domingo, 15 de janeiro de 2012

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 3 - 1º Trim. 2012


Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Primeiro Trimestre de 2012
Tema geral do trimestre: Vislumbres do Nosso DEUS
Estudo nº 03 – DEUS como Redentor
Semana de   14 a 21 de janeiro
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí - RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar:Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graça” (Apoc. 5:12).

Introdução de sábado à tarde
Qual a razão de DEUS ser Criador e também Redentor? Bem fácil compreender! DEUS é amor! Tudo o que Ele faz é motivado pelo amor. Ao contrário do ser humano que muitas vezes até para amar o faz por interesse, o faz para levar alguma vantagem, DEUS ama por ser essa a Sua natureza. É por isso que Ele nunca deixa de amar o ser humano, mesmo sendo o pior dos pecadores. Porém, Ele odeia o pecado, porque faz mal ao ser humano. Ele ama os homens e mulheres, mas odeia que as pessoas sofram por causa do pecado.
Disso resulta uma situação contraditória até para DEUS: Ele precisa tomar providências em relação ao pecado. Isso não pode se estender para sempre, precisa haver uma eliminação do pecado. E essa eliminação inclui a morte de muitos seres humanos, que Ele ama. Mas vai ter que tirar a vida deles, a partir de Lúcifer, pois estes definiram que jamais permitirão mudança em suas vidas. Esse é o tal do pecado contra o ESPÍRITO SANTO. E como isso deve doer em DEUS! É um ato estranho para Ele: matar seres humanos que ama.
Pois bem, para evitar que todos sejam mortos por causa da intromissão do pecado na vida das pessoas desse planeta, DEUS tornou-Se, além de Criador, também Redentor. E isso é bem fácil entender: Ele criou para amar as criaturas, e Ele está salvando-as para continuar amando. O ato de criar e de redimir tem a mesma motivação: o amor.

  1. Primeiro dia: Na cruz
Qual foi o momento máximo da demonstração do amor de DEUS por Suas criaturas? Foi na cruz!
Lúcifer teve algumas surpresas ao longo de sua luta para ser semelhante ao Altíssimo. Uma delas foi no Céu, quando acabou expulso. Por certo não esperava que um DEUS que ama o expulsasse de lá. Com essa atitude de DEUS, a argumentação de Lúcifer ganhou alguma força, pois, se DEUS ama como diz amar, parece que não o deveria impedir de estar no Céu, no lugar onde está o trono de DEUS. É possível que essa dúvida se tenha desenvolvido na mente de muitas criaturas, vendo a DEUS como um rei durão.
Outra surpresa a Lúcifer foi no dia da queda de Adão e Eva. Os dois também foram expulsos do jardim, ou seja, do lugar que era a sua moradia aqui na Terra, onde estava a árvore da vida. E DEUS teve um argumento muito forte para expulsá-los: para que não comessem daquela árvore e se tornassem pecadores imortais. Essa expulsão por certo reforçou o conceito de um DEUS durão.
Mas, no mesmo ato, naquele mesmo dia, Lúcifer teve mais uma surpresa: que o Filho de DEUS viria a esta Terra como um ser humano, lutar pelo restabelecimento de Adão e Eva à vida eterna, para perdoar o pecado que cometeram, e libertá-los da morte eterna. Por isso o inimigo não esperava, nem as criaturas do restante do Universo imaginavam DEUS agir assim.
Por que DEUS não usou do mesmo critério para com Lúcifer e seus anjos, isto é, morrer por eles para perdoá-los? Há pelo menos dois motivos: eles conheciam muito bem o amor de DEUS, e foram alertados ao longo de algum tempo, mas não se arrependeram. Preferiram ir até as últimas consequências, que é assumir o risco da rebelião. O segundo motivo é que DEUS sabia não haver na mente deles intenção de genuíno arrependimento. O coração deles se tinha endurecido na rebelião. O mesmo acontecerá com as pessoas que não se arrependerem quando fechar a porta da graça. Se JESUS morresse por eles, nenhum deles aproveitaria essa graça, mas Adão e Eva sim, e também muitos de seus descendentes.
Outra surpresa que Lúcifer levou foi a de JESUS Se tornar um ser humano, e viver sob risco grave, aqui na Terra, entre seres humanos. Ele estava assim numa situação super frágil, e o demônio podia arremeter contra ele, não na condição de DEUS, mas na condição de um mero ser humano mortal. Por certo Lúcifer explodiu em alegria, por agora ter o seu opositor ao alcance. Tentou matá-lo quando ainda bebê, etc., mas os anos passavam, e nada de conseguir alguma vitória.
Enfim, chega o momento de outra surpresa a Lúcifer. JESUS permite ser morto na cruz. Lúcifer bem sabia que se JESUS não quisesse morrer na cruz, tinha poder para impedir. Mas utilizar desse poder seria a Sua derrota, pois agora Ele iria demonstrar a intensidade do amor de DEUS pelos humanos. E esse seria o momento culminante: naquela sexta-feira, um dos dois sairia derrotado para sempre, e o outro vitorioso para sempre. Portanto, era tudo ou nada, para JESUS e para Lúcifer. Ali, na cruz, se demonstraria quem consegue as coisas pelo amor, e quem consegue, ou procura conseguir as coisas pela força bruta. Essa distinção ficou declarada, para todos os humanos e para todo o Universo. Se alguém ainda tivesse alguma dúvida sobre se DEUS realmente ama, essa dúvida se esclareceu na cruz. E também ficou perceptível a todos, que o método de Lúcifer é o uso da força, da mentira, da falsidade e do ódio em lugar do amor.
JESUS suportou toda humilhação, até Seu último suspiro, e ainda assim, teve ânimo para perdoar a todos. Agora, onde fica a argumentação de Lúcifer, de que DEUS e Sua lei não são perfeitos? E de que é necessária alterar a lei de DEUS?
Mas quem é Lúcifer para dizer alguma coisa contra DEUS, depois do que ele fez contra JESUS ao longo de Sua vida, que só fez o bem?


