sábado, 25 de dezembro de 2010

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 1 - 1º Trim. 2011

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Quarto Trimestre de 2010
Tema geral do trimestre: A Bíblia e as emoções humanas
Estudo nº 01    Emoções
Semana de   25 de dezembro a 1º de janeiro
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar:Em verdade, em verdade Eu vos digo que chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria” (João 16:20).

Introdução de sábado à tarde
Nesse trimestre estudaremos sobre as emoções humanas. DEUS, ao criar, reproduziu em nós algo que Ele também possui: emoções. Originalmente, é de se crer que tanto DEUS quanto as criaturas devessem sentir só emoções positivas. Mas com o pecado, as criaturas, e também DEUS tiveram que experimentar emoções negativas.
Emoção, segundo a Wikipédia, é uma atitude subjetiva, que tem muito a ver com o temperamento, personalidade e motivação. Em inglês se diz ‘emotions’ derivado do francês émouvoir, que vem do latim emovere. Ou seja, o ‘e’ significa fora, e ‘movere’ signfica movimento. Define uma agitação da mente ou do esírito que tem origem fora de nós, e que nos leva a alguam ação ou resposta. “Emoção, numa definição mais geral, é um impulso neural que move um organismo para a ação. A emoção se diferencia do sentimento, porque, conforme observado, é um estado neuropsicofisiológico (Freitas-Magalhães, 2007). O sentimento, por outro lado, é a emoção filtrada através dos centros cognitivos do cérebro, especificamente o lobo frontal, produzindo uma mudança fisiológica em acréscimo à mudança psico-fisiológica.” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Emo%C3%A7%C3%A3o)
Exemplos de emoções negativas: Ira: fúria, revolta, ressentimento, raiva, exasperação, indignação, vexame, acrimônia, animosidade, aborrecimento, irritabilidade, hostilidade e, talvez no extremo, ódio e violência patológicos. Tristeza: sofrimento, mágoa, desânimo, desalento, melancolia, autopiedade, solidão, desamparo, desespero e, quando patológica, severa depressão. Medo: ansiedade, apreensão, nervosismo, preocupação, consternação, cautela, escrúpulo, inquietação, pavor, susto, terror: e, como psicopatologia, fobia e pânico. Nojo: desprezo, desdém, antipatia, aversão, repugnância, repulsa. Vergonha: culpa, vexame, mágoa, remorso, humilhação, arrependimento, mortificação e contrição.
Exemplos de emoções positivas: Prazer: felicidade, alegria, alívio, contentamento, deleite, diversão, orgulho, prazer sensual, emoção, arrebatamento, gratificação, satisfação, bom humor, euforia, êxtase e, no extremo, mania. Amor: aceitação, amizade, confiança, afinidade, dedicação, adoração, paixão, ágape. Surpresa: choque, espanto, pasmo, maravilha. (http://www.comportal.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=255:exemplos-de-emocoes&catid=3:transtorno&Itemid=268)
Quais os objetivos de termos emoções? Por que DEUS colocou isso em nossa vida? Originalmente, como dissemos, era para só termos emoções agradáveis. Elas são o tempero da vida, que a tira da neutralidade, que nos faz diferentes das máquinas e das plantas. Emoções produzem sentimentos, e, havendo amor, tornam a vida em extremo agradável de viver. São elas que formam o prazer em existir. Elas fazem bem ao organismo, nos levam a agir construtivamente. Sem essas emoções, não teríamos motivos para viver.
Já as emoções negativas surgiram com o pecado. A primeira emoção negativa apareceu em Adão e Eva, eles sentiram vergonha porque se perceberam nus. Logo sentiram medo, e a seguir, tristeza pelas perdas que tiveram que amargar. E também medo da morte. Mas havia esperança, uma emoção positiva, de JESUS morrer por eles. Era uma emoção positiva que também vinha acompanhada de outra negativa: para que vivessem JESUS morrer por eles, que era o seu Criador! A morte de um cordeiro ilustrou essa emoção.
