Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Primeiro Trimestre de 2011
Tema geral do trimestre: A Bíblia e as Emoções Humanas
Estudo nº 08 – Poder da Recuperação
Semana de 12 a 19 de fevereiro
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
Verso para memorizar: “DEUS é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações. Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares; ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes se estremeçam” (Salmo 46:1-3).
Introdução de sábado à tarde
Que fatores ajudam na recuperação de problemas que nos causam doença, tristeza, angústia, insegurança, estresse, depressão, etc.?
Há uma lista desses fatores, que são: vida ativa; buscar a natureza; atividade física; cultivar amizades; alimentação natural e saudável; tomar medicamentos se necessário; esperança; atitude positiva. Não poderíamos esquecer dos chamados oito remédios naturais, muito eficientes: nutrição adequada, exercícios regulares, água pura, luz solar, equilíbrio, ar puro, descanso e confiança em DEUS. Acima desses fatores, o mais importante é fé em DEUS. Se cultivarmos esses itens em nossa vida, estaremos tomando uma atitude preventiva. E se tivermos problemas, eles serão solucionados.
A lição cita o importante livro “Gradles of Eminence”. Os dois autores pesquisaram a vida de 700 pessoas bem sucedidas. Duas curiosidades sobre o que encontraram:
a) Das 700 pessoas, 525 tiveram infância problemática, como pobreza extrema, mudanças bruscas na vida e até mesmo abusos por parte de familiares.
b) Das 700 pessoas, 199 conviveram com deficiências físicas como surdez, cegueira ou falta de membros.
É, portanto, alta a proporção de pessoas bem sucedidas cuja vida lhes era fortemente desfavorável, mas elas tornaram seus problemas em fonte de motivo para lutar e obter a superação.
JESUS não faz parte da lista dessas 700, mas deveria fazer, pois foi uma pessoa que nasceu num lar bem pobre, numa localidade desprestigiada pela sociedade da época, Seu pai era de profissão humilde, de família sem status social, incapaz de dar uma formação escolar formal de alto nível. A profissão de JESUS foi a de Seu pai, carpinteiro. Ele aprendeu a ler e escrever com Sua mãe. As Suas condições determinavam que deveria ser alguém que não constasse de qualquer citação bibliográfica. No entanto, sobre Ele se escreveu fartamente antes mesmo de nascer, e se continuou escrevendo fartamente depois de ter nascido, morrido e ressuscitado. O que se escreveu sobre Ele é o que mais se publica no mundo. E Ele, dessas condições, tirou forças para Se tornar a maior eminência do mundo, e do Universo – nada menos que o Salvador do mundo!
Ele, JESUS, serve de inspiração para quem quer vencer na vida?
- Primeiro dia: A paciência de Jó
Paciência e perseverança – qual a diferença? A paciência é uma virtude que leva a pessoa a suportar incômodos, ou o que está demorando a ser resolvido, com calma, sem se queixar ou se revoltar. Perseverança é a qualidade de quem continua insistindo ou trabalhando, apesar das dificuldades ou incômodos. Portanto, é excelente ter as duas qualidades, pois se complementam. Enquanto a primeira gera força para aguentar e tolerar a passagem por situação difícil, a segunda mantém a pessoa ativa, agindo, fazendo alguma coisa. Pela primeira a pessoa não desiste; pela segunda, esse não desistir ainda agrega a luta pela superação. Pela primeira se espera ou mantém a esperança; pela segunda, também se envolve em fazer alguma coisa, buscar auxílio, “não entregando os pontos”, para fazer a sua parte na busca da solução.
Um cristão paciente tem energia para manter a fé e esperar em DEUS, que Ele vai agir. E sendo perseverante, esse cristão irá também orar, ler, se aconselhar, trabalhar, manter-se ativo, para fazer a sua parte, e participando com DEUS, juntos, superar as dificuldades. O cristão paciente, como Jó, continua esperando em DEUS, dizendo: “eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim Se levantará sobre a Terra”. E ter a fé, como Jó, para dizer: “vê-Lo-ei por mim mesmo, com os meus próprios olhos” (Jó 19:25 e 27).