  1. Segunda: O evangelho no Antigo Testamento
No mesmo dia do pecado o Senhor deu a resposta a Adão e Eva e também a serpente. Ele anunciou que agora a guerra seria entre Ele, O Criador, e a serpente enganadora. E foi taxativo quanto ao resultado dessa guerra: Ele, o Senhor, sairia ferido, mas no calcanhar. Isso quer dizer, Ele seria morto, mas a Sua carne humana nem chegaria a degenerar na tumba, pois ao terceiro dia ressuscitaria da morte eterna, que caberia a Adão e Eva e seus descendentes. E quanto à serpente, ela seria ferida na cabeça, ou seja, morreria para sempre. Em outras palavras, entre a luta do ódio contra o amor, este venceria na cruz, e o ódio seria destruído no fogo do inferno.
No desespero dos primeiros momentos após o pecado, na ânsia da morte, como deve ter sido confortador ao casal ouvir essa mensagem, por parte de DEUS. E como deve ter sido assustador a serpente ouvir essa mensagem. Com quem ela foi mexer! Logo com duas criaturas que DEUS havia criado para viverem eternamente felizes. É evidente que, sendo DEUS puro amor, não deixaria por menos. Acontece que satanás imaginava que DEUS iria fazê-los morrer, e se assim fosse, aumentaria a dúvida no Universo sobre se DEUS é mesmo amor, como dizia ser. Assim como Adão e Eva se sentiram consolados e agora com esperança, do mesmo modo o Universo deve ter vibrado com as palavras de DEUS, relatadas em Gên. 3:15. Lúcifer estava levando mais uma derrota. Aliás, em todos os embates ele, até hoje, saiu perdedor. Agora estamos bem diante da última batalha que envolve diretamente seres humanos, e já sabemos qual será o resultado. DEUS, no final do milênio, esmagará a cabeça da serpente.
A vitória de DEUS vem graças a morte de JESUS CRISTO. Ele pode eliminar a serpente para sempre, pois já no Universo ninguém mais duvida do caráter do Criador. Ninguém mais tem alguma incerteza de que DEUS seja amor, e que a Sua lei seja perfeita e que a Sua justiça seja correta. Falta só uma coisa importante: a conclusão da pregação aqui na Terra. E a igreja verdadeira de CRISTO está sendo mobilizada para esse fim. Os santos vencerão junto com JESUS, pela fé nEle, assim como venceu Abraão na prova que DEUS lhe exigiu quanto a seu filho único. Leia o relato desse drama.
“Novamente o Senhor desejou provar a fé de Abraão mediante um teste terrível. Tivesse ele suportado a primeira prova e pacientemente esperado que a promessa fosse cumprida em Sara, e não tivesse tomado Hagar como esposa, não teria sido sujeito à mais rigorosa prova jamais requerida de um homem. O Senhor ordenou a Abraão: "Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que Eu te direi." Gên. 22:2.
“Abraão não descreu de Deus nem hesitou, mas cedo de manhã tomou dois de seus servos e Isaque, seu filho, e lenha para o holocausto e seguiu para o lugar de que Deus lhe falara. Não revelou a verdadeira natureza da viagem a Sara, sabendo que sua afeição por Isaque a levaria a duvidar de Deus e reter o filho. Abraão não permitiu que os sentimentos paternos o controlassem e levassem a rebelar-se contra Deus. A ordem de Deus tinha o fim de agitar o âmago de sua alma. "Toma agora o teu filho." Então, como para provar o coração um pouco mais profundamente, acrescentou: "O teu único filho, Isaque, a quem amas"; isto é, o único filho da promessa, e "oferece-o ali em holocausto." Gên. 22:2.
“Três dias o pai viajou com o filho, tendo tempo suficiente para raciocinar e duvidar de Deus, se estivesse disposto a duvidar. Mas não duvidou de Deus. Agora, não raciocinava que a promessa seria cumprida mediante Ismael, pois Deus claramente lhe dissera que mediante Isaque a promessa devia ser cumprida.
“Abraão cria que Isaque era o filho da promessa. Também cria que Deus queria dizer exatamente o que disse quando ordenou que oferecesse o filho em holocausto. Não vacilou ante a promessa de Deus mas creu que Aquele que tinha dado a Sara um filho na velhice, e que tinha requerido dele que tomasse a vida do filho, podia também dar-lhe vida outra vez e ressuscitá-lo dos mortos.
“Abraão deixou os servos no caminho e propôs ir só com seu filho para adorar a alguma distância deles. Não podia permitir que seus servos os acompanhassem, pois seu amor por Isaque poderia impedir que executasse o que Deus lhe ordenara fazer. Tomou a lenha das mãos de seus servos e colocou-a sobre os ombros do filho. Também tomou o fogo e o cutelo. Estava preparado para executar a terrível missão que Deus lhe dera. Pai e filho caminhavam juntos.
“"Então falou Isaque a Abraão seu pai e disse: Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui meu filho! E ele disse: Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim caminharam ambos juntos." Gên. 22:7 e 8. O severo, amante e sofredor pai caminhava firmemente ao lado de seu filho. Ao chegarem ao lugar que Deus havia determinado a Abraão, edificou ali um altar e colocou em ordem a lenha, pronta para o sacrifício, e então informou a Isaque a ordem de Deus de oferecê-lo em holocausto. Repetiu-lhe a promessa que Deus fizera várias vezes, que mediante Isaque ele se tornaria uma grande nação, e que mesmo executando a ordem de Deus de matá-lo, Deus cumpriria Sua promessa, pois era capaz de ressuscitá-lo da morte” (História da Redenção, 80 a 82).
Como deve ter sido o último abraço entre os dois. Quanto devem ter chorado. Mas nem Abraão vacilou, nem seu filho. E como deve ter sido o próximo abraço, após verem o cordeiro que prefigurava a JESUS CRISTO, que morreria no futuro em lugar de Isaque, e de todos. Como devem ter outra vez chorado, mas dessa vez, não de despedida, mas de retornarem juntos.

