domingo, 14 de março de 2010

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 12

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Primeiro Trimestre de 2010
Tema geral do trimestre:  O Fruto do ESPÍRITO
Estudo nº 12   O fruto do Espírito é: Verdade
Semana de      13 a 20/03/2010
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil

“...eles não são do mundo como também Eu não Sou” (João, 17:14)

Verso para memorizar:Buscar-Me-eis e Me achareis quando Me buscardes de todo o vosso coração” Jer. 29:13)

  1. Introd.Bem aventurado o homem que ... se guarda de profanar o sábado” (Isa. 56:2)
Amigo ou amiga, que está lendo, já notou pessoas que estão na igreja há 10, 30, 60 anos, ou mais, e sempre continuam as mesmas? Mantém ao longo dos anos os mesmos modos errados de viver, e algumas coisas certas que fazem não foram reforçadas. Há muitos assim. E qual a razão? São pessoas que nunca buscaram a JESUS de todo o seu coração.
E como se busca a JESUS de todo o coração? Precisamos entender isso, e é bem simples. De todo o coração está associado ao entendimento e a força. Se trata de um desejo tão intenso de ser tal como JESUS é, que a pessoa não consegue ficar um dia sem envolver-se com algo que se relacione a Ele. É uma atração forte a JESUS. A pessoa quer mudar a sua vida, para isso quer saber o que deve mudar. Alguém assim busca a JESUS ansiosamente como um namorado quer ver sua amada, ou vice versa.
E o que é a verdade, nosso assunto dessa semana? A verdade é JESUS, e teremos a verdade se O buscarmos de todo o coração. Isso estudaremos amanhã.
Por enquanto é bom sabermos algo sobre conceituação de verdade. Há várias categorias de verdade. Esse é um assunto muito tratado pela filosofia, há milênios os filósofos discutem sobre a verdade, e nunca chegam a alguma definição definitiva. Mas como não se consegue saber objetivamente o que é a verdade? Se for assim, então, ou a verdade não existe, ou as pessoas não estão investigando na seara correta.
Uma das classificações é: verdade absoluta e verdade relativa. Por verdade relativa, parece que aceita pela maioria dos intelectuais, se diz que algo verdadeiro hoje amanhã pode não ser. Esses dizem que não existe a verdade absoluta, só a relativa. Eu posso hoje afirmar algo como verdadeiro, porém, mais adiante, vejo que não era verdadeiro. Isso hoje para mim era verdade. E para quem ouviu, pode ter sido entendido como verdadeiro ou não.
Já a verdade absoluta parte do pressuposto de que existem leis imutáveis, que existem os absolutos. É o caso da força gravitacional, ela é sempre a mesma. As leis da física são absolutas. A matemática também é exata, como por exemplo, 2 + 2 = 4. É sempre esse valor.
Tente imaginar o Universo sem os absolutos. Seria o caos, pois, o que num determinado tempo fosse de um jeito, mais tarde mudaria, e assim sempre. Não é nem possível imaginar no que algo assim poderia resultar, senão no caos.
O Reino de DEUS, e o próprio DEUS, bem como JESUS e o ESPÍRITO SANTO, são verdadeiros. Não são verdadeiros pelo fato de existirem, mas porque não há variação de mudança nesses seres. DEUS jamais muda, eis porque Ele é verdadeiro. Você pode crer n’Ele, pois o que Adão ouviu falar a Seu respeito é também o que você ficou sabendo. Por exemplo, Adão e Eva souberam muito bem que DEUS é amor, e nós sabemos da mesma maneira. Ele é verdadeiro porque é perfeito, por que é amor. Só o amor é perfeito. O amor jamais muda, ele sempre ama, nunca muda para o ódio. Assim é a verdade.
A lição ainda apresenta outra classificação de verdade. É bem interessante. É a verdade objetiva e a verdade subjetiva. Verdade objetiva é a que pode ser provada por fatos, ou demonstrada logicamente com argumentos irrefutáveis, fundamentados em bases sólidas e permanentes. A verdade objetiva é uma realidade convincente.
A verdade subjetiva é pessoal. Ela refere-se com conceito que cada pessoa faz a respeito de alguma coisa. Esse conceito pode não corresponder a realidade dos fatos, mas é assim que a pessoa entendeu, e é assim que ela acredita. Essa verdade subjetiva será igual a objetiva quando a pessoa for sincera, humilde e fidedigna. Ela sempre irá preocupar-se com a realidade dos fatos (verdade objetiva) para formar a sua opinião pessoal (verdade subjetiva). Ao longo do tempo, na medida em que tal pessoa descobre que algum ponto não entendeu conforme a realidade, ela imediatamente corrige seu entendimento. Essa, portanto, é uma pessoa cuja verdade objetiva é confiável. Certamente ela está sendo transformada pelo ESPÍRITO SANTO, portanto, tornando-se uma pessoa cada vez mais parecida com DEUS.

  1. Primeiro dia: “Eu Sou... a Verdade”
Existem verdades e existe a verdade. Essa última se trata da verdade suprema, original, que serve de referencial para identificar tudo que é verdadeiro e denunciar tudo o que é falso. Essa verdade suprema é DEUS.
JESUS, que é DEUS, disse a respeito de Si mesmo: “Eu Sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por Mim” (João 14:6).
Para se chegar até o lugar santíssimo do santuário terrestre havia três portas. A exterior se chamava a porta do caminho, pois ela era o final, muitas vezes, de longa caminhada para se chegar ao santuário. Até essa porta muitos adoradores faziam longas jornadas, enfim, caminho longo. Esse caminho até essa porta, e ela mesma, JESUS disse: “Eu Sou.”
A segunda porta se chamava porta da verdade. Enquanto a primeira dava entrada no pátio do santuário, a segunda dava entrada no próprio santuário, o lugar da verdade, ou seja, onde se fazia julgamento justo, onde se fazia justiça com retidão. Portanto, o santuário era o lugar onde a verdade tinha valor total. Quanto a porta da verdade, JESUS disse: “Eu Sou.”
A terceira, a porta da vida, dava passagem ao lugar santíssimo, onde estava o trono de DEUS, o Criador de todas as coisas pois com Ele unicamente está a vida. DEUS é quem dá a vida, mas primeiro precisa caminhar até o santuário, entrar pela porta do caminho, oferecer o seu sacrifício de pedido de perdão. Então precisa chegar ao lugar santo e ali ser perdoado pela justiça infinita e verdadeira. Então sim, pode se achegar até o DEUS Criador, o doador da vida, para recebê-la e viver eternamente. Pois JESUS disse a respeito da porta da vida: “Eu Sou.”
Em relação a essa terceira porta, JESUS mesmo disse: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a Ti, o único DEUS verdadeiro, e a JESUS CRISTO, a Quem enviaste!” (João 17:3). Conhecer DEUS, pertencer a Ele é a maneira de obter a vida de volta, pois Ele, O Criador, tem a capacidade de dar a vida. Ele é tudo o que existe de bom e positivo, mas acima desse tudo, Ele é a verdade, que é o amor, o princípio original e primordial de tudo. Enquanto os ímpios acreditam numa explosão como a origem de tudo, o princípio de todas as coisas, nós, cristãos, acreditamos e sabemos que esse princípio não é uma explosão, esse princípio é o amor, que é DEUS, e Ele é a verdade, a tal explosão (Big Beng) não é verdade.
Como se entende isso? Nós não teríamos a menor condição de passar por estas portas. JESUS passou por elas, e em nosso lugar, Se achegou a DEUS, Seu Pai, sendo Ele mesmo DEUS feito homem. Portanto, Ele não só passou por estas portas como por meio dele, também nós podemos passar por elas, sermos considerados justos e alcançarmos outra vez a vida que só DEUS pode dar.
O destaque do estudo de hoje é com relação a porta da verdade. O autor da lição chama essa verdade de ‘verdade objetiva’, ou seja, que jamais se altera e nunca pode ser contestada, pois é verdade absoluta, é DEUS. Vamos entender isso um pouco mais profundamente. Estamos tratando aqui da verdade suprema, ela é DEUS, O imutável, perfeito e superior a tudo, que tudo originou. Ele é a verdade porque Ele contém em Si algo que O torna perfeito, e tudo o que é perfeito não tem necessidade de variar ou de mudar. DEUS é amor, e por isso Ele é perfeito, e não necessita melhorar em algo aqui ou ali. Ele não necessita ser aperfeiçoado, Ele já é.
Satanás atacou a divindade, mas, na cruz, foi dramática e definitivamente derrotado. A verdade venceu, aliás, a verdade nunca pode ser derrotada, ela jamais acaba. Tudo pode passar e terminar, mas não a verdade, não o amor, conforme I Cor. 13. Se a verdade fosse provisória, como é a mentira, o Universo já se teria estourado em total confusão, ou se teria explodido por um Big Beg para um estado caótico (para esse fim, se poderia aceitar e tal explosão, mas não para ordenar o complexo Universo).
DEUS é a verdade suprema porque Ele é a origem da verdade, a perfeição, o amor. Portanto, a verdade suprema é uma pessoa, DEUS. E nem poderia ser diferente. Imagine se a verdade suprema fosse um conjunto de fatos... O que isso significaria para as criaturas? Nada mais que fatos. Mas a verdade é Um Ser, capaz de criar do nada, de dar vida, e agora, em JESUS, pela Sua morte na cruz, também capaz de transformar vidas e de salvar da morte eterna. Portanto, por verdade suprema entendemos a verdade objetiva como diz a lição, ou a verdade absoluta, em outra classificação, como vimos ontem. Poderíamos também dizer que DEUS é O critério para se medir e se avaliar todas as coisas, e saber se são verdadeiras ou se são falsas. Por exemplo, baseando-nos em DEUS, podemos saber se uma teoria científica é verdadeira ou se é falsa. Tudo o mais no Universo pode ser julgado por meio dos atributos que há em DEUS, e assim se pode saber se isso ou aquilo merece crédito ou se não merece.