Nesse mundo de pecado, nesse ambiente hostil a seres humanos bons e maus, mas mais ainda aos bons, é frequente entrarmos em situação que nos cause ansiedade. Jó foi um caso. Ele passou por uma situação terrível, de perder tudo, só conservando a vida e a esposa. Mas não perdeu a esperança, pois era paciente. Para manter a esperança, sem ver indício de solução, tem que ser paciente.
Hoje é assim. E os dias de perseguição aos cristãos seguidores da Bíblia se aproximam. Não demora muito, eles chegarão. Mas temos algumas informações confiáveis para esses dias, para pacientemente manter a esperança e também perseverar. Veja algumas características até boas desses dias:
ð eles serão os últimos – depois dessa crise, afinal, JESUS volta;
ð a duração dessa crise não será de 1.260 anos, embora não saibamos quanto tempo durará - será bem curta;
ð não será como na Idade Média, quando os verdadeiros cristãos quase só fugiam – dessa vez estaremos envolvidos no Alto Clamor, executando a proclamação mais vigorosa de todos os tempos sobre o Reino de DEUS;
ð como no passado, nosso pão e nossa água serão certos;
ð perderemos o emprego e o direito de comprar e vender – mas isso não nos fará falta, pois teremos o sustento básico como o que Elias recebeu, que tendo comido uma porção caminhou durante 40 dias e noites, com a força daquele pão. O problema mesmo será com os ímpios, pois a crise levará à falência todo o sistema de produção e comércio global;
ð não teremos mais o direito de trabalhar ou estudar – mas isso também nem será mais necessário, pois estaremos nos últimos dias aqui na Terra;
ð os templos serão fechados, e parece que a igreja irá sucumbir – mas isso não acontecerá, pois DEUS tomará as rédeas em Suas próprias mãos, diz o Espírito de Profecia, e conduzirá a multidão dos salvos ao rumo da vitória final;
ð terminando-se a proclamação do Alto Clamor, fecha-se a porta da graça, vem as pragas, e em seguida, JESUS volta, e salva os que nEle confiaram.
Esse, em poucas palavras, é o cenário final. Agora pense, sendo assim, do que mesmo devemos temer? O que devemos fazer é nos entregar cada dia a JESUS, e buscar saber pelos estudos, ouvindo o ESPÍRITO SANTO, o que em nossa vida devemos mudar, e assim nos preparar para essa transição dolorosa até o grande dia aguardado. A crise vai ser intensa, mas de curta duração. Portanto, precisaremos de paciência para passar por ela, pois, dessa vez, nessa crise, veremos cumprir-se a grande promessa: a segunda vinda de CRISTO.
- Segunda: José no cativeiro
Para o ímpio, a vida agora geralmente é boa, mas para o justo frequentemente a vida agora não é boa. Para o ímpio o futuro é trágico, aliás, no sofrimento ele perderá o futuro; para o justo o futuro é inimaginavelmente bom. Para quem é sábio, melhor que o presente seja sofrido mas que tenha a garantia de uma eternidade perfeita, do que no presente gozar a vida com ilusões, e não ter futuro algum. Pode-se ter muito dinheiro hoje, por exemplo, negociando fraudulentamente, mas se amanhã morrer, o consolo poderá ser apenas um belo funeral, nada mais. Já o justo, quando morre, as pessoas dizem, “este estava preparado, certamente ressuscitará na segunda vinda de JESUS.”
Sempre temos que ter em mente que o presente é de curta duração, mas o futuro, dependendo do que fizermos no presente, poderá ser de eterna duração. É como diz em Romanos 5:3 a 5: a tribulação produz perseverança, que gera experiência que por sua vez leva à esperança. A perseverança, mais a experiência, mais a esperança, que vem do poder de DEUS, nos dão estrutura psicológica para suportarmos o presente e assim alcançarmos a eternidade. O mais importante não é o presente, e sim, o futuro. Mas é no presente que decidimos como será esse futuro.