  1. Terça: Salvação em Isaías
Isaías 53 retrata um Salvador sofredor. Um homem pobre, do qual as multidões se aproveitavam para passar bem, para obter alimento e cura, para ouvir boas palavras, para vê-Lo derrotar os fariseus e escribas, mas poucos para segui-Lo, e fazer a Sua vontade. Muitos alimentavam alguma esperança de que Ele, pelos poderes que demonstrava, Se tornasse o seu rei e os libertasse do jugo romano. Era o que o povo queria; mais que isso não lhes interessava. Os líderes O desprezavam, e procuravam humilhá-Lo diante do povo, embora todas as vezes saíssem, eles mesmos, humilhados.
Quando chegou a hora da verdade, os momentos de se provar diante do Universo se esse homem era digno de ser rei, se Ele era capaz de ser fiel aos mandamentos de DEUS, isto é, de amar até o pior de todos os inimigos que viera salvar, se nas condições mais desumanas e cruéis, ainda assim se manteria firme em Sua missão, então é que se tornou realidade o cenário descrito por Isaías 53, que seria ótimo ler.
O que foi que todos viram? Um homem, mal vestido, sujo, cabelos desgrenhados, todo esfacelado pelas chibatadas, encharcado de sangue, quieto, caminhando por autoridade de soldados romanos, carregando a cruz onde seria sacrificado. É isso que todos puderam ver. Ninguém ali via um DEUS, nem um Salvador. A tal ponto viram um criminoso que, embora nessas condições os representasse, não fizeram dEle caso algum, mas O rejeitaram, trocando-O por um verdadeiro criminoso, Barrabás. Eles se identificaram com um semelhante, não com um superior.
O que eles não viram? Que ali estava um homem em lugar deles, e em nosso lugar. Aquilo que todos nós deveríamos passar, Ele estava passando. Eles não viram um Salvador, e se estivéssemos lá, o que teríamos visto? Sim, porque “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a Sua boca; como cordeiro mudo foi levado ao matadouro...” (Isa: 53:7). “Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades...” (Isa. 53:4), e o que era para ser o nosso sofrimento, foi o dEle. Morreu humilhado até pelos seus mais íntimos, pelos que beneficiara com curas e milagres sobre-humanos.
Mas ao terceiro dia, Ele ressuscitou vitorioso, para toda a eternidade, e como rei do Universo, prepara a Sua volta a esta Terra a fim de levar aqueles que creram nEle.


