Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Terceiro Trimestre de 2010
Tema geral do trimestre: A Redenção em Romanos
Estudo nº 07 – Vitória Sobre o Pecado
Semana de 07 a 14 de agosto
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
Verso para memorizar: “O pecado não os dominará, porque vocês não estão debaixo da Lei, mas debaixo da graça” (Rom. 6:14, NVI).
Introdução de sábado à tarde
Se não estamos mais debaixo da Lei, mas da graça, se o pecado não mais nos domina, então, estamos livres da Lei? Se somos considerados santos, então estamos salvos? Se essas são as condições, isso quer dizer que não pecamos mais? Ou então, se pecarmos, estamos salvos mesmo assim?
Estudaremos sobre esses pontos nessa semana. Vale, como consideração inicial, ponderar sobre o seguinte: Por que havia Lei antes do pecado, quando Adão e Eva ainda viviam na perfeição? Por que a Lei ainda está lá no Céu, perante o trono de DEUS (Apoc. 14:19), mesmo após a crucificação de JESUS? Por que se teria extinguido a Lei com a chegada da graça? Ou, se a Lei ainda existe, por que ela se tornaria inferior a graça, não necessitando mais ser considerada como importante para a salvação? A graça pode substituir a Lei?
Outra pergunta: não seria o caso da graça e da Lei coexistirem enquanto houver pecadores para se arrependerem? Será que a graça não é uma forma de nos conciliar com a Lei? Ou, a graça não é uma forma de validar e confirmar a Lei?
O perdão de DEUS anula a Lei? A santificação é independente da Lei? A graça elimina a necessidade de obras, ou seja, de obediência à Lei?
Os seres perfeitos vivem sem Lei? DEUS vive sem Lei? Os seres perfeitos e DEUS não necessitam de Lei?
Essa semana vai dar o que pensar. Estudemos com vontade de entender! Devemos adquirir conhecimento para podermos encontrar as respostas para perguntas assim.
- Primeiro dia: Graça abundante
Paulo disse assim: “onde abundou o pecado, superabundou a graça.” Isto quer dizer que, quanto mais pecador alguém tenha sido, mais graça está disponível. A graça sempre cobre a quantidade dos pecados. Não há enormidade de pecados que a graça não possa superar, portanto, todos podem ser salvos, se desejarem.
Mas, agora surge uma polêmica (que na verdade seria desnecessária, pois ela é flagrantemente maldosa). E Paulo mesmo já se antecipou, e resolveu o alvo dessa polêmica. É o seguinte: então, quanto mais pecarmos, mais graça teremos; portanto, pequemos bastante, quanto mais melhor.
Não é bem assim. Se bem que seja verdadeiro o quanto mais pecarmos, mais graça para nós, também é verdade que, uma vez conhecendo a verdade sobre o pecado, se ainda permanecermos pecando, corremos o risco de nos acostumarmos aos pedidos de perdão, e assim, pensamos que podemos nos salvar sem nos desligarmos do pecado.
O que Paulo estava dizendo era sobre os pecados antes de conhecermos a JESUS. Depois disso, compete-nos buscar a vitória sobre o pecado, isto é, o libertamento da escravidão do pecado. E como Paulo explica esse libertamento?
É bem simples. JESUS foi crucificado e na cruz morreu. Depois Ele foi sepultado, mas no terceiro dia ressuscitou. Ele não pecou, mas foi morto. E venceu, em vida, a tentação; e na ressurreição venceu também a morte. Ele venceu o mal e venceu as consequências do mal.
