Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Quarto
Trimestre de 2011
Tema geral do trimestre: O Evangelho
em Gálatas
Estudo nº 03 – Unidade do Evangelho
Semana de 24 de setembro a 1º de outubro
Comentário
auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de
Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí - RS)
Este
comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
Verso para
memorizar: “Completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo
amor, um só espírito e uma só atitude” (Filip. 2:2, NVI).
Introdução de sábado à tarde
“Irmão achar-se-á ligado a irmão, pelos
laços áureos do amor de Cristo. O Espírito
de Deus, unicamente, é que pode efetuar esta unidade. (...) A Ele unidos, achar-se-ão também unidos
entre si mesmos, na mais santa fé. Quando buscarmos esta unidade com o empenho que Deus deseja empreguemos, ela nos virá.” (3 Testemunhos Seletos,
246 e 247, grifos acrescentados). No final da missão da igreja vai haver
perfeita unidade. Será então que DEUS agirá em conjunto com os elementos
humanos: “Quando tivermos uma consagração completa, de todo o
coração, ao serviço de ‘CRISTO’, ‘DEUS’
reconhecerá esse fato mediante um derramamento, sem medida, de Seu Espírito;
mas isso não acontecerá enquanto a maior parte dos membros da igreja não forem
cooperadores de ‘DEUS’.” (Eventos Finais, 167, grifos acrescentados). Na
unidade entre os irmãos há um poder extraordinário, pois as orações sobem ao
céu unidas. Ou, do contrário, como dois irmãos podem ser aceitos por DEUS,
quando oram, mas um tem algo contra o outro? “Enquanto suas orações unidas ascendiam em fé ao
Céu, veio a resposta. Moveu-se o lugar onde estavam reunidos, e novamente foram
cheios do espírito Santo.” (Atos dos Apóstolos, 68).
‘E
cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos
reunidos no mesmo lugar; e de
repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam
assentados.’ Atos 2:1 e 2. “A resposta
poderá vir com inesperada rapidez e irresistível
poder, ou poderá ser adiada por
dias e semanas, e nossa fé passar por uma provação.” (Eventos Finais, 168,
grifos acrescentados). “Assim pode ser
agora. Ponham de parte os cristãos toda dissensão, e entreguem-se a ‘DEUS’ para a salvação dos perdidos. Com fé peçam a bênção prometida, e virá. A chuva [serôdia] será mais abundante, porém. Qual é
a promessa para os que vivem nos derradeiros dias?” (3 Testemunhos Seletos, 211,
grifos acrescentados).
Nesse assunto
da unidade, há quatro possibilidades. Vejamos uma a uma:
a)
Desunião no erro. Nesse caso todos estão errados e sem
união uns contra os outros. Sempre há várias possibilidades de erros, e isso
permite conflitos entre pessoas erradas. Essa situação é a pior de todas. De
fato, quanto a erros, podem haver muitos, infinitos.
b)
Desunião entre o grupo dos que estão corretos e dos que
estão errados. Essa é uma possibilidade não desejável, mas, por vezes,
necessária. Ocorre quando numa organização, como uma igreja, se forma no mínimo
dois grupos, um que defende a verdade, outro que defende posições que contenham
erros. Esse segundo grupo pode estar dividido entre si, pois o erro admite
infinitas possibilidades.
c)
Unidade no erro. Essa é uma possibilidade teórica, e na
prática, quando ocorre, é temporária. Acontece quando todos são unânimes, estão
de acordo, mas no erro. Não perdura, pois como sempre há muitas possibilidades
erradas, logo aparecerão os que defenderão outros tipos de erros, e cairão na
primeira situação (a).
d)
Unidade no correto. É essa que a igreja deve buscar. E
só nessa possibilidade há unidade perfeita, pois ela se forma em torno da
verdade, e, verdade, sempre só existe uma. É impossível aparecerem duas
verdades, ou mais. Portanto, a unidade da igreja no tempo do fim, será igual à
dos apóstolos após o Pentecostes: “Não mais eram eles ignorantes e sem cultura.
