terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 8

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Primeiro Trimestre de 2010
Tema geral do trimestre:  O Fruto do ESPÍRITO
Estudo nº 08   O fruto do Espírito é: fidelidade
Semana de    13 a 20/02/2010
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil

“...eles não são do mundo como também Eu não Sou” (João, 17:14)

Verso para memorizar:E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos” (Gál. 6:9).

  1. Introd.Bem aventurado o homem que ... se guarda de profanar o sábado” (Isa. 56:2)
O que é fidelidade?
O dicionário Michaelis diz:
1 Qualidade de quem é fiel; lealdade. 2 Semelhança entre o original e a cópia. 3 Afeição constante: A fidelidade do cão. 4 Probidade. 5 Exatidão, pontualidade.
O dicionário Aurélio online diz:
Exatidão em cumprir suas obrigações, em executar suas promessas: jurar fidelidade.  Afeição e lealdade constante: fidelidade de um amigo.  Obrigação recíproca dos esposos de não cometer adultério.  Exatidão, semelhança: fidelidade de uma narração.  Lealdade; probidade.
Vamos resumir as definições de fidelidade acima, considerando que se trata de assunto religioso, como sendo: “impressionante semelhança a JESUS”. Isso para nós, cristãos, deve ser fidelidade. As pessoas devem ver em nós essa característica, somos mesmo, não apenas irmãos de JESUS, somos mais que irmãos, somos irmãos gêmeos d’Ele, no caráter. Temos a mesma genética espiritual d’Ele, isso quer dizer, temos o mesmo Pai celeste, portanto nos comportamos como Ele e nos parecemos tanto com Ele que podemos ser confundidos com Ele. Somos um com Ele. Isso é fidelidade, um modo natural de viver como JESUS, nosso irmão espiritual vive.
A essa altura de nossas reflexões, precisamos introduzir aqui outra palavra. É fidedignidade. O que ela quer dizer? O dicionário Michaelis diz que é algo “Que é digno de fé, que merece crédito”. As outras pessoas, e mesmo nossos irmãos, nos vendo, devem dizer assim: ‘neste se pode crer’, ou ‘ nesta se pode crer’. É uma pessoa íntegra. E o que é integridade? Esse mesmo dicionário diz que é: “1 Qualidade do que é íntegro. 2 Inteireza moral, retidão, honestidade. 3 Imparcialidade. 4 Inocência. 5 Virgindade. Resumindo: “pureza de pensamentos e de atos”.
Sim, atos, ou obras que se originam de pensamentos puros, que são moldados pelos mais nobres interesses do amor, que se foca no próximo, não no eu. Quem é fiel a CRISTO, pratica boas obras, à semelhança d’Ele, que é Seu Mestre.
Mas, como debate a lição, não confundir fidelidade com fé. A fidelidade, como agora facilmente podemos ver, é o reflexo da fé em nós, é o que ela produz em nossa vida. Ou seja, fé recebemos de DEUS porque decidimos amá-Lo, e a fidelidade é a nossa decisão de sermos como Ele é. Pois bem, as obras, os atos, portanto, serão correspondentes ao que cremos (fé) e ao que somos (fiéis). Portanto, pela fé somos transformados em pessoas fiéis, isto é, dignas de confiança (fidedignidade). Assim são os cristãos que serão salvos. Se ainda não são, ao menos estão no caminho de serem assim, crescendo pela transformação da graça de CRISTO, por meio de Seu ESPÍRITO. Ou seja, são pessoas santas, diferentes do mundo, semelhantes às pessoas não caídas, semelhantes a JESUS.