Esse foi o caso de José. Ele viveu três momentos presentes distintos. No primeiro momento, vivia um sonho na casa de seus pais e irmãos. Ali ele era bajulado pelo pai, e se sentia um menino mimado, cheio de exigências e voltado para o “eu”. Sentia-se mais importante que os demais, embora, sua mente fosse do tipo maleável, tendente a um bom caráter.
No segundo momento, viveu drama após drama. Os piores foram: ser vendido duas vezes, uma pelos irmãos aos mercadores, outra dos mercadores a Potifar; outro momento era ser escravo; outro foi ser falsamente acusado pela esposa de Potifar; outro foi ser encarcerado injustamente, e finalmente, foi ser esquecido na cadeia pelo copeiro do rei.
Mas José, como todos nós, infelizmente precisava de umas lições de vida. Ele era um rapaz promissor, mas suas capacidades não dariam em nada se ele não tivesse seu caráter re-moldado e aperfeiçoado por meio de provações. Precisava frequentar uma escola bem dura, tanto para aprender a ser humilde como para aprender a ciência da administração de negócios, que é bem complexa. E José foi bom aluno. Em meio a sofrimentos DEUS o moldou para que se tornasse um homem útil ao mundo, mas nas mãos de DEUS.
Hoje sabemos que a história de José foi boa. Ele passou por sofrimentos, mas esses sofrimentos não foram no final de sua história, e sim no início. É sempre bem melhor sofrer primeiro e depois se deliciar que o contrário, sofrer até o final. É sempre assim com os bons cristãos: eles sofrem, mas nunca no final. Aliás, o bom cristão sofre por um tempo, e quando morre, se até ali a sua vida foi sofrida, essa morte não é para ele o final, pois vem depois a ressurreição, e daí em diante, nunca mais sofrimento. Já os ímpios, eles têm geralmente vida boa aqui na Terra, mas já pensou um pouco no seu final? É, o fim dos ímpios é eterno, mas o fim dos justos é temporário; melhor, não é fim, a morte de um justo, como diz JESUS, é como um sono.
- Terça: Noemi
Viver numa terra estrangeira por opção ou por conveniência é uma situação bem melhor que viver em terra estrangeira por força de algum motivo ruim. Por exemplo, ser um exilado ou um fugitivo, não ter direitos e não ser aceito por aquele povo, isso é doloroso.
Elimeleque e Noemi formavam um casal jovem, com dois filhos, e moravam em seu país, Israel, especificamente na cidade de Belém, onde no futuro distante nasceria JESUS. Esses fatos ocorreram no tempo dos juízes, antes de haver rei em Israel. Então fez naquela terra uma severa seca, e houve escassez de alimento e fome.
Elimeleque, vendo que a situação estava dramática, resolve se mudar para outro país, o dos moabitas. Estes eram descendentes de Moabe, um dos filhos de Ló com sua filha (o outro filho de Ló formou os Amonitas). Esses Moabitas habitavam do outro lado do Mar Morto, uma região montanhosa, eram vizinhos dos israelitas, e também hostis a eles. Foram eles que contrataram Balaão para que amaldiçoasse o povo de Israel. “Uma vez que os edomitas, os moabitas e os amonitas eram aparentados com os israelitas, não foi permitido a Moisés atacar ou tomar qualquer parte do país destes povos (Dt 2:4, 5, 9, 19). Contudo, Balaque, o rei de Moabe, ficou alarmado quando os israelitas conquistaram o território do rei Seom, tornando-se, deste modo, vizinhos de Moabe, a norte. Temendo não conseguir vencê-los pela força das armas, contratou Balaão, esperando enfraquecer os hebreus através de maldições. Por intervenção divina, as maldições transformaram-se em bênçãos. Seguindo a sugestão de Balaão, as moabitas seduziram os israelitas para a idolatria e licenciosidade (Nm 22-25). Por causa disso, os moabitas foram excluídos da congregação de Israel até à 10ª geração e foi dito a Israel que se mantivesse longe deles (Dt 23:3-6; Nm 13:1, 2)” (http://www.jesusvoltara.com.br/dicionariobiblico/moabe.htm).