Nesses dias finais, é tempo de emoções fortes. Muito medo, extrema ansiedade, estresse, insegurança, e assim vai. Nesse ambiente, devemos cultivar outra emoção, suave, que vem do alto: a esperança da vinda de JESUS, para nos tirar desse inferno de emoções que correm e deterioram a alma em que nos metemos.


  1. Primeiro dia: Emoções negativas
Vamos meditar sobre o episódio relatado em 2 Samuel 13. Amnom permitiu que sua mente desenvolvesse crescente atração sexual por sua irmã Tamar. Não sabemos como ela se vestia e como era a sua postura. Mas muitas mulheres costumam provocar os homens com maneiras sensuais, sabendo que o que os atrai é isso mesmo, formas físicas femininas e sensualidade. DEUS colocou beleza física nas mulheres e maneiras delicadas e sensuais para que elas assim atraíssem, cada uma, seu marido. Esse é o normal, mas hoje, em todos os lugares, se vê mulheres se exibindo. Até dentro de nossa igreja isso já é bem comum. Muitas mulheres agem assim por ingenuidade, são puras e erram por seguir exemplo de outras sem se darem conta dos possíveis efeitos. Mas outras, sabem bem o que procuram, e me refiro àquelas que pertencem ao nosso meio. Fato é que Amnon sentiu forte atração física por uma irmã sua, e queria possuí-la.
Quando o plano estava em andamento, Tamar servia alimento a Amnon, que se fingia doente, ao ela descobrir o verdadeiro intento do irmão, resistiu e até tentou dissuadi-lo. Mas ele estava dominado pela expectativa de prazer, e a forçou, abusando dela.
Agora, segundo pede a lição, quais os sentimentos ali envolvidos?
Amnon sentia atração sexual, e isso criava nele emoções de prazer e busca de aproximação. Se imaginava com ela, e isso lhe causava pensamentos deliciosos. Ao Tamar resistir, ele sentiu-se desprezado e não correspondido. O que era para ser bom, tornou-se ruim pela não concordância dela. Ele tinha pressa, estava dominado pelo prazer sexual, e também precisava praticar o ato antes que alguém outro aparecesse ali. Forçando-a, nas condições que se formaram, certamente o prazer físico não foi o que se imaginara anteriormente, ou seja, não foi bom. Então apareceu outra emoção: a frustração. Era para ser prazeroso, e na verdade, foi uma luta de um mais forte contra outro mais fraco que resistia, e se debatia para se libertar. Da frustração veio o ódio, a aversão, expulsando Tamar do quarto. Foi uma explosão sucessiva de emoções que levaram a uma atitude típica do pecado: separação. Adão e Eva se esconderam para fugir de DEUS, separando-se do Criador, Amnon explusou sua irmã. Foi-se a harmonia e a felicidade.
Tamar sentia emoções positivas, e queria ajudar o irmão doente. Estava feliz por isso, por certo, era prestativa. Mas ao descobrir o intento de Amnon, deve ter-se assustado, e sentindo que era errado, um desfile de emoções lhe passaram pela cabeça. Ela perderia a virgindade, e justo com seu irmão, num ato ilegal e de conseqüências desastrosas. Ela teria uma vida marcada por uma experiência negativa, ele também, mas nela isso produziria efeitos mais intensos. Sentiu medo, depois ira e por fim, vergonha de si e nojo do irmão.
Davi, ao saber, sentiu ira e pesar. Ira sobre Amnon, pesar sobre Tamar. Os dois eram filhos, agora em sua família, mais esse grave problema de dar vergonha. Logo em seu lar, ele que era o rei. Que péssimo exemplo para a nação. E, ele Davi, como poderia repreender, pois quando mais novo, fez pior. Ele também deve ter sentido culpa, pois sabia que de alguma forma, havia dado um mau exemplo no tempo em que ainda nem era pai, e não foi só uma vez. Ele também era sensual e não fazia muito para se controlar.
