sábado, 2 de janeiro de 2010

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 2

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Primeiro Trimestre de 2010
Tema geral do trimestre:  O Fruto do ESPÍRITO
Estudo nº 02   O fruto do Espírito é amor
Semana de    02 a 09/01/2010
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil

“...eles não são do mundo como também Eu não Sou” (João, 17:14)

Verso para memorizar: “”Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor” (1 Cor. 13:13).

  1. Introd.Bem aventurado o homem que ... se guarda de profanar o sábado” (Isa. 56:2)
Esta semana aprenderemos sobre o assunto mais importante do Universo: O amor, pois DEUS é amor. DEUS não tem amor, Ele É! Por isso DEUS jamais pode falhar, pois a perfeição está no amor, o amor é perfeito. Se desejarmos entender a perfeição precisamos estudar o amor, que será o assunto principal de investigação durante a eternidade. Se desejarmos ser perfeitos, precisamos nos tornar tais como é o amor.
É pelo amor que DEUS cria, e Ele tem propósitos gloriosos ao criar. Deveria ser por amor que um casal se une no casamento para gerar filhos. Se um homem e uma mulher se unem por amor, jamais se separarão se mantiverem as portas abertas ao amor, que é DEUS. Nesse caso sua vida será como a nossa aqui em casa, há mais de 30 anos casados, e cada vez mais unidos e mais felizes. O amor é capaz de superar os defeitos individuais, suportá-los e ao longo do tempo, reduzi-los a nada por meio da transformação de uma vida com DEUS, como foi a vida de Enoque.
O amor (DEUS) é ao mesmo tempo poderoso e sensível. Tem poder infinito, pode fazer qualquer coisa que deseje, mas só faz aquilo que é coerente com o amor. O amor está na mente de DEUS. Ele é um princípio de viver, de fazer todas as coisas. O amor é o princípio de todos os demais princípios. Antes do amor nada existe, ele é o início de tudo, nada o precede. Mas após ele, tudo o que existe e que seja bom, se originou dele, inclusive os demais princípios de vida, como a honestidade, a fidelidade, a bondade, etc.
O amor é a síntese da Lei de DEUS. Os Dez Mandamentos são uma descrição ampliada do amor, que se refere a DEUS e ao semelhante. E o sábado, como não poderia deixar de ser, é a própria contextualização do amor. Sem intimidade não pode haver amor. DEUS quer ser íntimo conosco, Ele quer estar conosco, e para isto foi feito o sábado. Esse dia foi separado dos demais por causa do homem, pois este precisa estar com DEUS para viver eternamente e ser feliz. O sábado é o dia da intimidade entre Criador e criatura., e também entre as criaturas. Foi no primeiro dia após completada a criação que estiveram presentes três seres nesse planeta: Adão, Eva e DEUS, O amor. E assim foram felizes, até descobrirem o pecado, quando a felicidade se ancorava na esperança.
É importante estudar sobre o amor, pois, se não o conhecermos, certamente teremos desejo apenas superficial pela Nova Terra, pela salvação de nossas vidas. Mas se O conhecermos, então teremos incontido desejo de aqui mesmo viver diferentemente do que o mundo vive. Nossos interesses se desligarão da Terra e se voltarão ao que DEUS prometa a nós para a eternidade.

  1. Primeiro dia: O amor é multidimensional (Deut. 6:5)
O amor é um dom de DEUS. Desde que DEUS vem ensinando sobre a salvação, esse foi o assunto mais difícil para homens aprenderem. Parece que o estrago causado na natureza humana foi maior na capacidade de amar que em outros aspectos. É que com o pecado a nossa natureza íntima, que se encontra gravada em nosso caráter, que foi o amor, mudou para outra natureza, a do ódio, a antítese do amor. O ódio é o contrário do amor. portanto, assim como o amor não harmoniza com o ódio, este não tolera o amor. É por isso que tudo o que tem a ver com o amor em nosso mundo é combatido. Esse é o caso da família, do casamento, da castidade, do cuidado com a saúde, dos bons hábitos, enfim, tudo o que de alguma forma se relaciona com o amor, ou que dele deriva, em nosso mundo é combatido. Os seres humanos apreciam muito mais as cosias advindas do ódio. Só mesmo pessoas em processo de transformação apreciam as coisas relacionadas com o amor.