Para esta terra que foi Elimeleque, sua esposa Noemi, e seus dois filhos Malom e Quiliom, que se casaram com mulheres moabitas, Rute e Orfa. Mas faleceu Elimeleque, o que já deve ter sido uma tragédia, especialmente em terra estrangeira, naqueles tempos em que mulheres viúvas eram desprezadas. Passando o tempo, faleceram também os dois filhos dela, restando três viúvas. Que situação a de Noemi, pois se tornou viúva, em terra que não era sua pátria, cujo governo frequentemente se mostrava belicoso com Israel. Ela não só poderia sofrer discriminação como ser atacada por fanáticos. E também, como iria viver, obter o sustento, nessa situação? Esses eram tempos em que a uma mulher sem marido a sociedade se mostrava cruel.
Qual eram as condições de Noemi? Havia deixado sua terra natal por fome para viver em terra estrangeira, portanto, encontrava-se em país estranho, pagão, inimigo de sua terra natal. O marido morreu, e também seus filhos, e fica só com duas noras, mas que tinham parentes nessa terra. No desespero, entre passar fome, e sem ninguém, decide retornar à sua terra natal, e tentar alguma coisa para se sustentar, por lá. Para o seu conforto, as duas noras decidem ir com ela. Mas ela entende o drama das noras, pois, assim como ali ela se sentia perdida em terra estranha, as noras se sentiriam perdidas em Israel, terra estranha a elas. Noemi, sabiamente, insta com elas que retornem às casas de seus respectivos pais, pois poderiam casar novamente, eram ainda jovens. Mas Rute permanece ao lado de Noemi, pronunciando um dos mais emocionantes trechos da Bíblia: “Não me instes para que te deixe, e me obrigue a não seguir-te; porque aonde quer que fores, irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu DEUS é o meu DEUS” (Rute: 1:16). Essa é a frase de um converso de verdade.
Agora, decisão tomada por Rute, uma das duas, em algum lugar desse mundo, seria sempre estrangeira.
Vamos tentar imaginar as emoções de Noemi e Rute. Naquele momento de iminente separação, Rute se descobre apegada a sua sogra, e ao DEUS dela. Que família era a de Elimeleque? Eles haviam dado a seus filhos as instruções devidas, e quando se casaram com mulheres estrangeiras, pagãs, em vez de eles irem adorar os deuses estrangeiros (como mais tarde fez Salomão), conquistaram as mulheres para o DEUS de Israel. Pois bem, foi isso que resolveu a dramática situação de Noemi: agora Rute queria ir com ela, fazer parte de seu povo, e adorar o seu DEUS. Que emoção Noemi deve ter sentido quando a sua nora pronunciou essas palavras! Tanto que não insistiu mais que ela retornasse a seu povo e sua família. E, juntas, as duas foram enfrentar uma nova vida, na pátria de Noemi, onde agora Rute seria a estrangeira. E DEUS guiou tudo, pois elas não ficaram desamparadas. Não muito depois de chegarem em Israel, tendo que trabalhar duro para sobreviverem, Rute casa-se com Boás, e portanto, põe fim ao sofrimento e a incerteza. Desse casamento nasceu Obede, que gerou Jessé que gerou o rei Davi.
Onde foi que Elimeleque e Noemi acertaram, para que mais tarde, outra vez em dias maus, Noemi tivesse amparo? Acertaram em educar seus filhos na fé de seu DEUS, convertendo as duas noras, vindo uma delas a ir com sua sogra, e depois se casando com um israelita. Noemi e Elimeleque um dia ainda saberão que daquela fuga da seca para Moabe, da educação dada a seus filhos, resultou que uma das noras viesse a ser ancestral do rei Davi, e também do salvador JESUS. Esse mesmo JESUS que os guiava em sua fidelidade, da saída de seus pais do Egito, e os guiava na terra dos moabitas, e os salvou de terra estranha, veio ao mundo para salvar a humanidade, e voltará outra vez para resgatar aqueles que Lhe forem fiéis. Para Noemi, quando ressuscitar, quando souber do que aconteceu depois, será motivo de dupla emoção. Que valor teve aquela fidelidade a DEUS!