A sensualidade hoje nos cerca por todos os lados. E como se deve agir para resistir e vencer? Orando e pedindo poder de DEUS no exato instante da tentação. Pode experimentar, esse pedido DEUS sempre atende, antes mesmo que digamos amém. É assim que se vence, orando preventivamente, e orando pedindo socorro no momento da fraqueza.
E o outro irmão de Tamar e Amnon, Absalão, que emoções sentiu? Ele era astuto, e é de se crer que num primeiro momento tenha sentido um certo prazer. Ele viu nisso uma oportunidade, de tirar a vida de Amnon, seu irmão mais velho, ele era o segundo na hierarquia por idade para ser rei. Movido por ódio contra Amnon, e por pena de Tamar, matou seu irmão. Fora também dominado por uma sede de vingança ao mesmo tempo em que sentia-se feliz por ter-se criado uma oportunidade para ser rei.
O que podemos aprender dessa história? As emoções nunca estão sós, elas sempre ocorrem em grupo. Podemos, por exemplo, ao mesmo tempo sentir medo, ódio e nojo. Podemos também sentir uma sucessão de emoções de vários tipos, em rápida substituição uma por outra, conforme os fatos acontecem. Podemos ser dominados por emoções e não agir mais racionalmente, e sim, pela força de uma ou de um conjunto de emoções, e fazer coisas das quais mais tarde teremos vergonha e desejo de que isso nunca tivesse acontecido.
As emoções são um estado mental que muitas pessoas não sabem como lidar, principalmente as negativas. Muita briga entre casais e muita violência se poderia evitar se soubéssemos melhor controlar as emoções negativas, e se soubéssemos cultivar as positivas. É orando que se consegue isso, e vivendo como JESUS viveu. Portanto, com leitura meditativa da Bíblia e oração podemos ser transformados em seres vencedores sobre nós mesmos.

  1. Segunda: Emoções positivas
Entre vários tipos de classificações das emoções, uma delas é a das emoções negativas e as positivas. Uma categoria como a outra, produzem efeitos. E no mundo atual, há uma força, uma intensidade agindo que determina que as pessoas busquem emoções negativas. Em geral, para produzir adrenalina no corpo, que resulta ser uma espécie de droga necessária em certos momentos, quando precisamos reagir, mas que é problemática e vicia se a quantidade for grande e se a freqüência for muitas vezes. Aí que se proliferam os esportes radicais de risco e de emoções fortes. Aí que proliferam as torcidas de futebol nervosas e radicais. E os filmes de ação, de terror, de outras emoções fortes. E o mundo hoje é dominado por emoções que satanás produz e espalha por meio da mídia, e isso domina grande parte dos seres humanos. Cuidemos de não sermos também controlados por alguém cujo único interesse é a nossa morte eterna.
Emoções negativas podem nos fazer doentes. E elas são as responsáveis pelas doenças modernas, tais como: depressão, estresse, fobia, ansiedade. Vem de prolongada exposição a emoções negativas e fortes, e outros agentes atuais, como a pressão por cumprir metas ou ter que corresponder ao que é exigido.
As emoções positivas fazem bem ao nosso organismo e a nossa saúde. Elas geram uma química positiva por glândulas de nosso corpo, e assim nos tornamos, por exemplo, felizes (um tipo de emoção), esperançosos, calmos, nos sentimos seguros, etc. Uma emoção positiva, assim como a negativa, nunca fica só, ela desencadeia outras emoções, e também sentimentos (que são sensações) positivas. Uma emoção positiva nunca provoca o surgimento de outra negativa.
Emoções positivas fazem bem à vida, ao relacionamento, à saúde, e vive-se mais tempo, melhor e o trabalho rende mais, e se fazem as cosais mais bem feitas. Tudo é melhor.
A emoção mãe de todas é o amor. Aliás, o amor não é só uma emoção. É muito mais. É também um princípio de vida, vindo do próprio DEUS. É também a Sua Lei, o modo como Ele governa o Universo e como Ele Se relaciona com suas criaturas, e como mantém tudo. O amor produz outras emoções positivas e também muitos sentimentos bons.
