Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Quarto
Trimestre de 2011
Tema geral do trimestre: O Evangelho
em Gálatas
Estudo nº 09 – De escravos a herdeiros
Semana de 26 de novembro a 03 de dezembro
Comentário
auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de
Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí - RS)
Este
comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
Verso para
memorizar: “Mas a Jerusalém lá
de cima é livre, a qual é nossa mãe” (Gal. 4:26).
Introdução de sábado à tarde
A questão hoje
é relacionada à futura e próxima grande controvérsia. Milhares de igrejas
proclamam o fim da necessidade de santificação do sábado com sua mudança para o
domingo. A motivação seria a desvalorização do Antigo Testamento, só valendo o
Novo Testamento. E dizem mais, que no Antigo Testamento a salvação era pelas
obras da lei, mas que no Novo Testamento passou a ser pela graça, mediante a
fé. Esse é um assunto importantíssimo, pois ele fará parte da grande controvérsia.
Portanto, todos devem se preparar bem. E a lição dessa semana concede a
oportunidade.
Vamos recordar
sobre como foi dada a lei de DEUS. Vamos por etapas:
a) No Éden, para Adão e Eva
Eles receberam
só o sábado, e o princípio do amor. Fez parte da semana da criação. Eles não
conheciam o mal, só o bem. Isso era importante para serem completamente felizes.
Como é bom não conhecer o mal, e melhor ainda é que ele não exista. E lá no
Éden, ele ainda não havia entrado, embora já existisse por causa da revolta de
Lúcifer. Portanto, a lei no Éden era a seguinte: um amar o outro assim como
DEUS os amava. Esse amor se intensificava mais a cada semana, quando o casal se
dedicava exclusivamente a DEUS.
No Éden não
havia necessidade de desdobrar o princípio do amor em dez, como temos hoje. Fazer
isso seria informar sobre o mal. Bastava que tivessem em seus corações o
princípio do amor, e ao natural, jamais iriam buscar outros deuses nem matar,
nem mentir, etc. Assim funciona na perfeição.
b) Logo após a queda de Adão e Eva, no mesmo
dia
DEUS agora
acrescenta a lei cerimonial, mas de uma forma bem simples. Agora eles
precisavam saber que JESUS viria, no futuro, para morrer por eles, e salvá-los
da morte eterna. Com isso, a morte que viria, e a primeira foi de Abel, seria
apenas temporária.
c) Logo após a saída da arca
DEUS ampliou a
Noé a aliança feita com Adão e Eva. Ele garantiu que nunca mais destruiria a
Terra por meio de água, e o sinal de Sua palavra foi o arco-íris. Dali em
diante choveria, coisa que antes nunca aconteceu. Para que não tivessem medo de
outra catástrofe global, DEUS inseriu esse ponto em Sua aliança a Noé e seus descendentes,
e até nós. Os sacrifícios de animais, que já existiam, continuaram sem alteração.
d) Algumas semanas após a saída do Egito
Agora DEUS fez
acréscimos, tanto ao princípio universal do amor (que desde o início incluía o
sábado), quanto à lei dos sacrifícios. A lei do amor Ele desdobrou em Dez Mandamentos,
escritos em duas tábuas de pedra. Assim simbolizava que era uma lei permanente.
Ela deveria estar escrita no coração, mas já não estava mais, portanto, foi
grafada pelo próprio DEUS na pedra para deixar bem claro: ela está valendo.
Também DEUS
detalhou a lei do sacrifício num cerimonialismo bastante minucioso, para assim
ensinar sobre o horror do pecado e o quanto era importante e vital a
necessidade de um Salvador para a humanidade, que viria morrer por todos.
Portanto, a
lei do amor, da qual JESUS fala bastante, e que o profeta João também fala
bastante, vem desde o Éden, e inclui o sábado. Ela foi detalhada para pessoas
em outra situação, a de pecado, bem diferente da situação de Adão e Eva, na
perfeição. Ou seja, DEUS manteve o
sábado tal como foi dado na criação, e acrescentou algumas importantes
proibições, adequadas para uma raça degenerada e pecadora. Isso não era necessário
para gente como Adão e Eva, em estado de pureza, quando ainda desconheciam o
mal.
Por sua vez, a
lei do sacrifício foi bem detalhada para ensinar sobre a necessidade do
Salvador. É bem evidente que a primeira lei, que veio do Éden, antes do pecado,
teria que ter validade enquanto existisse Céu e Terra, como disse JESUS em
Mateus 5:18. E que a lei cerimonial que foi dada após o pecado, desaparecesse
no futuro, uma vez havendo o sacrifício do Cordeiro de DEUS.
Ora, não fica
difícil, nesse contexto de revisão da história, entender sobre a graça e a fé.
Como já estudamos, e como ainda estudaremos nesta semana, pois é importante
revisar esses pontos, por estes estudos só poderemos chegar a uma única
conclusão: deve ser permanente o que foi
dado na perfeição e temporário o que foi dado após o pecado. E fica mais
evidente ainda que a obediência é necessária para não cair em pecado e não ser
condenado pela lei de DEUS, a que foi dada antes da queda no pecado. Mas, como
DEUS falou a Adão e Eva, que JESUS viria para morrer por eles, essa morte é que seria a sua salvação, e
não a obediência após se tornarem pecadores. Assim, para serem salvos, precisava JESUS morrer, e para continuarem
salvos, eles precisavam obedecer a lei. Portanto, a graça passou a
existir desde aquele dia em que pecaram, desde o momento em que DEUS anunciou que
JESUS viria morrer por eles. E existe até hoje. Não se pode dizer que ela apareceu
com JESUS no Novo Testamento, e que no Antigo Testamento a salvação era pela
obediência à lei. Isso nunca foi assim.