- Quarta: Os dias de estresse de Ester
Hoje, que esses fatos já viraram história, admiramo-nos como foi que Mordecai e Ester acertaram em algumas decisões críticas. Por exemplo, Mordecai orientou Ester que não revelasse a identidade de seu povo. E isso foi bom. Também orientou para que se apresentasse perante o rei no momento mais crítico, e isso também deu certo. E tiveram a idéia de realizar um banquete para o rei e Amã, que foram dois banquetes, e isso também foi uma decisão sábia.
A pergunta aqui é: como foi que eles acertaram tão bem em momentos que não poderiam falhar em hipótese alguma?
Mordecai e Ester (o nome original dela era Hadassa), foram capturados da Judéia e levados pelo poder do Império Babilônico para o exílio. Ester ficou órfã dos pais, e seu tio Mordecai a adotou e continuou educando. Aqui começa o segredo dos acertos precisos: eles seguiram a fé em seu DEUS , e, embora exilados, não descreram desse DEUS, mantiveram-se fiéis. E foi assim que o tio continuou educando a sobrinha. Estavam exilados, em terra estranha, parecendo abandonados por DEUS. Só parecia, pois no momento crítico, souberam que DEUS estava lá, e conduzia tudo com Sua poderosa mão. Quando o mundo parecia estar ruindo sobre o povo de Judá em exílio, quando seriam exterminados pelo poder do demônio por meio de seu agente Hamã, quando tudo parecia perdido, DEUS Se levantou e Se revelou a Seus filhos fiéis. Não fosse a fidelidade desses dois, e DEUS não Se manifestaria mais.
Agora vamos meditar: como deve ter sido emocionante, já que esse é o assunto, para esses dois nos lances que davam certo para eles! Imagine a emoção de Mordecai e de Ester, quando Hamã, já tendo construído uma forca, ter que conduzir Mordecai com o cavalo do rei, com as vestes do rei e até com sua coroa real, todo paramentado como se fosse ele mesmo o rei. O inimigo Hamã ia apregoando pelas ruas da cidadela de Susã: “assim se faz ao homem a quem o rei deseja honrar.” Esse foi um forte indicativo de DEUS, dizendo: “estou com vocês.” Ou seja, deviam ir em frente, pois não só DEUS estaria lhes garantindo poder como também orientando no que fazer e como fazer. Essa história é um excelente exemplo sobre como devemos confiar e como devemos entregar o nosso proceder a DEUS para que Ele nos oriente quanto ao que fazer. E mais uma de dar arrepios: Hamã, agente do demônio, não sabia que estava tramando contra a esposa do rei, que pertencia ao povo que ele queria exterminar, cujo tio era o homem que ele mais odiava. DEUS age, e quando Ele age, é com classe. Ele pega o inimigo e faz com ele o que quer. Agora imagine mais uma coisa: enquanto Hamã cumpria a ordem do rei de honrar Mordecai, quem ele mais odiava, que motivou a querer exterminar o povo todo, em algum lugar já estava preparada uma grande forca para nela publicamente matar quem, no entanto, estava sendo publicamente homenageado. Como DEUS inverte os fatos quando se trata de Seus filhos, os que Lhe são fiéis!
Havia mais fatos emocionantes para aqueles personagens. À noite chamaram Hamã para o banquete dado pela rainha Ester, somente para ele e o rei. Era um banquete privativo e bem íntimo. Esse era o segundo banquete, o primeiro fora na noite anterior. Naquele dia, desse segundo banquete, Hamã, que estava todo orgulhoso de ser o único convidado além do rei, estava totalmente arrasado, pois fora humilhado e seu desafeto fora exaltado, e por ele mesmo. E naquela noite Hamã caiu por completo. A rainha revelou duas coisas: que ela pertencia ao povo que Hamã queria exterminar. Acontece que naquele dia mesmo o rei havia mandando honrar o homem que Hamã tinha por motivo do extermínio. Agora ainda fica sabendo que esse mesmo Hamã tramou um morticínio contra o povo desse homem que o havia livrado da morte de uma outra trama, e ainda por cima, aparentado de sua própria esposa. Era o homem que havia educado a sua esposa, que agora ele amava. E ela pertencia ao povo contra o qual Hamã fizera um decreto. Quanta informação ruim para Hamã num mesmo momento!