Por o amor ser o princípio geral do Universo, ele deve ser também o referencial para tudo o que se faze debaixo do Sol, em nosso mundo. Por não ser assim é que o pecado tem tanta chance de vencer nas vidas de muitas pessoas.
O amor é incrível. JESUS veio a este mundo para morrer por nós, por amor a nós. O amor não mede conseqüências para fazer o bem aos outros. Mas ele desencadeia uma sucessão de outras emoções e sentimentos que tornam a vida tão agradável que DEUS, tendo esse sentimentos, resolveu que a vida de Suas criaturas seriam eternas como a d’Ele. Amando sempre se vive cada dia melhor, imagina experimentar amar durante a eternidade, como vai ser a vida num ambiente assim. Cada dia será melhor que o anterior, isso é certo.
O amor leva as pessoas servir umas às outras, não a dominar. Quem ama gosta de ser feliz e gosta de que outros também sejam, e faz tudo para isso. Numa família em que se amam, sempre querem um servir ao outro. Numa igreja em que se amam, querem um servir ao outro. Numa empresa, sociedade ou nação em que se amam, todos querem servir, e ninguém quer mandar. Num estado assim, jamais brigarão, sempre estarão, com humildade, buscando fazer o outro feliz.
Mas, quando não há amor, uma das primeiras coisas que o ser humano faz é chamar a atenção a si. Aí ele se veste para atrair olhares, ele se pinta, ele se embeleza de uma forma artificial, pois vai construindo um conceito que centraliza tudo nele. Quem ama, não se faz o centro, não quer ser o maior, nem o mais visto, nem o mais saudado, mas quer ajudar. Para que tenhamos amor, precisamos ser humildes, sem humildade não existe no ser humano possibilidade de cultivar o amor. Por isso JESUS disse que era manso e humilde, pois Ele amava e ainda ama. A glória de DEUS é a Sua infinita capacidade de amar. O brilho de Seu rosto vem dessa capacidade.

  1. Terça: As manifestações emocionais de JESUS - I
Estamos convictos que emoções fazem parte de todos os seres criados, sejam seres humanos, sejam anjos, sejam os animais irracionais. E DEUS, que não foi criado, também sente alguns tipos de emoções, mas não todos. Por exemplo, DEUS não sente medo nem ódio ou raiva. A Sua ira é diferente da nossa, é, curiosamente, motivada pelo amor, quando Ele sente que uma criatura, embora saiba distinguir o certo do errado, o bom do prejudicial, decide teimosamente pelo errado e o prejudicial. Os atos destruidores de DEUS são “atos estranhos”, pois Ele os faz no limite da situação e como única forma de solução.
JESUS, aqui na Terra demonstrou ser tal como o ser humano. Sentia como nós e estava sujeito a emoções como nós. E se não fosse assim, Ele nem teria ido até a cruz, por nós. Veio a este mundo porque nos amava, é o nosso Criador e nos quer ver vencedores. Tudo porque ama as criaturas. Ele e o Pai são amor.
Lendo os evangelhos, vemos quem é JESUS. Aliás, as leituras bíblicas poderiam ser feitas assim: ler a Bíblia toda, conforme o ritmo de cada um. Pode levar um ano ou mais, o que importa é ler o sagrado livro com oração e reflexão, como algo escrito para mim. Então, ler e reler umas três ou quatro vezes só os evangelhos, para se espelhar em JESUS, para conhecê-Lo melhor, e saber o que Ele faria estivesse, hoje, em nosso lugar. Nós muito erramos por não conhecermos JESUS o suficiente.
