terça-feira, 31 de agosto de 2010

Lição Escola Sabatina para Surdos - Lição 10 - 3º Trimestre 2010

10 Lição - Redenção para judeus e gentios - 28 de agosto a 4 de setembro

Verso para Memorizar: “Logo, tem Ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem Lhe apraz” (Romanos 9:18).


10 Lição - Redenção para judeus e gentios - 28 de agosto a 4 de setembro from Escola Sabatina on Vimeo.

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 10 - 3º Trim. 2010

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Terceiro Trimestre de 2010
Tema geral do trimestre: A Redenção em Romanos
Estudo nº 10    Redenção para Judeus e Gentios
Semana de   28 de agosto a 4 de setembro
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar:Logo, tem Ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz” (Rom. 9:18).

Introdução de sábado à tarde
O que Paulo está querendo dizer com estas palavras? Será que está dizendo que, mesmo os que se entreguem a JESUS, porque DEUS não quer, estes não se salvam? E muitos, que nem querem ver JESUS, se salvarão? É o que o verso, em si, separado do contexto, permite entender.
Mas, precisamos aqui considerar duas coisas. Primeira, o contexto em que esse verso está escrito. Segunda coisa, o modo um tanto truncado como Paulo escreve. Nem sempre ele escreve com uma clareza óbvia. Muitas vezes ele se expressa de forma que devemos ter cuidado para não entender tudo errado. Aliás, os textos que dão maior controvérsia em vários assuntos entre a cristandade são de Paulo.
Esse verso de Romanos tem contexto forte. Ele começa com a palavra “logo”. Isto quer dizer, o verso é uma conclusão de algo escrito antes. E o que foi escrito antes? Acima, Paulo falava sobre a eleição de Israel (Rom. 9:6 a 13). Trata da gênese da formação do povo de DEUS. A Abraão e a Sara fora dada a promessa de um filho. Esse filho veio, embora bem tarde, mas veio de acordo com o prometido. Tardou para que soubessem que Isaque nasceu não de modo natural, pois Sara não podia mais ter filhos, mas pelo poder de DEUS. Depois Rebeca teve gêmeos, e Deus se agradou de um (Jacó) e não do outro (Esaú), isso eles estando ainda dentro do ventre da mãe. Dá para entender como DEUS escolheu um e não os dois, sendo que nenhum deles ainda havia pecado? Sim, dá. Precisamos ter em mente que DEUS tem conhecimentos que a nós estão fora do alcance. Ele conhece o futuro. Portanto, antes que o futuro se torne realidade presente, Ele pode fazer Suas escolhas, e nunca erra. Nós faríamos a mesma coisa, se tivéssemos tanta informação.
Como podemos saber melhor que DEUS acertou ao escolher Jacó para dar a ele e não a Esaú a continuidade da promessa feita a Abraão? Simples. Por nascimento, deveria ser Esaú, mas, o escolhido para dar continuidade à primogenitura foi Jacó. DEUS já sabia, de antemão, como esses fetos seriam quando adultos. E quando se tornaram adultos, os homens também podiam concordar com a escolha que DEUS fez.
Então Paulo continua: DEUS foi injusto? pergunta ele (Rom. 8:14). E continua explicando que DEUS tem misericórdia de quem quer ter. E esses que Ele quer ter misericórdia são pessoas como Jacó, não como Esaú, pessoas que querem ser salvas. E desses, DEUS atende a todos os seres humanos. Afinal, JESUS morreu por todos, mas só aproveitam a misericórdia de DEUS algumas pessoas. Na verdade, DEUS escolhe aqueles que O escolhem, sendo que é DEUS quem escolheu primeiro, pois conhece o futuro de cada um. É fato também que, antes de Adão e Eva terem pecado, DEUS já havia elaborado um plano de misericórdia a todas as pessoas.