Não mais eram um grupo de unidades independentes ou de elementos discordantes e
em conflito. Não
mais depositavam as esperanças em grandezas mundanas. Eram unânimes, e de um
mesmo espírito e alma. Cristo lhes enchia os pensamentos. A propagação de Seu
reino era o objetivo deles. Em espírito e caráter tinham-se tornado semelhantes
a seu Mestre; e os homens "tinham conhecimento de que eles haviam estado
com Jesus". Atos 4:13” (Educação, 96).
Essa unidade se formará entre o povo
de DEUS quando ele estiver experimentando o reavivamento da antiga fé. “Em breve haverá um avivamento que surpreenderá
a muitos. (Eventos Finais, 175 e 176). Esse reavivamento já está
começando na Igreja Adventista, e não irá interromper. Então, prepare-se, bem
logo veremos desenrolar-se a seguinte cena: “Servos de ‘DEUS’, com o rosto iluminado e a resplandecer de santa
consagração, apressar-se-ão de um lugar para outro para proclamar a
mensagem do Céu. Por milhares de vozes em toda a extensão da Terra, será a
mensagem dada com advertência. Operar-se-ão
prodígios, os doentes serão curados, e sinais e maravilhas seguirão aos
crentes. Satanás também opera com prodígios de mentira, fazendo mesmo
descer fogo do céu, à vista dos homens. (Apoc. 13:13) Assim os habitantes da terra serão levados a decidir-se.”
(Eventos Finais, 175, grifos acrescentados). Essa cena está muito próxima de
acontecer. Não é mais tempo de ficar inativo; é tempo de ação, para não perder
a última oportunidade de participar dos eventos da proclamação do Alto Clamor.
- Primeiro dia: A importância da unidade
A unidade na
igreja que prega a verdade é essencial. Não existe verdade dividida, não pode
haver mais de uma interpretação de algum tema e ainda assim, cada interpretação
ser verdadeira. Onde há divisão em termos de doutrinas, na melhor das hipóteses
só uma interpretação será a verdadeira. Mas permanece a possibilidade de
nenhuma ser verdadeira. Além disso, perante o público, fica sempre aquela
sensação de algo dividido, portanto, não confiável. E em termos de igreja essa
situação é ainda mais delicada. Afinal, pode-se admitir DEUS conduzindo linhas
diferentes de interpretação de Sua Palavra? É inadmissível DEUS abençoar
fortemente uma igreja ou irmandade dividida. Jamais DEUS faria tal coisa,
estaria agindo contra a Sua natureza, dando mau testemunho dEle mesmo.
É importante
que sempre tenhamos zelo pela unidade. Para isso devemos promover reuniões e
debater os temas obscuros, onde haja diferentes pontos de vista. Mas para que
se alcance a unidade deve haver, da parte de todos, humildade, para o caso de
ter de mudar de opinião, possa fazê-lo, com naturalidade. Debater pontos de
vista diferentes não é errado. Pelo contrário, se feito com espírito de
unidade, com amor, então contribuirá para o aperfeiçoamento das pessoas
envolvidas e para o entendimento mais profundo do assunto. E se encontrará a
interpretação aceitável.
Paulo foi
acusado de pregar um evangelho diferente e contraditório com o que pregavam os
demais apóstolos. O alvo dos irmãos descontentes era principalmente Paulo, e já
vimos os motivos. O curioso é que nenhum dos demais apóstolos se pronunciou
dessa maneira em relação a Paulo. Os outros apóstolos sempre estiveram de
acordo com o que Paulo ensinava. Mas por via das dúvidas, Paulo foi a Jerusalém
para expor sua pregação, e sanar essa dúvida que brotava nas mentes de não
poucas pessoas. Ali ficou definitivamente ratificado que havia sim, unidade
entre o que Paulo ensinava e o que ensinavam os demais apóstolos.