Hoje em dia, por exemplo, está cada vez mais difícil a subsistência da família, por falta de entendimento do que seja amor. O ser humano confunde amor com fazer sexo livre e sem compromisso, e isso, ainda da maneira aviltada. Sem dúvida, o amor de quase todos já se esfriou. Mas aqui temos uma lição para buscarmos um pouco de aprofundamento sobre o que é amor.
Em primeiro lugar, como já vimos, nunca devemos esquecer que amor é DEUS. E amor é o princípio da vida eterna com felicidade, por isso os Dez Mandamentos nos ensinam sobre a essência de como amar a DEUS e como amar o próximo. Nesses mandamentos se encontra o sábado, o dia em que nos dedicamos tanto ao amor que não nos interessamos em outros assuntos senão o que tem a ver com o DEUS amor.
Em Deuteronômio 6:5 está escrito que devemos amar o Senhor nosso DEUS com todo o nosso coração (conhecimento e sabedoria), com toda a nossa alma (íntimo de nosso ser) e com toda a nossa força (capacidade). Isso quer dizer o quê? Que o amor que temos por DEUS deve ser tudo o que nós somos, o nosso ser integral. Se assim formos, seremos o templo do ESPÍRITO SANTO.
JESUS explicou como funciona esse amor na prática. Ele disse que tudo aquilo que desejamos que os homens façam a nós, isso é o que devemos fazer a eles. Ou seja, devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos. Assim está em Mateus 7:12 e 22:39. Isso é tão profundo quanto prático. Nós, por natural, desejamos tudo de bom a nós mesmos. Sonhamos com nosso futuro e esse sonho sempre é muito positivo. Temos desejos quanto ao que os outros deveriam fazer a nós, pois tais desejos devem ser a receita do que nós mesmos devemos fazer aos outros.
Se isso fosse posto em prática pelo mundo todo, o que aconteceria? Simplesmente todos se tornariam servos uns dos outros, assim como JESUS aqui na Terra veio para servir, não para ser servido. Desse momento em diante, embora fossemos ainda todos de natureza pecadora, só cometeríamos pecado por descuido, pois os nossos interesses não estariam mais centrados em nós, mas sempre em nosso semelhante. Não teríamos mais desejo de honras, nem de superioridade, nem de nos destacarmos, mas sempre de ajudar os outros em tudo o que necessitassem. Resumindo, seríamos homens e mulheres humildes, e conviveríamos em paz uns com os outros. É fácil imaginar que o mundo seria radicalmente diferente, ele seria imensamente melhor, mesmo ainda tendo a natureza do pecado. Como o amor é profundo não é mesmo? Será que haveria uma maneira mais profunda de explicar o que é o amor do que essa, de amarmos o próximo como a nós mesmos? O que acha, haveria ou não?
Pois é, meu leitor ou leitura, o fato é que há uma maneira mais profunda de explicar o que é amor. JESUS disse em João 13:34; “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como Eu vos amei.” Aqui o ensinamento por parte do amor atingiu seu ponto máximo. Ninguém tem maior amor do que JESUS, a ponto de dar a Sua própria vida àqueles que Ele ama, as Suas criaturas (João 15:13).
O amor máximo do ponto de vista de um ser humano é amar o outro conforme ama a si mesmo. Essa é uma definição muito boa. Afinal, como explicar o que é o amor senão definindo-o ao que de mais importante o ser humano possui, que é ele mesmo. Era de se esperar que todo ser humano se amasse mais que qualquer outro motivo de amar.
Mas JESUS amou mais que a si mesmo. Ele ultrapassou os limites humanos de amar, pois Ele Se doou a Si mesmo por amor de Suas criaturas. Portanto, mais que a capacidade do ser humano, que não chega a se doar até a morte pelos seus semelhantes, mais é o amor de JESUS, pois Ele nos amou muito mais do que nós nos amamos a nós mesmos. Assim, a excelência em amar vem com a nova definição que ultrapassa a anterior: amarmo-nos uns aos outros assim como JESUS nos amou.
