas pessoas tornam-se cada vez mais grosseiras, não sabem o que é ser amáveis, uma quer vencer a outra pela força e pela imposição
A amabilidade toca os sentimentos de afeto enquanto a grosseria desperta desejos de ódio e vingança. Pessoas que são amáveis podem até não concordar entre si, em alguns pontos, mas o que tem isso a ver com má educação? Para elas, nada, pois superam os diferentes pontos de vista com diálogo construtivo, e assim aprendem cada vez mais a viver num mundo em que as contradições são freqüentes.
Como aprender de DEUS a sermos amáveis, e deixarmos nossas grosserias de lado. Como se faz isso na prática? Duas sugestões eficientes:
1ª) Estudar todos os dias a Bíblia, mesmo que seja um pouco, e colocar em prática o que aprendeu. Se precisar mudar algo na vida, faça-o logo, se descobre algo que já faz corretamente, reforce.
2ª) Estudar diariamente as Lições da Escola Sabatina, e colocar em prática o que aprendeu. Da mesma forma, se precisar mudar algo na vida, faça-o logo, se descobre algo que já faz corretamente, reforce.
Note bem, tem que colocar em prática. Esse é talvez um dos maiores problemas dos cristãos em todos os tempos, saber mas não ter atos correspondentes ao que sabe.
 
escrito entre: 26/11/2009 a 01/01/2010
revisado em 01/01/2010
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.

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