Mas havia
ainda uma evidência maior dessa unidade. Essa evidência era o progresso da
igreja. DEUS não abençoa nem propicia condições para que Sua igreja progrida
estando em desarmonia em termos de doutrinas. Ele jamais faria tal coisa, pois
estaria avalizando uma mensagem confusa. O crescimento da igreja é forte
indicador de ter unidade doutrinária, e de DEUS estar de acordo com as
doutrinas. E isso havia naquele tempo.
Em nosso
tempo, não há falta de unidade doutrinária na igreja. O que há são pessoas,
como naqueles tempos, descontentes com aspectos na igreja, e por esse motivo, a
combatem severamente. Mas a lição que aprendemos hoje é que todos, se tiverem
alguma dúvida em relação à igreja, devem agir como Paulo, buscar uma reunião e
debater o assunto, com humildade da parte de todos. Tem-se percebido grande falta de humildade, tanto da parte daqueles que
defendem a verdade como dos que não concordam com ela. Isso só tem levado a
maior descontentamento interno e a maior divisão de opinião e de posições. Já
li bons artigos em defesa de nossas doutrinas, mas escritos com um tom de
arrogância que o seu objetivo, que deveria ser pela unidade, na verdade se
tornou um ataque a ela. Faltou tanto sabedoria quanto humildade. Pode
acontecer, e acontece frequentemente, de, ao defendermos a verdade, o que é
correto, fazê-lo sem prudência, mas com certo sarcasmo. Isso leva a fortalecer
os opositores internos bem como a denegrir quem defende pontos de vistas
perfeitamente respaldados na Bíblia.
O efeito da
perfeita unidade é a concessão de grande poder para a pregação do evangelho.
Foi assim no Pentecostes: “Pela obra de Cristo estes discípulos foram
levados a sentir sua necessidade do Espírito; pelo ensino do Espírito,
receberam seu preparo final, e saíram para a obra de sua vida. Não mais eram eles ignorantes e sem cultura.
Não mais eram um grupo de unidades
independentes ou de elementos discordantes e em conflito. Não mais depositavam as esperanças em
grandezas mundanas. Eram
unânimes, e de um mesmo espírito e alma. Cristo lhes enchia os pensamentos. A propagação de Seu reino era o
objetivo deles. Em espírito e caráter
tinham-se tornado semelhantes a seu Mestre; e os homens "tinham conhecimento de que eles haviam estado com
Jesus". Atos 4:13” (Educação, 96, grifos acrescentados).
- Segunda: Circuncisão e os falsos irmãos
A circuncisão
foi uma prática instituída por DEUS a Abraão e todos os seus descendentes
homens, bem como a todos os homens de alguma forma a ele vinculados (trabalhadores,
servos, etc.). Tornou-se um requisito legal na Lei dada a Moisés (vide em Lev.
12:2 e 3). Era feita ao 8º dia de vida, e sempre nesse dia, mesmo que fosse
sábado. Era realizada nesse dia porque a vitamina k até ao sétimo dia não é
suficiente, mas no oitavo sim. Portanto, facilita a cura e previne hemorragia.
No primeiro
século da Era Cristã o costume continuava entre os judeus. No entanto, até os
profetas do Antigo Testamento já tratavam a respeito da circuncisão, dizendo
que era mais importante a aflição do coração que o corte na carne, como podemos
ler em Deut. 10:16 e 30:6 e Jer. 4:4 e 9:25. Interessante é que os judeus,
circuncidados na carne, no entanto insensíveis às palavras proféticas enviadas
por DEUS, eram chamados de ‘incircuncisos’, como está em Jer. 6:10 e Atos 7:10.