Agora, tente outra vez imaginar o que seria o mundo se todos adotassem essa regra de como se ama o semelhante. Tente imaginar como seria o mundo. Simplesmente não é possível imaginar, está fora do alcance de pessoas pecadoras, essa maneira de amar só é possível a pessoas transformadas pelo poder do ESPÍRITO SANTO. Na medida em que somos transformados, gradativamente experimentamos mais e mais essa capacidade de amar. Como assim, o que afinal estamos dizendo? O que estamos dizendo é, pessoas em processo de santificação deixam de se interessar por elas mesmas, e passam a cada vez mais se interessar pelo próximo. Essas pessoas abrem mão das coisas da Terra, e se dedicam com cada vez mais intenso amor a trabalhar pela salvação dos seus semelhantes. Elas amam tanto que não conseguem mais viver sem fazer alguma coisa pela salvação de outras pessoas. Esse é um amor que só experimenta aquele que se entregou de todo o coração, alma e força a JESUS. Então o ESPÍRITO SANTO toma posse desse ser e o transforma, vindo junto a capacidade de amar assim como JESUS amou. Só pessoas assim sabem o que é mesmo amor superior. Mas cada ser humano, se desejasse, poderia experimentar tal intensidade de amar. As famílias de pessoas assim são como um outro mundo, tanta a felicidade que ali se desprende de uns para com os outros. Essas famílias vivem um oásis de felicidade em meio ao oceano de ódio desse mundo.

  1. Segunda-feira: O que o amor faz (1 Cor. 13:4-8)
Acompanhe em I Cor. 13:4 a 8pp. Lá diz que o amor é (veremos as partes que o amor faz, amanhã as que ele não faz):
ð  Paciente: significa que quando ele é ofendido, desafiado, maltratado, ou quando alguém não cumpre com o prometido, o amor tem paciência para dar um tempo e permitir que a pessoa pense melhor sobre o que fez;
ð  Benigno: o amor só pensa em fazer o bem, jamais responde o mal com outro mal, sua única via de resposta sempre é beneficiar – é só lembrar como JESUS agiu na cruz;
ð  Mas regozija-se com a verdade: o amor é a verdade, vive pela verdade, e abomina a mentira;
ð  Tudo sofre: havendo necessidade de atravessar o sofrimento para ajudar alguém, ele enfrenta o que vier, como JESUS fez na cruz;
ð  Tudo crê: o amor jamais duvida da verdade, tudo o que for digno de confiança o amor aceita como verdadeiro;
ð  Tudo espera: isso é paciência, e isso o amor tem em dose infinita, ele espera por nós, por exemplo, até a nossa decisão consciente definitiva em estar com ele, ou até a morte, quando acaba a capacidade de decisão;
ð  Tudo suporta: se tiver que passar por dificuldade para ajudar alguém, não importa a intensidade, o amor sempre irá suportar;
ð  O amor jamais acaba: o amor é infinito, ele vem da eternidade e vai para a eternidade, e quer levar junto com ele, para viver na eternidade todos aqueles que também se ligarem a ele em amor.
Por quê o amor é assim? Porque ele é o próprio DEUS, que cria por amor e mantém por amor. DEUS tem todas essas características acima, e aqueles que se ligarem a Ele por meio de JESUS, gradativamente, na medida em que forem santificados, também adquirirão as mesmas características, e paralelamente descobrirão o verdadeiro e prazeroso sabor da vida. Estas pessoas desejarão que todas as demais pessoas tenham igual experiência, pois assim é muito agradável viver. Quando se descobre o amor, e quando se tem experiência diária com ele, sentimos incontido desejo de partilhar com outros, pois a felicidade é algo que sempre queremos que os outros também sintam.