E nós? Devemos morrer com Ele. Isso significa morrer para o pecado. E morrer para o pecado quer dizer: não pecar mais. Para morrer com CRISTO deve evidentemente ter havido arrependimento, desgosto para com seus pecados. É querer mudar, sentir o desejo da mudança para melhor. Assim como CRISTO viveu sem pecado, e nas horas da maior provação, na agonia da morte ainda assim não pecou, isso quer dizer que Ele resistiu a tentação e a superou. Nessa resistência Ele morreu. Dizendo em outras palavras, Ele foi morto sob uma pressão incomensurável; e, no entanto, resistiu. Ele viveu para não pecar, e morreu sem pecar. Teve uma postura contra o pecado. Assim também nós, ao morrermos com JESUS, nos colocamos à Sua semelhança, somos contra o pecado, não o queremos mais, passamos a detestar a tentação, não queremos mais cair nela. Essa morte ocorre conosco por voluntária decisão, que é o batismo. E Ele também morreu por decisão voluntária, pois não chamou as legiões de anjos, o que poderia ter feito. A nossa morte é sem dúvida uma morte simbólica, mas seus efeitos são bem reais. Seus efeitos são uma demonstração pública da decisão tomada de não ser mais pecador, de morrer para o pecado com CRISTO, como Ele morreu. A expressão “morrer para o pecado” quer dizer, “não quero mais pecar”.
E o que significa ressuscitar com CRISTO? Paulo também explica. Significa “andar em novidade de vida”. Fácil entender: é levar uma vida nova, diferente da antiga vida. Antes era escravo do pecado, gostava dele, agora, tudo mudou, há uma novidade, não gosta mais do pecado, luta contra ele, quer vencer o pecado. Agora entra num processo de santificação, em que, dia a dia, rejeita aquelas velhas tentações lutando por meio da oração. Funciona de modo bem simples: vem a tentação, de imediato, sem esperar muito, ora a DEUS pedindo socorro. E essa oração DEUS atende também de imediato, e a tentação “toma Doril” e desaparece! Pode ser que ela retorne pouco depois; então ora outra vez, até que essa tentação desapareça e não retorne mais. É assim que se vive em novidade de vida. É uma luta prática, bem real, com decisões de fidelidade a DEUS todos os dias, e luta constante contra a velha natureza, que não desaparece assim de um dia para o outro.
- Segunda: O pecado personificado
Em Romanos 6:12 está escrito: “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às vossas paixões.”
O que Paulo quis dizer aqui? Em primeiro lugar, o pecado exerce uma espécie de soberania. Mas, atenção: o pecado em si não é nem rei nem governo. No entanto, há dois poderes fortes com ele. Um é o fascínio das pessoas pecadoras pelo que é errado. Outro poder, é quem está por trás do pecado – satanás e seus agentes (esses sim, exercendo poder de governo).
O primeiro poder vem de nossa fraqueza por sermos de natureza pecadora. Em geral gostamos de algum tipo de pecado, e dele não temos desejo de nos libertar. Um exemplo poderia ser o fascínio que muitos têm pela fama. As pessoas gostam de ter fama, de serem ligadas com que tem fama, mesmo que seja para tirar uma simples foto com pessoa famosa. As pessoas, de muitas formas, mantém ligações com os famosos, e têm desejo de também serem famosas. Dessa maneira, a fama torna-se como que um tirano na mente das pessoas, e exerce um poder que vem dos desejos das próprias pessoas. Assim há milhões de pecados que estão ligados com as pessoas, tornando-as dependentes deles.
O segundo poder de domínio do pecado vem de satanás e seus agentes. Satanás é um rei, melhor, é um imperador. Ele tem um império, portanto, exerce poder tirânico, impõe a sua vontade sobre as pessoas, principalmente por meio da sedução, dos sofismas e da enganação. Ele muito se utiliza do que a Bíblia chama prostituição, misturando verdade com mentira, e assim consegue enganar. Outra coisa que ele faz é tornar o pecado em algo atraente, até mesmo importante para a vida das pessoas. Por exemplo, na televisão hoje se ridiculariza quem não se pinta, ou quem é careca, ou quem não tem formas físicas esculturais. Mas ao mesmo tempo a mídia vende de forma impositiva tintas, soluções para os calvos e alimentos que deixam as pessoas doentes. Então, os seres humanos, ao mesmo tempo em que se alimentam mal, buscam recursos de muitos tipos para parecerem jovens e lindas. Diga-se mais, lindas do ponto de vista de satanás, não de DEUS. Aí vem o efeito do mau exemplo: muitos usando essas imposições levam a que quase todos, por meio desses exemplos, a também se submeterem ao que satanás está impondo. Aliás, no livro “Testemunhos para ministros e obreiros evangélicos”, no sub-capítulo “Ciladas de satanás”, Ellen G. White descreve uma das potentes ciladas dele que é sujeitar alguns membros da igreja ao mundanismo, principalmente pessoas influentes, para que as demais lhes sigam o exemplo. Pois bem, muita atenção, isso está acontecendo em grande intensidade entre o nosso meio.
