Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Segundo
Trimestre de 2012
Tema geral do trimestre: Evangelismo e
Testemunho
Estudo nº 09 – Liberdade para ministrar
Semana de 26 de
maio a 02 de junho
Comentário
auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de
Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí - RS)
Este
comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
Verso para
memorizar: “Como pregarão, se
não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que
anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas!” (Rom. 10:15, RC).
Introdução de sábado à tarde
Fiquei
impressionado com o texto da lição de hoje. Por favor, leia com reflexão. Nunca
li algo assim desde que aprendi a ler. Nunca ouvi alguém falar dessa maneira. Mudanças
estão acontecendo. De fato, a igreja está recebendo ideias novas,
revolucionárias, e bem alinhadas com o pensamento de CRISTO. Ao lado delas,
temos também entre nós outras ideias, que não se originam do Mestre, e que
tentam obstruir a ação da igreja. Mas isso iria acontecer de qualquer forma, já
sabemos.
O que esse
texto de hoje apresenta, em resumo, é o seguinte: a liderança da igreja, a partir de seu pastor, deve ir em busca dos
membros, individualmente, e, conhecendo algo a respeito de seus dons, conhecendo
suas qualificações, deve oferecer a oportunidade para essa pessoa participar
das ações missionárias. O ponto
central é ir falar pessoalmente com a pessoa. Outro ponto importante é
respeitar os dons dela, e o que gosta de fazer. Cada membro deve ser
envolvido, e é assim que se faz, falando individualmente com cada um. Pois
bem, isso requer planejamento e dedicação de tempo para dar certo.
Mas como vem
se realizando as convocações para a ação missionária? Da forma mais ineficaz
que se possa imaginar. Primeiro é feito um sermão apelativo. E depois, é feito
o apelo, para que todos se engajem. E ao final, ou os membros são chamados a
levantar as mãos, ou a ficarem em pé, ou a irem à frente. Então com uma oração a
convocação é concluída. O curioso é que todos levantam as mãos, etc., mas, os
que participam são sempre os mesmos.
Como se
explica isso? Virou rotina! A tal convocação não é sequer levada a sério pelo
líder que a faz! Na verdade é uma espécie de arapuca (armadilha). Ou seja, as
pessoas são levadas a levantarem suas mãos, ou darem algum sinal de que agora
sim, irão se envolver. Mas não se envolvem. É que, constrangidas, não querendo
ficar imóveis em seus assentos, e ainda correndo o risco do pregador se irritar
com isso (já vi isso acontecer), e chamar a atenção dos que não se
manifestaram, fazendo-as passar vergonha, então fazem de conta que irão
participar. Afinal, esses apelos são rotina, sempre foram feitos dessa maneira,
e quase nunca foram levados a sério.
Então todos saem
contentes. O pregador porque teve seu momento de glória, fez todos se
emocionarem e participarem naquele momento. E os membros, porque, por alguns
instantes, se acharam envolvidos e tornaram o pregador feliz. Poucas horas
depois, tudo já retornou à velha rotina de sempre, e nada muda. É que o apelo
foi massificado. E parece que ninguém tem a capacidade de perceber que assim
nada se consegue. É fogo de palha.
O que a lição
está dando a entender com clareza? Cada membro deve ser envolvido pessoalmente.
Cada um deve ter um lugar de atuação na igreja, sob medida, para ele. E isso
não se faz massificando apelos, que resultam em atitudes medíocres, onde todos,
a partir do pregador, fazem de conta que são servos de DEUS. Essa é uma boa
maneira de fazer muitas pessoas a irem para o inferno, pois as pessoas foram
levadas, pela emoção e vergonha, a se manifestarem para algo que já sabem não
irão fazer. Todos ali estão enganando e sendo enganados. E na pior situação
está o pregador, que deveria ter visitado um a um, e não ter feito como fez:
padronizar todos e fazer um apelo genérico, sem considerar que cada pessoa é
uma individualidade.