  1. Terça-feira: O que o amor não faz
Nesse mundo ao avesso, mundo em que existe tanto o mal como o bem, para se descrever o amor precisa dizer tanto o que ele faz quanto o que ele não faz. Assim formaremos um conceito um pouco mais completo sobre o amor, um entendimento mais amplo. Afinal, descrever o amor, que é DEUS, de modo completo é impossível. Assim, temos que estudar o amor nessas duas perspectivas, para entender melhor como DEUS é. Tirado do mesmo texto bíblico de ontem, seguimos com a lista do que o amor não faz:
ð  Não arde em ciúmes: quando o outro vai bem, ou recebe algum benefício, o amor não fica ali também desejando o mesmo, ele se contenta com o que tem;
ð  Não se ufana: quer dizer, não se gaba a si mesmo e não fica embevecido ao ser gabado ou elogiado. Ufanar-se é ser orgulhoso, se achar grande coisa e se expressar por maneiras que esse sentimento seja transmitido a outros.
ð  Não se ensoberbece: o amor sempre age com humildade, não se imagina sendo superior nem mais importante que os outros;
ð  Não se conduz inconvenientemente: o amor é educado, polido, se veste e se apresenta equilibradamente, não busca aparecer nem se sobressair ou escandalizar;
ð  Não procura os seus próprios interesses: pois o amor sempre pensa em servir os outros e se esquece de que pode ser servido, seu interesse é o bem dos outros – num lugar assim, como é o Céu, todas as pessoas tem a sua disposição as outras pessoas e não há necessidade de chefe, pois como todos são servos, há sempre um enorme contingente de pessoas desejando ajudar;
ð  Não se exaspera: o amor é calmo, não perde a compostura, não se precipita por nada, sempre age com equilíbrio;
ð  Não se ressente do mal: quando alguém faz algum mal ao amor, ele no mesmo momento perdoa, e jamais fica remoendo aquele mal, muito menos pensa em vingança;
ð  Não se alegra com a injustiça: até mesmo quando um inimigo declarado do amor é injustiçado, o amor sente tristeza, seu desejo contínuo é que essa pessoa vá bem e que se dê bem na vida;
Em resumo, numa linha, o amor não se envolve com nada que prejudique os outros e nem em algo que crie um falso conceito a ele mesmo. Diz EGW, descrevendo o amor de DEUS: “Tal amor é incomparável. Filhos do celeste Rei! Preciosa promessa! Tema para a mais profunda meditação! O inigualável amor de Deus por um mundo que O não amou! Este pensamento exerce um poder subjugante sobre a alma e leva cativo o entendimento à vontade de Deus. Quanto mais estudarmos o caráter divino à luz que vem da cruz, tanto mais veremos a misericórdia, a ternura e o perdão aliados à eqüidade e à justiça, e tanto mais claro discerniremos as inumeráveis provas de um amor que é infinito, e de uma terna compaixão que sobrepuja o amor anelante de uma mãe para com o filho extraviado” (O Caminho a CRISTO, 15, grifos acrescentados).


  1. Quarta-feira: O teste do amor (Mat. 5:43-48)
Iniciemos o estudo de hoje com uma pergunta: o que é ser perfeito? DEUS nos convidou a sermos perfeitos como Ele é perfeito. Mas       qual o principal requisito para assim sermos?
A principal característica da perfeição é sermos a tal ponto transformados pelo poder educador de DEUS que, embora ainda pecadores, somos capazes de amar até mesmo nossos inimigos. É o que disse JESUS: “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mat. 5:48), após explicar da necessidade de amar os inimigos e orar pelos que nos perseguem.
JESUS, em Seu sermão mais contundente quanto as orientações sobre como deve ser nosso comportamento, disse que eles criam tradicionalmente que deviam amar o próximo mas odiar o inimigo. Porém Ele alertou sobre esse engano, e disse que devessem amar os inimigos, e orar pelos que os perseguem.
Naqueles tempos os inimigos comuns eram os soldados romanos, que também os perseguiam. Portanto, JESUS disse que amassem e orassem por esses inimigos perseguidores. Essa mensagem foi dura, mas, muitas vezes temos que tomar decisões duras para evitar a perda da vida eterna. Então, se for assim, que seja duro, e que vençamos.