  1. Segunda-feira: O ESPÍRITO e a Verdade
“Quando vier, porém, O ESPÍRITO da verdade, Ele vos guiará a toda a verdade” (João 16:13).
O ESPÍRITO SANTO, membro da Trindade, tem uma função vital nesses últimos dias da grande luta. A Ele compete guiar os discípulos de JESUS no término da pregação do evangelho a todo o mundo. Isso deverá acontecer em contexto de forte oposição, aliás, a oposição mais forte já vista em todos os tempos. Vai haver, e já há, oposição à pregação da verdade fora e dentro da igreja encarregada de anunciar a segunda vinda de CRISTO. Essa oposição se tornará máxima por volta do Alto Clamor (período de tempo entre o decreto dominical e o fechamento da porta da graça).
O desfecho se caracterizará por alguns aspectos que devemos conhecer bem. Entre os principais que sabemos, enumeramos os seguintes:
ð  Forte oposição a pregação da segunda vinda de CRISTO, da obediência aos Dez Mandamentos, especialmente do sábado, e da condição mortal dos pecadores;
ð  Intensa introdução de mundanismo na igreja de CRISTO, especialmente modas que focam o “eu” e a música satânica de louvor ao inimigo;
ð  Férreo combate a doutrina do ESPÍRITO SANTO como DEUS, desacreditando a Sua imprescindível missão durante o desfecho da grande guerra espiritual;
ð  Crescente quantidade de inimigos entrincheirados dentro da igreja verdadeira, combatendo-a com ferocidade (curioso é que esses inimigos não combatem outras igrejas) e/ou dando mau testemunho que anula a pregação da verdade por outros.
É num contexto assim que os mensageiros de DEUS necessitam de poderoso apoio. Esses mensageiros são meramente seres humanos, cujo poder é limitadíssimo, além das possibilidades de falhas e erros. Como é que se concluiria tamanha obra, a da pregação deste evangelho ao mundo todo, sem o poder de DEUS? Se tivesse que ser assim, poderíamos fechar a igreja agora, pois jamais conseguiríamos realizar o “ide” de JESUS. Esse ESPÍRITO está incumbido de ensinar a verdade ao mundo todo, e nós fomos selecionados para sermos os instrumentos por meio dos quais Ele cumprirá tal propósito.
A função do ESPÍRITO SANTO é ensinar a verdade, vivificar a disposição dos servos de DEUS, transformar vidas, salvar pessoas para o reino de DEUS. Não somos nós que fazemos isto, é Ele. Não somos nós que levamos pessoas aos pés de JESUS, é o ESPÍRITO SANTO. Nós apenas somos instrumentos, somos a Sua boca, os seus braços e pernas, a extensão de Seu cérebro. Ele nos utiliza para realizar o Seu trabalho, e nós temos a faculdade de querer ou de não querer participar como instrumentos. Ninguém pode dizer “eu levei tantos ao batismo”, só podemos dizer “O ESPÍRITO SANTO, por meu intermédio levou esses ao batismo.” E atenção, O ESPIRITO SANTO jamais faria um trabalho pela metade, portanto, pessoas batizadas às pressas, que depois não voltam mais, não são fruto da obra d’Ele, mas da precipitação de seres humanos.
Portanto, perceba o seguinte: se alguém vai combater a pregação do evangelho nesses dias finais, o que essa pessoa deve atingir mais intensamente? É O ESPIRITO SANTO! E isso está acontecendo na realidade. O ESPIRITO SANTO está sendo combatido intensamente, e por pessoas de dentro de nossa igreja, muitas delas honestamente enganadas. Pelo combate ao ESPÍRITO SANTO forma-se um tipo de operação do erro realmente perigoso. É a cegueira do conhecimento. É normal a seres como nós, tendo o conhecimento da verdade, mas não a considerando em suficiente importância para utilidade prática em nossa vida, acontecer desse conhecimento o tempo deixar de fazer efeito. E assim uma pessoa se torna cega, mesmo sabendo muito, pois ela se habitua a desrespeitar o que já sabe. Combater O ESPIRITO SANTO produz uma resistência mental cega que levará a compreensões distorcidas da verdade. Essas compreensões distorcidas variarão de uma pessoa para outra. É por isso que no grupo daqueles que se postam contra a doutrina da Trindade há diversas interpretações diferentes em relação ao que é O ESPÍRITO SANTO. Há até mesmo interpretações diferentes sobre outros pontos doutrinários. E isso não é de admirar, pois se combatem exatamente aqu’Ele que foi concedido para ensinar e explicar a verdade, por qual outro poder teriam estes a compreensão dessa verdade? Não foi dado por JESUS um outro Consolador e Mestre da verdade senão esse. Combater O ESPÍRITO SANTO, seja lá como se fizer isto, é inutilizar em sua mente a capacidade de entender a verdade da salvação, correndo o risco de se tornar tão cego que, lendo toda a Bíblia e todo o Espírito de Profecia, fará interpretações pessoais desses escritos. Que futuro tem algo assim? Quem estiver nessa trilha, e ainda não foi longe demais, pense bem se vai ficar nela. Tenho uma última pergunta em relação a esse pesado assunto: como pode alguém orar a DEUS se não crer mais na atuação do ESPIRITO SANTO como alguém igual ao Pai e que exprime esta oração em linguagem adequada junto a DEUS? Sem aceitar O ESPIRITO SANTO como DEUS, se interrompe a ligação da oração entre a criatura e o Criador, portanto, a criatura fica só, ao saber de seus pensamentos e interpretações, ou dos pensamentos e interpretações de outros espíritos. Isso é espiritualmente trágico.

  1. Terça-feira: “De todo o coração”
Buscar-Me-eis, e Me achareis quando Me buscardes de todo o vosso coração” (Jer. 29:13). Iremos estudar o que vem a ser a expressão “de todo o coração”, tópico muito bem escolhido pelo escrito da lição.
O coração aqui se refere a mente humana, onde são elaborados os pensamentos, que muitas vezes originam os atos. “De todo o coração” quer dizer, buscar a DEUS submetendo a Ele todo os nossos pensamentos. Isso é importante, nenhum pensamento nesse caso, deve estar em desacordo com a vontade de DEUS. Pode-se dizer melhor, se trata de uma pessoa que deseja submeter todos os seus pensamentos a DEUS, mesmo que no presente ainda não seja assim. A meta é colocar tudo o que se passa na mente em concordância com os princípios dos mandamentos de DEUS. Assim a pessoa já estará buscando a DEUS “de todo o coração”, isso quer dizer, ela está SINCERAMETNE disposta a sujeitar tudo a JESUS. Ela quer abandonar tudo o que conflita com a salvação.
Por quê tem que abandonar tudo, para buscar a DEUS “de todo o coração”? Porque só assim vai encontrar JESUS. Se a pessoa vai a igreja, deseja ser salva, ajuda na salvação de outra pessoas, é participante ativa nas necessidades e responsabilidades na igreja, isso não quer dizer que está buscando a DEUS “de todo o coração”. Se ela tem algum interesse incompatível com a vontade de DEUS, e se ela não tem vontade de se livrar desse interesse individual, ela busca a DEUS, mas como foi o caso de Amazias, “não com inteireza de coração” (II Cro. 25:2). Essas são pessoas divididas, que ao mesmo tempo amam alguma coisa do mundo. Assim ela jamais se salvará, pois na verdade não encontrará o Salvador por essa via. Há muitas coisas, pequenas ou grandes, que vem do mundo, e que podem competir com o que é reto e bom, que vem da vontade de DEUS.
Todas as coisas que vem do mundo estimulam o “eu”. Essa é a estratégia de satanás para subjugar as pessoas. A indústria e o comércio desse mundo desenvolveram impressionante astúcia para vender de tudo, vender o que é bom e o que não é bom. Misturando o positivo com o negativo, na aparência, é o negativo que leva vantagem, pois ele passa a se parecer com o positivo. Foi assim que os ambiciosos por dinheiro fizeram quebrar vários bancos em fins de 2008. Eles juntaram milhões de hipotecas de maus pagadores com algumas milhares de hipotecas de bons pagadores, e as agências de risco de títulos as classificaram como de máxima confiança. Misturando o profano com o sagrado, é sempre o profano que leva vantagem, pois é ele que parecerá sagrado. Misturando o imperfeito com o perfeito, é sempre o imperfeito que leva vantagem, pois o perfeito não pode ter essa condição se não for 100% puro, já o imperfeito, parecendo melhor que na verdade é, isso não lhe prejudica, pelo contrário, até ajuda. Pense nisso! Misturando os princípios bíblicos com mundanismo, pode-se criar muitas novas igrejas, e o povo irá gostar, pois a maioria dos seres humanos quer a salvação, mas sem abandonar inteiramente o mundo. Dias atrás vi um cartaz de um show gospel. O grande diferencial era de ali não haver bebida alcoólica e drogas. No mais, dispunha de tudo o que qualquer outro show mundano oferece. Esse, dizia o cartaz, era um show de louvor DEUS, mas que na verdade era louvor, porém não a deus. Sim porque existe DEUS e existem deuses.
Buscar a DEUS “de todo o coração” significa entrega completa, entrega 100%, tendo o desejo sincero de ser totalmente transformado pelo poder do ESPÍRITO SANTO. Por pior que a pessoa seja, por mais baixo que ela tenha ido nos prazeres e pecados do mundo, ela pode ser perfeitamente salva se houver entrega total. Aliás, parece que pecadores que caíram mais fundo no pecado tem mais chances de serem salvos que pecadores discretos, que parecem santos. É que estes não chegam a sentir tanta necessidade de mudança em suas vidas, já são pessoas bem razoáveis. Assim como Amazias.