Paulo trata bem desse assunto em Romanos
2:25 a 29: “Porque a circuncisão tem valor se praticares a lei; se és, porém,
transgressor da lei, a tua circuncisão já se tornou incircuncisão. Se, pois, a
incircuncisão observa os preceitos da lei, não será ela, porventura,
considerada como circuncisão? E, se aquele que é incircunciso por natureza
cumpre a lei, certamente, ele te julgará a ti, que, não obstante a letra e a circuncisão,
és transgressor da lei. Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é
circuncisão a que é somente na carne. Porém judeu é aquele que o é
interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a
letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus.” Paulo está dizendo
que importante é guardar a lei. Se guarda a lei, isto é, a aliança entre DEUS e
o homem, já está circuncidado. Mas se não guarda a Lei, mesmo tendo sido
circuncidado na carne, é considerado por DEUS como incircunciso.
A circuncisão
entre o povo de DEUS tornou-se apenas num ritual. Passaram a valorizar o rito.
Era importante estar circuncidado, e isso era visto como condição para ser salvo,
como está em Atos 15:1. Portanto, estavam tratando da salvação. E, de fato, o
importante é a salvação. Porém, para isto, temos que nos arrepender, e depois,
obedecer. A obediência é a circuncisão na mente, como que dizendo: dependo
inteiramente de DEUS e da Sua vontade.
Hoje em dia
ainda se pratica muito a circuncisão. Mas é uma medida de higiene, e em alguns
casos é realmente necessária. Mas, como ritual religioso, não é mais
necessária. Muito menos que se crie motivo para polêmica entre os irmãos.
- Terça: Unidade na adversidade
“Rogo-vos...
que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade
e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos
diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. Efés.
4:1-3.
“Paulo insta
com os efésios para que preservem a unidade e amor. ... Divisões na igreja
desonram a religião de Cristo ante o mundo, e dão ocasião aos inimigos da
verdade para justificar o seu procedimento. Testemunhos Seletos, vol. 2, pág.
80.
“A união dos
crentes com Cristo terá como resultado natural a união de uns com os outros,
união cujo vínculo é o mais duradouro sobre a Terra. Somos um em Cristo, como
Cristo é Um com o Pai. Os cristãos são ramos, apenas ramos, na Videira viva.
... Nossa vida tem de vir da videira-mãe. É somente mediante união pessoal com
Cristo, por comunhão com Ele diariamente, a toda hora, que podemos produzir os
frutos do Espírito Santo. ... Nosso crescimento na graça, nossa felicidade,
nossa utilidade, tudo depende de nossa união com Cristo e o grau de fé que nEle
exercemos. Conselhos Sobre Educação, págs. 77 e 78.
“Habitando a
palavra e o espírito da verdade em nosso coração, separar-nos-ão do mundo. Os
imutáveis princípios da verdade e do amor ligarão coração a coração, e a força
da união será proporcional à medida de graça e verdade fruídas. Testemunhos
Seletos, vol. 2, pág. 209.
“A vinha tem
muitos ramos, mas embora todos os ramos sejam diferentes, não conflitam entre
si. Na diversidade há unidade. Todos os ramos obtém o seu nutrimento de uma só
fonte. Isto é uma ilustração da união que deve existir entre os seguidores de
Cristo. Em suas diferentes linhas de trabalho, todos têm apenas uma cabeça. O
mesmo Espírito, em diferentes maneiras, atua por meio deles. Existe ação
harmônica, embora os dons difiram. ... Deus chama a cada um... para o seu
apontado trabalho segundo a habilidade que lhe foi dada. SDA Bible Commentary,
vol. 6, pág. 1.090.
“Temos que
manter um caráter, mas esse é o caráter de Cristo. Se tivermos o caráter de
Cristo, poderemos trabalhar juntos na obra de Deus. O Cristo que em nós está
encontrará ao Cristo que está em nossos irmãos, e o Espírito Santo consagrará
essa união de sentimentos e de procedimento que testifica perante o mundo que
somos filhos de Deus. Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 385” (Maravilhosa Graça, MM de
1974, p. 209).
