Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que o fumante gasta mais com cigarros do que com arroz e feijão...
Pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas sobre o cigarro, concluiu que, além de fazer mal à saúde, o fumo também causa danos ao bolso do fumante. De acordo com a pesquisa, a pessoa dependente de cigarros gasta mais com vício do que com arroz e feijão.
A pesquisa exemplifica que ,de 2004 para cá, os preços do arroz e feijão caíram em média 20%, enquanto os preços do cigarro subiram 30% em média. Nessa conta, uma pessoa que consome o cigarro mais barato, em média R$ 1, e fuma um maço por dia gasta em torno de R$ 30 por mês, sendo que com esse dinheiro é possível comprar, em média, cinco quilos de arroz e cinco quilos de feijão.
Na opinião da coordenadora do Programa de Controle ao Tabagismo, Fernanda Lins e Freitas, o dado da pesquisa é relativo. “Depende de quanto cada pessoa fuma e da quantidade de arroz e feijão que ela consome. Mas, em muitos casos, é certo que isto acontece”, comentou.
Fernanda informou que o cigarro é a droga licita mais barata que existe, por isso fica muito fácil para as pessoas fazerem uso. “Em termos de preços do cigarro o Brasil está em 6° lugar entre os países que possuem o produto mais barato”, disse a coordenadora, ao enfatizar que o Brasil é o maior exportador do produto e o 2° produtor mundial.
Fernanda, que também é psicóloga, contou que existem muitos casos de pessoas que acabam se rendendo ao fumo, mas com acompanhamento e força de vontade se libertam do vício.
“Dentre as muitas histórias que passamos a conhecer está a de uma idosa que fazia uso de bombas de oxigênio durante dia e a noite, mas mesmo assim fumava. Porém, com o tratamento, ela superou o vício e hoje usa oxigênio apenas 3 horas por dia”, contou.
Mais de 1,3 mil estão na fila do Programa Anti-tabagismo
O Programa de Controle ao Tabagismo, que foi implantado em Catanduva em janeiro de 2006, tem , hoje, mais de 1.300 pessoas na fila de espera que aguardam vaga para seguir o programa e conseguir parar de fumar.
Segundo a coordenadora do Programa, Fernanda Lins e Freitas, esse número diz respeito a pessoas de Catanduva e região. “Somente de catanduvenses são mais de 790 na espera”, acrescentou.
Fernanda disse que a espera existe pelo fato de a equipe do programa ser composta por apenas um médico, uma enfermeira e uma psicóloga. “Para atuar no programa é necessário que o profissional passe por capacitação fornecida pelo Ministério da Saúde. Mas espero que no próximo ano consigamos capacitar mais pessoas”, disse.
O programa já atendeu mais de 790 pessoas e, dessas, 448 conseguiram concluir toda a programação que dura um ano.
“No início os fumantes chegam a ter que freqüentar o programa até três vezes na semana; depois, no terceiro mês, as visitas passam a ser quinzenais e, depois do quarto mês, mensais”, detalhou, ao enfatizar que o fumo é a 2ª maior causa de morte evitável.
Na 5ª-feira é comemorado o Dia Mundial sem Tabaco
Na próxima quinta-feira (dia 31), o mundo todo celebrará o Dia Mundial sem Tabaco e, para assinalar a data, o Programa de Controle ao Tabagismo de Catanduva promoverá na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Solo Sagrado palestra de conscientização sobre o vício do fumo e entregará certificados para pessoas que acompanharam o programa, conseguiram concluí-lo e pararam de fumar.
“Hoje o tabagismo é tratado como doença, por isso as pessoas devem se conscientizar do mal que isto faz à saúde, esforçar-se e superar o vício”, disse.
notícia retirada do site www.noticiadamanha.com.br
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