É preciso que nos demos conta de que satanás não está brincando, nem está dormindo, mas está apavorado fazendo de tudo para derrotar o pequeno povo de DEUS. É assim que o pecado pode reinar em nosso corpo mortal, mais especificamente, em nossa mente, e por ela, dominar todo o corpo. Por exemplo, o estômago pode emitir sinais de fome pouco depois de ter-se alimentado, só porque o corpo se acostumou a comer toda hora.
Voltando ao primeiro poder do pecado, ele se impõe automaticamente por meio de paixões. Isto é, de desejos que se tornam incontidos, incontroláveis. É como um vício. Assim também as drogas dominam as pessoas, drogas leves e drogas pesadas. Exemplos de drogas leves que dominam o corpo de muitos irmãos é o chimarrão, o café, o chá preto, a cerveja sem álcool (mas que tem quase 0,5% de álcool), etc. As pessoas tornam-se dependentes dessas tentações. O corpo precisa delas, e forma-se a escravidão. Assim se desenvolvem as paixões, que são desejos formados e firmados ao longo de algum tempo. Paixões são vontades que se impuseram à pessoa, e ela passa a gostar delas, e com o tempo, muitas vezes nem mesmo acha que essas coisas estão erradas. Portanto, essas pessoas até defendem como sendo coisas boas e positivas os pecados que cometem. Um exemplo desse tipo de situação é a paixão pelo futebol. Outro nome é fanatismo. Tais pessoas, se por algum descuido de DEUS viessem a se salvar, não muito depois de estarem no Céu, formariam times para campeonatos na Nova Terra. Isso se torna uma paixão difícil de se libertar dela. Bem que Paulo usou a palavra “paixão”; ela é bem adequada. Trata-se de algo mau mas que nem mais é visto assim, pelo contrário. Embora divida os irmãos e a igreja, e divida os lares, embora envolva violência, competição e corrupção, e muito dinheiro, é visto como algo muito inocente e positivo.
Mas Paulo disse que o pecado não reine em nossa mente. Ou seja, não deixe que ele se torne numa paixão, num poder dominante. Mas como proceder para que o pecado não nos controle?
Ao descobrir algum pecado, logo dê um nome a ele. Você precisa torná-lo num inimigo que tem nome, deve saber o que vai combater. E como você é um ser livre, deve tomar uma decisão. A decisão deve ser sua, DEUS jamais a tomará por você. E não adianta orar a DEUS que controle a sua vontade se você não decidir entregar essa vontade a Ele. É por isso que muitas pessoas jamais vencem na vida espiritual, porque oram e oram pedindo perdão, pedindo purificação, mas jamais entregam a sua vontade a DEUS. Continuam desejando o pecado, embora orem contra ele. Bem no fundo, gostariam de ser salvas com seus pecados, acariciando-os ao longo da eternidade.
Depois disso então, cada vez que tiver a vontade controlada pelo pecado, não perca nem dois segundos, ore a DEUS pedindo que lhe dê força para vencer a tentação. Ou seja, você deve aliar a sua vontade com a de DEUS. E assim Ele lhe dará força para superar qualquer tipo de tentação, qualquer mesmo. Então Ele irá realizar o Seu querer em você, e aí vai perceber o quanto é bom estar com DEUS, e realizar a vontade dEle. E assim vai vencer!
- Terça: Debaixo da Lei?
“Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e, sim, debaixo da graça” (Rom. 6:14).
Leia atentamente esse verso, se puder, três vezes. Não está claro que ele diz que não estamos mais debaixo da lei, e sim, debaixo da graça? Resta alguma dúvida sobre isso? Evidente que não há dúvidas. O verso diz bem isso “pois não estais debaixo da lei, e, sim, da graça.”