Pare e pense: quantos erros Hamã cometeu, um após o outro, e quantos acertos fizeram Mordecai e Ester, um após o outro! Com satanás as coisas dão errado, com DEUS dão certo. A forca que Hamã preparara para Mordecai foi utilizada para enforcá-lo, publicamente. Que dia de fortes emoções, fato após fato, e sempre dando tudo certo para o povo de DEUS. E Mordecai ocupa o lugar de Hamã, ele foi o segundo em poder no reino de Assuero, e a sobrinha dele era a rainha. De exilados, ao topo do poder! Que história para se arrepiar! De condenados à morte para o trono do império mais poderoso daqueles tempos. Esse é o DEUS a quem sirvo, e por isso escrevo, para que outros O sirvam também, em espírito e em verdade.
- Quinta: O segredo de estar contente
O principal a se buscar para viver com qualidade de vida é estar “em paz com DEUS”. Os personagens do passado que viveram próximos a DEUS possuíam essa paz. Mas que paz é essa? É não ter o sentimento de culpa, ou, sentir-se perdoado. É mais que isso. É ter vivido de um modo que, quando chegar a idade mais avançada, não ter muitas coisas de que se envergonhar ou lamentar. Por exemplo, um marido que bate na esposa, que testemunho ele dá aos filhos? Então, um dia desses ele se arrepende, pede perdão a DEUS e a esposa e aos filhos, e muda de atitude. Isso é muito bom. Mas há um porém: aquela história permanece no currículo dele na mente da esposa, dos filhos e de muitas pessoas. Embora arrependido e transformado, aqui na Terra essa é uma passagem negativa que ele vai ter que suportar pelo resto de sua vida. Se um dia comemorarem, digamos, 60 anos de casados, essa parte será lembrada, mas deverá não ser pronunciada. É uma parte vergonhosa que ele agora estará lamentando ter feito. Que bom fosse se naqueles dias passados não tivesse realizado aquela brutalidade.
Estar em paz com DEUS é estar arrependido e se sentir perdoado, e, então, daí em diante, mudar de vida. Logo, quanto antes na vida alguém se entrega a DEUS, menos fatos fará dos quais não só o arrependimento será suficiente, e sim, também o esquecimento de coisas vergonhosas será necessário. Mencionamos um caso real bem comum, mas esse passado poderia ter sido pior. Digamos que a pessoa tenha se arrependido de ter matado alguém, ou de ter abusado sexualmente de outra pessoa, ou de ter sido traficante de drogas, coisas assim. O que fez no passado, do qual se arrependeu, teve consequências que ele não pode repor, e que não gosta de lembrar, pois, mesmo perdoado, ainda há pessoas sofrendo pelo que fez ou deixou de fazer. Portanto, quanto antes na vida ocorrer a verdadeira e total entrega a JESUS, mais motivos terá para viver contente sem remorsos do passado.
É realmente diferente poder dizer: este homem ou esta mulher, se arrependeu, mudou de vida e se tornou um verdadeiro cristão ou uma verdadeira cristã, e dizer: este sempre foi um verdadeiro cristão ou uma verdadeira cristã. Os dois se salvam para a vida eterna, mas a segunda pessoa prejudicou menos a outros que a primeira. Isso é importante, e é motivo de contentamento. Portanto, seja lá qual for a sua situação, se houver necessidade de mudança de vida, faça agora mesmo sua entrega a JESUS, e lute pela transformação, fazendo sua parte que DEUS fará a dEle.