A lição
apresenta umas perguntas, bem no rodapé. Existem formas de evangelismo que
incomodam? Quais são elas? Por que incomodam? Você precisa ter a mente mais aberta
para essas coisas?
Ellen G. White
pode responder (todos os grifos foram acrescentados):
“A mensagem há de ser levada não tanto por argumentos como pela convicção profunda do Espírito de ‘DEUS’. Os argumentos
foram apresentados. A semente foi semeada e agora brotará e frutificará.” (GC,
612; EF, 183). “E ao falarem esses
obreiros acerca da verdade e a porem em prática e orarem por seu progresso, ‘DEUS’
comoverá os corações.” (3 Testemunhos Seletos, 335).
“Os homens serão em breve forçados a tomar grandes decisões [aqui se refere à controvérsia
entre o sábado e a imposição do domingo], e nosso dever é cuidar de que lhes
seja proporcionada a oportunidades de compreenderem a verdade, a fim de que se decidam inteligentemente pelo direito.”
(3 Testemunhos Seletos, 345).
“Assim será proclamada a mensagem do terceiro
anjo. Ao chegar o tempo para que ela seja dada com o máximo poder, o Senhor operará por meio de humildes instrumentos,
dirigindo a mente dos que se consagraram ao Seu serviço. O obreiros serão antes qualificados
pela unção de Seu Espírito do que pelo preparo das instituições de ensino.
Homens de fé e oração serão
constrangidos a sair com zelo santo, declarando as palavras que ‘DEUS’ lhes dá”
(...) Os pecados de Babilônia ... tudo
será desmascarado.” (O Grande Conflito, 606).
“‘DEUS’ realizará uma obra em nosso tempo que
poucos esperam. Ele suscitará e exaltará
entre nós os que são mais adestrados pela unção de Seu Espírito, do
que pelo preparo exterior de instituições científicas. Estes meios não devem
ser desprezados ou condenados; eles são ordenados por ‘DEUS’, mas só podem
fornecer as habilitações exteriores. ‘DEUS’
mostrará que não depende de seres humanos instruídos e cheios de si.”
(Eventos Finais, 176).
“Assim como outrora chamou pescadores para
serem Seus discípulos, Ele suscitará dentre o povo comum a homens e mulheres
que realizem Sua obra. Em breve haverá
um avivamento que surpreenderá a muitos. Os que não percebem a
necessidade do que deve ser feito serão passados por alto, e os mensageiros
celestiais trabalharão com os que são chamados de pessoas comuns,
habilitando-as a levar a verdade para muitos lugares. (Eventos Finais, 175 e
176).
“Permiti-me dizer-vos que o ‘SENHOR’ trabalhará
nesta última obra de um modo muito fora
da comum ordem de coisas e de um modo que
será contrário a qualquer planejamento humano. Haverá entre nós, os que sempre desejarão
dominar a obra de ‘DEUS’, para ditar até que movimentos se farão quando
a obra avançar sob a direção do anjo que se une ao terceiro anjo na mensagem a
ser dada ao mundo. ‘DEUS’ usará maneiras e meios pelos quais se verá que Ele está tomando
as rédeas em Suas próprias mãos. Surprender-se-ão
os obreiros com os meios simples que Ele usará para
efetuar e aperfeiçoar sua obra de justiça.” (Eventos Finais, 175).
Muitas vezes, em nome das diferenças culturais,
importamos métodos estranhos a DEUS, métodos que Paulo nunca utilizaria. Há,
entre nós, iniciativas não apenas desconfortantes, mas verdadeiras portas de
saída, não de entrada para o reino de DEUS. Dá a entender que perdemos a
capacidade de criatividade, e, sem o poder do ESPÍRITO SANTO, tornaram-se
necessárias cópias grosseiras das igrejas carismáticas populares, para trazer alguns
aos caminhos do Senhor.
O que nos falta, pelo que se lê nas citações
acima, é apenas o poder do ESPÍRITO SANTO. Ele será concedido somente ao trigo,
não ao joio.