Mas agora vamos ao que o verso “não diz”! Ele não diz que a lei foi abolida, certo? Onde nesse verso se pode deduzir que a Lei de DEUS, os Dez Mandamentos, não tem mais valor? Impossível, pois isso o verso não afirma.
Vamos detalhar o que o verso nos ensina, ponto por ponto:
a) “O pecado não terá domínio sobre vós”: o que diz aqui? Duas coisas, que existe pecado, mas que ele não mais nos domina (lembra do estudo de ontem sobre a condição de que o pecado não reine mais sobre nós? Pois aqui o tema ressurge).
Veja bem esses dois pontos. Primeiro, o verso deixa bem claro que ainda existe pecado, pois ele explica que esse pecado, quando estamos debaixo da graça, não tem mais domínio sobre nós. Ora, isso diz que, se não estivermos debaixo da graça, o pecado nesse caso domina. Portanto, existe pecado. E aí, o que se deduz, com toda lógica? Que também existe Lei, pois sem lei não há pecado.
Assim sendo, estar debaixo da graça NÃO É estar numa situação sem Lei, mas, estar livre da condenação dela, e ter algum poder para não desobedecer a Lei, já que o pecado não mais tem domínio sobre nós.
b) “debaixo da Lei”: o que significa? Estar em dívida com a Lei, ter cometido algum pecado e ter que pagar, pois ainda não foi pago. Ela está cobrando a conta de ter pecado, e o que ela cobra é a nossa vida. E mais, é ser pecador costumeiro, gostar de pecar, ter o hábito de pecar.
c) “debaixo da graça”: o que significa? É ter os pecados perdoados, porque se arrependeu dos pecados que já havia cometido e para o presente e futuro não quer mais pecar. Assim sendo, pediu perdão dos pecados e tem o desejo de ser transformado para não pecar mais. Ora, não pecar mais também significa que a Lei ainda existe (pois pela Lei é que vem o conhecimento do pecado, e sem Lei não existe transgressão). OU SEJA, uma vida de transformação significa o mesmo que ser preparado para obedecer a Lei. Se não houvesse mais Lei, para que transformação? Sem Lei ninguém peca, portanto, nem mesmo haveria necessidade de perdão, nem de transformação, e muito menos da graça.
Resumindo, o que esse verso diz? Cuidado com o pecado! Fuja de estar debaixo da Lei e vá para debaixo da graça. Ou, peça perdão dos seus pecados e deixe que DEUS o transforme para não pecar mais. Pois se pecar de novo, vai outra vez precisar do perdão. E se pecar muito, pode acontecer de gostar do pecado, e não mais desejar o perdão. Aí, sabe o que acontece? Se não mais sentir o desejo de ser perdoado, se achar desnecessário, então você estará na condição de pecado contra o ESPÍRITO SANTO.
- Quarta: Dois senhores em guerra
Vamos aos dois versos para estudar hoje. “Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte, ou da obediência para a vida?” (Rom. 6:16).
“Mas graças a DEUS porque, outrora escravos do pecado, contudo viestes a obedecer de coração a forma de doutrina a que fostes entregues” (Rom. 6:17).
Que coisas importantes podemos aprender daqui?
Do primeiro verso aprendemos que não há possibilidade de não sermos servos de alguém. Há dois senhores, como sabemos, um é DEUS e o outro é satanás. E não tem jeito, ou estamos a serviço de DEUS, ou de satanás.