  1. Primeiro dia: A preocupação de Paulo
Qual era o plano de DEUS com o povo de Israel? Eles deveriam ser uma nação santa, um reino de sacerdotes, para atrair o mundo a DEUS.
Vamos imaginar como talvez seria a história caso os israelitas não fossem, como também nós somos, tão rebeldes. É uma imaginação apenas, e faz bem. Certo é que, fossem eles obedientes, a história seria muito diferente da que realmente aconteceu.
Em primeiro lugar, eles não se tornariam num sistema político de reinado. Seriam dirigidos por DEUS, por meio de profetas. A nação seria um sistema bem livre. Não haveria um tão poderoso governo, com um rei, família real, com custosos palácios, muitos gastos e um grande exército para cuidar do rei e sua família. Essa até foi a advertência de Samuel.
Em lugar disso, por meio dos profetas e dos juízes, que sempre foram gente humilde e simples, muitas vezes até pobres, mas pessoas puras e honestas, DEUS revelaria a todo tempo o que a nação deveria fazer. Esse sistema seria aperfeiçoado ao longo dos séculos, ou seja, o povo aprenderia a ser livre por meio da Lei de DEUS. Na realidade, foi nesse sistema que Israel iniciou como nação, mas nem mesmo chegou a um segundo estágio de experiência para os seres humanos. Não conseguiu se desenvolver, não chegaram a obter uma experiência de comunhão como nação, com DEUS. Parecia mais uma bagunça, cada um fazendo o que queria, adorando como achava mais conveniente a deuses pagãos, buscando seus próprios interesses. Lamentavelmente o melhor sistema de governo possível na Terra nem chegou a mostrar seus frutos mais plenamente, senão em apenas alguns lampejos. Lembrem de quando DEUS lutava por eles, quando enfrentavam enormes, poderosos e cruéis exércitos, muito superiores a eles, mas venciam, mesmo sem pegar em armas? Foi o caso de Gideão e seus trezentos: eles venceram apenas tocando buzinas. Antes disso, derrotaram Jericó apenas dando voltas em torno da cidade, e tocando as trombetas e dando um grande grito. O que você acha: gostaria ou não de pertencer a uma nação com tais poderes? Sendo dirigida por Um que conhece o futuro, e tem poder infinito, e que só lhe deseja fazer o bem?! Pois eles rejeitaram esse sistema!!! Não pensemos mal deles; não somos melhores.
Mas, imaginemos que eles tivessem sido como nós imaginamos que seríamos, se estivéssemos lá. Não é assim que sempre pensamos? Há, se eu fosse israelita, obedeceria em tudo à voz de DEUS. Será? Mas imaginemos que a história tivesse sido assim, diferente do que foi. Em pouco tempo, digamos, uns 200 ou 300 aos, eles seriam a nação, de longe, a mais poderosa do mundo. E não para sujeitar as demais nações, não para fazer guerra, pois já não teriam mais exército, e nem ele seria necessário. Eles seriam tão prósperos, tão abençoados, tão inteligentes, tão ricos, tão saudáveis, tão desenvolvidos em ciência, que atrairiam a atenção do restante do planeta, como a Rainha de Sabá foi atraída pela sabedoria e riqueza de Salomão. Agora imagine que todos de Israel fossem sábios como foi um deles, o Rei Salomão. E se fossem obedientes, é óbvio que seriam muito sábios, em tudo superiores aos povos idólatras.
Então, imagine no tempo de JESUS. Essa nação seria enorme, muito grande, e muitas outras teriam sido conquistadas, não militarmente, mas cultural e espiritualmente. Eles estariam aguardando o Salvador, não para os libertar do Império Romano, pois nem haveria tal império, mas para o auge de sua glória como nação, para darem o maior ímpeto de todos os tempos, quanto a seu poder evangelístico.
E como JESUS seria morto, para se tornar o salvador? Não sei, mas essa história também seria bem diferente, isso é certo. De JESUS em diante, até os nossos dias, certamente tudo seria bem diferente. Não vamos nos iludir, pois satanás não se sentaria numa pedra, nalgum lugar deserto, para ficar observando. Ele atuaria com sua máxima astúcia. Ele levantaria outro império para contrapor ao poder de Israel. E haveria confrontos, mas eles seriam bem diferentes daquelas guerras que Israel teve que enfrentar quando desobedecia. A Idade Média também seria diferente. Talvez a nação Israelita já tivesse, digamos, filiais em vários lugares do planeta, outras nações seguindo seu exemplo. Haveria uma coalizão de nações santas. E a história terminaria com dois blocos de nações, um bloco de nações santas, outro de nações do império de satanás, em guerra espiritual aberta. A questão da adoração seria bem mais explícita do que está sendo hoje.
Pois bem, a história não foi assim, lamentavelmente. Hoje, em vez de uma nação, existe uma igreja de CRISTO. Mas, tal como deveria ter sido com a nação, a igreja tem a função de atrair o mundo, em lugar de ser influenciada pelo mundo. Nós, adventistas do sétimo dia, temos que influenciar, não sermos influenciados. Devemos exemplificar, não copiar. Devemos ser mais saudáveis que os outros, mais inteligentes, mais honestos, mais felizes, mais confiáveis, mais responsáveis. Devemos atrair o mundo pela nossa peculiar, própria e específica maneira de viver. Temos que ser diferentes do mundo. Não devemos ser cópia de muita coisa do mundo, nem dos costumes, nem da maneira de viver, de trabalhar e de negociar, nem na música, nem no lazer, etc. Nós temos a obrigação de sermos superiores, uma raça santa, de sacerdotes, para atrair o mundo para algo que não é daqui, mas que tem a ver com a Nova Terra. A nossa criatividade dever ser independente das coisas bobas e absurdas que o mundo inventa. Nós devemos ser cidadãos que encantam o mundo pela sua capacidade e originalidade. Isso que Israel não foi, por rebeldia, nós, adventistas, devemos ser. “A força de Moisés era sua ligação com a Fonte do poder, o Senhor Deus dos exércitos. Ergueu-se ele acima de todo atrativo terrestre e se entregou inteiramente a Deus. Considerou que pertencia ao Senhor. Embora estivesse ligado aos interesses oficiais do rei do Egito, estudava constantemente as leis do governo de Deus, e assim crescia a sua fé. Essa fé lhe foi valiosa. Estava profundamente enraizada no solo de seu primeiro aprendizado, e a cultura de sua vida foi prepará-lo para a grande obra de livrar a Israel da servidão” (CRISTO Triunfante, MM, 2002, 97).

