O Deus da Graça e
do Juízo
(João 3, Números 21, Apocalipse 14)
(João 3, Números 21, Apocalipse 14)
Introdução: Essa
semana nós estudamos dois aspectos de nosso Deus: graça e juízo. Se você ler
alguns textos sobre juízo – e a maioria refere-se a um juízo baseado nas obras
– você talvez comece a se perguntar como graça e juízo podem se encaixar
confortavelmente em um mesmo evangelho. Na verdade, durante muito tempo eu
tenho estado preocupado que Jesus frequentemente refere-se a um juízo baseado
nas obras enquanto Paulo tem um tema bem fixo da salvação pela graça. Podemos
colocar essas duas ideias juntas? Se sim, como? Vamos mergulhar em nosso estudo
da Bíblia e ver o que podemos aprender!
I. O Juízo
A. Leia Mateus
12:36-37 e Mateus 16:27. O que nosso Senhor diz ser o padrão para o juízo?
(Nossas palavras e obras!)
B. Leia 2 Coríntios
5:10. Ah não! Esse é Paulo. O que Paulo diz ser a base para o juízo? (Coisas
feitas “por meio do corpo”).
C. O que está
acontecendo aqui? Nós acabamos de completar um estudo de Gálatas e aprendemos
que somos salvos pela graça. Vamos tomar o juízo baseado nas obras no âmbito
pessoal. Você quer que algumas pessoas sejam paradas e multadas por dirigir
acima do limite de velocidade? (Sim! Principalmente quando estão fazendo isso
na nossa vizinhança).
1. E com você –
você quer que a polícia te multe por velocidade? (Isso mostra o quadro mais
amplo, queremos um juízo baseado nas obras para os outros, mas não para nós
mesmos).
2. Achamos que
algumas pessoas merecem um juízo pelas suas obras, mas nós (ou pelo menos eu)
deveríamos ser capazes de evitar o juízo? (Podemos ver que esse estudo é
enganoso porque temos um preconceito natural contra nosso próprio juízo. Não
queremos ter o que merecemos, mas queremos isso para os outros).
II. Serpente no
Deserto
A. Vamos ver se
podemos trabalhar nessa questão apesar de nosso preconceito. Leia João 3:14-18.
Jesus está Se contradizendo? Como Jesus pode dizer aqui que a crença nEle é a
base para a vida eterna, mas ter dito antes que as obras eram a base para o
juízo? (Note que Jesus Se refere a uma pessoa sendo “condenada”, não julgada).
1. Semana passada
nós discutimos os rituais do santuário. Quando o pecador vinha ao templo com um
sacrifício, ele era culpado? (Sim. Somos julgados por nossas obras – sendo
culpados ou inocentes. E, sem entrar nos detalhes, somos sempre culpados por
causa de nossa natureza pecaminosa. Quando o pecador vinha com o cordeiro, ele
não era “inocente”, mas não era condenado porque o sacrifício pagava a pena em
seu lugar).
B. Ainda não temos
um problema com as palavras de Paulo (2 Coríntios 5:10) de que seremos julgados
de acordo com as “boas” coisas? E sobre Jesus dizendo (Mateus 12:37) que nossas
palavras podem nos “absolver”? Isso parece indicar que as boas obras têm algo a
ver com um juízo favorável. Isso pode se conciliar com a graça?
C. Vamos continuar
lendo João 3 para ver se achamos uma dica. Leia João 3:18-21. Temos um novo
elemento, “luz”! O que a luz tem a ver com nossa salvação? (Se amamos a luz
estamos salvos, se amamos as trevas não estamos).
1. Temos muitas
pontas soltas aqui. Temos as obras, temos a crença e temos a luz. Alguém pode
conectar essas pontas soltas para fazer uma teoria com sentido? Ou, todas essas
ideias são simplesmente uma contradição?
D. Vamos voltar à
história original. Leia Números 21:6-9. O que estava fazendo com que as pessoas
morressem? (As serpentes. Entretanto, se você olhar o contexto, as serpentes
foram enviadas como um juízo pelo pecado).
1. Por que Deus
diria a Moisés para que eles olhassem para uma representação do que estava
fazendo com que eles morressem? (Por muito tempo tenho pensado que essa
história estranha nos ensina que devemos olhar para (levar a sério, confessar
etc.) nossos pecados. O primeiro passo para a salvação é encarar e confessar
nossos pecados, nossas má obras).
E. Vamos reler João
3:14-15 e João 3:19-20. Como a história da serpente e amar/odiar a luz agora
fazem sentido? (Se amarmos tanto nosso pecado a ponto de não nos aproximarmos
da luz, então seremos como aqueles que se recusaram a olhar para a serpente.