  1. Primeiro dia: DEUS é fiel
DEUS é o nosso modelo. Por quê? Simples, por dois motivos: Ele nos criou e Ele nos redimiu. Ele nos fez à Sua semelhança, e, em JESUS, Ele, o Pai, por meio do ESPÍRITO SANTO, nos transforma ao que seríamos se nunca houvéssemos pecado. Ele nos transforma ao estado original que teríamos se o pecado não tivesse ocorrido. No Universo só Ele, Criador, sabe qual é este estado, portanto, ou confiamos n’Ele para nos transformar, ou ninguém mais de todas as criaturas que existem pode fazer isto, e estamos perdidos. Veja só a nossa situação, nem nós conhecemos o que seríamos se estivéssemos na condição original. Nem nós!!! E o pior é o seguinte: se nós soubéssemos, o que poderíamos fazer? Nada; quem aqui é capaz de mudar a sua natureza? Veja bem isto, quem é capaz de mudar a sua natureza para um caráter que ele nem sabe como deve ser?! Quem? Ou DEUS faz isto, ou estamos perdidos. Ele, O Fiel DEUS pode fazer isto, e Ele quer fazer. Alguns homens no passado atestaram a fidelidade de DEUS para com os homens. Jó foi um deles, e disse assim: "Eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia" (II Tim. 1:12).
A lição destaca algumas bênçãos advindas da fidelidade de DEUS. Ele é tão fiel conosco que, embora não deva nos colocar numa redoma (recipiente de proteção total) nessa guerra injusta, Ele garante que todas as tentações que nos sobrevieram, nenhuma delas serão tão grande que não possamos suportar e vencer. Ou seja, se a tentação foi insuportável, Ele mandará poder extra.
Assim, permaneceremos íntegros, inteiros, cristãos completos (os que são completos, ou, que são fiéis por inteiro). Seremos protegidos dos ataques de satanás. Esses ataques ocorrerão, e eles nos atingirão, mas não nos destruirão espiritualmente, embora DEUS muitas vezes permita que sejamos atingidos e até destruídos fisicamente. Eles podem fazer com que percamos nosso emprego, nossa casa, até a nossa vida física, mas não nos tirarão a vida eterna. Pois Ele cumpre o que prometeu, afinal, DEUS é fiel. Se tão somente crermos na fidelidade d’Ele, e se, portanto, nossas obras corresponderem a essa fé, uma coisa é certa, teremos a vida eterna, conforme é a promessa.
Assim como DEUS é, Ele quer que sejamos também. EGW define como é o cristão fiel a DEUS: “Quando a alma se rende inteiramente a Cristo, novo poder toma posse do coração. Opera-se uma mudança que o homem não pode absolutamente operar por si mesmo. É uma obra sobrenatural introduzindo um sobrenatural elemento na natureza humana. A alma que se rende a Cristo, torna-se Sua fortaleza, mantida por Ele num revoltoso mundo, e é Seu desígnio que nenhuma autoridade seja aí conhecida senão a Sua. Uma alma assim guardada pelos seres celestes, é inexpugnável aos assaltos de Satanás. Mas a menos que nos entreguemos ao domínio de Cristo, seremos governados pelo maligno. Temos inevitavelmente de estar sob o domínio de um ou de outro dos dois grandes poderes em conflito pela supremacia do mundo. Não é necessário que escolhamos deliberadamente o serviço do reino das trevas para cair-lhe sob o poder. Basta negligenciarmos fazer aliança com o reino da luz. Se não cooperarmos com os instrumentos celestes, Satanás tomará posse do coração e torná-lo-á morada sua. A única defesa contra o mal, é Cristo habitar no coração mediante a fé em Sua justiça. A menos que nos unamos vitalmente a Deus, nunca poderemos resistir aos não santificados efeitos do amor próprio, da condescendência com nós mesmos e da tentação para pecar. Podemos deixar muitos hábitos maus, podemos por tempos separar-nos de Satanás; mas sem uma ligação vital com Deus pela entrega de nós mesmos a Ele momento a momento, seremos vencidos. Sem conhecimento pessoal com Cristo e constante comunhão ficamos submetidos ao inimigo, e havemos afinal de fazer-lhe a vontade.” (Desejado de Todas as Nações, 324, grifos acrescentados)