  1. Segunda: Eleitos
Voltemos ao debate de sábado à tarde, para mais algumas considerações e um pouco de aprofundamento. É sobre a eleição de DEUS, ou, como Ele escolhe as pessoas. No caso de Jacó e Esaú, pela tradição, seria Esaú o que daria a continuidade da promessa de DEUS a Abraão, por ser o mais velho, o primogênito. Ao menos nasceu primeiro, pois na verdade era gêmeo (portanto, por fecundação tinha exatamente a mesma idade).
Mas DEUS escolheu Jacó. Por que será?
Veja bem isto, DEUS não rejeitou Esaú quanto à salvação, e sim, como a lição explica bem, Ele não o escolheu para dar continuidade à formação de Sua nação.
O que você diria de DEUS, se Ele tivesse feito o contrário? Se Ele tivesse escolhido Esaú, não parece evidente que DEUS, então sim, teria cometido um grande erro? Que rumo tomaria essa nação, se com Jacó, já houve problemas e confusão? Os sábios e inteligentes teriam dito: dessa vez DEUS cometeu um erro. E isso seria verdade. Mas DEUS acertou em Sua escolha, pois Ele conhece o futuro das pessoas, e sonda os corações.
O significado de “DEUS Se compadece de quem Ele quer” é o seguinte: embora a salvação esteja ao alcance de todos, DEUS salvará aqueles que desejam. Ele jamais levará algum ser humano para ser salvo contra a vontade desse ser humano. Portanto, nesse ponto, a decisão de DEUS é semelhante à vontade do ser humano. Ou seja, como somos livres para escolher, a nossa escolha, se for para a vida eterna, será essa também a escolha de DEUS, mas, se nossa escolha for para a morte, também será assim que DEUS decidirá. Nesse ponto Ele respeita a nossa decisão. Bem que Ele gostaria que todos se salvassem, mas como nos criou seres livres, nossa decisão é respeitada por Ele, e assim será.
Portanto, se a sua vontade é de ser salvo, fique tranquilo, essa será também a vontade de DEUS, e você se salvará. Mas não viva só da vontade, coloque-a em prática!