  1. Quarta: Os evangelhos e a cruz
A ênfase de toda a Bíblia é na redenção do ser humano. Tudo se centraliza em CRISTO, e Ele sendo morto na cruz. Essa, embora não fosse a última, foi a batalha decisiva para a vitória. A história da cruz é o centro da Bíblia, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento. Como escrito na Lição do dia de hoje, é também a ênfase nos quatro evangelhos, que dedicam importante espaço ao assunto. Pois bem, se JESUS não tivesse morrido na cruz, estaríamos todos perdidos, pois essa foi a única alternativa para salvar alguns dos seres humanos que nasceram nesse planeta. Houvesse outra alternativa menos traumática, pode ter certeza, DEUS a teria escolhido. Não houvesse a necessidade de JESUS ser morto em nosso lugar, essa opção não seria adotada. JESUS mesmo disse: “Pai, se possível, passe de Mim esse cálice...” Não foi possível. A cruz é o centro da salvação. Sem ela, a gloriosa segunda vinda dEle nunca se tornaria realidade. Aliás, sem essa morte, o Universo permaneceria na instabilidade conceitual baseada nas mentiras de satanás, certamente, para sempre. Sem a cruz, nunca mais a criação de DEUS seria um lugar de paz. A cruz não só salva seres humanos, mas liberta os seres perfeitos da doutrina de satanás.
A cruz provou ou permitiu várias coisas. Algumas delas são:
a.      Possibilitou o perdão aos seres humanos;
b.     Provou quem ama e quem odeia, entre JESUS e Lúcifer;
c.      Derrotou Lúcifer definitivamente;
d.     Abriu a possibilidade da escolha de sair da morte e optar pela vida;
e.      Demonstrou a grandiosidade do amor;
f.       Provou a perfeição da Lei de DEUS;
g.      Provou que a Lei de DEUS é possível de ser obedecida, e que é boa;
h.     Eliminou qualquer dúvida sobre o caráter de DEUS;
i.        Demonstrou quem mente e quem é verdadeiro;
j.       Eliminou qualquer dúvida sobre a natureza de DEUS;
k.     Ratificou a dignidade de DEUS;
l.        Tornou o Universo um lugar seguro de se habitar, para sempre; o mal não se levantará outra vez;
m.   Garante que os maus serão eliminados com absoluta justiça, e nada vai ficar para ser contestado;
n.     Marcou para sempre as mãos, os pés e o lado de JESUS;
o.      O amor venceu!
Embora fosse tão importante a cruz, e a entrega voluntária de JESUS, pois Ele poderia renunciar a qualquer momento, ou poderia chamar legiões de anjos em Seu favor, Ele foi servo até o fim. Humildemente, como um cordeiro, entregou-Se para ser sacrificado por nós. Esse é o principal assunto. Mas quando há interesses menores que suplantam esse importante tema, a compreensão dele fica prejudicada. Assim foi com dois dos discípulos, Tiago e João, que pediram para assentar-se cada um ao lado de JESUS, em Sua glória, que imaginavam ser aqui na Terra. Foi então que JESUS lhes explicou que, para ser grande no Céu, é preciso aprender a servir, pois lá, todos servem, ninguém domina. A partir de DEUS, e de JESUS, como exemplos, todos servem, por isso lá as coisas funcionam perfeitamente. A ideia de dominar vem de Lúcifer, e foi adotada em nosso planeta. Essa é a causa maior das guerras, inclusive do Grande Conflito. Mas JESUS venceu por meio do método celeste, servindo, inclusive na cruz, para salvar pessoas.



