segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 7 - 1º Trim. 2012


Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Primeiro Trimestre de 2012
Tema geral do trimestre: Vislumbres do Nosso DEUS
Estudo nº 07 – Senhor do Sábado
Semana de   11 a 18 de fevereiro
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí - RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar: “O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do homem é Senhor também do sábado” (Marcos 2:28).

Introdução de sábado à tarde
O que quer dizer o verso acima? Não há necessidade de muita reflexão para saber, pois está escrito em palavras claras e diretas. Isso quer dizer que o sábado foi estabelecido para o bem do homem. Homem aqui é ser humano, incluindo sempre homens e mulheres, crianças, adultos e idosos. Veja bem que o verso não diz que o sábado foi estabelecido por causa dos judeus, mas do homem, isto é, da raça humana.
Há aqui duas informações relevantes: que o sábado foi concedido por causa da humanidade, todos os homens e mulheres, e a segunda informação, que o sábado é para ser útil ao bem da humanidade. Esse é o sentido.
O que o sábado não é? Simples também. Ele não deve ser um fardo, mas uma bênção, um descanso, um dia de maior intimidade com o Criador. O homem não foi feito por causa do sábado. Ou seja, que esse deve ser um dia de felicidade, de alegria, de esperança, de vida. E o verso agrega uma informação vital: o sábado pertence a DEUS, não ao homem. Diz assim: “O Filho do homem é Senhor também do sábado.
Então entendemos facilmente esse verso: o sábado é um presente que DEUS nos dá todas as semanas. Dentro do presente tem várias coisas interessantes. Tem descanso e vida; harmonia com DEUS, e harmonia entre os seres humanos; tem esperança e felicidade; tem futuro garantido. E isso tudo é bênção de DEUS, que só Ele pode conceder. Por isso, esse presente semanal vem de DEUS e a Ele pertence. Nós, seres humanos, não conseguimos nos brindar com tais coisas. Elas precisam vir de DEUS, ou elas não virão de lugar algum.


  1. Primeiro dia: O sábado em Gênesis
DEUS nunca anulou o relato da criação. Ele nunca anulou oficialmente o valor da família. Ele nunca anulou a importância da semana. Por qual razão Ele anularia o sábado, e o trocaria pelo domingo?
Qual é a lógica bíblica do sábado? Ele é o último dia dos dias da criação. Ao longo de seis dias DEUS iniciou e completou a criação. E no sétimo Ele descansou de Seu trabalho. Certamente esse foi um descanso diferente daquele que fazemos por causa do nosso trabalho, pois DEUS não Se cansa fisicamente. Isso não importa, Ele mesmo diz que descansou.
Então, vamos à lógica do sábado. Ele é um dia de descanso, e só se descansa após realizar alguma coisa; nunca antes. Por isso ele é o sétimo dia, o último da semana da criação. Isso faz sentido. Mas descansar no domingo, o primeiro dia da semana, é algo contraditório e sem sentido racional. O sétimo dia é o da inauguração da criação, e só se inaugura após ter-se concluído, com êxito, alguma obra. DEUS disse que estava tudo “muito bom” na conclusão de Seu trabalho, por isso descansou. Pode-se inaugurar algo antes de concluir? Aliás, pode-se inaugurar algo antes de iniciar o trabalho? Esse é o sentido contraditório do domingo.
Outro ponto, o mais importante. O sábado deve ser santificado em lembrança do Criador, e Sua criação. Isso está no mandamento. E faz sentido, pois ele é o sétimo dia. DEUS é o Criador, e nós existimos e vivemos porque Ele nos criou. Se Ele não criasse, não existiríamos; portanto, a existência é motivo de elevada gratidão. Antes desse dia, DEUS havia criado tudo; portanto, quem santifica o sábado, honra o Criador. Mas, e quanto ao domingo, o primeiro dia da semana? Antes desse dia ainda não houve criação. Portanto, quem santifica esse dia, honra a alguém que não é criador, no caso, quem tanto deseja ser adorado, que é satanás. Ele, podemos classificá-lo como ‘o não criador’. Então, santificar o sábado vale a adorar o Criador, e santificar o domingo vale a adorar o não-criador. Qual será o futuro dessas duas classes?
E mais um pouco. O sábado foi estabelecido por DEUS na semana da criação. Nesse mesmo ato, DEUS, e ninguém outro, descansou no sétimo dia, abençoou e santificou esse dia. Ele não fez nada disso com outro dia da semana, nem com o primeiro dia. E no Sinai, quando foram dados os Dez Mandamentos, Ele confirmou todos esses pontos – de ter descansado, de ter abençoado e de ter santificado, isto é, separado. Isso tudo porque nos dias anteriores Ele criou todas as coisas. E em Apocalipse 11:19, 12:17 e 14:12 Ele, DEUS, torna a confirmar a validade do sábado em nossos dias. É a palavra de DEUS contra a palavra dos homens. Qual delas vale mais?