O que na verdade JESUS estava ensinando. Invertendo a ótica, Ele estava dizendo que fossem como DEUS é, ou, como Ele mesmo estava sendo. JESUS tinha muitos inimigos, mas Ele mesmo não era inimigo de ninguém. Esse é o ponto. O Salvador, para ser capaz de salvar, deveria amar todas as pessoas, amigos ou inimigos, e Ele mesmo, portanto, não deveria ser inimigo de ninguém. Contudo, se alguém se fizesse inimigo d’Ele, o que competia ao Salvador fazer era continuar amando essa pessoa e orando por ela. Se ainda assim o inimigo insistisse na inimizade, isso já não era mais problema do Salvador, e sim da pessoa resistente ao amor de quem estava fazendo tudo para salvá-la.
E nós, como ficamos? Se for mulher, imagine que um homem a tenha estuprado. Se for homem, imagine isso com sua filha. (Bem radical nossa ilustração, não é mesmo? Coisa terrível até de pensar, que isso nunca aconteça.) Agora vem o desafio, JESUS disse que devemos amar a pessoa que fez isso, e orar por ela. Conseguiria fazer isso?
Vamos à prática. Tem que separar os seus sentimentos do perdão. Se isso realmente aconteceu, ou qualquer outra coisa ruim, isso gera sentimentos, que podem ser os seguintes: nojo, medo, tristeza, dor, desejo que a justiça seja feita, etc. Esses sentimentos podem se estender ao longo da vida. Eles não são pecado, portanto, fique em paz.
Mas pode ser que haja outros sentimentos, tais como: raiva, ódio, rancor, desejo de vingança, desejo em retribuir com a mesma moeda, etc. Esses sentimentos são errados, estão fora dos princípios do Reino de DEUS, e não se conformam com a orientação que JESUS deu, e que é motivo do estudo de hoje.
Se tiver os primeiros sentimentos, e perdoar, você ao menos vai se salvar. E se acontecer de quem fez algo de ruim a você, e essa pessoa perceber que é amada pela sua vítima, e se deixar tocar pelo poder do ESPÍRITO SANTO, ela terá seu coração mudado, e vai ser salva. Agora imagine a grandiosidade do amor de DEUS: lá na Nova Terra, você e quem lhe fez algo terrível salvos para sempre, excelentes amigos para a eternidade. É isso que DEUS quer. Só quem ama como JESUS é capaz de concordar com tais coisas, e s´[o que ama assim será salvo.
Vamos a uma outra hipótese. Digamos que esse malfeitor se converta, mas você não o perdoa. Sabe o que vai acontecer? Ele se salva, e você se perde! Parece injusto, não é mesmo? Mas não é injusto, e é fácil de explicar. Para a Nova Terra não entra quem não tiver seus pecados perdoados, sejam grandes, sejam coisas bem pequenas, mesmo coisas ínfimas. E se salvam aqueles que se arrependeram e portanto tiveram seus pecados perdoados, sejam pequenos, sejam grandes. Não é o tamanho do pecado que importa, mas o arrependimento, pois qualquer tamanho de pecado pode ser perdoado. E tem que ser assim, sabe por que? Pelo fato de na Nova Terra não se correr o risco de lá alguém dar início a todo drama do pecado outra vez. Por isso lá só entram pessoas que sinceramente se arrependeram, e que, portanto, puderam ser perdoadas, mas não só isso, puderam ser transformadas por completo, ou seja, 100%. Todo aquele que se salvar ter-se-á arrependido de todos os seus pecados, TODOS! Logo, um grande assassino tem as mesmas chances de ser salvo quanto aquela pessoa que apenas comete pequenos deslizes, um como o outro carece do amor de DEUS e do sangue de JESUS para serem salvos. Eles precisam ser transformados e o amor de JESUS é capaz de transformar qualquer pessoa desse mundo.
Com toda a sinceridade, você acha justo que só os pecadores de pequenos devem ser perdoados, ou que todos tenham a possibilidade? Como você pensaria se um dos maiores delinqüentes fosse de sua família? Se fosse seu filho ou sua filha? Gostaria que pelo poder de DEUS essa pessoa mudasse radicalmente de vida, e se tornasse uma pessoa de bem? Normalmente iria querer isso. E se não pensar assim, é óbvio que não se salva, tem que mudar de atitude.