  1. Quarta-feira: Consciência endurecida
O que é a consciência? Os seres humanos, pelo que demonstram as pesquisas mais recentes, possuem três centros distintos de inteligência: a inteligência racional, a inteligência emocional e a inteligência espiritual. Toda inteligência é formada por um conteúdo de conhecimento, e ser inteligente nesse conhecimento significa a capacidade de usá-lo, de elaborar questões de investigação, de descobrir novos campos de saber nesse conhecimento, expandindo-o. Assim é nesses três campos da inteligência humana.
A inteligência racional é formada pelo conhecimento científico, profissional e cultural. A inteligência emocional é formada pelas emoções que colecionamos ao longo da vida. Nessas duas inteligências, é mais inteligente a pessoa capaz de utilizar sob controle de princípios, os seus respectivos conteúdos. Pois bem, a inteligência espiritual, também denominada de sabedoria ou caráter, é a coleção de princípios que uma pessoa possui e que governa a sua vida, governam as outras duas inteligências. E nessa última que se forma a consciência, a capacidade de julgamento de nossos próprios atos, com base naqueles princípios da inteligência espiritual.
O desastre individual ocorre quando a pessoa já conhece os princípios de justiça de DEUS, contudo, não os leva em consideração todas as vezes. Melhor dizendo, só considera esses princípios e os respeita quando lhe interessam. Por exemplo, se a pessoa tem um dinheiro a receber, e está difícil, ela lembra com freqüência da importância e da necessidade de ser honesta. Porém, com freqüência, quando vai vender um bem, como um automóvel, ela nem se dá conta que está escondendo alguns problemas que o veículo possui. E ainda por cima, depois de feito o negócio vantajoso e não honesto, ela fica se gabando a outros sobre como é esperta. Isso se chama “astúcia”, o outro extremo da sabedoria.
Há pessoas que vencem na vida pela sabedoria, que se baseia em princípios. Essas são fortes candidatas para a vida eterna. Mas há outras que vencem profissionalmente pela astúcia, passando os outros para trás, e às vezes esquecem, se descuidam, e até mencionam suas espertezas em púlpito. Para estas pessoas, o reino dos Céus está muito distante, ou seja, depende delas se arrependerem totalmente. Tempos atrás, um irmão, numa roda de amigos da igreja, se vangloriava como passou para trás uma empresa de ônibus, tirando dela um dinheiro que não lhe era devido. Um outro irmão lhe havia chamado a atenção, mas essa pessoa não se importou. Isso é o quê? Isso é a conseqüência de não considerar os princípios de vida repetidamente, até que chega ao ponto da consciência não mais se importar. Quero dizer, a consciência foi habituada a entender que esses erros não são na verdade erros. A pessoa já não aceita mais tais pecados como sendo pecado. Quer alguns exemplos de pecados que muito freqüentemente já não são mais vistos como pecado? Vamos a alguns, que todos sabem, mas poucos levam a sério: tratar de negócios em dia de sábado; contar pequenas mentirinhas de brincadeira; assistir novelas e filmes inconvenientes; alimento que prejudica a saúde; tomar chimarrão; apropriar-se de direitos intelectuais alheios; fazer fofoca; usar de preconceito; vestir-se inconvenientemente, e assim por diante. Quantos do povo de DEUS, que conhecem os princípios em relação a esses assuntos, os seguem? Bem poucos na verdade, mas é preciso que esses poucos continuem dando o seu testemunho, que se mantenham em pé, pois alguma influência para o bem eles estarão proporcionando. Mais um pouco de tempo, e verão a sua recompensa.
Consciência endurecida é o resultado de repetidamente fazer o que já sabe que está errado. De tanto cometer o mesmo erro, a parte da mente que julga os nossos atos se atrapalha, e entende que tais atos, errados, não são tão maus, ou nem são pecado. Então essa pessoa passa a julgar outras, que cuidam nesse aspecto, como pessoas erradas, ou as contempla como pessoas radicais, de zelo excessivo. Às vezes detesta as pessoas zelosas nesse ponto em que ela j[a não vê mais erro. Isso é mais comum que se imagina. Pessoas de consciência endurecida vêem o mundo de modo diferente que aquelas cuja consciência ainda funciona corretamente. Ela se torna mais tolerante com os atrativos do mundo, não vê perigo, até passa a incentivar outras a se tornarem como ela. São pessoas um pouco do mundo e um pouco de DEUS, o que na prática significa pertencer ao mundo.
Somos nós que determinamos, pelo modo como vivemos o dia a dia, como deve ser a nossa consciência. E ela nos governará mediante avisos sobre o que é certo e errado. Porém, se habituamos mal essa consciência, ela nos dará avisos equivocados, e assim, a nossa situação vai piorar cada vez mais. No entanto, se praticarmos dia após dia os princípios de vida que DEUS nos ensina por meio de Sua palavra, então gradativamente se formará uma consciência afinada com esses princípios, e por ela O ESPÍRITO SANTO nos orientará pelo caminho da santificação e da vida eterna.
Olha só, muito interessante. Esse comentário dessa semana está sendo escrito no mato, onde estamos acampados, tendo nosso descanso anual que de certa forma lembra que em breve estaremos descansando das aflições dessa vida. Estamos acampados durante dez dias, numa barraca de lona, com uma grande cobertura bem estruturada, como que aprendendo sobre como viver no tempo da perseguição final. Um dia desses estaremos indo para o nosso último acampamento nessa Terra, e vai ser bom.

  1. Quinta-feira: Andando na verdade
Conhecer a verdade é difícil. Precisa esforço. Por exemplo, para conhecer a verdade, precisa ouvir, ler, dialogar. Para conhecer profundamente a verdade, precisa ensiná-la a outros. E para conhecer a verdade em profundidade máxima, além de tudo isso, precisa experimentar a verdade em sua vida.
É perfeitamente possível uma pessoa ter conhecimento teórico da verdade. Pode até ser professor de teologia e não saber aplicar essa verdade em sua vida, a mesma verdade que ensina a outros. Isso é possível, e há muitos casos assim.
O título muito sugestivo da lição hoje é “andando na verdade”, isto quer dizer, além de ter o conhecimento da verdade, segui-la na prática do dia-a-dia. Veja bem, para colocar a verdade em prática evidentemente é preciso ter conhecimento dela. Essa é uma etapa preliminar, de obtenção do conhecimento da verdade. Mas o correto seria, assim que a conhece, já ir praticando, para nem mesmo descobrir a possibilidade de conhecer sem praticar. Sim porque isso vicia, muitos são os que conhecem, e adquirem invejável conhecimento, mas não colocam em prática. É uma curiosa maneira de perder a vida eterna. Judas, por exemplo, foi um caso assim, mas há outros, como Saul, Ananias e Safira, etc.
Temos que nos precaver sobre ter conhecimento apenas teórico sem o respectivo procedimento na vida real. Tal estilo de vida não só produz a ruína da pessoa como ainda resulta em mau testemunho a outros. Esses outros pensam que o irmão que conhece mais, e está mais tempo na igreja, se ele pratica certas coisas (que já não se deveria praticar) pensam que isso não tem problema. Aliás, essa é uma das eficientes estratégias de satanás para enganar os escolhidos: misturar entre eles pessoas que participem das mesmas fileiras mas que dêem mau testemunho. Tal estratégia é de uma eficácia incrível, principalmente se o mau testemunho vem de uma pessoa muito influente. Por isso todos nós devemos ser zelosos em andar na verdade, não somente dispor dela.
A lição traz uma pequena lista de atitudes que denunciam quem sabe mas não pratica. Por exemplo, ser mal educado com as pessoas, ser sarcástico, irritadiço (poucos não são), vingativo, invejoso, odioso, insensível, aproveitadores, mandões, dominadores, etc. Quem pratica alguma dessas coisas pode conhecer a verdade, mas não anda nela, precisa fazer uma entrega total para que O ESPÍRITO SANTO transforme a sua vida.

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Esta semana nosso estudo foi sobre a verdade. Em síntese, vimos que a verdade se compõe de fatos incontestáveis, que estão ligados ao DEUS imutável. Esse DEUS é eterno porque tudo Ele é amor, e o amor é perfeito. De DEUS se origina tudo o que existe de bom. A verdade é imutável, pois se mudasse, não seria verdade. Portanto, ela é absoluta, incontestável e única. A verdade é uma pessoa, ela é DEUS, ela é capaz de pensar e de agir. Enquanto isso, a mentira varia ao longo do tempo e pode se mostrar em uma infinidade de versões. A mentira não tem compromisso com a eternidade, ela só tem compromisso consigo mesma, e na defesa de seus interesses ela se mostra conforme lhe é favorável no momento.
Em nós, a verdade se revela por meio da fidelidade ao que é verdadeiro, o nosso Criador e Redentor. Ser verdadeiros não é o mesmo que trabalhar para DEUS, mas é COMO trabalhamos para Ele, com que intenção. Se a intenção for obter promoções, não seremos verdadeiros, porém, se for para sinceramente resgatar pessoas do império de satanás para o reino de DEUS, então estamos sendo verdadeiros. Para isso devemos esquecer de nós, subjugar o “eu” colocando DEUS no lugar desse “eu”. A renúncia do “eu” abre espaço que pode ser ocupado pelo nosso Salvador. Então desaparece a busca pelo prestígio, e a humildade do caráter de CRISTO toma posse, e nos tornamos verdadeiros. O que é mesmo ser verdadeiro? É ser semelhante a Quem é verdadeiro, DEUS.
Portanto, resumindo o estudo dessa semana: ser verdadeiro é se tornar cada dia mais parecido com o caráter de CRISTO, que é manso e humilde, que não foca em Si mas em Seu Pai, que veio para servir, não para ser servido, que em todas as Suas palavras sempre foi totalmente sincero e digno de confiança. Sendo assim todos os dias, e poderemos ser se permitirmos O ESPÍRITO SANTO atuar em nós, gradativamente assimilaremos os princípios que orientam o caráter de CRISTO. Assim seremos cada vez mais um em CRISTO, assim como Ele é um com DEUS, Seu Pai. A unidade do amor nos tornará verdadeiros, e seremos cada vez mais amigos uns dos outros. Assim, o Reino de DEUS já estará dentro de nós, isto quer dizer, teremos em nosso caráter os mesmos princípios de vida que DEUS tem em seu caráter. Feliz de quem trilha por esse caminho!

escrito entre:   05/02/2010 a 11/02/2010
revisado em   12/02/2010


Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.

sábado, 13 de março de 2010

Ven Santo Espiritu (Tony Avila)

Que Esta seja a oração de cada cristão, que possamos permitir que o Espírito Santo faça morada em nossa vida! Que em cada novo amanhecer seja um dia mais e mais perto de Cristo Jesus!

A Geração de Enoque - Série: Descobrindo os Mistérios de Gênesis

PASTOR STEPHEN BOHR

Apesar de ter nascido em Wisconsin, o pastor Stephen Bohr cresceu na Colômbia e na Venezuela, onde seus pais serviram como missionários.
Durante mais de trinta anos, ele tem atuado como um pastor, conselheiro da juventude, professor de teologia e evangelista. É reconhecido internacionalmente por sua série de apresentações de "Descobrindo os Mistérios do Gênesis."
No momento é pastor da Igreja Adventista Central, na cidade de Fresno, Califórnia, e é também diretor e orador dos Segredos selados (Secrets Unsealed), uma entidade sem fins lucrativos que se dedica na produção de material audiovisual sobre os principais ensinamentos da Bíblia.
Sua esposa, Aurora, é nativa da Colômbia. Eles têm um filho, Stephen e uma filha, Jennifer.

Descobrindo os Mistérios do Gênesis
Um estudo sobre o Princípio e o Fim da Bíblia "é um curso bíblico, que tem como objetivo explicar as grandes profecias da Bíblia a partir da perspectiva do livro do Gênesis.
Você ficará maravilhado com a forma clara, simples e profunda em que o pastor Stephen Bohr explica essas profecias.

Aqui você poderá ouvir o tema ou também pode fazer download para o seu computador para que você possa estudar.

Existem 38 temas desta série que será postado aos poucos o áudio junto com o texto que estou traduzindo


36 - A Geração de Enoque


Texto Traduzido



A Geração de Enoque
Oração:
 Pai celestial te damos graças pelas muitas bênçãos que há derramado sobre nós, te pedimos Senhor que ao estudar Tua palavra agora, Teu Espírito Santo esteja conosco e nos de mentes claras e corações dispostos a receber a semente da verdade. Te pedimos no precioso nome de Teu Filho Cristo Jesus, amém.

O titulo do tema é a geração de Enoque, e quero começar descrevendo como será o grupo de pessoas que viverão neste mundo imediatamente antes da segunda vinda de Jesus.
Quero que vejam que os que viverão neste planeta terão três características básicas.
Vamos ler Apocalipse 12:17 aqui achamos duas das três características. Diz o seguinte:

“17 Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus; e se pôs em pé sobre a areia do mar.”

terça-feira, 9 de março de 2010

Lições da Bíblia - O Fruto do Espírito é Justiça

Parte 1


Parte 2



Parte 3

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 11

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Primeiro Trimestre de 2010
Tema geral do trimestre:  O Fruto do ESPÍRITO
Estudo nº 11   O fruto do Espírito é: Justiça
Semana de      06 a 13/03/2010
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
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Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil

“...eles não são do mundo como também Eu não Sou” (João, 17:14)

Verso para memorizar: “Bem-aventurados os que têm sede de justiça, porque serão fartos” (Mat. 5:6).