Quem foi JESUS? Ele foi um homem humilde e bem simples, que apreciava bastante estar entre as pessoas e fazer o bem a elas. Ele amava a todos. Por exemplo, os doentes curava todos. É o caso dos leprosos, como a lição destaca. Esses eram pessoas condenadas ao sofrimento até o final da vida, pois naquela época a lepra não tinha cura. Imagine uma pessoa como se sentia ao descobrir que fora contaminada com lepra, que era transmissível. Cabia a ela se separar dos parentes e amigos, e ir morar num lugar solitário, até morrer. Ninguém podia se aproximar, para não ser contaminado. Ela mesma, ao ver uma pessoa chegando, deveria advertir dizendo: “imundo, imundo”. Ora, o que mais nós gostamos senão estar junto com outras pessoas, falar, rir juntos, e passar horas agradáveis na companhia dos amigos? Pois um leproso sabia que isso jamais seria a sua experiência, senão, que se agrupasse a outros leprosos e assistisse um a um morrer, até chegar o seu dia. Viviam de donativos, muito parcos e insuficientes. A vida dessas pessoas era algo bem pior que um aidético nos primeiros anos em que apareceu a AIDS.
Então imagine as emoções e os sentimentos de um leproso ao encontrar JESUS. Quem, naqueles tempos, não sabia do poder desse JESUS, que curava a todos e não cobrava nada? Eles corriam ao encontro de JESUS, esqueciam de gritar “imundo, imundo”, só queriam a cura. O que sentiam nesse momento? E JESUS os amava, e tocava neles, e os curava. Como se sentiam esses homens e mulheres no instante seguinte, ao verem sua pele como a de uma criança, perfeita! E JESUS, como se sentia? Que senso de realização Ele deveria experimentar ao fazer o bem, e trazer uma pessoa que só esperava a morte como alivio, ao convívio social outra vez?
JESUS agia por amor o tempo todo. Ele fazia milagres por amor e ensinava por amor. Ele queria que as pessoas se salvassem, queria que, ao elas ressuscitarem, estivessem junto com Ele, na eternidade. Infelizmente, as atrações desse mundo são mais bem aceitas pelas pessoas que o Reino de DEUS, e essas pessoas se perderão. Isso deixava JESUS triste, a ponto de alguma vez Ele chegar às lágrimas. Queria tanto salvar a todos, mas eles queriam tirar a vida d’Ele. Que contradição o pecado produz no ser humano!
O nosso espelho de como devemos ser é JESUS. Ele, humilde como sempre foi, desde a eternidade, teve que ser honrado por DEUS Pai para que tanto Lúcifer e os demais anjos soubesse que ele não era um mero anjo criado, como parecia ser, mas era DEUS, como o Pai. “Lúcifer, no Céu, antes de sua rebelião foi um elevado e exaltado anjo, o primeiro em honra depois do amado Filho de Deus. Seu semblante, como o dos outros anjos, era suave e exprimia felicidade. A testa era alta e larga, demonstrando grande inteligência. Sua forma era perfeita, o porte nobre e majestoso. Uma luz especial resplandecia de seu semblante e brilhava ao seu redor, mais viva do que ao redor dos outros anjos; todavia, Cristo, o amado Filho de Deus, tinha preeminência sobre todo o exército angelical. Ele era um com o Pai, antes que os anjos fossem criados. Lúcifer invejou a Cristo, e gradualmente pretendeu o comando que pertencia unicamente a Cristo.
“O grande Criador convocou os exércitos celestiais para, na presença de todos os anjos, conferir honra especial a Seu Filho. O Filho estava assentado no trono com o Pai, e a multidão celestial de santos anjos reunida ao redor. O Pai então fez saber que, por Sua própria decisão, Cristo, Seu Filho, devia ser considerado igual a Ele, assim que em qualquer lugar que estivesse presente Seu Filho, isto valeria pela Sua própria presença. A palavra do Filho devia ser obedecida tão prontamente como a palavra do Pai. Seu Filho foi por Ele investido com autoridade para comandar os exércitos celestiais. Especialmente devia Seu Filho trabalhar em união com Ele na projetada criação da Terra e de cada ser vivente que devia existir sobre ela. O Filho levaria a cabo Sua vontade e Seus propósitos, mas nada faria por Si mesmo. A vontade do Pai seria realizada nEle” (História da Redenção, 13 e 14).