  1. Segunda: O Sábado em Êxodo
Em êxodo 20:8 a 11 diz assim: “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou.”
Vamos por partes. Em primeiro lugar, não devemos esquecer do sábado.  DEUS aqui usou a forma positiva. Ele disse: “lembra-te do sábado”. Ele não disse “não te esqueças do sábado”. Qual seria a razão?
Só há dois mandamentos que iniciam com palavra diferente de “não”. São o 4º e o 5º mandamento. Quanto ao sábado, ele deve ter uma conotação positiva em relação a DEUS, nosso Criador, e assim, do mesmo modo, devemos ter uma atitude positiva em relação aos nossos genitores. Os demais mandamentos proíbem alguma coisa, mas o do sábado pede para que lembremos desse dia.
Em seguida vem o objetivo de lembrar: é para santificar esse dia. Isto é, torná-lo diferente dos demais dias, para um propósito diferente.
Então vem a explicação de como tornar esse dia diferente. Nos demais dias se trabalha para o nosso sustento, mas nesse dia não se trabalha. Ninguém da família trabalha nesse dia, e nem os nossos empregados, e nem mesmo os animais utilizados para o trabalho. Resumindo, onde é a nossa propriedade, ou onde temos responsabilidade, todos devem santificar o sétimo dia da criação.
Por que razão essa diferença entre o sábado e os demais dias? Porque em seis dias DEUS criou todas as coisas. Essa é a razão. E DEUS levou tão a sério o que Ele fez, entendeu que a criação era tão importante, e destacou o sétimo dia da semana original para descansar. Ora, só se descansa depois de ter feito alguma coisa. E o que DEUS fez era tão importante que Ele não parou aí. Ele abençoou e santificou o dia de sábado.
Veja bem, o sétimo dia contém uma bênção de DEUS, e nenhum outro dia contém essa bênção, nem o domingo, que muitos cristãos acham ser dia santo. Da parte de DEUS, só o sábado foi abençoado e santificado. E outra coisa, DEUS jamais Se manifestou dizendo que está agora descansando no domingo. Fica o desafio de encontrar na Bíblia, que aqui na Terra é a única Palavra de DEUS, que ELE tenha mudado o descanso, a santificação e a bênção para o domingo. Isso foi feito por homens, e DEUS não tem que obedecer a mandamentos de homens. Se fizesse isso, então, Ele seria um deusinho, dependente das criaturas que criou. E se Ele fosse um deusinho, na verdade, nunca teria o poder para criar um ser humano.