  1. Introd.Bem aventurado o homem que ... se guarda de profanar o sábado” (Isa. 56:2)
O que é justiça? O dicionário Michaelis diz: “Virtude que consiste em dar ou deixar a cada um o que por direito lhe pertence”. Esse é o conceito de justiça para os fins do direito aqui na Terra. Mas, observe bem, esse conceito não serve para fins espirituais. Por ele, jamais seriamos salvos. A nossa dívida é tão alta que, no dizer do dicionário, “o que por direito nos pertence” é a morte.
Aí que devemos entrar no conceito da justiça de DEUS. Há duas palavrinhas que devemos entender para compreendermos a justiça de DEUS, infinitamente mais ampla que a dos homens. As duas palavrinhas são “imputar” e “comunicar”. Ou seja, “justiça imputada” e “justiça comunicada”.
O que é justiça imputada? Imputar é atribuir algo a alguém, que ele não tem. Por exemplo, é cobrir uma dívida de uma pessoa que ela não pode pagar, pois vai muito além de sua capacidade financeira. Portanto, justiça imputada é a atribuição, da parte de DEUS, de Sua justiça para nós. É o que JESUS fez por nós, ou, a Sua morte em nosso lugar, substituindo-nos nessa morte, e nos concedendo ou atribuindo a nós o Seu mérito de nunca ter pecado. É, em última análise, transferir a vida justa de JESUS a nós, como se nós a tivéssemos vivido.
E o que é justiça comunicada? É, como diz a lição, o que JESUS faz em nós por meio de Seu ESPÍRITO. Em outras palavras, é a transformação diária de nosso ser, para sermos mais parecidos a Ele, à Sua justiça.
Para sermos salvos, precisamos da justiça imputada e da justiça comunicada. A justiça imputada está disponível a todos, mas a comunicada só recebem ou seja, a transformação só ocorre com quem deseja, crê, e colabora. No último dia aqui na Terra, a transformação será completada em 100%, então todos os que se entregaram a JESUS se tornarão pessoas completamente justas.

  1. Primeiro dia: A necessidade de justiça
Os justos, que nunca pecaram, também não morrem. Aqui na Terra não há ao menos um ser nessa condição. Aqui todos pecaram, e todos estão destinados a morrer. Morrer para sempre!
Para que sejamos salvos, devemos ser justos, isto é, perfeitos, como DEUS. Como não há um sequer que seja justo, todos, em princípios, deveriam morrer a morte do desaparecimento eterno. Mas DEUS desenvolveu um plano muito sábio, feito por Seu amor, para salvar os seres humanos, todos aqueles que livremente desejam ser salvos. JESUS viveu aqui como homem, foi submetido às tentações dos homens, viveu nas condições das fraquezas humanas, mas não pecou sequer uma vez. Logo, JESUS é justo.
Desde o princípio Lúcifer, depois satanás, vinha acusando a DEUS que Sua lei é impraticável todo o tempo, que há certas condições que não é possível obedecer. JESUS esteve no mundo como ser humano, e deu a satanás todas as oportunidades para provar sua tese. Satanás fez de tudo para conseguir demonstrar que a Lei de DEUS não se pode obedecer, mas não conseguiu. Na verdade, agindo o tempo todo contra a obediência de JESUS, não conseguindo no entanto criar a tal situação de impossibilidade de obediência, tudo o que ele conseguiu foi provar o contrário, que essa Lei é perfeitamente possível de ser obedecida.
JESUS, o Homem, no final de Sua carreira na Terra, pode ser chamado de “O justo”. E o infinito amor de JESUS Lhe fez ter o desejo de nos presentear com Sua justiça. Ele disse assim: “vou dar Minha justiça aos homens, e todos os que aceitarem, serão considerados justos, portanto, podem ser salvos.” Isso se chama graça. Para que a graça dê certo, a nós compete crer em JESUS, isto é, ter fé n’Ele. Então somos considerados justos, (justiça imputada), e sendo assim, podemos ser salvos. Nada até aqui vem do ser humano, tudo é dom de DEUS, tudo é de graça, é a graça, o presente, a concessão.
E nós, o que devemos fazer? Bem, depois que aceitamos a justiça de CRISTO, precisamos evidentemente parar de pecar, isto é, sermos justos, ou, sermos obedientes, ou ainda, obedecer os Dez Mandamentos. Pois de nada adianta sermos justificados hoje, e amanhã cometermos outra vez pecado, passando a estar outra vez sob condenação. Se isso acontece, tudo volta à estaca zero, voltamos a ser pecadores como antes éramos. Precisamos outra vez da justiça de CRISTO. Sendo assim, é bem melhor irmos gradativamente nos afastando da tentação e do pecado. Se fizermos isto, seremos transformados pelo ensinamento do ESPÍRITO SANTO, em novo ser, cada vez mais capaz de obedecer. Portanto, fomos salvos pela graça, e nos mantemos salvos pela obediência. Ou voltamos a estar em condição de perdidos pela reincidência à desobediência. Não vale a pena.

  1. Segunda-feira: Justiça “faça você mesmo”
O mundo vai se modernizando. A ciência vai avançando, descobrindo leis naturais e criando soluções. Posso dizer que os meus pais estão vivos, graças aos avanços científicos. Na verdade, DEUS é quem concede esse conhecimento, as descobertas nada mais são que a compreensão do que DEUS fez, embora muitos não reconheçam. Embora todos os avanços científicos, o ser humano parece que em nada avançou quanto ao comportamento. Pelo contrário, retrocedeu, abusando de crianças, abandonando seus idosos, aperfeiçoando a guerra tornando-a cada vez mais destrutiva, superando a capacidade de roubar, e assim por diante. Ah, sim, tem mais, o ser humano é cada vez mais injusto. A justiça dos homens cada vez mais depravada, interesseira, influenciada e corrompida.
Falando em justiça, aumenta a prática da “justiça com as próprias mãos”. Pessoas que resolvem acertar as contas com algum desafeto apenas pelo desejo de vingança. Por outro lado, também aumenta, e muito, a aparência exterior. Pessoas que se esforçam, que gastam muito dinheiro, para encobrirem sua verdadeira identidade, que é em extremo corrupta, mas na aparência, se parecem pessoas das mais honestas, em que todos confiam. Sim, confiam até que tudo vem à tona, quando a polícia descobre o que essa pessoa faz. Assim já foram descobertos pedófilos, que até o momento eram pessoas admiradas e bem consideradas. Pareciam ser pessoas de boa índole, mas no íntimo eram o contrário.
O ser humano caminha para a destruição ao querer parecer o que na verdade não é. Grande parte dos cristãos também age assim. Buscam aparentar ser o que não são, escondendo a realidade. Fazem isto sempre em público. Em geral, são líderes na igreja, tem cargos importantes, realizam atividade missionária, pregam bem, muitas vezes são caridosas. Mas, outras vezes, em casa, são outra pessoa. Maltratam o cônjuge, isso se não tem outra pessoa em paralelo, não cuidam dos filhos, assistem programas e filmes de baixo nível moral, envolvem-se em festas mundanas, usam linguajar sujo. E o que fazem no banheiro, ou em frente do computador, só DEUS sabe. Nos negócios não são pessoas honestas, nem com os clientes, nem com o governo. Para receber deles alguma dívida não é fácil. Mas, na igreja, no ambiente físico, são exemplares. Isso é aparentar justificação própria, ou como diz a lição: “justiça faça você mesmo.”
É querer parecer, diante de todos, que é uma pessoa conforme o coração de DEUS. Isso é buscar a salvação pelas obras. Até é possível viver assim, muitos o conseguem, a maioria dos cristãos. Porém, por essa via ninguém é transformado (não melhora sua identidade cristã) e ninguém se salva. Pelas próprias obras até dá para enganar muitas pessoas, muitas vezes até que a máscara caia. Quem busca enganar aos outros quanto a sua verdadeira identidade, está ao mesmo tempo enganando a si mesmo, e mostrando a DEUS o quanto é indigna d’Ele. Enquanto todos pensam, e ele mesmo, que essa é uma pessoa santa e salva, a realidade é bem outra. Essa realidade a pessoa poderá descobrir quando for tarde demais, quando a porta da graça estiver fechada.
Por quê muitas pessoas agem dessa forma, em vez de buscar a justiça de CRISTO, do alto (Mat. 6:33), busca a sua própria forma de parecer justo e aceito por DEUS? Porque olha demais para si mesma, valoriza demais o “eu”. Então, torna-se orgulhosa e vaidosa, e precisa aparentar o que não é. Quem valoriza o “eu” sempre deixa de se entregar a CRISRTO, só os humildes de coração conseguem fazer isto. Só os humildes aceitam conselhos dos outros e de serem transformadas por DEUS. Assim agiam escribas e fariseus, aqueles que nos tempos de JESUS eram os mestres em Israel. Cada um deles via no “eu” algo superior. Com esses mestres Israel só poderia ir para onde foi: rejeitar o Seu Salvador, mas não foram todos os israelitas que agiram assim. Os mestres do povo não conseguiram aceitar outro Mestre, um homem simples, humilde e manso, que ensinava por palavras e por exemplo de vida. Nos últimos dias, quando estivermos no tempo do Alto Clamor, (entre o decreto dominical e o fechamento da porta da graça), todos os que continuarem aguardando a volta de CRISTO serão assim como JESUS foi no tempo de Sua permanência nessa Terra.
JESUS disse que a nossa justiça deve exceder em muito a dos escribas e fariseus. Como assim? Temos que ter outra justiça que a deles, temos que ter a justiça de CRISTO, a que Ele quer e pode nos conceder por meio da graça (graça é algo que recebemos de DEUS e que não merecemos, pelo que não podemos pagar). Aí sim, tendo a justiça de CRISTO, ela será superior a daqueles homens que faziam tudo para parecerem o que nunca foram.
E como podemos ter a justiça de CRISTO? Bem, isso não é difícil, é até bem fácil. Devemos humildemente reconhecer que somos pecadores e que necessitamos de JESUS. Assim, nos entregando a Ele todos os dias, permitindo que O ESPÍRITO SANTO mude a nossa vida. No momento em que sinceramente, humildemente nos entregarmos a JESUS CRISTO, receberemos a Sua justiça, ou seja, seremos considerados como Ele é considerado: justos. Desse momento em diante, O ESPÍRITO SANTO passa a agir em nossa vida, e nos transforma para que realmente seja em nós alcançada a justiça de CRISTO, que Ele já nos concedeu.
O processo de transformação requer participação nossa. Essa participação vai ocorrer pelas obras da lei. Nós iremos ter um crescente desejo de sermos obedientes a JESUS. Isso vai acontecer porque fomos salvos, e porque desejamos continuar salvos. Mas atenção, pode acontecer, e muito freqüentemente acontece, da pessoa que já havia recebido a justiça de JESUS, voltar a trás, retroceder, e perder essa condição de justo. Isso pode acontecer por diversas maneiras, algumas são: abandonar a fé; tornar-se orgulhoso e buscar aparentar justiça, a tal da justiça “faça você mesmo”; ou simplesmente esfriar e levar uma vida morna, estando um pouco no mundo e um pouco na igreja.
Resumindo, é impossível nos tornarmos justos pelas próprias obras, pois, na verdade nós não somos justos. A nossa natureza é de seres injustos. Se DEUS não agir em nós, podemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance, mas nunca iremos mudar a nossa natureza. Portanto somos inteiramente dependentes na justiça de CRISTO e da operação do ESPÍRITO SANTO em nossa vida.