  1. Segunda-feira: Falta de fé: sinal do fim
“Levantam-se homens que julgam ter alguma coisa a criticar na Palavra de Deus. Eles a expõem diante de outros como prova de superior sabedoria. Esses homens são, muitos deles, inteligentes, instruídos, possuem eloqüência e talento, homens cuja vida toda é desassossegar espíritos quanto à inspiração das Escrituras. Influenciam muitos a ver segundo eles próprios vêem. E a mesma obra é transmitida de um para outro, da mesma maneira que Satanás designou que fosse, até que possamos ver plenamente o sentido das palavras de Cristo: "Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na Terra?" Luc. 18:8.” (Mensagens Escolhidas, v1, 17).  Estamos, mais que em todos os tempos anteriores, vivendo a ênfase do EU. A sociedade humana está se voltando a essa direção. “Eu posso”; “eu mereço”; “eu de preferência”; “eu sou o melhor”; “eu mais que os outros”, e assim por diante.
O egoísmo, ou exaltação do eu, até tornou-se um grande negócio. A indústria e o comércio desenvolveram no “eu” um grande mercado. E quando tudo se centra no “eu”, DEUS sai de nosso foco de atenção. A fé deixa de ter importância, pois quem confia no “eu posso” não precisa de fé, afinal, ele imagina depender só de si mesmo.
O que é o grande mercado do “eu”? Ontem ainda assistia um programa na Televisão sobre automóveis de luxo. Não me atrai, mas pensei, aí se pode aprender algo sobre a natureza do ser humano. Logo surgiu a pergunta: por que tanto luxo? Portas diferentes, motorizadas e com comando remoto, que abrem para cima. Muito chique mas nada prático, pois em dia de chuva molha tanto o passageiro quanto o automóvel por dentro. E o coitado do ‘feliz” proprietário precisa pagar uns R$3.000.000,00 por essa relíquia, algo fantástico para atrair a atenção de ladrões. Esse automóvel, para mim, é uma sucata em relação ao que nossa família terá, bem logo, nas mansões celestiais, por enquanto indescritível. É só uma questão de tempo.
Durante os comerciais daquela programação, apareceu uma senhorita fazendo propaganda sobre a mulher moderna. Essa mulher precisa consumir uma quantidade de produtos da indústria de cosméticos, ou ela não é linda. Creio que os maridos, ao menos aqueles que desejam a vida eterna deles e da respectiva esposa, precisam se reciclar e entender a diferença entre uma “mulher produzida pelo homem” e uma “mulher criada por DEUS”. A verdadeira cosmética da beleza está na reforma da saúde. Porém, a indústria vende a idéia de beleza fácil e rápida, aplicada sobre um corpo mal cuidado, que se renova com 10 minutos diários de exercícios sem nenhum suor e quase nenhum esforço, com produtos vendidos, também pela indústria da vaidade.
Então, devemos ou não ser pessoas belas e atraentes? Claro que sim, mas ao natural, conforme o original, de modo completo, por meio de uma boa saúde e vivendo conforme a excelência dos princípios divinos. Sabe quanto custa viver assim? É o estilo de vida de menor custo que se pode encontrar, além de fornecer a felicidade interior por causa da esperança num futuro infinito.
Mas os homens deste século, mais do que em todos os tempos, valorizam só o “eu”. Analise o trecho bíblico de 2 Tim. 3:1-5: “Sabe, porém, isto: nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis. Pois os homens serão egoístas, avarendos, jactansiosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, antes inimigos dos prazeres que amigos de DEUS, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.” Resumindo: “levar vantagem em tudo, para a satisfação do “eu” e depreciação do próximo”.
Quem valoriza o “eu” mais que o bom equilíbrio, não precisa de DEUS, nem de fé em DEUS. Esse vive “de si para si mesmo”, e tudo o mais, para ele. A sociedade é para ele, a natureza é para ele, e tudo o que existe é para ele. Assim o mundo só pode mesmo “ir de mal a pior” (2 Tim. 3:13).