  1. Terça: O sábado em Deuteronômio
Deuteronômio é o livro da repetição. É isso que essa palavra quer dizer, ‘ver outra vez’. Os Dez Mandamentos de Êxodo 20 aparecem outra vez em Deuteronômio 5. O sábado aparece no quarto mandamento, porém, escrito de um modo diferente.
O sábado em Êxodo 20:8 a 11: “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou.”
O sábado em Deuteronômio 5:12 a 15: “Guarda o dia de sábado, para o santificar, como te ordenou o SENHOR, teu Deus. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu boi, nem o teu jumento, nem animal algum teu, nem o estrangeiro das tuas portas para dentro, para que o teu servo e a tua serva descansem como tu; porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito e que o SENHOR, teu Deus, te tirou dali com mão poderosa e braço estendido; pelo que o SENHOR, teu Deus, te ordenou que guardasses o dia de sábado.
A parte diferente está em negrito na versão do livro de Deuteronômio. Qual a grande diferença? É o trabalho. Veja bem, ambas as versões foram dadas ao povo de DEUS após o libertamento do Egito. Mas na segunda versão há um ênfase importante. É sobre o trabalho relativo aos servos. Naqueles tempos não havia legislação de proteção do trabalhador, como hoje, então DEUS providenciou isto. Naqueles tempos o trabalhador era muito explorado. Cada patrão agia como queria. O mandamento do sábado tornou-se importante para disciplinar melhor a relação entre servo e o seu senhor. O servo, disse DEUS, tem o mesmo direito ao descanso que o senhor. E o mandamento dá uma explicação lógica. DEUS os havia tirado da escravidão no Egito, situação pior que a de servo. Os tirou dali porque estavam sofrendo. DEUS não criou as pessoas para sofrerem, mas para viverem livres, cada um podendo ter sua família, e usufruir da liberdade para ser feliz. A lembrança da escravidão no Egito devia ser bem ruim para os que viveram a experiência. Então deviam lembrar-se daquela escravidão, e não submeter ninguém a tal situação, mas tratar seus servos como iguais.
Portanto, DEUS mandou que guardassem o sábado porque foram libertados da escravidão. Esse mandamento agregou mais um motivo para a santificação do sábado. O primeiro motivo está na versão do Êxodo: é porque DEUS é o Criador. Agora, o segundo motivo é porque DEUS é o Redentor, o libertador da escravidão. Assim sendo, como eles foram libertos da opressão, não deveriam oprimir aos semelhantes.
Aqui está um ensinamento impressionante. O Criador vê nossa situação de pecadores, escravos do pecado e de satanás. Estamos nesse mundo sofrendo. Porém, a promessa da salvação está em pé, e logo nosso Senhor JESUS CRISTO virá a este mundo para nos libertar dessa escravidão. Então, antes do pecado, havia um motivo para a santificação do sábado: a criação. Agora, com o pecado nos escravizando, há dois motivos, a criação e a redenção. Sim, porque quem executou a criação é o mesmo que está executando a redenção, o Senhor JESUS CRISTO.
E aqui não sobra nada para o domingo. Pelo fato de JESUS ter ressuscitado, nada justifica que se mude o sábado para o domingo. Pelo contrário, a Sua ressurreição, que tem tudo a ver com a redenção, fortalece a santificação do sábado, acrescentando um segundo motivo para que esse dia seja guardado. Atente bem para o seguinte: na segunda versão DEUS agregou mais um motivo para a santificação do sábado. Ele agrega motivos, mas não muda o dia. A morte e ressurreição de JESUS, seguindo o raciocínio de DEUS, deve na realidade ser mais outro motivo para se santificar o sábado do Redentor. Se assim não fosse, DEUS teria Se manifestado em alto e bom som.
 
