quinta-feira, 2 de agosto de 2007

SHOWS CRISTÃOS: CULTO, ENTRETENIMENTO OU MUNDANISMO?

No ano passado, grandes cidades brasileiras receberam a presença do cantor gospel David Phelps, em uma turnê pelo nosso país, que foi patrocinada por uma empresa que promove eventos, administrada por um adventista do sétimo dia. Além disso, a própria ADRA recebeu alimentos doados à entrada de cada apresentação, e um pastor adventista participou do evento através de mensagens faladas.


Antes de Phelps tivemos a presença de outros nomes fortes da música evangélica cristã no Brasil: em 2005, Take Six e Michael Smith fizeram shows em São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, entre outras cidades. Isso sem contar a presença dos tenores Steve Green e Larnelle Harris, convidados de honra de dois aniversários do UNASP campus II (respectivamente, 10 e 15 anos). Isso nos leva a ter a certeza de que outros shows virão.

Mas seria adequado para o cristão envolver-se com esse tipo de evento? Quão válidos são os shows de artistas cristãos do ponto de vista espiritual? São mero entretenimento? Este artigo tece algumas observações sobre os aspectos dos shows cristãos de uma forma geral, sem se ater à análise de um cantor ou grupo em especial. Alguns exemplos são citados como forma de elucidar cada ponto da argumentação. O principal é abrir a discussão sobre um fenômeno que recentemente tem se tornado parte da vida social dos adventistas do sétimo dia; contudo, apesar do foco denominacional, acreditamos que a abordagem favoreça o debate no contexto de outros grupos cristãos evangélicos.

A DESCONTINUIDADE DAS DESPEDIDAS

Esta é uma mensagem que tive que tomar emprestado do site www.questaodeconfianca.blogspot.com pois tenho certeza que todo mundo ja passou ou vai passar por uma situação trágica como esta... e somente Deus um dia para enxugar de nossos olhos as lágrimas que agora rolam de nossa face!

Uma coincidência estar frio? Lábios enregelados, visualizei os amigos de Cidelma, em pé diante da entrada. Por mais que as flores estivessem em toda a parte, não havia a contentação primaveril. Desci do carro e minha guia me levou às filhas, as quais encontrei naturalmente abatidas. Dali por diante, caminhei, da forma o mais calculada que pude, pelas rodas de amigos e familiares – abraçando, ouvindo, coligindo fragmentos de uma pessoa. Era uma forma de conhecer alguém que não pude e nem poderei mais conhecer por enquanto.

Um velho conhecido de uma congregação veio me cumprimentar. Apesar de eu ter traçado o que falar, o homem trouxe-me um conselho. Por baixo do blazer preto, fiquei entre estarrecido e maravilhado. Ali estava eu, um jovem pastor, com um currículo de outros velórios, revisando o que falar, quando, de repente… Ora, se não é Deus!

O conselho de um homem simples se mostrou oportuno. Senti que o Senhor falava através do texto bíblico de João 11. Os olhos obnubilados pela perda se voltavam para, esclarecidos pela emoção da fé, acompanhar outro sepultamento. Não Cidelma, Lázaro. Não em uma capela, mas na tumba em Betânia. Lázaro.

Ainda tenho perante mim o cimento na pá. Uma mão ágil espalhando a massa cinzenta pelos tijolos. Pronto! Estava erigida a mureta, separando Cidelma de seus queridos. Mas não por muito tempo. Numa manhã de sorrisos, a voz que chamou Lázaro despertará os ouvidos crentes. A avó que teve um câncer terminal. A adolescente atropelada. O menino pelo qual a igreja inteira orou. Os que morreram em Cristo respirarão não o ar do mundo finito em que viviam (e vivemos), mas encherão seus pulmões com a atmosfera da eternidade.

“Disse-lhe Marta: Sei que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia. Declarou-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim, jamais morrerá. Crês isto?” João 11:24-26

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