  1. Quinta: O brado na cruz
“Oh! já houve acaso sofrimento e dor iguais àqueles que foram suportados pelo moribundo Salvador? Foi o senso do desagrado do Pai que Lhe tornou o cálice tão amargo. Não foi o sofrimento físico que pôs tão rápido fim à vida de Cristo na cruz. Foi o peso esmagador dos pecados do mundo, e o senso da ira de Seu Pai. A glória do Pai, Sua mantenedora presença, haviam-nO abandonado, e o desespero pressionava sobre Ele seu peso esmagador de trevas, arrancando-Lhe dos pálidos e trêmulos lábios o angustioso grito: "Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?" Mat. 27:46.
“Jesus unira-Se ao Pai na criação do mundo. Por entre os angustiosos sofrimentos do Filho de Deus, unicamente os homens cegos e iludidos permaneciam insensíveis. Os príncipes dos sacerdotes e os anciãos ofendiam o querido Filho de Deus em Suas ânsias de morte. Todavia a natureza inanimada geme em simpatia com Seu ensanguentado e moribundo Autor. A Terra treme. O Sol recusa-se a contemplar a cena. O céu se enegrece. Os anjos assistiram à cena de sofrimento até que não mais puderam contemplá-la, e ocultaram o rosto da horrenda visão. Cristo está morrendo! Está como que sem esperança! É retirado o sorriso aprovador do Pai, e aos anjos não é permitido aclarar as sombras da hora terrível. Não podiam senão olhar em assombro a seu amado Comandante, a Majestade do Céu, a sofrer o castigo da transgressão do homem à lei do Pai” (Testemunhos Seletos, v1, 228).
“Até mesmo dúvidas assaltaram o agonizante Filho de Deus. Ele não podia enxergar para além dos portais do sepulcro. Não havia uma luminosa esperança a apresentar-Lhe Sua saída vitoriosa do túmulo, e a aceitação do sacrifício que fazia, por parte de Seu Pai. O pecado do mundo, com toda a sua terribilidade, foi sentido até ao máximo pelo Filho de Deus. A aversão do Pai pelo pecado, e a pena deste, que é a morte, era tudo quanto Ele podia divisar através desta espantosa treva. Foi tentado a temer que o pecado fosse tão ofensivo aos olhos de Seu Pai, que Ele não Se pudesse reconciliar com o Filho. A terrível tentação de que Seu Pai O houvesse abandonado para sempre, deu lugar àquele penetrante brado desprendido da cruz: "Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?" Mat. 27:46.
“Cristo sentiu muito semelhantemente ao que os pecadores hão de sentir quando os cálices da ira de Deus forem derramados sobre eles. Negro desespero, como um manto, adensar-se-á em torno de suas almas culpadas, e então hão de avaliar na plenitude de sua extensão, a malignidade do pecado. A salvação lhes foi comprada pelo sofrimento e morte do Filho de Deus. Ela lhes pertenceria, caso a aceitassem voluntária e alegremente; ninguém, todavia, é obrigado a prestar obediência à lei de Deus. Se eles recusam o benefício celeste e preferem os prazeres e engano do pecado, têm sua escolha e, ao fim, recebem o salário que lhes pertence, que é a ira de Deus e a morte eterna. Ficarão para sempre separados da presença de Jesus, cujo sacrifício desprezaram. Terão perdido uma existência de felicidade e sacrificado a glória eterna pelos prazeres do pecado por um pouco de tempo’ Testemunhos Seletos, v1, 228 e 229).