  1. Quarta: JESUS e Seu sábado: parte 1
Façam o seguinte: leiam o trecho bíblico abaixo, e depois, com honestidade, respondam a pergunta que aparece.
“Por aquele tempo, em dia de sábado, passou Jesus pelas searas. Ora, estando os seus discípulos com fome, entraram a colher espigas e a comer. Os fariseus, porém, vendo isso, disseram-Lhe: Eis que os Teus discípulos fazem o que não é lícito fazer em dia de sábado. Mas Jesus lhes disse: Não lestes o que fez Davi quando ele e seus companheiros tiveram fome? Como entrou na Casa de Deus, e comeram os pães da proposição, os quais não lhes era lícito comer, nem a ele nem aos que com ele estavam, mas exclusivamente aos sacerdotes? Ou não lestes na Lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa? Pois eu vos digo: aqui está quem é maior que o templo. Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos, não teríeis condenado inocentes. Porque o Filho do Homem é senhor do sábado. Tendo Jesus partido dali, entrou na sinagoga deles. Achava-se ali um homem que tinha uma das mãos ressequida; e eles, então, com o intuito de acusá-Lo, perguntaram a Jesus: É lícito curar no sábado? Ao que lhes respondeu: Qual dentre vós será o homem que, tendo uma ovelha, e, num sábado, esta cair numa cova, não fará todo o esforço, tirando-a dali? Ora, quanto mais vale um homem que uma ovelha? Logo, é lícito, nos sábados, fazer o bem. Então, disse ao homem: Estende a mão. Estendeu-a, e ela ficou sã como a outra” (Mat. 12:1 a 13).
Há aqui algum indício, da parte de JESUS, sobre uma futura mudança do sábado para o domingo? Se você que está lendo é adventista, é lógico que não vai ver indício. Mas se você for católico por exemplo, ou se pertencer a qualquer outra igreja que santifica o domingo, sendo bem honesto, encontrou algum indício? Há alguma autorização da parte de JESUS?
Sim, sejamos honestos, nem mesmo a palavra domingo aparece aqui, nem primeiro dia da semana. Aliás, o que eles estavam discutindo era bem outra coisa: sobre como santificar o sábado. Os fariseus achavam que colher espigas para comer ou curar no sábado não se podia fazer. No entanto, eles mesmos salvavam seus animais quando necessário. Contraditoriamente, salvar ou curar um ser humano não queriam permitir.
Raciocinemos mais um pouco: se fosse mesmo para mudar o sábado para o domingo, então isso deveria acontecer de modo misterioso, nebuloso, JESUS curando no sábado, mas não dizendo nada a respeito de alguma futura mudança? Seria isto um enigma para que decifrassem, e acertassem no que estava o Mestre querendo dizer? Em um assunto tão importante, vital, quem veio para ensinar, usaria de método tão indireto e misterioso para transmitir um ensino novo?
No mandamento do sábado, que está em Êxodo 20:8 a 11, diz que não devemos fazer nenhum trabalho produtivo ou servil. Podemos ver também em Levíticos 23, onde afirma quatro vezes que no sábado não se deve fazer nenhuma obra servil. Isto é trabalho produtivo. Porém há coisas que devemos fazer, como por exemplo, numa catástrofe, colocar mãos à obra e salvar vidas, ou socorrer alguém, ou tratar de um doente, ou socorrer um animal em apuros. Haja bom senso, planejamento e muita comunhão com DEUS para saber distinguir o que é adequado e o que não é!
Afinal, o que aconteceu nesses dois episódios? No primeiro, nunca houve nada de errado em pegar um fruto de uma árvore para comer. Note que é bem diferente de colher maná, no tempo do deserto. Estava prescrito para que colhessem em dobro na sexta-feira, e era um trabalho de milhares de pessoas enchendo vasilhas, e estocando para comer o dia inteiro. Aqui eles colheram, por exemplo, um fruto para comer em seguida. Isso quer dizer, tudo o que você pode providenciar para o sábado, providencie. Em nossa casa, por exemplo, temos árvores de frutas, e costumamos colher na sexta-feira para comer no sábado. Mas, não nos pesa na consciência em colher uma pêra e comer naquele momento. Isso é como pegar a fruta da vasilha.
No segundo episódio, o da cura do homem da mão ressequida, estavam ali os líderes religiosos para achar do que acusar o Autor da lei. JESUS deixou bem claro que devemos fazer o bem no sábado. É evidente, que pelo bom senso, saberemos julgar que bem se deve fazer. Era o caso dos doentes. Ele sempre os curou, em qualquer dia, e também nos sábados. Ficam aqui duas constatações relevantes: a primeira, que eles discutiam sobre como santificar o sábado, uma vez que os líderes judaicos inventaram muitas regras não bíblicas sobre essa santificação. E o que JESUS dizia era que tais regras se tornaram num fardo, que eram desnecessárias e só atrapalhavam na adoração. E a segunda constatação, até mais importante, é a seguinte: já que discutiam sobre como santificar o sábado, se houvesse mesmo uma futura mudança para o domingo, seria também nesses momentos que JESUS deveria ensinar sobre a tal mudança. E Ele nunca mencionou nada a esse respeito. Sobre a tal mudança, na Bíblia não se encontra sequer uma só referência, absolutamente nada. Há sim, devemos descartar, explicações que muitos líderes dão hoje, usando versos bíblicos, mas, forçando a sua interpretação fora do contexto. Toda vez que isso é feito, algum outro verso desmente a tal forçada.
Portanto, aqui fica um apelo aos nossos queridos amigos das outras igrejas, sejam católicos, protestantes, evangélicos, ou de outras denominações. Há muitos, ou milhões de adoradores honestos em todas as igrejas. Para o vosso bem, examinem a Bíblia. Quem for católico, examine em sua bíblia católica, é óbvio. Quem for Testemunha de Jeová, examine na sua. É tempo de colocar o assunto da adoração às claras.
Há muita gente fazendo isto, em várias igrejas. Temos informações seguras, por exemplo, de pastores luteranos que estão estudando esse assunto. E há um bom número de bispos e padres católicos que fazem o mesmo. Eles estão se preparando para tomar decisões de acordo com o poder de DEUS, e bem logo, impressionarão o mundo com suas mensagens. Faça você o mesmo.