Jesus trouxe a luz do evangelho. Aceitar a luz do evangelho é simplesmente não
condizente com se esconder atrás do (permanecer no) pecado. Escolheremos entre
encarar nossos pecados e sermos salvos pela graça, ou preferir permanecer no
pecado e rejeitar Jesus).
1. Toda essa
conversa sobre “obras” e juízo agora faz sentido? (Em certo sentido, a salvação
está muito ligada às nossas obras. Se decidirmos permanecer no pecado, não
buscaremos a graça. Mas, se encararmos nossos pecados e reconhecermos sua
pecaminosidade, então teremos apenas uma opção – graça!).
2. Concentre-se em
João 3:21. O que significa: “as suas obras são praticadas por intermédio de
Deus”? (A graça é o trabalho de Deus. Como aprendemos em nosso estudo de
Gálatas, não podemos ganhar a salvação, Jesus já fez isso por nós. Mas,
escolhemos se iremos “olhar para a serpente”, se iremos nos “aproximar da luz”,
se iremos confessar nossos pecados e escapar da condenação pelo sangue do
Cordeiro).
III. O Exemplo de
Noé
A. Vamos ver um
exemplo disso. Leia Gênesis 6:5-7. O que Deus acha ser a solução para toda essa
maldade? (Juízo!).
B. Leia Gênesis
6:13, Gênesis 7:6-10 e 2 Pedro 2:5. Quão difícil teria sido para os ímpios
entrar na arca? (Eles foram avisados. 2 Pedro 2:5 sugere que Noé pregou para
eles. Enquanto Noé estava no esforço de construir a arca, qualquer um poderia
simplesmente ir a bordo. Os ímpios preferiram a vida que tinham (as trevas), e
não quiseram ir com Noé (ir para a luz).
IV. O Juízo do
Último Dia
A. Leia Apocalipse
14:6-7. Qual é a mensagem para aqueles que vivem nos últimos dias? (Que o juízo
de Deus está sobre eles).
1. Qual é nossa
reação apropriada para o juízo iminente? (Note, não diz “pare de pecar”, diz
para se ter um relacionamento direito com Deus. Precisamos respeitar (temer)
Deus, precisamos dar glória a Ele e precisamos admitir Seu poder como criador
de tudo).
B. Leia Apocalipse
14:8. Que importante fato do juízo precisamos saber? (Que Deus venceu o mal. Os
infiéis a Deus serão vencidos).
C. Leia Apocalipse
14:9-11. Esse texto diz que aqueles envolvidos em más obras irão suportar a
força da ira de Deus? (Não. Diz que aqueles que se recusam a adorar Deus e
adoram o inimigo de Deus irão sofrer juízo. O padrão para o juízo é a
fidelidade. Aqueles que se vem para a luz versus aqueles que permanecem nas
trevas).
D. Leia Apocalipse
14:12. À luz do juízo iminente, o que somos chamados a fazer? (Os “santos” são
descritos como aqueles que “permanecem fiéis a Jesus”. Fé em Jesus é a
justificação pela fé!).
1. E a parte do
“obedecem aos mandamentos de Deus”? (Isso ilustra nossa discussão anterior. Se
amarmos nossas más obras continuaremos nas trevas e não iremos para a luz da
graça de Jesus. Mas, se amarmos a luz, então iremos querer fazer a vontade de
Jesus. Iremos querer obedecê-Lo).
E. Medite nos
versos de Apocalipse 14 que acabamos de ler. Qual é a principal diferença entre
os justos e os ímpios? [Os justos adoram e glorificam seu Deus Criador. Os
ímpios adoram e obedecem aos maus. É isso que significa a marca na testa
(mente) e mão (obras). A menção à adoração, criação e mandamentos sugere a
grande importância do Sábado semanal, pois esse é um tempo de adorar, um tempo
para dar glória a Deus e um tempo de comemorar a Criação (“Lembra-te do dia de
sábado... Pois em seis dias criou Deus”)].
F. Amigo, um juízo
está chegando. O juízo será baseado em nossas obras. Com esse padrão, nenhum de
nós pode escapar do juízo. Entretanto, Jesus oferece um escape da condenação de
nossas más obras. Ele é o Cordeiro de Deus que morreu por nossos pecados. Se
encararmos nossos pecados pela confissão e arrependimento, então Ele cobrirá
nossos pecados com Seu sangue. É uma oferta que você pode recusar? Se não, por
que não aceitá-la hoje? Olhe para a serpente de sua vida pecadora, e saia das
trevas para a luz!
V. Próxima Semana:
A Santidade de Deus.
Tradução:Tamiris
Borges da Silva
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Direito de Cópia de 2012, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses. As frases entre chaves { } foram acrescentadas pelo tradutor e não constam no original.
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