  1. Terça: Mistérios
Como entender a mente de DEUS? Temos que ter alguns pressupostos importantes. Em primeiro lugar, DEUS é infinito em Seus atributos, e nós finitos. Isso nos coloca numa situação em que sempre haverá fronteiras e limites para o nosso entendimento em relação a DEUS. Jamais O entenderemos por completo, nem mesmo os Seus anjos podem explicar tudo em relação a DEUS. Por exemplo, Lúcifer jamais esperava que, após levar Adão e Eva a pecarem, que o Filho de DEUS viesse para lutar por eles por meio de Sua morte. É de assustar a Lúcifer o que DEUS é capaz de fazer por Seus filhos, e que ele não sabia. Assim nós sempre estaremos aprendendo sobre DEUS e nunca completando a compreensão plena do Infinito.
Então, o que DEUS estava fazendo com Faraó? Ele endureceu o coração do rei do Egito, não foi isso? E assim caíram dez pragas, e a última matou até o filho de Faraó. Aqui já aprendemos muitas coisas, e podemos considerá-las. É evidente que DEUS não endureceria o coração de Faraó para que ele não se salvasse, pois, como ficaria JESUS CRISTO, Seu Filho, que viria morrer por todos, mas com algumas exceções? Não, Ele morreu também por Faraó. O que DEUS fez foi outra coisa.
DEUS conhecia o futuro de Faraó. Esse homem jamais se arrependeria. E nesse ponto DEUS certamente não tocou. O que DEUS fez foi agilizar o processo de saída dos israelitas. Moisés e Arão foram pedir para que o povo saísse, e Faraó não deixou. Se DEUS não endurecesse o coração de Faraó, este do mesmo modo não deixaria o povo sair. Porém, certamente o processo levaria bem mais tempo, pois Faraó seria mais cauteloso, negociaria mais, ouviria mais os seus conselheiros, pediria mais tempo, e assim por diante. E um dia desses, deixaria o povo ir, levando as pragas mais tempo para serem derramadas. O sofrimento seria bem maior para todos.
No tempo do fim, o coração dos ímpios será como o de Faraó. E eles terão muita pressa em eliminar o povo de DEUS, pois estarão vendo que esse povo tem algum poder misterioso (que é o ESPÍRITO SANTO), que os leva a pregar e ensinar com um poder como jamais fizeram. Os ímpios culpam o povo de DEUS pelas tragédias.
Faraó, inclusive contra o conselho de seus sábios, por ter seu coração endurecido, e isso foi DEUS quem fez, decidia rápido, e assim logo caía outra praga. Antes da última praga, ele inclusive expulsou Moisés e Arão da presença dele. E depois ele perseguiu esse povo quando estava encurralado entre as montanhas e o Mar Vermelho. DEUS, conhecendo o futuro de Faraó e de seus pensamentos e propósitos, apenas agiu no sentido de que este fosse mais ágil nessas determinações em não deixar o povo de DEUS, mas jamais DEUS endureceria o coração desse homem, ou de quem quer que seja, para que não se salve. Todo aquele que O conhece, jamais poderia chegar à conclusão de que DEUS faz com que pessoas não se salvem.
Outro exemplo dos nossos dias. Sabemos pelo Apocalipse (Apoc. 18:8) que as pragas devem durar um ano. Isso não é tanto tempo assim. Por que tão rápido, se os ímpios tiveram seis mil anos enfrentando os justos? É que nesse tempo ninguém mais se salva nem se perde, então, para que prolongar muito mais o sofrimento, seja de justos, seja de injustos? Há certas cosias aqui na Terra que precisam ser abreviadas.
E o que quer dizer a história do vaso para a honra e o outro para a desonra? O oleiro tem o direito de fabricar, com barro, vasos como ele quer. É ou não é? Ele pode fabricar vasos bonitos e sofisticados, outros simples e outros até feios. E tem gente que compra todos eles. Os mais bonitos ele vai pedir um preço mais alto, e para os mais simples, ou feios, pedirá preço menor. Mas, enfim, todos são vasos. E esses vasos não têm condições de reclamar do oleiro porque foram feitos de uma ou de outra maneira. O que isso quer dizer?
Consultando o nosso comentário bíblico, descobrimos que DEUS não age exatamente assim em relação a nós, seres humanos. Ele não destina uns para honra e outros para a humildade. Isso acontece porque nós mesmos é que decidimos certas coisas em nossa vida, e DEUS aceita essas decisões, porque temos livre arbítrio. O conjunto de decisões nossas e decisões de DEUS é que determinará uns para honra, outros para desonra. Ou, em outras palavras, muito depende de nós a nossa posição dentro da igreja. Alguns cometem erros graves, e criam problemas; outros não agem assim, mas, se uns e outros se arrependem, tanto os mais honrados quanto os mais problemáticos, podem se salvar.
Por exemplo, no Céu haverá pessoas que em suas coroas terão muitas estrelinhas, outros com poucas, mas todas estarão lá.