Ah, detalhe muito importante: podemos estar temporariamente a serviço dos dois! Mas essa situação não salva ninguém, pelo contrário, é tal como se estivesse somente a serviço de satanás. Como assim? Veja bem, alguém pode ser um bom pregador, ou um bom obreiro, ou um bom professor de Bíblia, aos olhos dos humanos. Pode ter muito conhecimento, e pelo seu trabalho levar muitas pessoas ao batismo. Mas, ele mesmo, não abre mão de algumas coisas do mundo, às vezes coisas secretas. Pela sua mão, muitos estão sendo salvos, e ele está, por enquanto sendo utilizado como instrumento de DEUS. Mas, se ele não se arrepender daqueles pecadinhos, que às vezes são considerados pouca coisa, não vai se salvar. Nessa situação há muitos, certamente e infelizmente. É o caso dele levar outros à salvação durante o tempo da porta da graça aberta, mas ele mesmo não entrou, e foi relevando a sua decisão até que não sentia mais necessidade da mudança naqueles pontos pecaminosos. É preciso ter cuidado para depois de termos ajudado na salvação de muitos, nós mesmos venhamos a perder a vida eterna. Paulo ensina isso.
Ou seja, no final das contas, ou estamos ligados a um senhor, ou a outro. A situação acima descrita, muito frequente, é como estar ligado ao inimigo de DEUS. Desse grupo fazem parte muitos que, na igreja, dão mau testemunho, e por esse testemunho, desencaminham muitos para o mundo, mesmo eles permanecendo na igreja. Essa é a escola da formação de joio. Portanto, muito cuidado com o outro senhor. Ele faz questão de manter na igreja pessoas de sutil influência negativa!
Atente para isso, nós somos criaturas, precisamos estar ligados a algum senhor. Nós, criaturas, não temos vida independente. Não somos deuses. Isso significa que somos dependentes de outro. Então, sendo assim, QUE NÃO SEJAMOS DEPENDENTES DE ALGUM SENHOR QUE, ELE MESMO, TAMBÉM É DEPENDENTE! Entendeu? Só DEUS é independente, só Ele tem vida em Si, e só Ele pode sustentar tudo o que existe, e não necessita de auxílio para a Sua tarefa. Melhor, portanto, é servir a DEUS, Aquele que pode tudo; e não a satanás, que pode muito, mas não tanto para nos garantir a vida eterna. Ele próprio é dependente de DEUS!
O segundo verso (Rom. 6:17) é bem revelador. Paulo dá graças a DEUS porque em tempos passados os romanos (e nós também podemos ser incluídos, depende do que estivermos decidindo), foram escravos do pecado, mas agora já não eram mais. E o que Paulo diz sobre como eles não eram mais escravos do pecado? Eles estavam OBEDECENDO de coração (gostavam) a doutrina que aprenderam. Portanto, eram obedientes. Uma vez salvos pela graça, se permanece salvo sendo obedientes a DEUS, aos Seus ensinos.
- Quinta: Fruto para a santificação
Para sermos salvos temos que fazer a escolha do Senhor certo, que é DEUS. Essa é uma escolha contrária à nossa natureza. Não é isso que ao natural desejamos. Por sermos pecadores, os nossos desejos normais são de pecar, somos fascinados pelo pecado, ou por alguns pecados, dos quais nos tornamos dependentes. E é comum que, em relação a esses pecados tenhamos a seguinte idéia: não são tão ruins. Ou, até mesmo: não é pecado! Por exemplo, muitos gostam de um joguinho do tipo passatempo. Aí, no final de semana (termo errado, pois o final de semana inclui o início de outra), o que esses fazem? Reúnem-se e passam a disputar entre si. Nem sempre fazem apostas que envolvem dinheiro, mas, via de regra, envolve disputa. Pergunte a um deles, se acha que isso é pecado? Vai dizer que não é pecado, ou dirá, até pode ser, mas é algo inocente, muito pequeno, desprezível. Outros dirão: largo disso quando quiser, portanto, vou fazer isso por mais algum tempo só, depois deixo de lado.
É disso que a lição fala. Precisa fazer escolhas que são contra a nossa natureza. Vai contra o que tanto gostamos, do que muitas vezes nos tornamos dependentes. Ou seja, servos do pecado, e ele nos controla a mente (já estudamos nessa semana como isso acontece, lembra?). Somos controlados pelo hábito, nos acostumamos a certos pecados, e dependemos deles, ou somos controlados por satanás e algum de seus agentes, que nos dominam.
A escolha deve ser pela santificação. Ser santo significa ser separado do mundo, voltado para DEUS fazendo a Sua vontade.