  1. Terça-feira: Modelos de fidelidade (Heb. 11)
Podemos, e devemos, olhar para os grandes exemplos humanos do passado. O Maior de todos os exemplos foi JESUS. Mas outros seres humanos, imperfeitos, também nos servem de matéria de estudo para nosso crescimento na fé, na obediência e fidelidade a DEUS. Particularmente aprecio muito o profeta Elias. Ele era um homem poderoso para enfrentar situações criadas pelos políticos degenerados ao tomarem conta da nação. Aprecio esse homem porque ele também possuía as suas fraquezas, e isso me passa uma lição do tipo: se ele venceu péla fé, muito embora fosse um homem pecador, com as mesmas fraquezas que eu também tenho, do mesmo modo, portanto, posso vencer também.
Outro exemplo de personagem bíblico que me passa grande admiração foi Daniel, o homem fiel. Era um jovem, no final da adolescência quando foi raptado por um império opressor, e levado para todo tipo de tentação na opulência. Para a sua idade, preparado para a vida como foi, pois Daniel era um nobre, poderia galgar as alturas do poder no Império Babilônico. Ele poderia elaborar um plano, como, ‘me tornarei importante nesse império para assim libertar o meu povo.’ Mas não, em primeiro lugar ele foi fiel a DEUS, então DEUS o colocou nas alturas conforme a Sua vontade. Daniel, em vez de libertar o seu povo, profetizou sobre a libertação, no tempo por DEUS determinado, desse povo. Assim, sendo fiel, Daniel cumpriu a vontade de DEUS, não a dele mesmo.
José do Egito, vendido pelos irmãos, esse também teve oportunidade de subir às alturas pelos caminhos dos homens. Na casa de Potifar ele poderia ter feito um acordo com a esposa deste homem, e pelos caminhos políticos (os caminhos do ponto de vista humano), sobressair-se aos demais. Mas este também preferiu o caminho da fidelidade a DEUS, e isto o levou a prisão. Mas da prisão, mantendo a fidelidade, ao sair, comandou o Egito, que o recebera como escravo e o havia aprisionado.
Da galeria da fé de Heb. 11 gosto de Abraão. Esse homem, em meio a idolatria reinante em seu tempo na terra de Hur, manteve-se tão fiel a DEUS que foi escolhido para ser a raiz de uma nação. Esse homem, com sua esposa, foi como um novo casal de Adão e Eva, para reiniciar um povo de DEUS nesse planeta, um povo exemplar.
Moises é outro caso. Escravo, foi educado por uma mulher na sabedoria do DEUS vivo. Aos 12 anos de idade foi levado para o palácio. Nessa idade mal se formara o caráter. Mas Moisés se manteve fiel. Em vez de abandonar seu povo, sua origem humilde de escravos socialmente inferiores, ele manteve-se ligado a essa origem. No palácio ele continuava sendo um israelita. Essa vinculação o levou a defender um irmão seu, pelo que teve que fugir, e abandonar uma carreira brilhante no maior império daqueles tempos. Foi no que deu a sua fidelidade ao povo de seu DEUS. Ele não se passou aos deuses do Egito. Mais tarde retornou ao Egito, agora como um escolhido de DEUS para derrotar o império do qual há 40 anos atrás fugira, e libertar o povo cujo irmão seu ele defendera naquela época.
O consolo para nós é que esses homens e mulheres que tinham grande fé eram pecadores como nós, mas venciam e enfrentavam tudo pela fé. Esse era o poder deles, eles criam em DEUS. Veja o que diz em Heb. 11:1 onde explica que fé é uma certeza, uma convicção do que se espera mas não se vê. Eles esperavam uma pátria superior (Heb. 11:16), uma cidade que tem fundamentos (Heb. 11:10). Eles olhavam para o futuro, o presente era para essas pessoas algo a ser superado, que passa e que não é interessante. Viam-se aqui como estrangeiros, e criam firmemente que o futuro lhes reservava, por meio de CRISTO, algo superior que valia a pena esperar. Essas pessoas, “da fraqueza tiraram forças” e se tornaram “homens dos quais o mundo não era digno”, sim porque eles venceram, mesmo sendo pecadores, como é qualquer um de nós. Atente bem, a grande diferença entre os que se salvam não é em não serem pecadores, e sim, em entrega diária a DEUS para que Ele faça em nós a Sua vontade, e isso é um ato de fé. Manter-se nesse caminho é fidelidade.