Isso sim que é humildade. Por si só, JESUS nunca se manifestou como sendo DEUS. Não fosse o próprio DEUS revelar quem era de fato JESUS, e as criaturas não o saberiam jamais. Assim como aqui na Terra se fez homem, e dos mais simples e humildes, do mesmo modo, no Céu, Ele era como um anjo, até o dia em que DEUS fez essa revelação estrondosa. Assim também nós devemos ser humildes, como Ele foi.

  1. Quarta: As manifestações emocionais de JESUS - II
JESUS vê a cidade de Jerusalém do alto. É uma cidade bonita, a capital do povo de DEUS. Era para ser a capital espiritual do mundo. Era para dali sair a mensagem de amor e salvação ao mundo. Em Jerusalém estava o templo. Até a destruição da cidade e do primeiro templo, nele havia, sobre a arca, o shekinah, a presença visível de DEUS, esse mesmo que agora olhava para a cidade, e suspirava por ela. Desde séculos Ele enviara os profetas para re-encaminhar seus cidadãos para uma vida de amor, mas não queriam. Preferiam os deuses que não eram nada. Agora, JESUS em pessoa, feito homem, mais uma vez, e era a última, vinha para tentar conquistar de volta o seu povo. Mas Ele sabia que O matariam. Estavam rejeitando o seu Criador e também Salvador. Que sensações pode alguém sentir sendo assim tratado pelo povo que Ele mesmo escolhera, em Abrão, para ser a luz do mundo e o sal da Terra? Já haviam perdido o templo. Haviam perdido a arca. Haviam perdido o shekinah. Agora perdiam o Salvador. Depois dessa perda, não haveria mais nada para eles perderem, senão a sua própria vida, e para sempre. Era de dar dor no coração. Mesmo assim, JESUS foi em frente para morrer por eles, e por todos nós.
“Em todos os séculos se concede aos homens seu período de luz e privilégios, um tempo de prova, em que se podem reconciliar com Deus. Há, porém, um limite a essa graça. A misericórdia pode interceder por anos e ser negligenciada e rejeitada; vem, porém, o tempo em que essa misericórdia faz sua derradeira súplica. O coração torna-se tão endurecido que cessa de atender ao Espírito Santo de Deus. Então a suave, atraente voz não mais suplica ao pecador, e cessam as reprovações e advertências.
Chegara aquele dia para Jerusalém. Jesus chorou em agonia sobre a condenada cidade, mas não a podia livrar. Esgotaria todos os recursos. Rejeitando o Espírito de Deus, Israel rejeitara o único meio de auxílio. Nenhum outro poder havia pelo qual pudesse ser libertado.
A nação judaica era um símbolo do povo de todos os séculos, que desdenha os rogos do Infinito Amor. As lágrimas de Cristo, ao chorar sobre Jerusalém, foram derramadas pelos pecados de todos os tempos. Nos juízos proferidos contra Israel, os que rejeitam as reprovações e advertências do Santo Espírito de Deus podem ler sua própria condenação.
Há nesta geração muitos que estão trilhando o mesmo caminho dos incrédulos judeus. Testemunharam as manifestações do poder de Deus; o Espírito Santo lhes falou ao coração; apegam-se, porém, a sua incredulidade e resistência. Deus lhes envia advertências e repreensões, mas não querem confessar seus erros, e rejeitam-Lhe a mensagem e o mensageiro. Os próprios meios que Ele emprega para sua restauração, tornam-se para eles em pedra de tropeço” (O Desejado de Todas as Nações, 587).
E no caso de Lázaro?