A ação liberal do joio, isso é desconfortante!
- Quarta: Confronto em Antioquia
Perceba só que
história. Pedro estava em Antioquia, que fica na Síria. Estava entre os
conversos que não eram judeus. Por aqueles dias relacionava-se normalmente com
eles. Até chegava a fazer refeições junto com eles, em suas casas. Visitava-os
como verdadeiros irmãos de uma mesma fé. Ou seja, havia harmonia.
Mas um dia
desses, vieram para aquela cidade alguns judeus cristãos. Esses não admitiam
relacionamento normal com gentios cristãos. Ainda eram vistos como não merecedores
da salvação por CRISTO. Sabem o que Pedro fez? Mudou seu comportamento. Não
andava mais com aqueles gentios cristãos, não ia mais fazer refeições com eles,
nem se relacionava com eles. Manteve distância. Isso depois da revelação de
DEUS sobre aquele lençol, no caso de Cornélio, que não se devia considerar
imundo uma pessoa de outra etnia.
E porque razão
Pedro se comportou assim? Porque ficou com medo daqueles judeus cristãos, do
que iriam dizer ou iriam fazer.
Sabe que
palavra serve bem para descrever Pedro nessa atitude? Covardia! E outro
apóstolo, Barnabé, pela má influência de Pedro, acabou fazendo o mesmo. Quando
Paulo passou por lá, soube de tudo isso, e tomou uma decisão discutível, mas, parece
ter sido correta. Ele repreendeu severamente a Pedro, em público, diante das
pessoas. Deve-se fazer isso? Creio que sim, se aquilo que a pessoa, como Pedro
fez, tenha causado algum prejuízo a muitas outras pessoas, como foi o caso. Um dos grandes problemas, que incentivam
mau comportamento é a impunidade, ou a aparência de impunidade. Em
especial, quando se trata de um líder na igreja. Sou absolutamente descrente quanto
a resolver certos problemas simplesmente transferindo para outro lugar. Isso
faz a igreja de babilônia, mas não se pode admitir tal coisa entre o povo de
DEUS.
Pedro já havia
cometido um ato covarde, quando negou a JESUS, no dia de seu julgamento. Ele
disse que nem conhecia a JESUS, embora sendo discípulo dEle. Agora Pedro caiu
outra vez em seu ponto fraco: ser um covarde. Foi a segunda queda de grandes
consequências. Outro homem teve que chamar a sua atenção. O lençol que DEUS lhe
havia mostrado para ensinar não fora suficiente.
- Quinta: A preocupação de Paulo
Que consequências
a atitude de Pedro trazia sobre a igreja, que irritou tanto a Paulo?
ð
Pedro agia de uma maneira junto aos gentios, e
de outra, quando visto pelos judeus cristãos, e isso é incoerência que gera
confusão, descrédito e partidarismo.
ð
A atitude de Pedro levava a uma conclusão fatal
para a igreja, de que havia duas classes de cristãos: a superior, que seria dos
judeus convertidos ao cristianismo; e a dos gentios cristãos, essa inferior.
Assim haveria continuidade do antigo sistema de preconceito em relação aos
outros povos não descendentes de Abraão, como era o caso, por exemplo, dos samaritanos.
ð
Essa atitude também reforçava o argumento dos
judeus cristãos contra Paulo, de que ele estava errado por não exigir o ritual
da circuncisão e outras coisas, dos gentios.
ð
E ainda anulava, ou ao menos colocava em segundo
plano, a decisão tomada no concílio de Jerusalém, de que esse ritual já não
teria mais valor.