  1. Quinta: JESUS e Seu sábado: parte 2
As atenções de todos aqueles que defendem o sábado sempre estiveram voltadas para JESUS, e as atenções de todos os que defendem o domingo também. É inadmissível e impossível imaginar que o Senhor do sábado não desse ao menos um indicativo dessa mudança, sendo que Ele disse que é o Senhor do sábado (Mat. 12:8 e Luc. 6:5). Em que ocasião JESUS falaria sobre essa mudança, se ela devesse ocorrer? E como Ele trataria disso?
Ora, se os Dez Mandamentos na verdade já existiam antes mesmo do Sinai, e se eles ali foram escritos e com tremenda solenidade foram entregues ao povo, para serem postos no lugar santíssimo da tenda e depois do templo, era de se esperar que o Senhor do sábado (Senhor do sábado porque quem escreveu essas duas tábuas foi Ele mesmo, JESUS), fizesse alguma cerimônia de impacto impressionante para alguma mudança. E quando deveria ser feita essa cerimônia? É evidente que no primeiro domingo, no dia da ressurreição, e jamais séculos depois, num processo gradual, envolvendo um imperador de um império pagão. Foi assim no estabelecimento do sábado: Ele descansou, abençoou e santificou o primeiro sábado logo após a criação, não alguns séculos mais tarde! JESUS, no Sinai, deu as duas tábuas a um profeta, Moisés, não ao rei egípcio que era pagão e não pertencia ao povo escolhido. Moisés foi o escolhido de DEUS para cuidar da lei. Dentre os milhares de Israel, povo de DEUS, um só foi o escolhido para essa tarefa, e esse um era do povo santo.
Sabem qual a razão de ter sido o imperador pagão Constantino (que diz ter-se convertido) para cuidar da mudança do sábado para o domingo? Porque essa mudança é uma farsa. Ela não tem o menor respaldo da parte do Senhor do sábado. A escolha de um imperador, e não de um profeta de DEUS, foi feita não por DEUS, mas pelo seu inimigo, satanás, que estava naquela ocasião cumprindo a impressionante profecia de Daniel 7:25, que um inimigo de DEUS, um que combate o povo de DEUS, e o faria por 1.260 anos, cuidaria em “mudar os tempos e a lei.” Foi isso que aconteceu. Um inimigo fez o que DEUS jamais autorizou.
O que JESUS fez no dia seguinte ao de Sua morte? As Suas duas últimas palavras foram: “está consumado.” Então, do mesmo modo como Ele procedeu na semana da criação, quando no sétimo dia descansou de Sua obra; quando terminou a Sua obra de redenção, como Cordeiro de DEUS, sexta-feira à tarde expirou após dizer “está consumado”, ou seja, como que dizendo: ‘fiz tudo o que deveria fazer.’ E faleceu um certo tempo antes do pôr do sol, para que Seus amigos pudessem tirá-Lo da cruz e colocá-Lo na sepultura e eles também irem descansar no sábado. O Salvador do mundo, concluída a Sua obra, descansou no sábado no túmulo, e foi ressuscitar no domingo, bem cedo.
Mas Ele não descansava nos sábados anteriores ainda em vida? Descansava sim, nisso Ele sempre foi o melhor exemplo. Assim como descansou em todos os sábados, mais ainda, ao concluir a Sua obra, descansou na morte, no dia de sábado.
Haveria aqui algum indício de santificação do domingo? Não, pelo contrário, há evidência de continuidade da santificação do sábado. Veja bem a lógica: se Ele descansou em todos os sábados de Sua vida como profeta e Salvador, porque na morte Ele não descansou no domingo? Ao Ele descansar no sábado, estava dando uma evidente prova de que nada deveria mudar com a solenidade do sábado.