  1. Quarta: Ammi: “Meu Povo”
O povo de Israel era o povo de DEUS. Foi Ele quem formou esse povo para Si, assim como havia criado Adão e Eva também para Si. Isso significa que DEUS queria um povo para amar, e para lhe fazer o bem. Ele não queria um brinquedo para se distrair. Queria também um povo para influenciar os outros povos em Sua direção.
Mas o povo de Israel era ‘cabeça dura’, como nós também nestes últimos dias. O povo amado de DEUS se prostituiu com outros deuses, abandonando o amor do DEUS que o formou. Então DEUS deu uma ordem a Oséias, que se casasse com uma prostituta e tivesse filhos com ela. Não era fácil ser profeta, não é? Assim como não é fácil ser DEUS, com gente como nós, pecadores. Haja paciência!
A filha de Oséias recebeu o nome de Loammi, que significa “não Meu povo”, ou seja, é filha de um profeta santo de DEUS, mas a mãe é prostituta. No entanto, DEUS estava prometendo trabalhar intensamente para mudar essa situação, e atrair a mãe para que se tornasse uma esposa, e a filha então seria não mais Loammi, e sim Ammi, ou seja, “Meu povo” (Os. 2:16, 19 e 20). Vemos a fidelidade de DEUS e a nossa infidelidade. DEUS só desiste de nós em duas situações: na morte ou quando pecamos contra o ESPIRITO SANTO, ou seja, quando fechamos, nós mesmos, a porta da graça para nós.
DEUS aqui está Se referindo ao remanescente, pois no meio da trajetória, infelizmente, muitos perecerão para sempre. Quem foi o remanescente, em todos os tempos? Sempre foi o verdadeiro povo de DEUS. O não remanescente sempre saiu do povo de DEUS. Não é correto dizer que o remanescente saiu do povo de DEUS, ele sempre foi esse povo. Assim como no final, o joio é que sairá do meio do povo de DEUS, e não o trigo. A igreja de DEUS é o remanescente, e aqueles que não aceitam a transformação, esses é que sairão do meio do povo escolhido, ou melhor, eles, que foram escolhidos, não aceitam essa condição, e saem para combater o remanescente. De modo que devemos dizer: não haverá outra igreja por meio da saída do remanescente da igreja de Laodicéia. Essa é a condição pelo peso do joio que ainda permanece junto com o povo de DEUS. Mas quando esse joio for sacudido, Laodicéia se torna pura, e conclui sua responsabilidade dada por JESUS. “O Espírito de Deus tem iluminado cada página dos Escritos Sagrados, mas há aqueles sobre os quais pouca impressão eles fazem, por serem imperfeitamente compreendidos. Ao vir a sacudidura, pela introdução de falsas teorias, esse leitores superficiais não ancorados em parte alguma, são como a areia movediça. Escorregam para qualquer posição para agradar a tendência de seus sentimentos de amargura” (Testemunhos para Ministros, 112). “A grande questão que está tão próxima [o cumprimento da lei dominical] eliminará aqueles a quem Deus não designou, e Ele terá um ministério puro, leal, santificado e preparado para a chuva serôdia” (Mensagens Escolhidas, vol. 3, 385).