A rigor, no campo espiritual, há só duas escolhas a fazer. Ou escolhemos a satanás, ou a DEUS.
Mas, atente bem, como ocorre a escolha a satanás? Nem parece escolha, pois, se já somos pecadores, basta deixar as coisas irem como vinham vindo, e já está com satanás. Percebeu a lógica? Na verdade nem precisa fazer uma escolha nova, pois, sendo pecador, basta continuar pecando, e assim, escolhe satanás. Entende que isso é bem fácil. Não precisa nem mudar a natureza, nem esforço, nem mudar de rumo, nem transformação. É assim bem simples. Escolher satanás é o mesmo que não fazer nada para mudar.
E, escolher a DEUS, como é isso? Aí já é diferente. Precisa ter algum conhecimento mínimo sobre DEUS, e de Seu amor, para se interessar por Ele. Então, precisa descobrir, por meio de ensinamentos, que há outro modo de vida muito superior, e precisa sentir o desejo por essa outra vida. Isso tudo vai em sentido contrário à natureza, o que portanto é bem mais difícil. No primeiro caso, por exemplo, a pessoa pode ser batizada, mas não mudar de vida; mas no segundo caso, além de batizar-se ela precisa optar pela santificação.
Veja mais um pouco: no primeiro caso, a pessoa continua produzindo os frutos de antes, os de sempre em sua vida. Ela, se foi mentirosa, continua mentindo; se gostava de novelas, continua gostando; se enganava os outros, continua enganando; e assim por diante. Às vezes a pessoa larga algumas práticas anteriores, aquelas que podem servir de motivo para ser desligada da igreja, como, por exemplo, tomar cerveja, de ser ladrão, coisas assim. Mas não muda tudo. Essa aí produz os frutos para a morte. Esses frutos são as consequências do que ela faz, ou, dito melhor, de quem está obedecendo!
E no segundo caso, o que acontece com a pessoa? Essa aí toma uma decisão corajosa, de mudança radical, chamada transformação, ou santificação. Agora ela vai à luta, ela quer se separar do mundo, das coisas que percebe que DEUS não aprova. Ela pede perdão pelo passado, e pede mais, que a ajude a mudar. E assim, aos poucos, ela, de fato, vai mudando, vai deixando das coisas do mundo de que tanto gostava, e vai sendo santificada, mudando seu gosto para as coisas do alto. Essa aí, pelo que faz, produz frutos para a vida eterna.
Só um detalhe: por que satanás não garante a vida eterna? Será que ele gosta tanto de matar? Sabe por que ele leva à morte? Pelo simples fato de não ser DEUS, ele não tem poder para garantir a vida. Uma vez que ele optou por uma lei falsa, de desobediência ao amor, isto é, favorável ao ódio, no que você acha que isso vai dar? Ódio, ao contrário do amor, só pode dar em desentendimento, brigas, guerras e morte. Por outro lado, com DEUS, que tem poder infinito, e é Amor, o que dEle se pode esperar? Se nos entregarmos a Ele, só podemos esperar vida eterna.
Pode ter certeza, se satanás pudesse, ele também daria a vida eterna, mesmo para sofrer e brigar pela eternidade toda. Aliás, bem que ele gostaria de ter alcançado sua mão à arvore da vida, e para seus anjos e Adão e Eva também, e assim perpetuar o seu império do mal. A morte é uma consequência dos seus atos que ele não tem poder de se libertar. Por isso, ele faz uma falsa afirmação de que só o corpo que morre, a alma, que ele diz ser uma entidade inteligente espiritual, essa não morre. Só assim para prometer alguma coisa, aplicando uma tremenda mentira.
- Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Estas são lições definidoras. Estamos mesmo bem próximos da tempestade final. No mundo formam-se as condições para uma grande depressão econômica, com graves consequências sociais. Nesses dias de grande angústia, que já estão muito próximos, os níveis de desemprego serão enormes, mais ou menos como após 1929, na grande depressão, que culminou com a Segunda Guerra Mundial. Por outro lado, a Igreja Adventista está saindo da mornidão. Atente, nem todos deixarão de ser mornos, apenas uma minoria. E quando a IASD se levantar para pregar os Dez Mandamentos, o sábado, a vinda de CRISTO, isso serve de sinal de que o fim está iminente. E isso está de fato acontecendo em vários lugares do mundo, e vem aumentando. Esse é o principal sinal do fim (vide Mat. 24;14). E se sabe que, quando a IASD se levantar, não tornará à mornidão. Portanto, o revide de babilônia será perseguição e o decreto dominical. Esses eventos estão sendo preparados nesses dias. Isso tudo vai se desenrolar a partir de algum momento repentino e surpreendente, pegando muitos despreparados, e tornará numa crescente crise econômica e social, que se avolumará em algo tão intenso como jamais visto na história da humanidade. Então o povo de DEUS há de viver cada vez mais pela fé, até chegar num ponto de viver absolutamente pela fé, sem dinheiro no bolso, sem ter direito a fazer negócios ou a ter emprego, mas amparado por DEUS (vide: Isa. 43). Mas ao povo de DEUS o pão e a água estão garantidos há milênios. A crise vai atingir mais fortemente os ímpios, que não mais contarão com as bênçãos quando o povo de DEUS for proibido de obter seu sustento. Assim sendo, hoje é alto tempo do preparo individual, deixando o mundanismo de lado, e apegando-se na mão de DEUS, para ter Sua proteção.
Muitos não gostam, mas se não chamarmos o pecado pelo seu nome, não sabemos o que é e o que não é pecado. Podemos até fazer um entusiasmado sermão contra o mundanismo e nós mesmos sermos presas dele. Existem centenas, ou melhor, milhares de ciladas de mundanismo. Alguém aí é capaz de elaborar uma lista de ao menos dez exemplos? É sinal de que falamos contra o mundanismo, mas não sabemos identificá-lo, e, portanto, convivemos com ele, mesmo sendo contra! Portanto, não há mais jeito, temos que identificar os pontos que podem nos tirar da vida eterna.
A lição fala em “renunciar ao diabo” em abandonar “os prazeres e diversões” e diz que “tais diversões não são inocentes”. Mas do que ela trata? Não diz! Quais os nomes das coisas que temos de renunciar? Dos prazeres e diversões não inocentes? Essa citação está muito genérica, faltam nomes. Deveriam ter acrescentado à citação, pois é tempo de reforma, de revisão de vida, de análise do que estamos fazendo, para ver se aí não há perigo mortal eterno.
Vamos, então, a uma listinha, que pode ser aumentada, com nomes: novelas (todas); diversões que só tomam tempo mas não exercitam; filmes imorais, violentos, de ficção, etc.; todo tipo de ornamentação inútil no corpo ou no vestuário, que serve para chamar atenção a si; dinheiro gasto em ostentação; alimentação com doces em exagero, temperos mais fortes, gordurosos, muitos enlatados ou industrializados com conservantes, etc. (alguns em exagero, outros que devem ser evitados mesmo); literatura vulgar, pornográfica, de ficção...; piadas vulgares, depreciativas e/ou imorais; desrespeito às leis de trânsito(!); pirataria de programas, filmes, CDs e DVDs; vida desequilibrada nos horários ou nas atividades; fanatismo por algum esporte; espírito de competição; orgulho; jogos competitivos dos mais diferentes tipos; atitude voltada ao “eu”; música secular mas mundana (é fácil saber a diferença); amizades perigosas; algumas drogas lícitas já lembradas nessa lição, e muito mais. É de se fazer um exame na vida, para identificar se existe algo que devamos abandonar. Se houver, abandone prá já, com muito oração, para superar. Tendo superado o primeiro pecado, fica fácil superar os seguintes, e cada fez fica mais fácil superar outros. O desafio é vencer o primeiro, e então, ir lutando com DEUS, como fez Jacó, e se tornar um campeão espiritual que é o mais importante.
escrito entre: 22/06 a 29/06/2010
revisado em 30/06/2010
corrigido por Jair Bezerra
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.