Nessa semana,
por certo, aprenderemos coisas impressionantes.
1.
Primeiro dia:
Responsabilidade compartilhada
O compartilhamento de responsabilidade é um
assunto delicado. Diríamos assim, jamais se delega responsabilidade, mas se
compartilha. Ou seja, quem está delegando, continua responsável pela
atividade, ele não se isenta. Então o que ele delega? Ele passa a outro
atividades que ele deveria fazer, ou que de alguma maneira faziam parte de suas
funções. Esse outro torna-se responsável pela execução dessas atividades, e de
fazer isso com zelo e esmero. E quem delegou, continua sendo responsável pelo
êxito do que delegou, portanto, precisa continuar, periodicamente, a fazer
contato com a pessoa que assumiu parte de seu trabalho. Assim as coisas
funcionam. É que quem delega não se desliga do que delegou. Precisa, portanto,
haver zelo por parte de quem delegou e por parte de quem assumiu novas funções
que não possuía antes.
Na igreja é ainda mais importante o
compartilhamento, e não a simples delegação de atividades. Como disse, não se
delega responsabilidade, e sim, atividade. A responsabilidade permanece com
quem delegou, e surge nova responsabilidade em quem recebeu a delegação de
incumbências.
Nos dias de JESUS, quando Ele enviou os 70
para uma missão, ao retornarem, eles Lhe fizeram um relatório. Isso quer dizer
que JESUS continuava responsável por aquela atividade que Ele havia delegado a
esses homens. A partir do que ouviu no relatório, Ele os aconselhou e motivou,
bem como lhes prestou novos ensinamentos. Assim deve ser em nossos dias.
Devemos dividir o que temos por fazer, e nos unir na responsabilidade do que se
está fazendo.
2.
Segunda: Arriscar para alcançar sucesso
A obra é de
DEUS e JESUS CRISTO está dirigindo. Como auxiliares, há homens, pastores e
membros não teólogos. A lição de hoje toca num assunto que é forte tabu em
nossa igreja. Há uma divisão, falta de unidade, entre o ministério
profissional, formado em teologia, e os chamados membros leigos. Se esses
membros leigos aderirem a programas oficiais na igreja, e se em nada propuserem
inovações, esses serão reconhecidos como verdadeiros auxiliares, dignos de
confiança. Contudo, se os leigos criarem alguma forma diferente de atuação,
principalmente se for inovadora, não serão assim tão facilmente reconhecidos e
muito menos apoiados.
Aliás, começa
pela distinção entre os formados em teologia e leigos. Ora, leigos somos todos
em quase tudo, e somos profissionais em apenas um assunto. Portanto, necessitamos
uns dos outros, e deveríamos abolir essa palavra “leigo”, que dá a nítida
conotação de alguém que não tem formação no assunto, portanto, não é digno de
confiança no que diz a respeito daquele assunto. Como é que essa palavra ainda
vigora em nosso meio? É uma palavra desestimulante, pois, afinal de contas, chamar
alguém de leigo é desqualificá-lo. Felizmente há alguns teólogos que entendem
esse ponto. Todos nós sabemos algo importante que podemos ensinar a outros.
Enfim, se nós, os “leigos” resolvêssemos chamar a atenção de muitos de nossos
teólogos sobre as “heresias” que dizem ao se pronunciarem sobre outras áreas do
conhecimento, como seria? Já tive que me conter no assento quando teólogos
resolveram ensinar sobre administração, utilizando algum autor superado há décadas,
mas apresentado como a última novidade. Devemos todos aprender sobre humildade.
Porque escrevi
isso acima? Porque isso reflete na ação de evangelização. Quanto mais nossos
teólogos se doutoram, mais muitos deles parece que se tornam preconceituosos
para com os leigos. E passam a vigiar-lhes as palavras e os escritos. E fazem
apartes negativos pelas igrejas com respeito a tais leigos. E em alguns casos,
proíbem-nos de pregar. Em relação a um desses leigos, dois pastores distritais
me consultaram sobre uma dessas proibições. Esses pastores receberam ordem
superior de não permitir a palavra ao tal leigo, mas eles desconheciam a razão.