  1. Quinta: Tropeçando
O que aconteceu com os judeus, e o que aconteceu com os gentios, que acabou dando resultados espirituais diferentes? Vamos em poucas palavras traçar um comparativo, e tomar para nosso exemplo.
Os judeus foram formados em Abraão e Sara, por DEUS, e conduzidos ao longo dos anos e séculos. Eles receberam diretamente de DEUS as instruções de como viverem sabiamente, como os Dez Mandamentos, e outras leis. Dentre eles foram escolhidos profetas e líderes religiosos. Eles foram formados num povo que, se seguissem essas instruções, viveria do modo como DEUS desejava. Portanto, eles estariam todos os dias entregues a DEUS, que seria, por meio do ESPÍRITO SANTO, o seu guia diário.
Mas, esse povo se tornou independente de DEUS. Eles desenvolveram orgulho próprio por sua situação peculiar e superior que haviam recebido de DEUS. Viram-se como superiores em relação aos demais povos, mas por suas próprias obras. De fato, filhos de DEUS tem que ser superiores, mas nunca por isso devem se tornar arrogantes e egocêntricos. No extremo, eles se tornaram legalistas para criarem um sistema de obediência sofisticado e complexo. E focando em si mesmos, passaram a acreditar que a salvação dependia de como eles obedecessem as leis que haviam recebido de DEUS. Já não percebiam mais a necessidade do perdão vir antes da obediência. Já não percebiam mais necessidade de Um Salvador, e sim, quanto ao Messias, almejavam alguém que se inserisse em suas expectativas, de formarem uma poderosa nação nesse mundo, governados por DEUS, da maneira como eles queriam que fosse.
Essa maneira de ver as coisas espirituais foi sendo formada ao longo de séculos. Portanto, isso tornou-se em uma cultura nacional. Era assim que toda nação entendia as escrituras, liam uma coisa, mas entendiam bem outra. E quando JESUS veio, Ele não era um rico príncipe, grandioso líder político e poderoso líder militar. Não, veio uma criança em extremo pobre e humilde, e que se tornou um profissional dos humildes, fabricante de artefatos rústicos de madeira. E quando adulto, lá pelas tantas, abandona essa profissão e diz a todos: “Eu Sou o Messias”. Só os mais humildes acreditaram nisso. Os mais ricos e estudados, embora os Seus incríveis milagres, O rejeitaram. Ao longo dos séculos os líderes espirituais e políticos da nação formaram bem outra expectativa sobre o Messias, de modo que, quando Ele veio, viram a Ele, falaram com Ele, tocaram nEle, viram os milagres dEle, mas não creram nEle. E sendo assim, tropeçando nEle, o mataram.
E os gentios? Bem, esses adoravam seus ídolos, como todos gentios faziam. Ao lhes ser apresentada a mensagem de CRISTO, e muitos deles entendendo ser uma mensagem coerente, digna de ser estudada, e aceita, simplesmente a aceitaram. O que atrapalhava a aceitação da mensagem pelos gentios era a sua anterior idolatria, assim como o que atrapalhava aos judeus aceitarem JESUS CRISTO era o seu legalismo e egocentrismo espiritual. Eles se achavam certos, e disso resultou que julgaram o próprio Salvador. Já os gentios, percebendo seu erro, se entregaram ao Salvador. Uns tropeçaram em JESUS, mas não O aceitaram, e sim, O afastaram de si. Outros, nem vendo JESUS, só ouvindo sobre Ele, O colocaram dentro de seu coração.
Que hoje, nós os que somos Adventistas do Sétimo Dia, não façamos o mesmo. Aliás, não sejamos hipócritas, isso é uma realidade. Muitos de nós nos achamos salvos porque temos a Bíblia e o Espírito de Profecia. Essa é uma situação semelhante a dos judeus. Muitos de nós assim nos tornamos joio, pois tendo a luz, vivemos como se não a tivéssemos, e ainda por cima, nos achamos superiores aos outros irmãos e em relação aos de fora da igreja. É o tal orgulho por ter a verdade. Ter a verdade pode ser pior que não ter, se ela não for colocada em prática. Nesse caso, o castigo será muito mais intenso em relação aos que não têm a verdade mas ao descobri-la, aceitam. Mas como já temos a verdade, então, sejamos também testemunhas verdadeiras pondo-a em prática.

