segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

A Ressurreição de Pedro – Meditações Diárias 2014 – 8 de fevereiro

Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu Me amas? Pedro entristeceu-se por Ele ter dito, pela terceira vez: Tu Me amas? E respondeu-Lhe: Senhor, Tu sabes todas as coisas, Tu sabes que eu Te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as Minhas ovelhas. […] Depois de assim falar, acrescentou-lhe: Segue-Me. João 21:17, 19
 
Você se sente um caso perdido, sem esperança em relação à fé? Duvida de que Deus possa lhe perdoar mais uma vez? Também pode ser que você conheça “um caso perdido”. Segundas e terceiras chances não estão, em geral, disponíveis no ambiente de trabalho, na escola, em comunidades ou mesmo em famílias e na igreja. Uma queda ou duas, no máximo, e você está fora do jogo.
 
Felizmente, Deus age de outra maneira, como vemos no caso de Pedro. Por iniciativa dele, alguns dos discípulos decidiram pescar. Ao romper do dia, um estranho caminhando na praia perguntou se tinham alguma coisa para comer. Eles não haviam pescado nada durante a noite. Então receberam a ordem: “Lançai a rede à direita do barco e achareis” (v. 6). A autoridade na voz não deixou qualquer dúvida. Teriam eles se lembrado do que acontecera três anos e meio antes? (Lc 5:4-9). “É o Senhor!”, João explode de contentamento (v. 7). Acostumado a não pensar duas vezes, Pedro lança-se ao mar para o encontro de sua vida, a quase 100 metros de distância. O desjejum já estava pronto. Peixe assado e pão. Inicialmente Jesus perguntara se havia alguma coisa para comer, sugerindo que a refeição dependia dos discípulos. Então operou o milagre da pesca para recebê-los com a “mesa pronta”. O que Ele estava dizendo? A pesca é apenas um símbolo. Ele será responsável pelo sucesso de Sua causa. Seus discípulos, incluindo Pedro, devem apenas confiar nEle.
 
Em tudo isso, Jesus estava restaurando Seu discípulo falido, atraindo-o para Si. O teste é se Pedro O ama. Às vezes, eu me pergunto: O que é necessário para reabilitarmos um irmão caído? Quanto tempo ele terá que ficar de “quarentena”? Que “evidências” precisamos ter de que “já se emendou”? Por que temos tanta relutância em aceitar que as pessoas podem mudar? Por que insistimos em definir, mesmo aqueles que mais amamos, em termos de seu passado e de suas falhas? Não seria o caso de que é precisamente a nossa aceitação da pessoa que cria o ambiente para a mudança? Consistentemente, Jesus não mudou as pessoas para aceitá-las. Ele as aceitava primeiro para então operar as mudanças.

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