“Cristo mostrou que Seu amor era mais forte do que a morte. Ele estava realizando a salvação do homem; e se bem que sofresse o mais terrível conflito com os poderes das trevas, todavia, entre tudo isso, Seu amor se tornou mais e mais forte. Suportou o ser-Lhe oculto o semblante de Seu Pai, a ponto de Ele exclamar na amargura de Sua alma: "Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?" Mat. 27:46. Seu braço trouxe salvação. Foi pago o preço para comprar a redenção do homem, quando, no derradeiro conflito de alma, foram proferidas as benditas palavras que pareceram ressoar através da criação: "Está consumado."
“Muitos que professam ser cristãos inflamam-se com empreendimentos mundanos, e seu interesse é despertado por novos e excitantes divertimentos, ao passo que têm o coração frio, e parecem gelados na causa de Deus. Eis um tema, pobres formalistas, de suficiente importância para inflamar-vos. Interesses eternos acham-se aí envolvidos. Em se tratando desse assunto, é pecado ser calmo e desapaixonado. As cenas do Calvário requerem a mais profunda emoção” (Testemunhos Seletos, v1, 231).
“As trevas que cobriram a Terra em Sua crucifixão, escondiam a presença de poderosos agentes celestiais, e a terra sacudiu-se diante da marcha dos exércitos do Céu. As rochas se partiram; durante três horas a Terra foi mergulhada em impenetrável escuridão; a natureza, com seu manto escuro, ocultou os sofrimentos do Filho de Deus.
“O Pai, junto com Seus anjos, também Se escondeu na espessa escuridão. Deus estava bem perto de Seu Filho, embora não Se houvesse manifestado a Ele ou a qualquer ser humano. Houvesse um só raio de Sua glória e poder penetrado nessa grossa nuvem que envolvia a Cristo, todos os espectadores teriam sido extintos.
 “Como pôde o Céu manter silêncio? Podemos nós maravilhar-nos da sobrenatural escuridão que envolveu a cruz? Podemos admirar-nos de ver as rochas partindo-se, de ouvir o bramido do trovão, de ver os relâmpagos faiscantes, de perceber a Terra tremendo sob a marcha do exército celestial enquanto este contemplava seu amado Comandante sofrendo tamanha indignidade?
“Quando Cristo exclamou: "Está consumado" (João 19:30), os mundos não caídos ficaram em segurança. Para estes a batalha havia sido completada e a vitória obtida. Desde então Satanás não mais encontraria espaço nas afeições do Universo” (Testemunhos Seletos, v1, 203 e 204).
“De repente, a escuridão sobre a cruz se dissipou e com voz clara e poderosa que parecia ressoar por toda a criação, Jesus exclamou: "Está consumado!" João 19:30. "Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito!" Luc. 23:46.
“Uma luz inundou a cruz e o rosto do Salvador tornou-se tão brilhante como o Sol. Depois curvando a cabeça sobre o peito, expirou.
“A multidão ao redor da cruz ficou paralisada e com a respiração suspensa contemplava o Salvador. Outra vez, as trevas baixaram sobre a Terra e se ouviu um estrondo como um poderoso trovão acompanhado de um terremoto.
“As pessoas foram lançadas umas sobre as outras pelo terremoto. Seguiu-se a mais terrível confusão. Nas montanhas vizinhas, as rochas fenderam-se precipitando-se penhasco abaixo. Os túmulos se abriram lançando de si seus mortos. Parecia que toda a Criação estava se partindo aos pedaços. Sacerdotes, príncipes, soldados e o povo, mudos de terror, jaziam prostrados ao solo” (Vida de JESUS, 146 e 147).