Consultaram ao seu presidente, pois é vital que tenha a informação, mas nem
este sabia. No entanto, por precaução, dada a decisão de outra União, também
decidiu proibir. No contexto da lição de hoje, que respeito como dígna de
estudo mais aprofundado que resulte em uma mudança inteligente da parte de
alguns líderes superiores, a igreja precisa caminhar para uma conduta de
unidade nesse aspecto. Afinal, não são só os leigos que erram, teólogos também
cometem erros. E que só se tomem providências nos casos flagrantes. Estamos
sendo muitos precavidos onde muitas vezes não existe risco algum.
Precisamos
cair na realidade. Tem sido a preocupação para esses escritos. Ser realista,
percebi, sempre foi o comportamento dos profetas. E quem estuda sobre profecia,
tende a ser assim também. Leia os escritos de Ellen G. White, a profetiza pós
Bíblia. Não faz rodeios, vai direto ao assunto, e sem acrescentar nem tirar.
Esse é um assunto
importante para orarmos e para tomarmos decisões, e deixarmos de ser facciosos.
Por falar em Ellen G. White, o que ela tem a dizer sobre isso? “Tirem os
cristãos de meio deles as dissensões, e entreguem-se a si mesmos a ‘DEUS’ para
a salvação dos perdidos. Peçam a bênção com fé, e ela há de vir.” (DTN, 616). “Irmão achar-se-á ligado a irmão, pelos
laços áureos do amor de Cristo. O
Espírito de Deus, unicamente, é que pode efetuar esta unidade. (...) A Ele unidos, achar-se-ão também unidos
entre si mesmos, na mais santa fé. Quando buscarmos esta unidade com o empenho que Deus deseja empreguemos, ela nos virá” (Testemunhos Seletos,
vol. 3, p. 246 e 247). “Toda diferença deve ser posta de lado, e a unidade
e terno amor de uns para com os outros
permear o todo. Então nossas orações
poderão subir juntas...” (História
da Redenção, 17). (Obs.: grifos foram acrescentados).
3. Terça:
Adaptando trabalhadores para a colheita
A nossa lição
faz uma abordagem muito sábia com relação a situação de hoje. Acontece o
seguinte: uma pessoa está interessada em tomar a decisão de entrega a DEUS.
Digamos assim, ela está propensa a essa decisão, mas ainda não a tomou. Ou
seja, ainda tem alguma dúvida.
Uma pessoa
assim precisa estudar mais. Precisa entender que sua decisão resultará em
mudanças profundas em sua vida. Vai ter que deixar seus costumes anteriores,
suas ligações sociais se modificarão, os seus relacionamentos também. Além
disso, vai mudar seus hábitos alimentares, seus programas na televisão, as
leituras serão modificadas, e até o lazer. E muitas outras coisas mudarão em
sua vida. Será uma vida melhor, mas só saber que será melhor é pouco. Para quem
gosta de uma cerveja, por exemplo, em meio a muitos amigos que também gostam, é
complicado pensar que não se encontrará mais com esses amigos para noite a
dentro, onde dão muitas risadas, se divertem e esquecem os problemas.
Enfim, na vida
de uma pessoa que se converte, ocorrem tantas mudanças que pode tornar-se
traumática. Só saber e ter certeza de
que estará no caminho da vida eterna não é suficiente. O presente atrai
fortemente, e o futuro pode parecer muito distante.
Portanto, quem
irá tratar com uma pessoa numa situação assim, principalmente se for da alta sociedade,
precisa ser escolhido a dedo, com critério. É uma questão de comunicação.
Alguém que está no vale da decisão encontra-se em situação delicada, de vida ou
morte eterna. Um pequeno erro de testemunho pode fazer a pessoa retroceder para
sempre. Portanto, não serve apenas uma pessoa de bom testemunho, tem que ser um
interlocutor, ou seja, alguém que mereça confiança de diálogo por parte do
interessado. A escolha de quem tratará com a pessoa interessada deve ser
criteriosa.