“"Jesus pois, movendo-Se outra vez muito em Si mesmo, veio ao sepulcro."  Lázaro fora depositado numa cova na rocha, sendo colocado na porta um bloco de pedra. "Tirai a pedra" (João 11:38 e 39), disse Cristo. Julgando que desejasse apenas ver o morto, Maria objetou, dizendo que o corpo fora enterrado havia quatro dias, tendo já começado o processo de decomposição. Esta afirmativa, feita antes de Lázaro ressuscitar, não deixou margem a que os inimigos de Cristo dissessem que houvera fraude. Anteriormente, haviam os fariseus espalhado falsas afirmações em torno das mais maravilhosas manifestações do poder de Deus. Ao ressuscitar Cristo a filha de Jairo, dissera: "A menina não está morta, mas dorme." Mar. 5:39. Como houvesse estado doente apenas pouco tempo, e fora ressuscitada imediatamente depois da morte, os fariseus afirmaram que a criança não estava morta; que o próprio Cristo dissera que ela dormia. Procuraram fazer crer que Jesus não podia curar moléstias, que Seus milagres não passavam de mistificação. Nesse caso, porém, ninguém podia negar que Lázaro estivesse morto. (O Desejado de Todas as Nações, 534 e 535).
Morto há mais de quatro dias, pois estava na cova por esse tempo, ao removerem a pedra, todos puderam sentir o forte cheiro da morte. No quinto dia de um morto o cheiro é insuportável. Não havia como duvidar que Lázaro estava mesmo morto. Então JESUS chamou o seu amigo, dizendo: “Lázaro, vem para fora”. E ele se levantou de seu lugar, todo enfaixado, não podendo ver alguma coisa, tentando se mover. E todos olhavam para aquele homem enfaixado que se mexia, querendo ficar em pé e caminhar. Mas isso era impossível enfaixado. O mau cheiro dera lugar à vida, houve uma ressurreição de um morto em estado de decomposição. E, estupefatos, ninguém fez alguma coisa senão quando JESUS desse a segunda ordem, que o libertassem das faixas.
“Não foi, porém, simplesmente pela simpatia humana para com Maria e Marta, que Jesus chorou. Havia em Suas lágrimas uma dor tão acima da simples mágoa humana, como o Céu se acha acima da Terra. Cristo não chorou por Lázaro; pois estava para o chamar do sepulcro. Chorou porque muitos dos que ora pranteavam a Lázaro haviam de em breve tramar a morte dAquele que era a ressurreição e a vida. Quão incapazes se achavam, no entanto, os incrédulos judeus de interpretar devidamente Suas lágrimas! Alguns, que não conseguiam enxergar senão as circunstâncias exteriores da cena que perante Ele estava, como causa de Sua tristeza, disseram baixinho: "Vede como o amava!" Outros, procurando lançar a semente da incredulidade no coração dos presentes, disseram, irônicos: "Não podia Ele, que abriu os olhos ao cego, fazer também com que este não morresse?" João 11:36 e 37. Se estava no poder de Cristo salvar a Lázaro, por que, então, o deixou morrer?” (O Desejado de Todas as Nações, 533 – 534).
Era terrível para JESUS, que veio para salvar, ter que suportar tanta incredulidade e indiferença. Eles viram com os olhos e sentiram no odor, e assim mesmo, foram tramar a morte de JESUS e até de Lázaro, agora uma prova de quem era JESUS. Não se poderia mais contestar que Ele não fosse o Messias. Poucos dias depois, JESUS estaria pendurado numa cruz. Isso doía no coração de JESUS.
Meus amados amigos e irmãos. Assim como eles foram duros diante de JESUS, muito cuidado, do mesmo modo também somos. Conheço bem meus irmãos gaúchos da igreja. Mesmo sabendo muito bem que o chimarrão é uma droga, que afeta o sistema nervoso central, que forma dependência, mesmo que no batismo tenham feito voto de não se envolver com drogas, ainda assim, muitos não largam do vício. Isso para citar um exemplo. Quanto mundanismo entre nós, e achamos que somos os melhores servos de DEUS do mundo. Quanta unha pintada está a dizer que o centro de nossas vidas não é JESUS, e sim, o que o mundo deseja. É de chorar!