  1. Quarta-feira: Fidelidade na vida diária
Vamos hoje falar de princípios. Para adentrarmos nesse assunto, não poderia de reproduzir aqui o trecho de Ellen G. White que mais admiro, e que freqüentemente lei em sala de aula, e medito nele em casa. É a frase que mais me causa admiração em tudo o que já li na minha vida. “A maior necessidade do mundo é a de homens - homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus” (Educação, 57).
Como proceder para chegar a esse nível de cristianismo? Aí vem a segunda citação de EGW que mais aprecio: “Se buscardes o Senhor e vos converterdes cada dia; se, por vossa própria escolha espiritual, fordes livres e felizes em Deus; se, com satisfeito consentimento do coração a Seu gracioso convite, vierdes e tomardes o jugo de Cristo - o jugo da obediência e do serviço - todas as vossas murmurações emudecerão, remover-se-ão todas as vossas dificuldades, todos os desconcertantes problemas que ora vos defrontam se resolverão” (O maior discurso de CRISTO, 101).
A regra é fácil, não é assim? Ou seja, todos os dias abrir mão de nosso maior inimigo, que é o “eu”. A supervalorização do “eu” nos expõe ao que o mundo determina, e faz a diferença entre a vida e a morte eterna. O “eu” exagerado faz a diferença entre a fidelidade a DEUS ou a devoção ao “eu”, entre a humildade ou a vaidade. Daí por diante, o curso da história do indivíduo está definido: se valoriza demais o “eu”, mesmo pertencendo ao povo de DEUS, se perderá, pois na hora da provação, não olhará com fé para DEUS, e sim, procurará forças onde não tem, no “eu”. Aquele no entanto, que valoriza a DEUS mais que o “eu”, esse torna-se fiel em tudo o que se faz diariamente, nas pequenas coisas sob nossa responsabilidade.
Vamos a alguns exemplos dessas pequenas coisas diárias, que se nelas não formos fiéis, é porque o “eu” está nos controlando, e desenvolvemos cada vez mais fortemente uma vontade que nos domina, uma vontade de abastecer o “eu” em lugar de sermos fiéis a DEUS. Quais são essas pequenas coisas, que servem de diagnóstico de fidelidade ou infidelidade a DEUS?
ð  No falar, dizer sempre a verdade, e nunca fazer humor depreciativo de outro;
ð  No ouvir e no ver, cuidar o que entra em nossa mente, para não poluir ela com coisas que irão depois controlar nossos pensamentos e atos;
ð  No agir, ser sempre honesto e leal aos princípios;
ð  Jamais piratear, fazer negócios ilícitos, sonegar, deixar de pagar, etc.
ð  Se prometeu algo, tem que cumprir, se não vai dar para cumprir, explique em tempo;
Esses são alguns pontos da vida diária que devemos ter em mente. Para concluir o comentário do dia de hoje, uma pergunta: mas fidelidade na vida diária a quê? Fácil de responder: fidelidade a princípios bíblicos de vida. O princípio principal é o amor, e dele vem os demais princípios. Alguns deles, muito importantes, a lição destacou, como: confiança; honestidade; integridade e lealdade. Esses, sendo seguidos, já faz uma grande diferença na vida.

  1. Quinta-feira: Fiel até o fim
Como podemos descrever esses dias em que vivemos, do ponto de vista profético? Façamo-lo baseados na parábola das dez virgens e do servo infiel. Das virgens, cinco estavam preparadas para uma demora maior do noivo, as outras só estavam preparadas caso ele viesse cedo. Esse é um ponto importante: até quanto tempo de espera estamos nos preparando? Para pouco tempo ou para muito tempo? Precisamos nos preparar para esperar até o final dos dias de nossa vida.
O caso do servo infiel é parecido. Ele concluiu, acertadamente, que o seu senhor demoraria muito para retornar. Mas ele errou ao se fazer como um tirano na administração da propriedade de seu senhor. Até espancava os outros servos a ele confiados. Em lugar do verdadeiro senhor, ele tornou-se como se fosse um senhor a seu modo, do seu jeito, para fazer as coisas como ele desejava. Esse representa bem a satanás e seus agentes, que tentam dominar o povo de DEUS por meios de força.
O que há de comum nesses dois casos? Eles não souberam viver preparados durante o tempo mais longo de espera. As virgens não se prepararam por falta de material para uma longa espera, o servo infiel usurpou o posto de seu senhor. E aí temos que atentar para os nossos dias. É evidente que essa é uma de nossas maiores dificuldades, esperar com fidelidade até o dia do fechamento da porta da graça, ou o dia em que morrermos. Isso pode demorar tanto que a espera se torne um enfado, uma monotonia, e então as proposições do presente século se tornam atrativas, e nós, mesmo dentro da igreja, perdemos a vida eterna.
Era uma vez uma família. O casal conheceu a verdade ainda noivos. Aceitaram com prazer, e se tornaram verdadeiros cristãos, zelosos na obediência aos princípios e equilibrados na vida espiritual. Participavam na igreja em muitas atividades, e a cada ano, por sua influência, algumas pessoas eram agregadas ao rol de membros.
Mas o tempo foi passando. Foram-se dez anos de casados, e tiveram um casal de filhos, foram-se vinte anos de casados, e a vida lhes sorriu, e se enriqueceram. A fé já não era mais tão importante como antes. Tornou-se uma fé mecânica, algo aprendido em outros tempos, mas que agora já não fazia sentido. Os cultos matinais e vespertinos ainda se faziam, mas eram como bater ponto numa empresa, formais e sem poder enriquecedor do comportamento espiritual. Eram cultos sem capacidade de mudar a vida. As coisas do mundo atraíam bastante, e muitas delas eram bem-vindas. Os filhos tinham tudo o que desejavam, desde jogos eletrônicos até diversões em circos e parques de brinquedos. Isso e muitas outras coisas se tornaram mais importantes que a fé.
Passaram-se 30 anos. A família ainda estava ligada à igreja, mas apenas por laços sociais e de amizade, e algumas conveniências. Parece que desejavam duas cosias contraditórias, a salvação e ao mesmo tempo o mundo. E assim viviam na prática, um pouco na igreja, e cada vez mais no mundo. O filho e a filha se uniram com pessoas não da igreja, por uma união informal. Aliás, ela convive com outra mulher. Ainda assim, vez por outra aparecem na igreja. Todos estão muito bem econômica e financeiramente. Mas quanto a fé, só resquícios de outros tempos.
Esse é mais ou menos o retrato de muitas situações em nosso meio. Pessoas que se afastaram da fé por diversos motivos. Algumas, porque se enriqueceram, outros, porque empobreceram, e tem os que enfrentaram outros problemas. Aliás, para se afastar da igreja, motivos é que não faltam. O afastamento é a fase inicial da sacudidura, ainda em tempo de retornar. Se você estiver sentindo algum dos sintomas de afastamento da igreja, tome uma atitude: reavive a sua fé antes que algo aconteça e a decisão pela vida eterna se torne tarde demais.