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
A redenção é para todas as pessoas. DEUS enviou Seu filho para morrer por todos os seres humanos. Não há, para DEUS alguns que são eleitos para a salvação, e outros para a perdição. As duas citações de EGW transcritas para a lição, na parte de sexta-feira, deixam isso claro.
Uma coisa é a salvação. Essa, por meio de JESUS, é para todas as pessoas. Outra coisa é trabalhar na obra. Também nisso há um lugar para todos, mas aqui é DEUS quem escolhe o que cada um deverá fazer. É o ESPÍRITO SANTO quem distribui os dons a cada um. A uns Ele dá um só dom, a outros mais, conforme os Seus critérios. E cada um tem sua participação na obra de conclusão da pregação do evangelho. Nesse aspecto a eleição é diferente que para a salvação. E tem que ser diferente. Já imaginou se todos fossem médicos? Ou se todos fossem obreiros? Ou se todos fossem pastores? Não pode ser assim. Alguns só que devem ser profetas, alguns devem ser músicos, alguns devem ser professores. E é DEUS quem faz essas escolhas.
Finalizando como iniciamos: por vezes DEUS endurece o coração das pessoas. Só Ele tem esse direito, pelo fato de só Ele conhecer o futuro da pessoa. Por exemplo, a Judas JESUS disse que rapidamente fosse fazer o que tinha em seus planos. Podia JESUS ter dito a Judas que não o fizesse, pois era traindo que esse homem se perderia de vez. Mas como JESUS já sabia que Judas não voltaria atrás, que ele já se havia entregue a satanás, e que não haveria mais retorno, parece que para não retardar a hora da crucificação, que tinha momento determinado profeticamente, JESUS disse que agora era a hora dele executar seus planos. Mas ele também disse: ai daquele por quem seria traído. Judas estava determinado a trair JESUS, ele se entregara a satanás. É curioso que mesmo do lado errado podemos cumprir os propósitos de DEUS, mas ai daqueles que assim se posicionarem. Não é que DEUS necessite de pessoas agindo do lado errado para cumprir Seus planos, mas, quando Ele diz que esses planos se cumprirão com pessoas fazendo coisas erradas, é porque já sabia que seria assim. E, seja lá o que venhamos fazer, é impossível impedir que DEUS faça o que deseja. Portanto, aqui vai algo para reflexão final: mesmo que alguém esteja radicalmente contra DEUS, poderá estar ajudando a DEUS, porque Ele é demais inteligente para perder diante dos propósitos e interesses dos minúsculos seres humanos.

escrito entre: 16/07 a 22/07/2010 
revisado em  23/07/2010
corrigido por Jair Bezerra


Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.

sábado, 28 de agosto de 2010

Estudos Bíblicos com Mark Finley

Esta é uma série de estudos Bíblicos elaborados pelo Pastor Mark Finley, para a Revista Adventist World, e que trata dos mais variados temas das Escrituras Sagradas. Os estudos podem ser impressos e auxiliá-los na ministração de estudos em pequenos grupos, ou para seu próprio crescimento na fé. Estaremos atualizando mensalmente este post com novos estudos.

Para acessar os estudos basta clicar nos links abaixo:

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A Aliança do Éden I - O amor eterno de Deus na Criação - Sermão 1

Pr. Dr. Reinaldo Siqueira – Professor da Faculdade Adventista de Teologia do UNASP-EC
Este é o sermão de uma semana de oração que o Pr. Reinaldo Siqueira fez na Igreja Brasileira de Richmond.
O Tema da semana de Oração é:"A Aliança de Deus com Você"
Que Deus abençoe a este pastor e a cada pessoa que ouvir esta linda mensagem.