  1. Quinta: O plano de DEUS para as manifestações dolorosas
O apóstolo João, (16:20 a 24) dá algumas indicações em relação a dor e sofrimento nesse mundo. Isso vai passar, e a recompensa será tão grande, e a felicidade será tão intensa que tenderemos a não mais lembrar do passado. Na Nova Terra só viveremos o presente tendo a perspectiva de futuro cada vez mais intensamente felizes. Seguros em JESUS, estando na realidade da salvação, vendo a perfeição, sendo imortais, não mais tendo que cumprir metas nem alcançar alvos, não mais tendo que lutar para ter o que comer e para poder pagar as contas, iremos tentar lembrar da vida dura aqui, mas o ambiente será tão bom que essas lembranças do passado não atrairão nossa atenção.
Tente imaginar a cena que Ellen White teve em visão. Ela se viu na Nova Terra, debaixo da árvore da vida. Imagine que isso esteja acontecendo nesse momento, como se fosse o futuro. Que emoções se passam num lugar assim? “Todos nós fomos debaixo da árvore, e sentamo-nos para contemplar o encanto daquele lugar, quando os irmãos Fitch e Stochman, que tinham pregado o evangelho do reino e a quem DEUS depusera na sepultura para os salvar, se achegaram a nós e nos perguntaram o que acontecera enquanto eles haviam dormido. Tentamos lembrar nossas maiores provações, mas pareciam tão pequenas em comparação com o peso eterno de glória mui excelente que nos rodeava, que nada pudemos dizer-lhes, e todos exclamamos - ‘Aleluia! muito fácil é adquirir-se o Céu!” (Primeiros Escritos, 17)

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Hoje é ainda tempo de nós, adventistas, nos prepararmos. Temos que nos preparar para darmos a mensagem final do Alto Clamor quando vier o decreto dominical.
Como deve ser feito esse preparo? Separemos de nós todas as coisas do mundo que estamos trazendo para dentro da igreja. Há muita pintura de cabelo, de unha, de lábio. DEUS nos fez lindos ao natural. E já está havendo brincos para tentar enfeitar como o mundo faz e silicones para salientar as formas, não mais só para corrigir. Há muito torcedor por jogos que só podem funcionar em meio ambiente de pecado, pois onde todos são perfeitos não pode haver ganhador e perdedor. Há em nosso meio muita moda cuja finalidade é chamar a atenção a si mesmo, coisas que vão do modo de se pentear, ao de se vestir e ao de falar. Há em nosso meio muito desdém em relação a reforma da saúde. Há em nosso meio muito relaxamento quanto a santificação do sábado. O melhor tratamento de beleza é um bom regime alimentar vegetariano, seja para homens, seja para mulheres. Quem não quer ter uma pele saudável ao natural?
A lição de hoje destaca o segundo ato de JESUS ao purificar o Templo. Mas não podemos só ficar imaginando como foi aquela cena, há dois mil anos. Devemos saber que o templo será mais uma vez purificado, chama-se sacudidura. A sacudidura será o expulsar do templo em nossos dias, para livrar esse templo do joio. Ela virá por volta do decreto dominical, quando então sairá da igreja o joio, esse que não quer se desvincular do mundanismo, do qual demos alguns poucos exemplos no parágrafo anterior.
Agora tente imaginar como JESUS se sentiu ao expulsar aquela gente do Templo. Tente imaginar como Ele se sentirá ao liberar a sacudidura. Afinal, são filhos d’Ele, que já fazem parte do povo de DEUS, mas que preferem ser como o mundo, que, portanto, pertencem ao mundo. E que emoções sentirão os que forem sacudidos para fora da igreja, quando, na segunda vinda, souberem com todas as letras que se perderam apenas porque não quiseram largar um pequeno ídolo de mundanismo.
Foi muito duro esse comentário do dia de hoje? Então que se tire do livro Educação o que EGW escreveu: “A maior necessidade do mundo é a de homens - homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus” (Educação, 57).
Para onde foram esses homens?

escrito entre:  30/11 a 1º/12/2010
revisado em  1º/12/2010



Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.

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