  1. Terça-feira: CRISTO justiça nossa (Rom. 5:17)
O texto da lição de hoje é muito bem escrito e esclarecedor. Parabéns ao autor! Creio que todos os que estudaram a lição desse dia devem ter entendido de uma vez por todas o que é a justiça imputada.
A história é a seguinte. Adão (com Eva) pecou, e se tornou um pecador. Isso é muito significativo, uma vez tendo algum ser criado cometido um único pecado que seja, ele torna-se pecador, ou seja, propenso a pecar mais vezes. É que muda a natureza da pessoa. Ela descobre algo que fascina, algo proibido mas que atrai muito. Parece que a todos os seres existe uma atração pelo que é misteriosamente perigoso. Então a prudência nos diz que devemos ser cuidadosos e não experimentar novos pecados pois facilmente nos tornaremos escravos deles. Isso piora a nossa natureza de pecadores e aumenta o desejo de pecar mais.
Mas como ocorre a mudança da natureza? Isso até é fácil de explicar: pelo conhecimento do mal. Quando Adão e Eva pecaram, descobriram algo que desconheciam, eles descobriram o mal por ato e experiência. Passaram pela experiência da desobediência, e aprenderam a desobedecer. E o mal tem um certo fascínio, pois ele sempre é misterioso. O ser humano é curioso por natureza, isso foi DEUS que colocou em nós. A curiosidade originalmente nos foi concedida porque fomos criados seres inteligentes, e portanto, para explorar as coisas que DEUS criou e descobrir como elas funcionam. Mas a curiosidade em seres cuja natureza mudou pela descoberta do mal e do pecado é um perigo. Ela atrai para algo que nos destrói. De qualquer maneira, o mal contém em si os mistérios tal como toda a natureza que DEUS criou. Portanto, o mal assim como o que DEUS criou atrai os seres humanos. A diferença entre os dois atrativos é enorme, a natureza revela o Criador, mas o mal revela que iremos morrer, e podemos descobrir que por trás do mal há um ser incrivelmente maldoso: satanás.
Veja bem, satanás incrementa a atratividade misteriosa do mal. Ele torna o mal muito mais atrativo que o seu natural. Ele o faz pela propaganda enganosa; pelas histórias de mistério (qual o filme ruim que não tem mistérios?); pela supervalorização do “eu”; pela indução às mentes que desobedecer é algo superior a obedecer; pelas alucinações das drogas; pela influência dos que já se tornaram mais degenerados; pela idolatria dos maus e aviltados (artistas de cinema, de filmes, jogadores de futebol, etc.); pela recompensa em se fazer o mal (os desonestos enriquem mais rapidamente que os honestos); pelo cultuamento à interpretação distorcida da verdade (Bíblia); pela distorção do conceito de DEUS; pelo amor ao dinheiro e aos bens; pelo desleixo aos bons princípios e boa ética; pela valorização das disputas e competição, e a lista é enorme. O inimigo, satanás, tem milhares de maneiras de tornar o mal super atraente aos seres humanos, e assim a natureza do ser humano se degenera cada vez mais, pois os interesses se voltam sempre mais ao que vem de baixo, e despreza ao que vem de cima.
Mas como aconteceu a mudança de natureza (de ser santo para ser pecador) em Adão e Eva, ao cometerem o primeiro pecado? Isso também é fácil de entender. Eles se desligaram de DEUS e se ligaram ao inimigo de DEUS, e deles mesmos. Seres criados tem apenas uma forma de nos ligarmos a DEUS: pela obediência à vontade d’Ele, que em síntese está escrita nos Dez Mandamentos, mas em extensão maior, na Bíblia toda. Eles dois trocaram de Senhor, do Criador por um usurpador. Nisso se iniciou neles uma pequena mudança no modo de pensar, por aquela única experiência de desobediência eles desenvolveram uma ínfima propensão a pecar mais uma vez, e mais outras vezes. Portanto, agora eles trocaram sua natureza, a de seres capazes de obedecer sempre para seres sujeitos a desobedecer, mesmo que fosse algumas poucas vezes.
E porque isso passou a toda a humanidade? Porque um pecador só pode gerar filhos pecadores, nunca santos sem propensão a erro. Como assim? Pela genética e pela influência de comportamento dos pais. Pais pecadores erram, e os filhos aprendem a errar, sendo que já nasceram com essa propensão. Ou você conhece algum bebê que sempre pede algo educadamente? Não, aos bebês, desde o primeiro dia é normal (porque já são pecadores) pedir o que sentem necessidade aos berros, se agitando e exigindo. Eles já nascem voltados para o “eu”. Talvez alguns não gostem do que aqui escrevi, mas é a realidade, basta observar. Bebês não são seres santos.
Aliás, toda a natureza ficou assim. Os animais lutam desde que nascem pela comida. E mesmo os domesticados brigam pelo sustento. Aqui em nossa casa tem muitas pombas, que são o símbolo da paz. Mas como esses símbolos da paz brigam pelas sementes que colocamos para eles!
O pecado entrou por uma pessoa (Adão, pois a ele foi dada a responsabilidade sobre toda a criação). E, interessante, por uma pessoa pode toda a raça humana ser salva. Como assim?
Sabemos bem que JESUS CRISTO foi ser humano durante 33,5 anos. Nesse tempo, desde bebê, Ele jamais pecou. Isso é algo incrível, mas é real. Ele não herdou a genética de Maria, Ele foi concebido pelo ESPÍRITO SANTO. Ele já existia antes. Ele foi concebido como um Ser não pecador, veio ao mundo como um segundo Adão. O primeiro falhou, mas o segundo não falhou. Logo, esse provou a satanás e ao Universo, que a Lei de DEUS, os Dez Mandamentos, são possíveis de serem obedecidos, pois Ele foi submetido ao extremo das tentações, mas manteve-Se fiel pela obediência. (A propósito, ainda hoje muitas igrejas pregam indiretamente que a Lei não se pode obedecer quando dizem que foi abolida, esse é o argumento de Lúcifer desde o início de sua campanha por ele mesmo para ser igual a DEUS.)
Então, por meio de JESUS, se quisermos, podemos outra vez ser considerados justos, e uma vez justos, podemos ser salvos da morte. Mas como seremos considerados justos? É fácil de explicar e de entender. JESUS viveu aqui e sempre foi justo, ninguém pode acusá-Lo. E Ele, e DEUS, decidiram que simplesmente irão atribuir a justiça de JESUS aos pecadores que crerem n’Ele. E é isso, simples assim.
Tem que crer em JESUS, e isso significa entrega a Ele. Por quê a entrega? Isso também é simples, é porque quando Adão e Eva pecaram, se desligaram de DEUS, então nós, se quisermos ser considerados justos para sermos salvos, precisamos decidir fazer o caminho inverso, voltar a nos ligar a DEUS. E voltar a DEUS é o mesmo que entregar-se a JESUS. Aí nos ligamos outra vez a DEUS, o nosso Criador. Entendeu? Fácil não é? Ou seja, quem crer se entrega a JESUS, esse será considerado como JESUS é, justo, sem, pecado. Só isso.
Aí, a propósito, vem então as obras. Ou seja, a obediência. Afinal, quem foi um dia considerado justo não vai querer perder essa condição, por isso ele deixa de pecar.
Mas o ser humano, embora tenha sido justificado, ainda tem a natureza pecadora, com aquela propensão a pecar. Para resolver isso, DEUS envia o ESPÍRITO SANTO, o mesmo que gerou JESUS em Maria, para nos transformar, isto é, nos ensinar a obedecer. E no dia final, quando JESUS retornar, sermos transformados por completo, ou seja, totalmente à semelhança de JESUS. Aí recomeça o estilo de vida como Adão e Eva tiveram antes da queda. Interessante, não é?

  1. Quarta-feira: Justiça e obediência (I João 2:29)
O inimigo, satanás, é astuto em extremo. Vendo que a Bíblia se disseminava, e que as pessoas liam, e que muitos mestres ensinavam, elaborou uma forma de religião simplista, que atrai multidões, mas não salva ninguém. Em síntese, essa religião é a seguinte: “entrega-te a JESUS, mas não O obedeça.” Ou seja, como dizem, somos salvos pela fé, portanto, não há mais necessidade de obedecer a Lei. Dizem até que a Lei (Dez Mandamentos) foi abolida.
Mas aí vem uma pergunta que qualquer pessoa inteligente sabe responder: se o pecado entrou no mundo por uma obra de desobediência, como pode alguém ser salvo continuando na desobediência?
A questão aqui é bastante simples. Somos sim, salvos pela graça mediante a fé. Isto quer dizer, a salvação é um dom de DEUS, e nós, se crermos, seremos salvos. Sabemos que é assim. Mas há mais algo. Temos que continuar salvos. Porém, se depois de recebermos a salvação nós desobedecermos a vontade de DEUS, mesmo assim continuaremos salvos? É evidente que não, pois foi pela desobediência que pecamos e morremos, como então ser salvo continuando a desobedecer? E são milhões de pessoas que acreditam que não há mais lei, só o amor, e não há mais necessidade de obedecer, pois a Lei dos Dez Mandamentos teria sido anulada na cruz.
Em primeiro lugar, que Reino de DEUS seria esse, sem Lei? Um Reino sem Lei, já imaginou isso? É um lugar onde cada um faz o que quer sem critério algum, e nada seria pecado, mas tudo seria uma tremenda bagunça.
E depois, o que é o amor, senão a Lei de DEUS? Portanto, se afirmam que agora só vale o amor, estão indiretamente afirmando que os Dez Mandamentos estão valendo, pois o resumo deles é amar a DEUS e amar o próximo. Os Dez Mandamentos são a orientação sobre como se ama. Se eles foram anulados, o amor também foi. Que confusão satanás criou, e mesmo assim, embora a confusão flagrante, milhões nem questionam, e aceitam, mas assim se perdem (pensando estarem salvos).
Em I João 2:2 a 6 diz que conhecemos a DEUS se guardarmos os Seus mandamentos. E quem não os guarda, mas diz que conhece a DEUS, está mentindo. Diz mais, que aquele que obedece, nele se aperfeiçoa o amor de DEUS. Ele permanece em DEUS e DEUS permanece nele. Isso é o amor, está escrito nos Dez Mandamentos, e une as pessoas a DEUS e DEUS às pessoas, e as pessoas entre si. É o que o amor faz, unir em perfeita felicidade.
Então, tal coisa teria DEUS abolido? Ora, se Ele abolisse os Mandamentos, teria abolido a  Si mesmo, e também o Seu Reino. E é essa idéia que satanás quer passar a todas as pessoas, pois, dessa forma, se apegarão a quem? A satanás! Mas João diz que DEUS é amor (I João 4: 7 e 8). O mesmo profeta diz que “o amor de DEUS é que guardemos os Seus mandamentos” (I João 5:3).
Resumindo tudo. Somos salvos pela graça de CRISTO, isto é um presente que Ele nos deu. DEUS nos considera justos se tão somente crermos em JESUS. Nesse momento estamos salvos. E se desejarmos continuar salvos, então devemos obedecer aos Mandamentos de DEUS, pois foi pela desobediência deles que nos tornamos pecadores. Portanto, a parte de DEUS é nos salvar, a nossa é obedecer, para não anularmos a salvação que já teremos recebido, voltando a esta zero, de pecadores.