Parte 1


Parte 2


Parte 3


Parte 4


Parte 5


Parte 6


Parte 7


Parte 8

A Aliança do Éden II - O amor eterno de Deus na Redenção - Sermão 2

Pr. Dr. Reinaldo Siqueira – Professor da Faculdade Adventista de Teologia do UNASP-EC
Este é o sermão de uma semana de oração que o Pr. Reinaldo Siqueira fez na Igreja Brasileira de Richmond.
O Tema da semana de Oração é:"A Aliança de Deus com Você"
Que Deus abençoe a este pastor e a cada pessoa que ouvir esta linda mensagem.

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4

Parte 5

Parte 6

A Aliança de Deus com Noé - O amor eterno de Deus no Juízo - Sermão 3


Pr. Dr. Reinaldo Siqueira – Professor da Faculdade Adventista de Teologia do UNASP-EC
Este é o sermão de uma semana de oração que o Pr. Reinaldo Siqueira fez na Igreja Brasileira de Richmond.
O Tema da semana de Oração é:"A Aliança de Deus com Você"
Que Deus abençoe a este pastor e a cada pessoa que ouvir esta linda mensagem.

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4

Parte 5

Parte 6

A Aliança de Deus com Abraão I - O amor eterno de Deus no Chamado - Sermão 4

Pr. Dr. Reinaldo Siqueira – Professor da Faculdade Adventista de Teologia do UNASP-EC
Este é o sermão de uma semana de oração que o Pr. Reinaldo Siqueira fez na Igreja Brasileira de Richmond.
O Tema da semana de Oração é:"A Aliança de Deus com Você"
Que Deus abençoe a este pastor e a cada pessoa que ouvir esta linda mensagem.

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4

Parte 5

Parte 6

Parte 7

Parte 8

A Aliança de Deus com Abraão II - O amor eterno de Deus no Sacrifício - Sermão 5

Pr. Dr. Reinaldo Siqueira – Professor da Faculdade Adventista de Teologia do UNASP-EC
Este é o sermão de uma semana de oração que o Pr. Reinaldo Siqueira fez na Igreja Brasileira de Richmond.
O Tema da semana de Oração é:"A Aliança de Deus com Você"
Que Deus abençoe a este pastor e a cada pessoa que ouvir esta linda mensagem.

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4

Parte 5

Parte 6

A Aliança de Deus no Sinai I - O amor eterno de Deus na Congregação - Sermão 6

Pr. Dr. Reinaldo Siqueira – Professor da Faculdade Adventista de Teologia do UNASP-EC
Este é o sermão de uma semana de oração que o Pr. Reinaldo Siqueira fez na Igreja Brasileira de Richmond.
O Tema da semana de Oração é:"A Aliança de Deus com Você"
Que Deus abençoe a este pastor e a cada pessoa que ouvir esta linda mensagem.

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4

Parte 5

Parte 6

Parte 7

Parte 8

A Aliança de Deus no Sinai II - O amor eterno de Deus no Serviço - Sermão 7

Pr. Dr. Reinaldo Siqueira – Professor da Faculdade Adventista de Teologia do UNASP-EC
Este é o sermão de uma semana de oração que o Pr. Reinaldo Siqueira fez na Igreja Brasileira de Richmond.
O Tema da semana de Oração é:"A Aliança de Deus com Você"
Que Deus abençoe a este pastor e a cada pessoa que ouvir esta linda mensagem.

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4

Parte 5

Parte 6


A Aliança de Deus com Davi - O amor eterno de Deus no Filho - Sermão 8

Pr. Dr. Reinaldo Siqueira – Professor da Faculdade Adventista de Teologia do UNASP-EC
Este é o sermão de uma semana de oração que o Pr. Reinaldo Siqueira fez na Igreja Brasileira de Richmond.
O Tema da semana de Oração é:"A Aliança de Deus com Você"
Que Deus abençoe a este pastor e a cada pessoa que ouvir esta linda mensagem.

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4

Parte 5

Parte 6

Parte 7

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