Assim sendo, Pedro, uma pessoa influente na
igreja, pois era nada menos que um dos doze apóstolos, serviria bem aos planos
de satanás em dividir a igreja, em criar confusão, em perpetuar o preconceito
contra outras etnias e povos, e finalmente, para o enfraquecimento da igreja
recém iniciada. Não se tratava apenas do enfraquecimento do trabalho de
Paulo, mas do conjunto todo, alimentando uma cisão que já estava em andamento. Esse
foi o motivo da enérgica repreensão, em público, a Pedro. Todos deviam saber
que algo errado estava em andamento, que já muitos haviam aderido, e que um apóstolo
estava endossando esse erro. Assim se busca extirpar o mal pela raiz.
- Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Quem não
comete erros seja o primeiro a atirar pedras. Nesse planeta todos erramos, e
não há exceção. Aliás, erramos demais. Por
isso precisamos perdoar-nos uns aos outros, e não levarmos em conta esses
erros.
Mas há erros
que jamais deixarão de causar estragos. São os cometidos em púlpito, e
principalmente quando assistidos por pessoas que chegaram pela primeira vez,
que não pertencem à igreja. Desses erros há uma categoria que se repete, e por
pura bobeira. Há um costume em usá-los, inclusive aparecem em DVDs, gravados. É
o de ministros acusarem membros leigos de cometerem erros, principalmente
contra recém batizados, ou contra pessoas interessadas. Sempre são os membros
que erram, nunca os ministros. É recorrente ver-se tal acusação. Dias atrás
presenciei um desses. Um evangelista, em seu sermão, destacou dois erros
cometidos, um por uma irmã, e outro por um irmão. Segundo o ministro, resultaram
na perda de membros recém batizados. Então esse ministro cometeu o erro dele.
Fez uma gozação direta sobre uma pessoa que o assistia, que tornou o ambiente
bem pesado, constrangedor até. Será que essa pessoa vai voltar? Sim, ela volta,
pois está bastante firme na fé, há muito tempo está na igreja. Essa pessoa sou
eu. O ministro não me conhecia. Mas foi muito chato, posso dizer.
Principalmente depois de ter de ouvir, como de costume, que os leigos sempre
erram. Aliás, leigos em teologia, mas profissionais em muitas outras coisas,
inclusive em oratória, para ensinar alguma coisa a esse ‘não leigo’.
Se Paulo
repreendeu tão severamente a Pedro, estou repreendendo esse ministro,
principalmente porque sei que esse sermão já foi feito em outros lugares, com a
mesma brincadeira de mau gosto, que causa constrangimento.
Irmãos todos, deixemos
de procurar ser mais que os outros. Procuremos
ser humildes e simples. Erros todos nós cometemos, mas, se eles acontecerem, no
entanto a pessoa for reconhecida por todos como simples, humilde, sem pretensões
de superioridade, o estrago desses erros será menor, talvez nem gere efeitos
negativos.
Essas são
lições para se conhecer o passado, mas só conhecer o passado não é suficiente. Se elas não servirem para aplicação prática
no presente, nesse caso, estaremos nos preparando para viver mais corretamente
naquele passado. Ora, estaremos
nos preparando para viver num tempo que nunca mais se repetirá. Nós
vivemos no dia de hoje e devemos cuidar desse dia, para que o amanhã seja
melhor que hoje, e assim por diante. Para
que assim seja, devemos aprender com os erros e acertos dos que viveram no passado,
mas não devemos estudar essas lições como que para vivermos em lugar deles,
e sim, para vivermos a nossa vida, preferencialmente não repetindo outra vez
aqueles erros. Isso significa, aprender
com eles. Portanto, se no estudo das lições da Escola Sabatina não
houver alguma aplicação prática para a nossa vida, e para a condução de nossa
igreja, então não passará de mero academicismo sem fruto algum. Nesse caso o
estudo transformará a Escola Sabatina numa figueira estéril, que não dá frutos.
Não deve ser assim. Aliás, não será assim, exceto no caso do joio.
escrito entre 07 e 13/09/2011
revisado em 14/09/2011
corrigido por Jair
Bezerra
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo
Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do
Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO
como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda
de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a
imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam
estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na
integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como
um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada
por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e
texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que
há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos
se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este
mundo.