  1. Quinta-feira: A vida justa
Um debate bem interessante sobre justiça. Afinal, o que é justiça senão a obediência a DEUS, que é justo? E o que é obediência? No Reino de DEUS obediência nada tem a ver com obrigatoriedade ou exigência incondicional. Nesse Reino a obediência é um ato livre, sem que haja qualquer constrangimento sobre a pessoa. Ali todas pessoas são livres, tem total livre arbítrio.
Mas, nesse Reino, então, como é que as pessoas obedecem? Isso é bem fácil entender: por amor! Elas obedecem porque amam a DEUS, só por isso. Assim como um casal que se dá muito bem, um busca fazer a vontade do outro, porque se amam.
Agora, veja só que coisa interessante. O amor é exatamente a Lei de DEUS, a Lei dos Dez Mandamentos. É o que diz I João 5:1-3 (que vide na lição). Isso é até curioso, e bem original, pois veja só: se obedece a Lei por amor, e essa Lei é uma transcrição do que é amar. Nesse caso, é óbvio que as pessoas queriam obedecer a DEUS, pois, afinal, só sendo pecador inveterado para não querer amar e ser amado. O Reino de DEUS é o reino do Amor, ali se vive absolutamente sem preocupação alguma, pois tudo ali funciona na base do amor. Dá para entender como é o ambiente num lugar assim? Por enquanto, impossível imaginar como ali deve ser bom. Bem que isso está escrito em I Cor. 2:9.
E como funciona essa prática de obedecer por amor, e ao mesmo tempo ser 100% livre? Veja que nos países desse mundo não somos assim tão livres, pois a obediência é forçada. Ou seja, aqui temos o poder judiciário, que tem a seu dispor a força policial, para fazer obedecer. Além disso, tem exército armado, se não obedecer...
Mas no reino de DEUS não tem nada disso. Como funciona a obediência por lá? Também isso é fácil de entender (como tudo na Nova Terra é de fácil compreensão). Lá todos terão a Lei em suas mentes, gravadas pelo ESPÍRITO ASNTO. Assim nos tornaremos quando formos transformados, por ocasião da segunda vinda de CRISTO. Por enquanto obedecemos ao que está escrito em duas tábuas de pedra, mas então, obedeceremos os mesmos mandamentos, porém, escritos e tábuas de carne, isto é, nos corações (ver II Cor. 3:3).
Perceba que interessante, e como isso será bom. Com a transformação, quando completa, seremos perfeitos, ou seja, teremos a Lei dentro de nós, isto significa uma nova natureza, a natureza da Lei no coração. A obediência virá por uma natureza perfeita, seremos 100% capazes de obedecer. Para que seja assim, hoje temos que demonstrar a nossa vontade de obedecer, e de sermos transformados.
Então, na perfeição, obedeceremos porque amamos a DEUS. Ou seja, nós O adoraremos, e seremos servos uns dos outros. A essência da obediência a DEUS  se demonstra pela adoração, e a essência da obediência aos semelhantes se demonstra em sermos servos uns dos outros. Nisso não há exemplo maior senão JESUS. Ele veio para mostrar como se cumpre a Lei.
O que você acha, amar a DEUS e aos nossos semelhantes é um fardo? É difícil? Ser feliz é algo pesado? Viver eternamente sem nunca ficar doente nem ter algum tipo de problema ou preocupação é algo complicado? Claro que não, pois isso é a obediência a DEUS, à Sua vontade, a Seus Mandamentos. Essa obediência é livre, sem compulsão, porque sabemos que é a melhor maneira de se viver, aliás, é a perfeição. Para viver assim, alguém precisa nos forçar?
Veja só, ainda por cima, além de ser bom, somos perfeitamente livres. Pode existir algo melhor que tal condição de vida? Assim é a perfeição! Nela, até obedecer é extremamente bom.

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Já estamos concluindo esse estudo, dessa semana. Ele foi muito esclarecedor. Certamente muitos mudarão algumas coisas em suas vidas.
Agora concluímos com uma pergunta: Como podem alguém dizer que é cristão, e não obedecer a CRISTO, ou não fazer a Sua vontade? O profeta João é quem diz que para saber que temos conhecido a CRISTO é preciso ver se guardamos os seus mandamentos. Está na Bíblia! E João é bem direto ao dizer: “Aquele que diz eu O conheço, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade” (I João 2:4). E no verso seguinte diz que o amor de DEUS é aperfeiçoado naquele que guarda a Sua palavra. Isso é lógico, pois os mandamentos de DEUS ensinam a amar a DEUS e a amar ao próximo. Se os obedecermos, uma coisa é certa: aprenderemos a amar cada vez mais, ou seja, o amor de DEUS será aperfeiçoado em nós. Isso é obra do ESPÍRITO SANTO em pessoas que desejam obedecer.
Agora, existem situações enganadoras, que devemos conhecer e evitar. Por exemplo, ser adventista e em alguns pontos transgredir os mandamentos é algo contraditório e lamentável. Além de mau testemunho, além da influência negativa aos membros mais novos, ainda vai se perder para a vida eterna. Obedecer é saber como aplicar princípios bíblicos à vida diária. Na Bíblia não está escrito que não devemos usar drogas como hoje o mercado oferece. Então pode? Mas na Bíblia há o princípio do cuidado da saúde, dizendo que nosso corpo é o templo do ESPÍRITO SANTO. Por esse princípio podemos saber como cuidar de nossa saúde e de nosso corpo. Isso basta a pessoas inteligentes.

escrito entre:   29/01/2010 a 04/02/2010
revisado em   05/02/2010


Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 10

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Primeiro Trimestre de 2010
Tema geral do trimestre: O Fruto do ESPÍRITO
Estudo nº 10 – O fruto do Espírito é: Domínio próprio
Semana de 27/02 a 06 de 03/2010
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil

“...eles não são do mundo como também Eu não Sou” (João, 17:14)

Verso para memorizar: “Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo ser desclassificado” (I Cor. 9:27).

1. Introd. – “Bem aventurado o homem que ... se guarda de profanar o sábado” (Isa. 56:2)
O que é domínio próprio? É ter auto-controle e temperança. Quem tem domínio próprio guia-se por princípios pelos quais toma suas decisões e orienta a sua vida. É alguém que tem capacidade de planejar a sua vida e seguir esse planejamento, capacitado em con-trolar o seu corpo e a sua mente. Nesse, não é o corpo que domina, mas a mente fundamen-tada na verdade de DEUS.
Por outro lado, quem não tem domínio próprio não é capaz de se controlar. Essa pessoa é dominada pelas circunstâncias, pela moda, por atitudes, por gostos, por paixões, por modismos, por outras pessoas, por muitas coisas, mas pouco por ela mesma. É uma pessoa sem autodomínio. Essa pessoa é dependente mental de outras pessoas.
Há três coisas principais que tentam nos dominar: os sentimentos, os desejos e as circunstâncias. Contra essas coisas temos que ter bem firmemente gravados na mente prin-cípios bíblicos de vida. Só firmados em CRISTO, tendo o Seu poder a nossa disposição, isto é, querendo fazer a Sua vontade, é que poderemos ter princípios de vida e poderemos utilizá-los para decidir por nós mesmos o que fazer e o que não fazer. Ter domínio próprio é ter a capacidade de tomar decisões livres sem a influência de quem quer nos controlar. É ter independência mental. DEUS não quer controlar, Ele quer nos dar liberdade, Ele não nos domina. Ele quer nos ensinar princípios de vida para sermos livres. O fundamento desses princípios está nos Dez Mandamentos, a Lei da Liberdade. “A verdadeira indepen-dência mental é um elemento inteiramente diverso da precipitação. Essa qualidade de independência que leva a uma opinião cautelosa, devota e deliberada, não deve ser a-bandonada facilmente, pelo menos não antes que a evidência seja suficientemente forte para nos dar a certeza de que estamos em erro. Esta independência manterá o espírito calmo e estável, entre os inúmeros erros que prevalecem, e levará aos que ocupam posição de res-ponsabilidade a considerar cuidadosamente a evidência, sob todos os ângulos, sem ser ar-rastados por influência de outros, ou pelo ambiente, a firmar conclusões sem a devida com-preensão e completo conhecimento de todas as circunstâncias” (Mente, Caráter e Personali-dade, 78).
A falta de domínio próprio é um estado de certa intensidade de escravidão, em que somos controlados por outra fonte de decisão, que nos impõe o que devemos fazer. É nessa situação que o mundo está se atolando cada vez mais. Quer um exemplo? A magre-za das modelos em desfiles de moda. São magérrimas, e ai de alguma que engorda um ou dois quilos. Elas passam fome, ficam feias, mas seguem as regras dos estilistas. E muitas meninas que nem são modelo, recusam-se ao alimento, pois, em seu íntimo, sentem que devem ser como aquelas modelos, feias por só apresentarem pele e osso. Por pior que seja o que o mundo impõe, quem não tem domínio próprio, faz isso. Outro exemplo poderia ser a alimentação. Tem que seguir o que o mundo manda, e não se discute.
Que bom que esse assunto entrou no estudo desse trimestre.