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
É uma verdade que nem o homem nem o sábado fora criados e feitos para um mundo pecador. Aqui o homem sofre e morre, e o sábado, não é possível a santificação como deveria ser, e como era praticada no Éden, antes do pecado. Aqui no sábado temos que suportar o barulho da cidade, a imoralidade nas ruas, e até dentro da igreja entram sons inconvenientes no sábado e a qualquer hora. Satanás tornou o sábado como um outro dia qualquer, e quem santifica o sábado sofre porque o faz em meio a uma barulheira, digamos, infernal. Isso até afeta o estilo de vida para pior dos que buscam a DEUS. É uma luta tremenda nesses últimos dias. Há uma necessidade de reforma na santificação do sábado em nosso meio. Devemos debater mais sobre esse assunto, sempre com base em escritos, nunca baseados em “eu acho.”
Um tema interessante para se debater é sobre o que fazer no sábado. Podemos elaborar uma lista das coisas boas para se fazer no sábado, e outra, do que certamente não se deveria fazer. Mas não devemos transformar listas assim em regras, apenas em matéria de orientação e estudo. A regra é só uma: o conjunto dos Dez Mandamentos, e o princípio é só um: o amor.
Que coisas são boas para se fazer no sábado? Certamente coisas como: ir ao culto da Escola Sabatina e ao culto divino; descanso físico; alimentação diferente e mais simples; um passeio em ambiente de natureza, com a família e também com os irmãos; uma atividade missionária como agora é a distribuição do livreto “A grande esperança”; assistir e/ou participar do programa Jovens Adventistas (JA); dar um estudo bíblico; ler a Bíblia; ler trechos de livros do Espírito de Profecia; assistir um vídeo interessante e espiritualmente edificador; enfim, muitas atividades que tornem o sábado atraente mas não mundanizado. Um alerta vital: não fazer tudo isso no mesmo dia de sábado, isto é, não sobrecarregar o sábado de tal modo que ao seu pôr de sol, esteja cansado e desejoso de tirar umas férias. Equilíbrio é a palavra de bom senso para se santificar o sábado, e para tudo na vida.
E o que não se deveria fazer no sábado? Dormir a tarde inteira, ou por horas; assistir filmes no sábado à noite até de madrugada (o descanso físico do sábado foi só para madrugar no domingo fazendo coisa errada, né?); falar sobre negócios; falar assuntos banais para o sábado, ou que não edifiquem espiritualmente; assistir TV secular, e pior ainda, se forem programas ou filmes imorais; contar piadas; fazer barulho ou ter sons altos; secularizar o sábado; jogar futebol à tarde; viajar a não ser por necessidade espiritual, e ainda assim, sendo inevitável; discutir sobre futebol (aqui no Brasil); discutir outros assuntos seculares; reunir-se para só bate-papo (conversas) não construtivo para a vida espiritual; passear na cidade para visitar vitrines; ir à praia tomar banho de sol ou de mar, ou ir a piscina, e assim por diante.
A reforma do sábado precisa ser feita. Nós, adventistas, aqui na Terra temos que nos conscientizar que trilhamos o caminho estreito, pois o caminho largo é aquele que “pode tudo”, ou “quase tudo”, que já se torna tabu dentro da igreja, motivo de crítica por parte de muitos irmãos. O trilhar o caminho estreito aqui é como um preparo para trilhar um caminho extremamente largo na Nova Terra, onde sim, tudo o que houver ali de atraente, também será lícito. Ninguém aqui tem capacidade de imaginar o quanto no Céu vai haver muitas vezes mais atrativos hiper interessante e também lícitos que os atrativos ilícitos aqui na Terra. O caminho na Nova Terra é muitas vezes mais largo que o caminho largo aqui, que devemos evitar. Lá o caminho largo é bom, e eterno; aqui, bom é o estreito. Aqui devemos nos restringir por apenas uma vida; lá poderemos usufruir por toda a eternidade. Então sejamos sábios, trilhemos o caminho estreito aqui para termos a liberdade do caminho largo ali.
Como proceder a reforma do sábado? É bem simples, como tudo o que se refere a DEUS. Inicie essa reforma no primeiro dia da semana, o domingo. Seria interessante fazer uma reunião em família, quem sabe domingo pela manhã, e planejar algumas coisas para o próximo sábado e outras em relação a vida, durante a semana, que preparem o espírito para o próximo sábado. Isso pode envolver uma vida diferente durante a semana, mais voltada às cosias boas da vida segundo DEUS. Assim viveremos melhor cada dia da semana. Podemos decidir orar mais, ou ler um pouco mais, ou estudar melhor as lições da Escola Sabatina, enfim, mudar algumas poucas coisas que estejamos necessitando mudar. Então, vindo a sexta-feira, que é o dia da preparação, devemos fazer uma revisão da casa para o sábado. Além da limpeza, tirar das vistas tudo o que pode desviar a atenção do sábado, como revistas e jornais seculares. Também é importante que no sábado as coisas na casa estejam bem arrumadinhas, para que se tenha uma impressão de ordem e bom gosto.
Pois bem, essas são algumas poucas sugestões que podem servir de iluminação para outras ideias boas para santificar o sábado, e descobrir que a vida pode ser muito mais deliciosa vivendo como DEUS ensina. Experimente tornar o sábado “um dia feliz.”


escrito entre  11 e 17/01/2012
revisado em 18/01/2012
corrigido por Jair Bezerra


A partir desse trimestre estamos também fazendo comentários da Lição da Escola Sabatina em vídeo, voltados para pessoas de todas as igrejas e religiões. Assista o comentário clicando aqui.
Quem deseja ouvir em MP3, clique aqui.
Ouça também um interessante sermão sobre Adoração na iminência do fim
Talvez necessite segurar control mais um clike sobre o link.

Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.

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