Mudemos nosso foco de análise. Vamos para os pequenos inimigos, esses do dia-a-dia, que nos incomodam a cada pouco. Por exemplo, pode ser na escola, um colega que nos importuna, nos dá apelidos ruins, etc. Ou pode ser no trabalho, uma pessoa que quer nos prejudicar. Ou até mesmo na família. Esses são nossos inimigos, porém, nós não devemos ser inimigos delas. Se formos, e se nenhum dos dois mudar, no dia da volta de JESUS tanto nós quanto essas pessoas se perderão. Na Nova Terra não entra ninguém que esteja disposto a se tornar inimigo por lá, ou de ter sido inimiga de alguém que ficou por aqui. Lá só entram as pessoas que estão inteiramente dispostas a amar. JESUS foi a pessoa mais prejudicada nesse planeta, em todos os tempos. Ele teria motivos para não amar esse ou aquele. Imagina só, pessoas que Ele curou, ou parentes dessas pessoas, etc., gritando lá no pátio de Pilatos, “fora com Este, queremos Barrabás”, “crucifique-O”, e assim por diante. Sabe qual foi a reação de JESUS? Ela está registrada nas seguintes palavras: “Pai perdoa-os porque não sabem o que fazem.” Foi assim que Ele venceu e Se tornou O Salvador. E é só assim que venceremos com Ele, sendo capazes de amar, amar a todos, não seletivamente.

  1. Quinta-feira: Amor em ação (Lucas 10:25-37)
Naquele tempo, na estrada tortuosa de Jerusalém para Jericó havia um homem necessitando de ajuda. Fora assaltado e depois de roubarem tudo dele, quase o mataram, deixando-o ali, totalmente desamparado, prestes a morrer. Sem ser ajudado, ele morreria na certa. Se fosse ajudado, ele não poderia pagar, pois não possuía mais nada. Para ser ajudado precisaria ser retirado dali, o que iria requerer trabalho, e além disso, deveria ser posto em algum lugar onde alguém cuidasse dele, pois não tinha possibilidade de ele mesmo cuidar de si, por uns tempos. Portanto, para socorrer o homem isso daria trabalho, demandaria dinheiro e tempo. Mas, ou se fazia isto, ou ele morreria.
Passaram por ali um sacerdote e um levita, e nenhum deles prestou socorro ao homem. Isto daria muito trabalho e custaria um bom dinheiro, e talvez atrasasse seus compromissos sagrados. Foram dois denários que o samaritano deu ao hospedeiro para cuidar do homem, que nem era seu conhecido.
Quanto valia um denário? Era um generoso salário de um dia de trabalho. Daria para alimentar umas 25 pessoas, conforme Mateus 20:2 e Marcos 6:37 e 44. Os trabalhadores ganhavam bem naqueles tempos. Portanto, deve ter havido algum acerto entre o samaritano e o hospedeiro para o depósito pelo tratamento do homem. O interessante é que o samaritano foi embora e não pediu nenhuma garantia de ressarcimento posterior a quem ele socorreu. Talvez nunca soubesse quem foi que ele socorreu.
O que essa história nos ensina? Que em nosso dia-a-dia, no meio do desespero pela necessidade de cumprimento de metas, pela correria que nos faz estar freqüentemente atrasados, pelas exigências e pressões sociais e econômicas, mal temos tempo para pensar. Em meio a esse veloz turbilhão de correria da vida moderna, não se tem mais tempo de cuidar dos pais idosos. Não se tem mais tempo para os filhos. O marido não tem tempo para a esposa, nem a esposa para o marido. Por falta de tempo, o amor desaparece, e ocorre a separação, e os filhos que se danem.
Se não temos tempo para os próximos íntimos, imagina ter tempo para os próximos desconhecidos. Aliás, se não temos tempo para nós mesmos, pois não paramos nunca, ter tempo para os familiares está fora de questão, e ter tempo para os outros, nem se cogita. Se isso estiver acontecendo conosco, é tempo de parar tudo, de buscar refúgio em DEUS, e de separar tempo para se encontrar, em primeiro lugar, com JESUS. Então devemos também separar tempo (e isso pode custar dinheiro, às vezes muito dinheiro, pois significa trabalhar menos e obviamente ganhar menos) para prestar socorro aos nossos íntimos. Esses podem ser o cônjuge, os filhos, os pais, parentes, que necessitam de alguma atenção da nossa parte. Precisamos ter tempo para a vida, para viver, e não só viver para ganhar, e morrer do mesmo modo, aliás, geralmente mais cedo.