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
“Muitos assistem a cultos e são refrigerados e confortados pela Palavra de Deus; mas, devido à negligência da meditação, vigilância e orações, perdem a bênção, sentindo-se mais vazios do que antes de a receberem. Sentem frequentemente que Deus os tem tratado duramente. Não veem que a falta está com eles mesmos. Separando-se de Jesus, afugentaram a luz da Sua presença.
“Far-nos-ia bem passar diariamente uma hora a refletir sobre a vida de Jesus. Deveremos tomá-la ponto por ponto, e deixar que a imaginação se apodere de cada cena, especialmente as finais. Ao meditar assim em Seu grande sacrifício por nós, nossa confiança nEle será mais constante, nosso amor vivificado, e seremos mais profundamente imbuídos de Seu espírito. Se queremos ser salvos afinal, teremos de aprender ao pé da cruz a lição de arrependimento e humilhação” (O Desejado de Todas as Nações, 83).
Temos feito isso em nossa casa. Geralmente ao dormir e ao acordar, escolho um tema sobre JESUS, e permito que os pensamentos se prolonguem nele. Às vezes fico nesse mesmo tema durante vários dias. É importante ler sobre ele em algum momento do dia, para melhor informado poder meditar com mais profundidade e sem ficar imaginando coisas irreais. Dessas meditações derivam sermões, esquemas de estudo, e entendimento sobre o que DEUS quer. Por elas DEUS nos tem transformado em uma pessoa menos ruim. Faça da meditação uma experiência pessoal de crescimento espiritual.
Aqui vão algumas sugestões de temas em relação à cruz: preparação da ceia; santa ceia; lava-pés; a atitude de Pedro; a atitude de João; a atitude de Judas; as expectativas dos discípulos em relação ao reino; o caminho de cenáculo até o Getsêmani; no Getsêmani; suor e sangue; a sonolência dos discípulos; a oração de JESUS; passe de Mim esse cálice; a prisão de JESUS; o beijo de Judas; o julgamento de JESUS perante Anás; perante Caifás; perante Pilatos; perante Herodes; o sonho da mulher de Pilatos, e assim por diante. Para meditar toma-se uma parte do grande tema, e se fica pensando a possível cena de como as coisas aconteciam. Para isso é importante ler sobre esse tema, assim se medita sem ficar imaginando absurdos. Faça isso, e você verá sua vida sendo inundada pelo poder de DEUS.

escrito entre  14 e 20/12/2011
revisado em 21/12/2011
corrigido por Jair Bezerra




A partir desse trimestre estamos também fazendo comentários da Lição da Escola Sabatina em vídeo, voltados para pessoas de todas as igrejas e religiões. Assista o comentário clicando aqui.
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Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.

http://www.youtube.com/watch?v=74C8KPKB6EM

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