Que coisas produzem contentamento? Há dois grupos de contentamento: um que é duradouro e outro passageiro. O primeiro grupo contém fontes de contentamento tais como: esperança da vida eterna; ter fé crescente em DEUS; sentir-se sendo transformado pelo poder do ESPÍRITO SANTO; agir em favor de outras pessoas fazendo algum bem a elas; andar com DEUS e estar em paz com Ele, isto é, sentir-se perdoado; aprender sobre a verdade bíblica; estudar as profecias e sentir que a segunda vinda se aproxima; ficar meditando nas coisas do alto; livrar-se de alguma coisa que o prendia aqui à Terra; mudar de vida para maior intimidade com JESUS; levar uma pessoa ao arrependimento; dar um estudo bíblico; dar um testemunho sobre a verdade; escrever sobre a verdade; dar conselhos às pessoas em necessidade psicológica; socorrer um pobre; sofrer por JESUS por se manter fiel; ter uma família que cresce espiritualmente; fazer o culto familiar; recrear-se de forma sadia, não competitiva; estar com DEUS no por do sol na entrada do sábado; cultivar espiritualmente as horas do sábado; rever amigos e saber que se converteram (tenho alunos que anos mais tarde se converteram); perceber que há pessoas que se iluminam pelo testemunho que dá; orientar pessoas espiritualmente... Motivos para o verdadeiro contentamento não faltam, há muitos mais. E esse tipo de contentamento inibe as preocupações e até a depressão; eles nem chegam a se manifestar.
Há também coisas que produzem contentamento passageiro, ou seja, nunca satisfazem, isso quando não produzem mal estar posterior. Exemplos: viver ansioso por seguir as mudanças da moda; lutar por riquezas, prestígio, poder, status, fama; adquirir um carro novo (não há erro nisso, mas muitos o tem por fonte de prestígio); espírito competitivo, até na recreação e esportes; centrar no “eu”; gostar de elogios, etc. (vamos deixar essa lista mais curta).
Paulo disse “aprendi a viver contente em toda e qualquer situação” (Fil. 4:11) porque ele entendia que podia tudo naquele que o fortalecia, ou seja, ele vivia em paz com DEUS. Ele saiu da classe privilegiada dos judeus, tinha status social, mas, por seguir a CRISTO, isso se tornou irrelevante, não era o principal em sua vida. Por exemplo, antes, ser cidadão romano era status e prestígio, mas agora, uma vez convertido, servia para se proteger eventualmente de perseguições, e assim continuar na obra da pregação. Mudou tudo na vida de Paulo, e ele centrou a importância dessa vida em CRISTO. Aí descobriu a verdadeira fonte da felicidade, que se situa na esperança da vida eterna.
- Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
É no momento da crise, especialmente da tentação, que deixamos de lembrar de olhar para JESUS. Pedro, quando se via tentado a negar JESUS, não olhou para Ele. Depois que o galo cantou, então lembrou de olhar, e foi também quando se arrependeu, e foi perdoado.
Mas, afinal, como hoje em dia podemos, nos momentos de crise, olhar para JESUS? Que crises? Por exemplo, quando estamos tendo uma discussão com o cônjuge; quando estamos nervosos por algo que está dando errado; quando alguém nos ofende; quando somos tentados a comer demais ou coisas não saudáveis, mas que gostamos; quando sentimos o desejo de olhar algum programa de televisão que não deve ser visto; quando desejamos competir com outros; quando queremos aparecer perante outros; quando por algum motivo sentimos raiva; quando somos tentados a fazer algo errado, de tantas possibilidades que existem; quando não estamos com vontade de ir ao culto, ou de fazer o culto doméstico; e assim por diante. Esses são só alguns exemplos de momentos em que muitas vezes esquecemos de olhar para JESUS.
Voltamos à pergunta, como se olha para JESUS, se agora Ele não pode ser visto? A forma de nos achegarmos mais próximos de JESUS é orando. E é em momentos de crise que esquecemos de orar. E é justamente nesses momentos que mais temos necessidade de orar, de nos abrir a Ele, que quer nos salvar da situação, pois, chegou a morrer para essa finalidade.
Portanto, é bem simples a solução: orar quando mais nos sentirmos aflitos, em especial, quando há alguma tentação de fazer algo errado. Se assim fizermos, estaremos caminhando com JESUS, como fez Enoque, e estaremos crescendo espiritualmente. E orando nesses momentos (e não só nesses), seremos transformados pelo Seu poder, para de vitória em vitória, alcançarmos a vida eterna.
Vá por esse caminho, e verá maravilhas em sua vida!
escrito entre 10 e 11/01/2011
revisado em 12/01/2011
corrigido por Jair Bezerra
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.