Damos um
exemplo. Imagine que essa pessoa seja um engenheiro. Quem vai estudar com ele
não precisa ser engenheiro, embora fosse bom, mas deve ser alguém que entenda a
sua situação profissional, familiar e social. E seja capaz de formular, junto
com ele uma nova vida, e não apenas convencer o engenheiro do caminho da
verdade.
4. Quarta:
Crescimento espiritual por meio do trabalho
Há uma certa
hierarquia de níveis de eficiência na aprendizagem. A maneira menos eficaz de
se aprender é ouvir passivamente. Mas, por outro lado, é a maneira de se
contatar com uma grande diversidade de assuntos. Por exemplo, se ouvimos
palestras de pessoas diferentes, teremos diversidade de fontes. E se os
pregadores pesquisam, teremos profundidade de conhecimento. Mas se apenas ouvirmos,
em pouco tempo só restará pouca coisa em nossa mente para ser lembrado, às
vezes nada. É bom lembrar que a eficácia do ouvir depende muito do estilo de
oratória do palestrante e da disposição emocional de quem ouve.
Dá para
melhorar a eficácia da aprendizagem do que se ouve. Pode-se, na hora da
palestra, fazer anotações. Depois, pode-se revisar o assunto, buscar mais
informação sobre ele, trocar ideias com outras pessoas. Pode-se preparar
matéria para guardar a fim de poder retornar ao tema, e até para utilizar
oportunamente, e ensinar outros.
Ler é uma
maneira mais eficaz de se aprender que ouvir. Mas mesmo assim, temos que fugir
da leitura superficial, que por vezes pode ser menos eficiente que ouvir. Para
ler bem, deve-se fazê-lo com atenção, reflexão, lendo por partes e parando para
meditar sobre o que se leu. Fazer esquemas de leitura aprofunda a captação,
assim como sublinhar trechos e fazer anotações no texto (só se for em seu
livro). Preparar matéria e escrever sobre o que se leu aprofunda ainda mais.
Ler outros textos, de outros autores sobre o mesmo assunto produz o mesmo
efeito.
Mais eficaz
que as duas formas anteriores (escutar e ler) é escrever. Mas para se escrever
primeiro se deve aprender a escutar bem e ler bem. Escrever requer grande
esforço mental para organizar o texto de modo que faça sentido, para que outra
pessoa entenda o que queremos transmitir. Escrever é a arte de transformar
conhecimento (o que temos na mente) em informação (o que foi escrito) para que
algum leitor o transforme outra vez em conhecimento (isto é, que entenda).
Para
enriquecer o entendimento, aprofundar o conhecimento e fixá-lo mais, um método
excelente é debater, trocar ideias em grupo. Veja bem, não se trata de quem tem
razão, mas de deter-se sobre algum assunto para entendê-lo melhor.
A maneira mais
eficiente para se aprender é aplicando conhecimento, ou seja, realizando algum
trabalho com o que se sabe. Portanto, para se aplicar, primeiro deve-se ter
aprendido de alguma forma, ouvindo, lendo ou escrevendo. Por exemplo, ensinar é
uma maneira de aprender, reter e de aprofundar o que já se sabe. Mas para isso,
precisa saber. E sempre que iremos ensinar, fazemos revisão do conhecimento, e
organizamos para que outro entenda.
No entanto,
existe uma maneira ainda mais profunda e eficaz para se aprender. É enfrentar e
solver problemas. Quanto mais complexo algum problema, se nos empenharmos pela
compreensão da situação e depois pela solução, aprenderemos com profundidade, e
dificilmente esqueceremos. Isso requer grande esforço mental e aplicação de
conhecimento bem como busca de mais conhecimento, troca de ideias, geração de
alternativas, tomada de decisões, etc.