Os últimos da fila para serem atendidos são aqueles que não conhecemos. Mas eles também fazem parte do nosso próximo. O que adianta pregarmos sobre o Reino de DEUS, batizarmos milhares, e se salvarem bem poucos? Temos que mudar a orientação em direção da salvação, não de metas e números, pois pessoas não são números. O mundo hoje se tornou numa coleção de números, cifras, metas, alvos, relações, dados, processamento de dados, análises, resultados. A parte humana, que tem valor, essa na verdade não interessa mais. Aquele sacerdote que passou ao lado do homem quase morto e aquele levita estavam muito ocupados com seus compromissos religiosos. Tinham pressa em atender sua agenda, quando o principal, acima da agenda, era salvar vidas. De tão preocupados com seus compromissos que estavam nem notaram que ali mesmo, no seu caminho, estava o motivo de um ser sacerdote e do outro ser levita. Um estrangeiro atendeu o que era obrigação deles.

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
A lição hoje nos leva a refletir sobre a fonte da luz e sobre onde ela se reflete. A luz só se torna manifesta quando reflete em alguma coisa, que pode ser um objeto ou um gás, como o ar. Onde nada existe para refletir a luz, ela não pode ser vista, e ali parece ser tudo escuro, totalmente escuro, embora os raios de luz estejam lá. Esse é o caso do espaço sideral, ele é escuro, embora nele se encontre muita luz. Ou seja, o nada, embora nele haja luz, é um lugar escuro e tenebroso.
Devemos aprender muita coisa da ilustração da luz. Devemos ser alguma coisa, e não qualquer coisa, e o que formos não deve ser como ser nada. Por exemplo, devemos refletir a luz, e para que assim seja, devemos ser brancos, não pretos, pois o preto é quase como ser nada. Todas as coisas bem pretas, opacas, não refletem luz, ou refletem pouca luz. São quase como o nada, pouco úteis à luz. Mas tudo o que é branco reflete todas as freqüências de ondas de luz. Nós, seguidores de CRISTO devemos ser brancos, puros, limpos, para refletirmos perfeitamente a luz que vem de nosso Salvador. Assim seremos a luz do mundo, como disse JESUS.
E o que é ser branco? É ser santo, puro, sem mácula, isto é, sem manchas de imperfeições que vem do mundo. Conheço um casal de pessoas assim. Ele, em todos os dias busca, pela leitura da Bíblia, orientação para viver naquele dia com DEUS. Para isso, inspira-se em Enoque e em JESUS, principalmente, mas também em Davi, em Daniel, em Elias, e outros no que tem de positivo. De todos, JESUS é o exemplo completo e perfeito. Os demais ajudam a entender melhor como se fica seguindo a JESUS.
A sua esposa é uma mulher meiga, simples e prestativa. Não pinta nem os cabelos nem as unhas, nada e seu vestuário é simples e decente. Ela sabe desde há muito tempo o que DEUS deseja de sua aparência, e tem o conceito de que é habitação do ESPÍRITO SANTO. Não se deixa afetar pelo ambiente, em nada lhe interessa o que dita a moda, ela faz suas escolhas livremente, segundo o seu gosto moldado pelos princípios bíblicos.
Este casal reflete a luz de DEUS ao mundo. Na luz que ele reflete não há pontos escuros nem falhas que reduzam a intensidade da luz, muito menos há manchas que denigrem o restante da luz. Um como o outro tem amor no coração, e esperam pacientemente pelo dia em que serão chamados por JESUS nos ares para virem até Ele, e com Ele, para a vida eterna, para todo o sempre.
Nada nesse mundo, nem pouco nem muito, vale a pena trocar pela vida eterna, mas serão tantos a trocar pequenas coisas daqui pela eternidade!
escrito entre:   26/11/2009 a 03/12/2009
revisado em   03/12/2009
 Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.

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