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Quando JESUS volta? DEUS conhece a data. Ele tem, entre outros atributos, a onisciência, ou seja, conhece tanto o passado como o futuro. Isso é algo maravilhoso demais para compreendermos e explicarmos, mas Ele consegue saber o que ainda vai acontecer e quem estará envolvido.
Satanás, por sua vez, em relação ao futuro, trabalha tal como os homens, com a vantagem de ter muito mais inteligência e conhecimento. Ele trabalha com probabilidades, e tem margem de erro em relação a previsões futuras. DEUS, em relação a previsões futuras não tem margem de erro. Essas previsões, vindas de DEUS, se chamam profecias, algo que me atrai intensamente ao estudo.
Há, portanto, uma data na mente de DEUS para a segunda vinda de CRISTO. E DEUS age segundo os Seus planos, Ele não reage aos planos de satanás, pois antes do inimigo agir, DEUS já o sabia e já delineou o que fazer. Assim foi com a queda de Adão e Eva. Portanto, ninguém pega DEUS de surpresa, nem mesmo o Seu maior inimigo. Em relação aos planos de DEUS, de uma coisa podemos ter absoluta certeza: JESUS volta.
Mas nesses nossos dias, outra certeza podemos ter. O dia da volta de JESUS está próximo. Assim garantem as profecias, não uma ou duas, mas muitas. As condições proféticas estabelecidas para a volta de JESUS se tornaram realidade. Agora falta pouco, e esse não é tempo de vacilar na fidelidade ao que cremos. Agora não é tempo de sair da igreja, mas de nos firmarmos nela. Esse é um tempo em que já estamos assistindo as primeiras escaramuças da batalha final. A guerra já está entrando fortemente na igreja. O inimigo, por meio de seus agentes, invade a igreja. Uma das estratégias de satanás, muito eficaz, é manter a igreja morna, serve para ela não realizar a sua missão. Depois dessa estratégia vem outra, e já está chegando, a de oprimir os membros mais fiéis, para que vacilem na fé e saiam da igreja. Depois da opressão vem o decreto dominical, e para este vir, não falta muito tempo. Com o decreto vem forte sacudidura para separar o joio do trigo. E por fim, já durante as pragas, vem a quarta estratégia, a do decreto de morte, a última tentativa de subjugar o povo de DEUS. Esse ataque resultará na maior de todas as angústias entre o povo de DEUS. Mas quem permanecer fiel até o final, esse vencerá, e receberá a vida eterna.

escrito entre:   09/01/2010 a 14/01/2010
revisado em   15/01/2010


Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.


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