2. Primeiro dia: O paradoxo do domínio próprio (Fil. 2:12 e 13)
Vamos expandir a compreensão do que vem a ser domínio próprio. É a capacidade de não amar o mundo, mas em lugar dele, pensar em tudo o que tem virtude e louvor. Ou seja, a mente de quem tem domínio próprio está voltada às coisas que agradam a DEUS. Em conseqüência, essa é uma mente capaz de obedecer a DEUS e ao mesmo tempo tomar decisões altamente favoráveis a seu dono, com perspectivas de vida eterna.
O domínio próprio, em primeiro lugar, tem a ver com a capacidade de controlar os pensamentos, ou, com que ocupar os pensamentos. As decisões e os atos vem depois, são conseqüência dos pensamentos. Domínio próprio é força mental para julgar os pensamentos e contê-los no que está em conformidade com a Bíblia. É, digamos, a capacidade de, como orienta I João 2:15 e 16, não amar o mundo nem as coisas que há no mundo. Há três conjuntos de coisas que há no mundo que pessoas de domínio próprio não se envolvem:
1ª) com a concupiscência da carne;
2ª) com a concupiscência dos olhos;
3ª) com a soberba da vida.
O que são essas três coisas?
A concupiscência da carne é todo conjunto de atrações do mundo que tem a ver com um desejo difícil de conter pelas coisas carnais, tais como: sensualidade; libertinagem; artificialização (ou produção) do corpo; chamar atenção ao corpo; prostituição; lascívia; exposição indevida do corpo; abusos sobre o corpo; festas mundanas; alimentação pre-judicial; anedotas sensuais e coisas do gênero.
A concupiscência dos olhos é tudo o que de prejudicial podemos ver, e que nos po-de fazer mal à vida espiritual, tais como: filmes sensuais, violentos etc.; leituras indevidas; ouvir essas coisas; tudo o que atrai para o mundo e que não é compatível com a cidadania celestial, e coisas do gênero.
A soberba da vida tem a ver com orgulho, arrogância, presunção, quem se acha su-perior, quem quer ser visto com o importante, que menospreza outras pessoas, etc.
Esses três atrativos do mundo chamam atenção a um único foco: a valorização do “eu” acima do que valem os outros, e acima do que DEUS vale. É submeter DEUS ao “eu”. Nesse caso, o que tem a ver com o corpo e com as coisas carnais, o que existe de atra-tivo para se ver e a tentação de querer ser mais do que é, como aconteceu com Lúcifer, não se conseguirá conter, e será subjugado pelo que “ele acha ou pensa” ou pelo que “le deseja”. Essa pessoa está na redoma do fracasso.
Com que se envolvem as pessoas que tem domínio próprio? Filipenses 4:8 responde: com tudo o que é:
 Verdadeiro;
 Respeitável;
 Justo;
 Puro;
 Amável;
 De boa fama.
 Se nessas coisas há alguma virtude e nelas existir algum louvor, seja isso que ocupe nos nossos pensamentos.
Os nossos pensamentos devem estar somente ligados a assuntos que tenham essas duas características: ter alguma virtude, que tenha qualidade moral, seja espiritualmente útil; e que contenha algum louvor, que agrade a DEUS, que O deixe feliz.
Isso é domínio próprio. Só se consegue por meio de entrega diária a DEUS, para que O ESPIRITO SANTO ensine e dê poder. Caso contrário, nós, só com boa vontade, somente colecionaremos fracassos. Ter domínio próprio é característica de seres perfeitos, não de seres degenerados como nós. Mas podemos conseguir se nos entregarmos e tivermos a força de DEUS conosco. Aí tudo é possível.

3. Segunda-feira: José e os resultados imediatos da justiça
Quais são os resultados de sermos justos? De termos domínio sobre nossos pensa-mentos e atos diante de DEUS? Eles podem ser imediatos, mediatos ou distantes. Serão imediatos quando sem demora DEUS faz algo por nós; serão mediatos quando DEUS faz algo mas demora e serão distantes quando DEUS nos der a vida eterna. Muitas pessoas só terão como recompensa à sua fidelidade a vida eterna, e quase mais nada além disso. Por quê DEUS age assim? Um dia Ele nos dirá.
Os três companheiros de Daniel tiveram resposta imediata à sua fidelidade. Foram jogados para dentro da fornalha, mas nada sofreram. Esse é um caso de resposta de DEUS a curtíssimo prazo. Há muitas situações assim na Bíblia.
José, aquele que foi levado ao Egito, não teve a mesma experiência. Foi vendido pe-los irmãos, e parece que nada mudava. Foi revendido a Potifar, e lá se tornou escravo em terra estranha. Parecia que DEUS desaparecera. Mas Ele estava lá, e José se destacou entre os outros escravos e se tornou o chefe deles, o mordomo da casa. O resultado veio, mas demorou.
Porém, o drama de José ainda continuaria. A mulher de Potifar tentou seduzir José, mas este disse: “como faria eu tamanha maldade contra o meu DEUS?” José foi fiel a DEUS, e como conseqüência, foi preso. Na cadeia DEUS mostrou que estava com José, e o tornou responsável pelos outros presos. José não estava entendendo porque essa experiência, mas ele estava sendo preparado para governar o Egito. Por isso se tornou chefe na casa de Potifar e encarregado na prisão. Ele estava tendo dois cursos sobre liderança em lugares diferentes com problemáticas diferentes. Isso demorou bom tempo, até que José estivesse preparado.
Tempos depois, José foi chamado por faraó para interpretar dois sonhos, e só então veio a grande resposta de DEUS: José foi encarregado pelo faraó para administrar o Egito no que concerne a produção e alimentação, bem como aos bens de faraó e de todos os egíp-cios. Demorou, mas a resposta veio, ela não foi imediata, mas mediata.
E a viúva pobre que deu uma moeda no templo? Era ela uma senhora idosa e pobre. Sem nada na vida, e deu a sua única moeda a DEUS. Com isso ela não enriqueceu, nem teve seus muitos problemas resolvidos. Ela continuou pobre e assim morreu. Mas uma coisa é certa, ao ressuscitar, vai ter a felicidade de ver-se transformada para a vida eterna. Essa mulher sentiu o que é demora para ser atendida em suas perplexidades de vida.
Por quê a uns DEUS responde logo, a outros demora um pouco e a outros demora a vida inteira nessa Terra? Há razões lógicas e importantes, talvez a principal seja mesmo a garantia da vida eterna. Mas DEUS mesmo explicará e todos dirão: foi correta a forma co-mo Ele conduziu as coisas.
Aliás, então, qual é mesmo a grande recompensa pela fidelidade a DEUS? Qual é o resultado de domínio próprio aqui na Terra? Gálatas 6:8 diz que a recompensa é a vida eterna. Se demora sentirmos DEUS nos respondendo aqui e agora, a quem for fiel, a vida eterna todos receberão no mesmo dia, no mesmo instante. E todos celebraremos e nos ale-graremos juntos.

4. Terça-feira: Sansão e os frutos do fracasso
A quem poderemos comparar Sansão? A nenhum outro ser humano, mas, a Lúcifer. Sansão recebeu uma incrível força física, mas DEUS disse que Ele fosse um nazireu. Ele devia devotar a sua vida inteira a DEUS. Devia abster-se de coisas que viessem prejudicar a sua vida espiritual, para que tivesse uma intensa ligação com DEUS. Nasceu com a finali-dade de libertar o povo de DEUS dos Filiesteus.
Se a Sansão foi dada tremenda força física, a Lúcifer foi dada grande glória e bri-lhante luz. Cada um recebeu uma missão específica. Enquanto Lúcifer deveria ser o encar-regado do louvor a DEUS, Sansão foi encarregado de libertar o povo de DEUS. Por isso cada um desses seres recebeu os devidos dotes correspondentes à missão. Nem Lúcifer nem Sansão souberam usar esses dotes.
O que aconteceu com Lúcifer? Ele passou a olhar mais para a sua glória que a DEUS. A glória que recebera era para servir ao louvor a DEUS, não para que se exaltasse. Sansão passou a confiar em sua força física mais que confiava em DEUS. Ele pensava que poderia abusar desse dote e que jamais seria superado. De fato, enquanto se manteve razoa-velmente fiel a DEUS, embora já estivesse brincando com o perigo, ele sempre vencia. Mas quando abusou de sua fidelidade a DEUS revelando o segredo de seu poder, nesse momen-to ele foi derrotado. Derrotado por quem? Por ele mesmo, pelo “eu”. A diferença entre um e outro foi que Lúcifer jamais voltou atrás e Sansão voltou, não deixou de confiar em DEUS. Fracassou em sua missão, mas não se desligou de DEUS.
Um como outro foram criados para missões específicas, um para coordenar o louvor a DEUS, o outro para libertar o povo de DEUS. Mas os dois olharam mais para si mes-mos que para DEUS, e viram mais a sua glória e o seu poder que a glória e o poder de DEUS. Olharam para o “eu” mais que para O Criador. Um como o outro falharam porque tornaram suas capacidades recebidas em pontos de orgulho e de vaidade. Dei-xaram de olhara para DEUS e em lugar disso, olharam demais para si mesmos. A diferença entre os dois grupos de pessoas, no final da história, será que, um deles terá olhado demais para o “eu”, e o outro terá olhado para CRISTO, como Seu Salvador. DEUS fez a parte d’Ele no preparo da missão de cada um. Dispôs os recursos necessários, poderiam vencer utilizando esses recursos com humildade. Mas nem Lúcifer nem Sansão fizeram suas res-pectivas partes, que seria obedecer ao que DEUS lhes havia orientado.
José foi diferente. Ele sempre fazia a parte dele. Era obediente a DEUS. Foi injusti-çado logo de saída, afinal, satanás via nele um vencedor pelo caráter que possuía. Foi ven-dido, revendido, condenado e preso, tudo injustamente. Mas nunca deixou de ser obediente aos ensinamentos recebidos sobre a vontade de DEUS. Ele tornou-se um vencedor, e a sua história é um bom exemplo a ser seguido.