Essas são
algumas das possibilidades, dentre muitas mais, de se aprender com eficácia. Mas
devemos acrescentar um ingrediente para turbinar todas elas: se qualquer um desses
métodos for utilizado com oração, ele se tornará superior, mais eficaz. Se o
fizermos com humildade, seremos transformados, pois o ESPÍRITO SANTO utilizará
o conhecimento adquirido para essa finalidade. “Os
anjos de Deus, serafins e querubins, potestades encarregadas de cooperar com as
forças humanas, veem, com admiração e alegria, que homens decaídos, que eram
filhos da ira, estejam por meio do ensino de Cristo formando caráter segundo a semelhança divina, para serem
filhos e filhas de Deus, e desempenharem um papel importante nas
ocupações e prazeres do Céu.” (A Igreja Remanescente, 14)
5. Quinta:
Harmonizando por meio do envolvimento
É uma lei da
vida, quando estamos preocupados em fazer alguma coisa, como que
automaticamente nos unimos para fazê-la. Nossos interesses se voltam para a
realização, e deixam de focar aquilo que traz problemas.
Se é assim com
qualquer tipo de atividade, mais ainda isso é verdade no envolvimento em ações
pela salvação de pessoas. Vamos ilustrar melhor. Suponha que uma família esteja
viajando em seu automóvel. Esta família está com problemas de relacionamento, e
estão todos quietos, zangados uns com os outros. Repentinamente deparam-se com
um acidente recém ocorrido. Eles param o carro e começam a tomar providências
para socorrer os acidentados. Sinalizam a estrada, chamam por socorristas
profissionais, falam com os acidentados para manter a vitalidade, e fazem o que
for necessário para salvar a vida deles. Trata-se de seres humanos, e nenhuma
pessoa normal se deleita que alguém morra. Nesses momentos eles esquecem suas
desavenças, e se unem pela vida de seus semelhantes. E ficam fazendo de tudo
para que o médico venha logo. Esquecem as desavenças e unem-se pelo semelhante.
Sabe-se de um
caso de vizinhos que não se davam bem, mas quando ocorreu uma tragédia na
cidade, por causa do excesso de chuva, eles se uniram para se protegerem melhor,
e também para socorrer outros. E após passar o problema, continuaram amigos. Descobriram
que é bem melhor uma vida de amizade do que de brigas.
Na ação
missionária é o mesmo. As pessoas, se preocupadas com a vida espiritual de seus
semelhantes, esquecem das pequenas desavenças, ou desinteligências como diz Ellen
G. White, e se unem pela vida. A lição foi muito sábia em colocar esse aspecto
bem peculiar da vida dos seres humanos. A lição chama esse efeito de
“influência circular”, mas também tem o nome de “círculo virtuoso”, em lugar do
“círculo vicioso”.
Mesmo assim,
no empenho por fazer alguma coisa em conjunto podem surgir conflitos. São os
chamados conflitos bem intencionados. Decorre de pontos de vista diferentes
sobre como fazer algum trabalho. E às vezes não há entendimento. Foi o caso de
Paulo com Barnabé, a respeito de levarem João Marcos junto numa viagem. João
Marcos era parente de Barnabé, ainda pouco experiente, por ser mais novo. Numa
viagem anterior ele deixara Paulo voltando repentinamente. Por isso Paulo não
queria levá-lo, mas Barnabé queria. Por esse motivo tiveram tremendo
desentendimento, e chegaram a se separar, indo Paulo com Silas e Barnabé com
João Marcos, cada um para um lado. Como todos eles eram pessoas bem
intencionadas, de algo que não deveria ter acontecido, DEUS fez resultar em
vantagem para o evangelho. Mas quando ocorrem conflitos mal intencionados esse
efeito benéfico não acontece, pois aí DEUS não pode atuar. Ele estaria
incentivando justamente os mal intencionados.
Portanto, a
lição moral de hoje é: trabalhemos juntos pela vida eterna das pessoas, e de
alguma maneira obteremos maior harmonia.
6. Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
A lição hoje
trata de planejamento. Ficou indefinido o propósito desse roteiro de elaboração
de planos, mas parece tratar-se de algo à parte da programação oficial da
igreja. É de se repetir que iniciativas particulares devem ser tomadas. Aliás,
no final da pregação do evangelho a esse mundo, será dessa maneira a conclusão
da proclamação do evangelho.
Daremos aqui
um roteiro lógico e simplificado de planejamento. Atenção, planejamento é a
atividade de elaboração de planos. Apresentamos em forma de passo a passo.
a)
Definição de uma equipe de planejamento e de seu líder.
Essa equipe deve coordenar as atividades, nunca esquecendo de envolver mais
pessoas, preferencialmente, de alguma forma, todas.
b)
Diagnóstico: É o início do planejamento, fase em que
buscamos conhecer a situação, para poder planejar. Por exemplo, se iremos fazer
um evangelismo num certo bairro, iremos lá fazer um levantamento de
informações. Que igrejas já estão lá? São ativas? Quais os principais problemas
da população? Em que são carentes? Quem são os líderes que influenciam? E mais
outras coisas conforme a situação.
c)
Elaboração de um esboço de plano. É a primeira versão,
geralmente sujeita a revisões radicais. Essa deve ser bem debatida, para ser
melhorada. Essa é uma boa hora de envolver todas as pessoas, mas cuidado com os
pessimistas e com aqueles que sempre acham que está tudo errado. Mas se alguém que
participa na igreja disser alguma coisa negativa, esse é bom ouvir atentamente,
e pedir sua opinião.
d)
Também envolver a organização, por apoio e conselhos,
como pastores, departamentais, e líderes de campo. Eles geralmente possuem
visão ampla por estarem envolvidos em situações e problemas mais amplos que a
igreja local.
e)
Então partir para a elaboração do plano definitivo, com
os detalhamentos necessários, adequados ao diagnóstico, que componham a
estratégia de ação, com objetivos e suas metas; estratégia de convites e
atração dos cidadãos (isso é muito importante); atrativos especiais;
palestrante; músicos; cronograma; local; dias e horários; recepção, etc.,
muitas coisas mais. O detalhamento deve ser bem definido, com os respectivos
responsáveis.
f)
A estratégia de atração de pessoas deve merecer atenção
especial, mas também, de mantê-los assistindo. Aqui devemos ser criativos, e
também é aqui que devemos evolver o máximo de pessoas capazes de dar ideias e
de auxiliar depois na execução.
g)
Sempre é bom saber que outras igrejas atraem por meio
de milagres e sinais misteriosos, barulho e promessas. Isso atrai o povo. Nós
não apelamos para esses recursos. O caminho da salvação é estreito, portanto,
sem o poder do ESPÍRITO SANTO, praticamente nem adianta planejar e executar.
h)
Por fim, vem a execução do plano, fruto do
planejamento. Essa é a fase em que devemos procurar envolver todas as pessoas,
os líderes devem ter pensado em maneiras para que cada um faça algo, mesmo que
seja estar lá e sorrir para os visitantes, e formar um ambiente receptivo.
Pessoas em situação especial, que tenham dificuldades, são as que podem fazer a
parte mais importante: orar, especialmente durante a programação. Disso geralmente
ninguém se lembra, nem essas pessoas.
i)
Paralelamente com a execução, já vem também a
avaliação. Ela não deve ser feita só no final, mas também desde o próprio
planejamento e principalmente durante a execução. A avaliação é importante para
se aperfeiçoar o que não está indo muito bem, e também para aperfeiçoar as
próximas edições.
Esse é um esquema simplificado. Ele pode ser adaptado a qualquer ocasião,
portanto, deve ser complementado conforma a situação.
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escrito entre 25/04 e 1º/05/2011
revisado em 02/05/2011
corrigido por Jair Bezerra
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo
Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do
Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO
como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda
de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a
imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam
estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na
integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como
um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada
por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e
texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que
há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos
se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este
mundo.