5. Quarta-feira: A longa corrida de Paulo
Paulo possuía um dom que imitava JESUS. Ele era capaz de utilizar fatos da vida como ilustração às suas mensagens. Dessa vez ele utilizou as olimpíadas gregas, em es-pecífico, a corrida. Segundo a Wikipédia, “As Olimpíadas dos tempos ancestrais começa-ram em 776 a.C. em Olímpia, na Grécia antiga, e duraram por mais de mil anos. Tal qual as Olimpíadas modernas, eram realizadas de 4 em 4 anos. Porém sempre aconteciam em Olímpia, os esporte eram menos numerosos e só podiam participar homens que falassem o idioma grego. O ano era 490 a.C., os gregos haviam vencido os persas na batalha de Maratona e coube a Pheidippides a tarefa de levar a boa notícia até a cidade de Atenas. Ele correu aproximadamente 35 km da planície da Maratona até Atenas e ao chegar só teve fôlego de anunciar "vencemos" e caiu morto! Na verdade não existe prova desta len-da, mas a história era boa e inspirou a competição que foi realizada pela primeira vez na Olimpíada de 1896 em Atenas.”
De outra fonte sabemos algo mais sobre a maratona. “Mas a história real é ainda mais incrível. Se você achou notável um mensageiro correr 35 km subindo desde a planície de Maratona até Atenas, espere pela verdadeira história. Na verdade Pheidippides foi encar-regado de uma tarefa mais árdua e importante. Quando os Persas estavam chegando na Grécia para destruir Atenas, coube a ele ir até Esparta, a 240 km de distância, pedir refor-ços. Ele foi correndo!
Isso mesmo, correndo. Como o caminho era irregular para os cavalos, somente um mensageiro corredor poderia cobrir a distância em tempo. Pheidippides correu então em dois dias, os 240 km por terreno irregular, só para chegar em Esparta e receber um não como resposta. Os espartanos estavam comemorando o festival de Artemis e se recusaram a ajudar. Lá veio Pheidippides de volta a Atenas com a má notícia, correndo novamente.
Se você acha que Pheidippides era um caso a parte, saiba que foi através da corrida que os atenienses venceram os Persas. Não era só Pheidippides quem corria. A preparação física era fundamental no exército ateniense e graças à corrida que eles derrotaram os Persas em Maratona.
O plano persa era simples: desembarcar na planície de Maratona, derrotar o pequeno exército ateniense e então dar a volta pela costa para invadir Atenas pelo sul, desprotegido. Eram menos de 10 mil atenienses que sabendo da má notícia trazida por Pheidippides, resolveram fazer um ataque rápido ao exército de mais 25 mil persas que haviam desem-barcado na planície de Maratona. O ataque surpresa foi um sucesso e os persas foram ex-pulsos de volta aos seus barcos. Aí começou a segunda fase do plano persa: navegar por 8-10 horas até a praia de Phaleron que acreditavam estar desprotegida.
Foi aí que os atenienses precisaram usar de todo o seu preparo físico. Depois de uma batalha que havia durado um dia inteiro, eles teriam que correr aproximadamente 40 km até Phaleron para impedir o desembarque persa. Nesta maratona os primeiros atenienses conseguiram alcançar Phaleron entre 5-6 horas e, uma hora antes dos barcos persas chega-rem, os gregos já estavam na praia prontos para a batalha. Esta corrida foi decisiva para a vitória.
Os persas não acreditaram em seus olhos quando, ao chegar em Phaleron avistaram o exército ateniense. Apesar de serem mais numerosos ficaram atemorizados pelos atenienses que pareciam verdadeiros super-homens. A frota persa navegou mais alguns dias procu-rando em vão um porto seguro para desembarque e então se retiraram.”
(http://www.starkonline.com.br/content/aplicacao/stark/treinamento/gerados/origem_maratona.asp)
Não é por menos que Paulo se inspirasse em corridas como ilustração da batalha para a vida eterna. A nossa vida é uma batalha em forma de corrida. Temos que ser bons corredores espirituais, preparados para superar o inimigo mais numeroso. Só com excelente preparo espiritual sairemos vitoriosos, pois só assim teremos condições de receber fé de DEUS para termos o poder.
Vamos analisar o texto de Paulo mais de perto. “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado” (I Cor. 9:24 a 27).
Paulo aqui comparava a corrida da vida às corridas olímpicas, ainda muito famosas naqueles tempos. As corridas eram as mais apreciadas. O atleta espiritual precisa de muito domínio próprio, como fazem os atletas seculares. Nisso eles são bons exemplos. Mas em outro aspecto, eles não nos servem de exemplo; eles correm por uma alvo corruptível, querem ganhar um do outro, recebem uma coroa que vale por pouco tempo. Era uma coroa tecida com ramos de louro (por isso se fala hoje, “receber os louros da vitória”). E só um chega se torna o vitorioso.
Na corrida espiritual não é assim. Precisa preparo, sim, precisa. Esse preparo tem que ser espiritual (reforma do sábado com busca de conhecimento da verdade para saber, livremente obedecer) e tem que ser físico (reforma da saúde, para preparar bem o templo do ESPÍRITO SANTO). Então sim, o ser humano associado ao Criador e Salvador, tem condições de vencer para a vida eterna.
Nessa corrida espiritual, não é só um que vence. Todos quantos correrem e se prepararem, vencerão. Essa é uma vitória em JESUS, ou seja, Ele corre junto conosco, e nos dá força para irmos em frente. Aí está a grande diferença com as corridas olímpicas, nessas, o corredor compete com outros, e tem que se virar por conta própria. Na corrida espiritual não competimos, nela nós até ajudamos os outros corredores a também alcançarem a vitória. Competição é uma coisa que tem que sair de nossas cabeças, subs-tituída por servir uns aos outros. A vitória dos outros não tira a nossa vitória, pelo contrá-rio, nos dá melhores condições a também sermos vitoriosos. É bem diferente.
É uma corrida que tem meta, e que meta! A meta não é ser o melhor, e sim, ser mais um que ajuda outros a vencerem. A meta é fazer o possível pelo maior número de vencedores. E Paulo ainda dá um alerta aos pregadores e mestres da verdade. Cuidem para que no final, tendo sido instrumentos de salvação de muitos, não venham se perder. Esse é o grande perigo, aqueles que agem pela salvação dos outros podem pensar que já estão salvos, e relaxarem no zelo pela vida exemplar, tal como DEUS deseja. Esses não serão encontrados pelos que ajudaram a salvar, quando chegarem na Nova Terra.

6. Quinta-feira: Como crescer em domínio próprio
É um bom tema para se estudar: “como crescer em domínio próprio?” Como esse espaço é pequeno, iremos aprofundar no que a lição sugere. Em primeiro lugar, nos remete a Heb. 12:1: “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos asse-dia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta...”
De que peso está Paulo falando aqui nesse verso? Refere-se a peso supérfluo, que não tem utilidade. Os corredores antigos, nos treinos, levavam pedras nas mãos como peso para se robustecerem, mas na corrida oficial não as levavam. Hoje os especialistas condenam tal prática, por ser nociva aos artelhos. Mas nós, corredores para a eternidade, não devemos carregar peso supérfluo, mas carregar aquilo que tem utilidade, como são os princípios de caráter. O peso supérfluo aqui pode ser aquilo que nos faz pender para baixo, para o mundo, que nos segura por aqui, e impede que os pensamentos sejam elevados para o alto.
Devemos também nos desembaraçar do pecado. Afinal, ele é a prática que contraria a lei de DEUS, que origina a causa da morte, antecedida de muito sofrimento. Portanto, nos é solicitado que corramos a corrida espiritual com perseverança, isto é, não desistindo.
Onde aqui se forma o domínio próprio? Simples, para nos desvencilharmos dos pesos do mundo, precisa determinação, insistir, lutar. Isso, com o tempo, forma o do-mínio próprio, ou seja, nos torna mais capazes de termos desejo de vencer obedecendo.
Agora o verso de Colocenses 3:1 a 10, em itens:
 buscai as coisas lá do alto [nossos objetivos devem estar ligados à Nova Terra]
 Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; [devemos pensar, meditar, gastar tempo nos assuntos celestiais, e nos esforçarmos por não gastar tempo nas coisas daqui]
 porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus. [nós, que fomos batizados, estamos mortos para o mundo, e a nossa vida eterna está com DEUS, logo Ele nos dará essa vida]
 Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis ma-nifestados com ele, em glória. [ou seja, logo teremos a vida eterna, quando Ele Se manifestar, isto é, quando vier pela segunda vez]
 Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão las-civa, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; [devemos lutar, em oração, para perdermos o interesse pelas atrações terrenas]
 por estas coisas é que vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. [DEUS não concorda com essas coisas, e aqueles que insistem nelas, receberão o devido castigo: morte eterna]
 Ora, nessas mesmas coisas andastes vós também, noutro tempo, quando vivíeis nelas. [no passado freqüentávamos essas coisas, hoje, devemos rejeitá-las, para sempre]
 Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar. [mais coisas para deixar de la-do]
 Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos [a mentira é a técnica de satanás para enganar, filhos de DEUS jamais devem mentir]
 e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, se-gundo a imagem daquele que o criou; [somos nova criatura, sendo recriados conforma a imagem do Criador]
Então, resumindo tudo, como crescer em domínio próprio? Nem é tão difícil expli-car, mas requer esforço e entrega diária a DEUS. O que nos compete, pelos estudos acima, é querer ser diferente, querer ser conforme a imagem de DEUS. Isto, por sua vez, requer que lutemos todos os dias, que refaçamos nossa disposição de seguir o Salvador. Agindo assim, diariamente, com o tempo, desenvolvemos o domínio próprio, pois estaremos lutando com aquele que nos pode dar poder, e estaremos nos habituando a utilizar esse poder.

7. Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
“Ela agrada aos meus olhos” ou, em outra versão “só desta me agrado” (Juízes 14:3). Com essa frase Sansão declarou a sua ruína. Ele escolheu a mulher que iria acabar com sua missão dada por DEUS e iria arruiná-lo para sempre, tirando dele a sua força, desligando-o da fonte do poder.
Aqui vem uma reflexão importante. Desde há muito, o mundo vem transformando a mulher em objeto de desejos. A mulher feita por DEUS é a criatura mais linda que existe. Ela foi feita para ser bonita, e para atrair o seu marido, para ser fonte de felicidade. Mas satanás usa a mulher para outras finalidades, até para arruinar a humanidade.
Hoje, mais que em tempos passados, a mulher é objeto. E a maioria delas gosta de ser objeto, e mesmo assim, pensam sentir-se livres, no controle de seus pensamentos e atos. A mídia faz da mulher o que quer, a pinta, coloca nela pinduricalhos, enfeita, modifica o seu corpo, diz que tem que ser extremamente magra, e assim por diante. Os maridos, vendo tudo isso, querem que suas esposas sejam tais como as figuras femininas tidas como modelo. Já ouviu falar nessa palavra, “modelo”? São moças, a princípio bonitas, mas pele e osso, desnutridas, absolutamente vaidosas, que servem de cabide para nelas pendurar roupas esquisitas, e um grupo de pessoas de extremo mau gosto, aplaudem nas passarelas achando ser a coisa mais linda do mundo. Isso é que se chama “modelo”, sim, como as mulheres devem ser. Mas isso não é beleza.
E a indústria da beleza diz mais, uma mulher tem que ter formas como essa indústria quer que tenham. Então os maridos acham que devem ter uma mulher como aquela da televisão. Elas buscam cirurgiões plásticos e se modificam para parecer como o padrão do mundo. Não nos referimos aqui a cirurgias corretivas, que são importantes. E aí desfilam mulheres com formas exageradas, mas que ela gosta de mostrar (embora seja artificial) e que o marido faz questão que todos vejam. Até na igreja já tem disso, e como!
Tem muito Sansão caindo na armadilha, não de sua esposa, mas dos que mandam nela, que não é mais o esposo. Pois a mulher tem que ser, como disse Sansão: “ela grada aos meus olhos”. E o mundo é que determina o que é agradável aos olhos, não DEUS.
Poucos são os homens que honram suas esposas amando-as como elas são. Mas se uma mulher, para ser apreciada, precisa ser “produzida”, ela, sendo inteligente, já se de-veria perguntar: “que marido tenho eu, que parece não gostar como sou?” Pois sé, a humildade está indo pelo ralo, as pessoas querem chamar a atenção a si. O marido quer que os outros vejam as formas da esposa, mesmo dentro da igreja. Então, pouca roupa, tem que ser um tanto transparente, ou que marque as formas, e essas formas tem que ser “produzi-das” de maneira artificial. Um bom marido, um esposo de verdade, vai querer que ele e sua esposa se salvem, e não será atraído para o que o mundo diz. O sacerdote do lar, aquele que deve vigiar pela espiritualidade, se for de fato alguém interessado pela sal-vação dos seus, irá estudar a bíblia e os livros do Espírito de Profecia para saber como se conduzir e como orientar os membros de sua família. Pessoas de domínio próprio não se perderão por falta de conhecimento, mas terão a dignidade dos simples e humildes de coração. Haja domínio próprio nesses últimos dias. Mas alguns, os humildes, vencerão!

escrito entre: 22/01/2010 a 29/01/2010
revisado em 29/01/2010


Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.

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